Miyako e Sayuki #36

- Miya...
Sayuki falou a chamar a outra no banheiro e forçava a entrada do vestido cor de rosa que gostava, tentando passá-lo pela barriga já saliente própria. Quando terminou de colocar, uniu as sobrancelhas e olhou-se no espelho, percebendo que agora era uma blusa, e não um vestido. Retirou e jogou no chão, estreitando os olhos.
- ... Nenhuma roupa me serve...
- O que foi, mamãe?
Miya indagou e seguiu ao banheiro onde encostou-se ao limiar. Segurava o palito branco em frente a boca, cujo sustentava o pirulito dentro dela. Sorveu aquele tipo de bala, e sorriu ao tirá-lo da boca, observando-o jogar a roupa, aborrecido pela falta de vestes que lhe servissem.
- Eu particularmente não me importo se quiser ficar sem roupas.
O loiro desviou o olhar a ela e uniu as sobrancelhas.
- Não seja boba... Preciso vestir alguma coisa.
- Vamos comprar roupas pra você, hum?
Sayuki assentiu e abriu o armário dela, pegando uma de suas camisas mais soltinhas e vestiu-a.
- Pronto.
- Aí, não precisa de mais nada.
- Gostou? - Riu.
- Gostei.
Miya retrucou e mordeu o lábio inferior. Seguiu até ele e o pirulito que segurava levou em sua boca, o outro aceitou o doce e sorriu a ela, abraçando-a. A morena sorriu a ele, visto que defronte e conforme o abraço levou os braços em torno de sua cintura agora mais larga entre eles.
- Você está gata buchudinha.
- Buchudinha é? - Sayuki riu e lhe selou os lábios, porém permaneceu em silêncio um pequeno tempo e arregalou os olhos, desviando o olhar à própria barriga. - Miya... Ela mexeu...
Miya sorriu-lhe de mostrar os dentes no riso, assentiu. Estava perto dela afinal, tão junto de sua barriga que podia sentir na própria.
- Ela pode se chamar Miyuki. Embora seja um nome comum, é a combinação dos nossos nomes.
Sayuki sorriu a ela.
- É lindo.
- Você gosta?
- Gosto.
- Então decidido. - Sorriu.
- Decidido. - Sayuki sorriu igualmente.
- Ok. Quer comprar roupas?
- Não, agora quero ficar um pouco com você.
- Então vamos ficar.
Miya ditou e lhe selou os lábios, esperando pelo pirulito entregue a ele. Sayuki retirou o pirulito da boca e entregou novamente a ela, assentindo e puxou-a consigo para a cama.- Não precisava ter colocado roupa.
- Por quê? - Sayuki riu. - Vai tirar?
- Não quer que eu tire, mamãe?
- Claro que quero.
- Ou posso deixar com. O que interessa que posso descobrir. Está tão sexy de camisa.
Sayuki riu baixo.
- Estou é?
- Hai, baby. O que você quer, hum?
- Hum... Quero sua boca.
- E meus dedos? E se eu te comer como se fosse uma garotinha, hum? - Provocou.
- Hum... Eu quero.