Miyako e Sayuki #35


O dia parecia conturbado para Sayuki, haviam acontecido alguns bons acidentes no hospital em que estava fazendo plantão, não gostava de lugares assim, mas era um dinheiro a mais que ajudava no fim do mês, embora não precisasse, já que a outra era modelo, gostava de fazer o próprio trabalho, ter o próprio dinheiro, e ajudá-la com as contas, embora o dinheiro que conseguisse não chegava nem aos pés do que ela conseguia com as revistas.
Havia acabado de finalizar mais um exame em um paciente indicado, e se preparava para ir embora quando recebeu uma ligação. Observou o celular, o número estava marcado como restrito. O loiro arqueou uma das sobrancelhas e por fim, guiou o aparelho ao ouvido.
- Sim?
- Boa tarde, senhora Sayuki?
- Sim, posso ajudar?
- Bem, desculpe incomodá-la, mas sua filha sofreu um acidente na escola.
- Minha filha...? Mas eu... - Disse a ponderar por um pequeno tempo e arregalou os ohos em seguida. - Miya... O que houve com ela?
- Não foi nada sério, ela caiu na quadra durante uma corrida e se machucou, fizemos um curativo na testa, mas como ela estava se sentindo um pouco tonta, achamos melhor ligar para um responsável.
- Claro, estou indo buscá-la.
- Tudo bem, vamos avisá-la sobre isso e pedir que ela se arrume.
- Okay, obrigada!
O loiro desligou, e observou a tela do celular, ainda não havia dado o horário para sair, e isso era o que deixava a si mais nervoso ainda, ainda tinha dez minutos, antes de acabar o próprio turno, e naquele dia, dispensava as horas extras. Descontraído, seguiu em direção ao vestiário, e cruzou com o doutor na porta.
- Sayuki, já está indo?

- Ah desculpe doutor, minha... Minha filha... Caiu na escola.
- Ora, você tem outra filha?
- Eh?
- Estou vendo que está esperando um bebê, não está?
- Ah... Já está aparente assim?
- É, um pouco. - Ele riu. - Pode ir, eu peço pra alguém cobrir você, cuide-se.
- Obrigada, até amanhã.
Num sorriso, o loiro se despediu e seguiu a pegar as próprias roupas, as quais trocou na pressa e colocando a bolsa sobre um dos ombros se dirigiu ao carro, onde chegaria ao colégio da outra.
Miya não estava nem um pouco feliz com a situação. Havia caído, isso era fato, mas não era necessário chamar o outro para buscar a si, era um exagero, conseguiria ir sozinha para casa. Por isso, o bico nos lábios era inevitável quando Sayuki chegou.
- Miya... O que aconteceu?
- Estou bem, por que veio?
- Porque você se machucou. Vem, vamos pra casa.
- Mas você está trabalhando.
- Não estou mais.
O loiro acariciou os cabelos dela, erguendo a franja para olhar o curativo ali, não parecia nada grande, mesmo assim, tinha que observar o tamanho do problema.

- Ah, eu disse pra não ligarem, assustaram meu bebê.
Miya ditou e levou a mão a barriga dele, acariciando mesmo acima da roupa. Sayuki s
orriu a ela e riu baixinho.
- Tudo bem, mas é melhor irmos.

- Vamos, mãe.
- Quando ligaram pro hospital, disseram que era minha filha que tinha se machucado. - Riu.
- Por isso estou chamando de mãe. - Ela riu - Não poderia dizer seu marido, hum?
- É, acho que seria estranho.

- Vai cuidar do seu marido, hum?
- Ah vou sim, levar sopinha, tudo que ele tem direito.
- E sexualmente?

- Também.
- E como vai fazer comigo, Sensei?
- Hum... Preciso tirar sua roupa... E dar um banho bem quente.
- Tem, é? E vai me esfregar com seu corpo?
- Vou sim, tudinho.
- Quero só ver.
Sayuki riu e guiou a outra consigo para o carro, seguindo para a casa de ambos que não era longe dali, e ao estacionar, deu passagem para ela.
- Vem.

- Não precisa abrir a porta, Sayu.
Miya retrucou a ele ao sair do carro após sua cortesia. Selou-lhe os lábios conforme se levantou em sua frente. O loiro s
eguiu com ela para dentro de casa, segurando sua mão, ignorando o que havia dito, e logo deu passagem a ela, fechando a porta em seguida, só então se dando conta de que não havia retirado a meia do uniforme.
- Ah... Esqueci de tirar...

- Está maravilhosa. - Miya retrucou e lhe deu um sorrisinho canteiro, ambíguo.
- Ah... Obrigada. - Sayuki sorriu e ajeitou o vestido preto.
- O que há?
- Eh?

- Falou estranho.
- Eu falei? - Sayuki riu.
- Sim. - A morena levou-se próximo a ele e mesmo ali na entrada, abraçou-o e contra a porta. - Pare de ser tão cortês. Vamos brincar.
O loiro riu ao senti-la pressionar a si contra a porta e gemeu, dolorido, talvez mais alto do que deveria, levando a mão até a barriga em seguida e uniu as sobrancelhas, na expressão visivelmente dolorida na face.
- Miya...

A menor se afastou de modo automático e foi precisa. Tocou-o em sua barriguinha levemente saliente e acariciou-a, aonde logo o beijou posteriormente.
- Desculpe.

Sayuki ergueu a face e sorriu a ela, abaixando-se e lhe selou os lábios.
- Ta vendo como eu me senti quando me ligaram, sua pestinha? - Riu e acariciou os cabelos dela. - Fique longe dessa pista, se você se machucar de novo, eu tenho esse filho antes da hora, entendeu?

- Ah, que maldade. Querendo me assustar assim, a culpa não foi minha, ora. Eu tropecei.
Miya resmungou, e ainda sentia a carícia agora nos cabelos, que desviavam de onde escondiam o machucado. O menor r
iu baixinho e lhe selou os lábios várias vezes.
- Eu te amo.

A morena retribuiu-o em cada rápido e diverso toque nos lábios.
- Eu também te amo, Sensei.

Sayuki deslizou a mão pelo rosto dela, numa suave carícia e fitou seus olhos por um instante, abrindo um sorriso pequeno, sem mostrar os dentes, porém estava feliz de estar com ela.
- Vem, vamos brincar.

Miya fitou-o, indagativa em silêncio por um segundo enquanto tinha o olhar de si retribuído.
- O que houve?

- Nada... Só gosto de te olhar assim pertinho.
- Ah gosta, é?
- Gosto.
- E por quê?
- Porque sei que tenho sorte de estar com você.
O loiro falou, num pequeno sorriso e a outra o retribuiu, negativando, abraçou-o ao redor de seu corpo, sentindo o perfume gostoso de seu pescoço.
- Agora chega, mocinha, vai pro banho e depois pra cama.
- Vamos ficar mais um pouquinho...
- Não senhora.
- Mas...
- Não.
- Ta bem, mãe.

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