Ikuma e Taa #18 (+18)


Os olhos abertos do maior fitavam o móvel ao lado da cama por alguns minutos e a mão acariciava a dele ao redor da cintura, subindo pelo braço até o lugar onde alcançava e permanecia em silêncio sentindo a respiração do outro sobre a pele, era tão agradável e não queria se soltar, não queria se levantar e teria permanecido mais longos minutos ali se não sentisse fome. Retirou com delicadeza a mão dele da própria cintura, com cuidado para não acordá-lo e levantou-se, caminhando até a cozinha.
Pegou uma garrafa do líquido que ele sempre levava a si e bebeu alguns goles da mesma até que se sentisse satisfeito. Colocou pouco da bebida numa taça e levou ao quarto, deixando no móvel ao lado da cama, puxou o edredom sobre o corpo do loiro, cobrindo-o e deitou-se novamente ao lado dele, mas dessa vez de frente, ajeitando-se e deixando que a face encostasse no tórax do vampiro. Colocou o braço dele novamente ao redor do próprio corpo e uma das mãos fazia uma leve carícia no outro.

A voz rouca e sonolenta do menor fora audível minimamente após o retorno do maior, devido o modo como este havia se ajeitado tão próximo e colocado o braço acima de seu corpo novamente, acariciando sutilmente a pele. Suspirou e apertou sem força alguma com o braço em torno e murmurou.
- Que graça...

- Hum? - Taa beijou-lhe o tórax e ergueu a face, fitando-o.
- Iie, iie... Estou enchendo o saco... - Ikuma murmurou, a voz ainda possuía sua rouquidão sonolenta. - Seu ódio é tão anormal...
O maior riu e voltou a abaixar a face, mantendo-a encostada ao local.
- É, essa é a parte de mim que gosta de você...

- Hum, é? E porque ela está acordada ao invés de ser a que me odeia?
- Não sei... Por que você não estava acordado pra me irritar e porque eu fico mansinho quando acordo.

- Então você vai me odiar o dia inteiro e gostar de mim somente após acordar, porque já estou pronto pra começar a te irritar.
- Ah não estrague o momento, eu estou feliz hoje.
- Hum, está? É porque te abracei pra dormir, pode dizer, eu deixo...
- É. Porque eu dormi com você.
Ikuma riu, ainda preguiçoso.
- Deitar na cama, no fim do dia com o homem que você odeia te faz feliz, é? Me ama mesmo.

- Acho que eu amo.
O menor tornou a rir, longe das provocações, mas dentro do pouco sono que sentia.
- Eu sei, eu sei.

- Você parece tão tranquilo quando dorme.
- Estou sempre tranquilo, não tenho preocupações.
- Hum, e você é lindo.
- O que foi? Não precisa me puxar o saco pra comer você. Quer transar, eu sei. - Dizia em tom baixo.
- Não é pra transar que eu digo isso, é verdade. - Riu.
- Uhum. Ficar comigo é gostoso, eu sei.

- Eu não disse isso. - Riu - Mas é sim...
- Bem, vamos tomar banho então.
O maior uniu as sobrancelhas, preguiçoso, porém arrastou-se para fora da cama, assim como o loiro, e ambos retiraram as roupas, jogando-as no chão do banheiro conforme adentraram, logo alguém tiraria dali. Ikuma ligou o chuveiro e sem pensar muito de colocou abaixo dele, esperando pelo maior que adentrou em conjunto.
- Ah, que água boa.
- Hum, você bebeu demais noite passada, não?
- Talvez um pouco, nada muito exagerado.
- Sei, seu bêbado.
O risinho deixou os lábios do loiro, que passou a banhar o corpo com a esponja, meio preguiçoso ainda, e ao finalizar, agarrou-se ao mais alto, e abraçou-o, fechando os olhos novamente, fingindo dormir.
- Ikuma. Ikuma, pare.
- Hum, estou com preguiça.
- Eu percebi, mas eu também preciso tomar banho.
O loiro se afastou e encostou-se na parede conforme via o outro vocalista se banhar, e fitou o corpo dele, por inteiro, e era bonito, até mordera o lábio inferior, embora o outro parecesse se concentrar na água quente e aconchegante.

- Vamos sair, quero fumar e no banho não dá!
- Ué acende o cigarro. - Riu. - Não... Só mais um pouquinho, hum...
- Minha mão está molhada, não dá. Certo, um pouquinho.
Aos poucos, o maior aconchegou-se nos braços dele, sentindo a água molhar o corpo e permaneceu em silêncio, acariciando-o em seus cabelos. Ikuma manteve igual silêncio, apreciando o barulho agradável da água encontrando o corpo e o solo. 
- Ikuma... Eu... - Taa murmurou e abaixou a cabeça, logo virando-se e selou os lábios dele. - Vamos... Vamos sair.
Ikuma retribuiu o toque breve de lábios e assentiu.
- Feche a torneira.
Saiu do box e pegou os roupões ajeitados, vestindo um deles, entregava outro ao mais alto e logo se dirigiu ao quarto. O maior d
esligou a torneira e pegou o roupão, vestindo-o e seguiu o outro, sentando-se na cama enquanto o observava. O menor se sentou no lado oposto do outro homem, e tirou o roupão do corpo, usando o tecido para secar os cabelos.
Taa o observou e sorriu, logo após, os olhos se desviaram a um local qualquer do quarto, procurando palavras que não queriam deixar os lábios. Nem sabia ao certo o que sentia, mas era bom e não sabia como contar a ele então apenas ficou em silêncio.
O loiro se levantou logo após terminar de tirar o excesso de umidade dos fios medianos e loiros. Mesmo nu, caminhava pela casa e foi a cozinha de onde pegou o maço de cigarros e prontamente levou um dos cilindros negros aos lábios, acendendo-o. Aspirou a boa quantidade de fumaça e suspirou.
- Ah... Que bom...

O maior se deitou na cama, repousando a cabeça no travesseiro e observava o teto do quarto, esperando que o outro voltasse. O loiro retornou com os cigarros ao quarto, provendo-se de um deles, entre os dedos o levava aos lábios e deitou-se na cama, apoiando a nuca sobre o macio travesseiro e um dos braços atrás dela.
- Porque está quieta, Lagartixa?

- Estou só pensando. - Riu - Só pensando...
- Hum... Cigarro?
Ikuma expôs a caixa pequena ao mais alto e pousou-a sobre a cama em seguida. O outro p
egou um dos cigarros, levando aos lábios e pediu o isqueiro, acendendo-o e logo deixou-o sobre a cama novamente, tragando o cigarro. O menor passou os instantes em que fumava no silêncio do quarto, ouvindo somente o expelir da fumaça entre lábios, os respirações. 
- Gosto do silêncio... - Comentou, quebrando-o. Apagava a bituca do cigarro no cinzeiro de cristal pesado. - Vamos transar de novo. Estou com fome... Fome de sexo.
Taa entregou o cigarro no fim a ele e levantou-se, sentando-se sobre o outro enquanto o fitava.
- Se quiser... É um prazer, queridinho.

O menor continuou a fumar o restante do cigarro alheio, enquanto os olhos dourados fixaram a imagem sobre o corpo. Empurrou o quadril em sugestivos movimentos, e nos lábios bem desenhados expôs um sorriso travesso, mútuo em malícia. Mordera o próprio inferior e lhe deu uma piscadela.
- Vem, senta bem gostoso...
Sussurrou em mesmo tom maldoso, bem suave, e levou novamente o cigarro aos lábios, tragando. 

Taa sorriu malicioso e retirou o cigarro dos lábios dele, tragando-o e o apagou no cinzeiro. Levantou-se e sentou-se novamente sobre o membro do menor, encaixando-o no intimo e deixando-o adentrar o corpo novamente, gemendo baixo embora fosse dolorido devido a virgindade novamente intacta e os olhos não se desviavam nem um segundo da expressão dele.
As pálpebras do loiro semi cerraram-se ao sentir o adentrar do sexo, e o contrário, a boca se descerrou minimamente num mudo gemido, logo seguido por um igual sorriso ao impresso anteriormente, e agora refletido. As mãos-ambas foram a cintura fina e magra do outro homem, e apertou-o com firmeza no local,  iniciando sem delongas movimentos rápidos, estocando-se nele.
O maior inclinou o pescoço para trás e os gemidos deixavam os lábios, acompanhando o ritmo dos movimentos. Uma das mãos deslizou pela própria coxa, arranhando-a e logo passou pelo abdômen do outro, sentindo a pele fria e macia. Abriu o roupão e expôs o corpo a ele, deslizando a mão pelo tórax.
- É gostoso, Ikuma?

- O que? - Ikuma murmurou, talvez com dificuldade em proferir algo, afinal os movimentos eram tão fortes, que quase engolia a fala conforme os corpos de encontravam. - Você? Você é muito gostosinha, Lady... Apertadinha, e quente... Muito quente...
Erguera o tronco, sentando-se. Os robustos braços foram adornar a cintura do mais alto, apertando-o entre estes e os lábios proporcionaram e deliciaram a pele do homem, lhe mordendo o mamilo, sugando-os um após o outro. 

As mãos do maior se apoiaram sobre os ombros dele, apertando-os levemente e suspirou ao senti-lo tocar o mamilo com os lábios.
- Ah eu gosto tanto disso...
Inclinou o pescoço novamente, mantendo os movimentos por um tempo e logo os cessou, movendo o quadril e rebolou, levantando-se e sentou com força sobre o membro do outro, sentindo-o todo dentro de si e o gemido mais alto escapou, puxando os cabelos dele e o fitou, selando-lhe os lábios mas logo retomou os movimentos.
- É quente é? Que bom que gosta...

Ao movimento de levantar-se e sentar-se ao colo, este não só arrancou gemidos do mais novo cainita, como do mais velho. Porém contraditório ao dele, a voz grave de Ikuma soou suave num grunhido mais contido. Tal ato, voltou a ser repetido, conforme o ergueu no colo e o fez se sentar outra vez, puxando-o com vontade para tornar a envolver com sua intimidade o membro bem rijo que investiu repetidamente na próstata, e adorava a sensação se ser apertado, de ser reprimido com os espasmos do rapaz. Empurrou-o a cama, o fez encontrar o colchão com as costas e postou-se acima dele. O quadril retomou suas investidas indelicadas, e fitou-o de cima, lhe expondo um sorriso depravado. Entre lábios a língua se expôs e moveu-se despudorada em sugestões eróticas.
- É mais gostoso te comer do que qualquer boceta por aí, você me aperta com tanta vontade que parecer ter medo de me deixar sair...
A voz maliciosa proferiu as palavras chulas, certamente a expressão facial era igualmente vadia. Ergueu-se, as mãos seguraram as pernas do vampiro, apertando-as, espalmando-as entre dígitos, e expôs-se diante de teus olhos, 
com os ornamentos fortes abdominais a ter espasmos, marcando-os ainda mais.
- Vem, mete a boca, mete as unhas... faz o que quiser...

Os gemidos altos do maior eram audíveis pelo local principalmente ao senti-lo tocar tantas vezes aquela parte sensível do corpo. Os braços evolveram o corpo dele assim que ele jogou a si na cama, puxando-o e separou pouco mais as pernas, dando espaço a ele entre elas. Os olhos se fecharam novamente, deixando o gemido baixo escapar ao senti-lo adentrar o corpo, ouvindo-o com atenção e o sorriso malicioso tomou os lábios.
- Ah é mesmo? Apertado? Assim?
Contraiu o próprio intimo, gemendo mais alto e ergueu o corpo, puxando-o para si, os lábios encontraram o pescoço dele, beijando-o algumas vezes e uma das mãos deslizou pelo abdômen do outro, sentindo os movimentos prazerosos e cravava as unhas na carne enquanto a outra apertava o lençol entre os dedos.

Ikuma deu continuidade aos movimentos, enquanto sentia as unhas alheias rasgarem a pele e os beijos no pescoço. Uma das mãos deslizou igualmente sobre o tórax do rapaz e lhe prendeu um dos mamilos entre dígitos, empregando força em apertá-lo, porém esta desceu por torso e chegou o sexo ereto do vampiro, envolvendo-o entre dedos e assim como havia apertado um dos mamilos, apertou a ereção, passando a movê-la rapidamente, o masturbando.
- Goza, goza... Vou gozar em você.;.
Mordera a língua, esta expeliu tanto sangue que escorreu entre os fartos e róseos lábios, e cuspiu o sangue acima da mão envolvida no falo do rapaz, sujando-o com o fel, lubrificando-o com o sangue e desfez-se finalmente, deixando todo o prazer invadir o íntimo do maior. 

Os olhos de Taa se desviaram ao próprio tórax, fitando o mamilo entre os dedos dele e mordeu o lábio inferior, gemendo em tom mais alto. Sentia os estímulos do outro e os olhos fitaram o local mas logo os fechou, entregando-se as provocações, aos arrepios.
- Vou gozar... Hum... Vou gozar...
Murmurou e sentiu o cheiro de sangue, mas antes que fizesse algo sentiu o líquido novamente no intimo, deixando o gemido escapar e atingiu o ápice, suspirando e o fitou, tomando-lhe os lábios num beijo, sugando o sangue como se tivesse sede pelo mesmo, mas a sede era pelos lábios dele, sugando-os e mordendo-os algumas vezes.

O menor retribuiu o beijo imediato e tão repentino. Dando a ele o mesmo ritmo sedendo, onde as línguas dançavam numa briga por espaço e roçavam-se depressa. Sugava o músculo flexível e macio, apreciando sua textura fina, e em meio ao beijo o sabor de sangue, mordidas no inferior até apartá-lo com um toque demorado entre lábios.
Taa sorriu a ele após o selo nos lábios e retirou as unhas do local, deslizando a mão numa leve caricia sobre os machucados enquanto o observava.
- Suki dayo... - Murmurou.

- Mo!
O loiro exclamou em concordância ao dito por ele, e talvez por um pequeno tempo surgiu um sorriso simples. O maior a
ssentiu, sorrindo e ajeitou-se na cama, puxando-o para que se deitasse sobre si ao menos até recuperar a respiração, acariciando os cabelos dele.
Ikuma se deitou breve, e suspirou, porém jogou-se logo ao lado do rapaz maior, esticando-se na cama. Taa descansou um tempo do mesmo modo, e logo virou-se de lado, suspirando e o fitou.
- Não me canso disso...

- O que ? De transar?
- Não, de transar... Com você.
- O que... ? - O menor murmurou, expondo um sorrisinho maldoso, enquanto aproximava-se do outro, lhe envolvendo a cintura. - Quer transar de novo?
O maior riu, suspirando e lhe selou os lábios.
- Certamente você tem bem mais energia que eu.

- Ah, que triste... Já não sente mais dor, está ficando abertinho já? - Cessou o abraço e riu, virando-se debruçado na cama.
Taa sorriu malicioso.
- É claro que eu estou sentindo dor, hum. - Fechou o roupão. - Mas não é tão insuportável...

- Hum... - Ikuma riu preguiçoso e puxou o lençol sobre o corpo, escondendo-o.
O maior riu e puxou também o edredom, ajeitando sobre o corpo do outro e a mão deslizava pelas costas dele, acariciando-o, apenas sentindo a pele.
- Tire esse roupão... - Suspirou. - Me deixa com agonia te ver coberto usando ele.
- Porque com agonia, hum?
Taa sorriu a ele e retirou o roupão, jogando ao chão do quarto.

- Porque certamente está molhado.
- Hum... Tomamos banho e agora vamos ter que tomar outro... - Riu.

- É, Mas desta vez é rápido. A não ser que queira transar de novo... Te como na boa.
- Mas que fogo, caralho, sossega.
- Porra, não há nada melhor que transar, cara.
- Eu sei que não. Mas só estar com você ja esta bom..
- Hum, prefiro transar.
Taa suspirou.
- Hum, ótimo, vem. - Virou-de de costas a ele.

- O que ? Te abraçar ou te comer?
- Me comer. - Estreitou os olhos.
O menor riu entre lábios cerrados, e aproximou-se do rapaz de costas, colando as formas corporais as dele e apertou-o conforme um dos braços lhe passou acima do corpo, unindo-o ainda mais ao próprio. Roçou os lábios sobre a cútis suave e pálida, na região do ombro e deslizou os fartos aos pescoço, chegando o orelha, qual arfou e contornou sua cartilagem com a úmida língua, porém voltou ao pescoço onde continuou a roçar os lábios, dando um suave contato em tez. Em todos os movimentos sem pressa.
- Daisuki... - Sussurrou. 

Taa arrepiava-se com os toques na pele, adorava os lábios do menor e como eles o deixavam louco só de pensar em tê-los novamente contra os próprios, deslizou a mão pelo lençol e apertou o mesmo, abrindo um pequeno sorriso ao ouvi-lo.
- Eu também.

Um sutil riso, dado pelo loiro soou nasal, e deslizou a língua sobre a pele agora não molhada, umedecendo-a sutil com o rastro de saliva, movimentos e atos sem pressa, saboreando o pescoço, mordendo-o fraquinho, sem perfurações e cessou.
- Não vou te pegar, descanse...

O maior assentiu, encolhendo-se, acomodou-se nos braços do outro e a mão segurou a dele. Ikuma suspirou preguiçoso, e permaneceu próximo daquele modo, cerrando as pálpebras. Taa permaneceu em silêncio alguns segundos e fitava um ponto qualquer do quarto até que fechou os olhos.
- Aishiteru... - Murmurou quase inaudível.

- Hum? - Murmurou indagativo, referindo-se ao murmurio do maior. - Ai o que? Alguma coisa dói?
- Não... A-Ai...Aishiteru.
- ...
Ikuma permaneceu em silêncio, ponderando sobre o dito e ao que dizer sobre ele, um sorriso nasceu nos lábios, claro, travesso, iria brincar como sempre, porém este morreu, não sabia o que dizer, muito menos se seria inoportuno brincar, então o máximo que pode dizer.
- Hum?

Taa se manteve em silêncio e apenas negativou ao ouvi-lo. O menor apertou-o breve entre os braços, num pedido mudo por explicação, apesar de não saber se explicação era realmente necessário. Porém, acabou descontraindo.
- Eu sei que me ama, Lagartixa. Também te amo, você sabe...

Taa sorriu, mas permaneceu em silêncio, apertando a mão dele e entrelaçou os dedos aos do outro, que também permaneceu quieto, ponderando sobre o que havia acabado de dizer.
- Ama, hum...? - Murmurou.
- Claro. Amo, você que me odeia, e não é nem sincero, mantenho meu ditado pra você, Lady... Amor e ódio de mãos dadas.

- Digo que te odeio quando me irrita... Mas eu amo quando faz isso...
- Quando faço o que ? Te irrito? - Riu. 
- Uhum...
- Gosta que eu te irrite?
- De certo modo.
- ...Por quê?
- Não sei... Eu gosto de tudo que você faz...
Ikuma levou uma das mãos a testa do maior, verificando falsamente sua temperatura.
- Acho que não te fiz um vampiro, hein cara... Deve estar zoado, doente.

- Por quê? - Virou-se pouco, fitando-o.
- Está muito mansinho hoje.
- Estou tentando dizer o que eu ando pensando... O que eu ando sentindo.. Mas não consigo.
- Estou te fazendo bem... Certo?
- Hai.
- Fácil.
- Mas parece pouco dizer que esta me fazendo bem, somente.
Ikuma suspirou e fechou os olhos. Levou uma das mãos ao rosto do rapaz e aproximou os lábios aos dele, tocando-os e o beijou. Taa retribuiu o beijo do outro, fazendo uma leve caricia na mão que segurava mas logo cessou o beijo com alguns selos, virando-se novamente.
- Vamos dormir?

- ... Certo, vamos.
- Desculpe, hum... Sei que não gosta disso.
- De que?
- Que eu... Fale dessas coisas, quando eu disse da outra vez nós discutimos...
Iie.. Não gostei que dissesse, porque não foi capaz de dizer que havia esquecido do outro rapaz. Consegue dizer que o esqueceu agora?
O maior assentiu e virou-se novamente, fitando-o.
- Entende agora?
- Entendi.

- Hum...
- Ikuma... Eu quero estar sempre com você se eu puder... - Sorriu. - Mesmo você sendo irritante, e chato... E... - Riu.
O menor riu.
- Ah, daqui a pouco vai querer casar comigo, cara. Tá estranho isso aí hein.

- Claro, casa comigo, Ikuma?
- Caso. Vá preparar seu vestido de noiva.
- Vou casar de terno, se incomoda?
- Me incomodo. Não te quero, sai fora.
- Ta, nem queria mesmo.
- Quer sim, eu seeeei!
- Nunca quis.
- Aham, tô sabendo.
- Que bom. - Taa riu e ajeitou-se na cama, fechando os olhos. - Boa noite, boneca.
- Não negue, verme... Você me quer, eu sei. Olhe pra mim e diz que é mentira.
- Não, eu te quero mesmo.
Ikuma riu baixinho, maldoso. 
- Sabe que nunca menti pra você, não é, barbie?
- Hum, Barbie...? Quer ser o Ken então?
- Quem?
- Ken!
O loiro riu com a provocação, talvez o trocadilho, ou o nome do guitarrista da banda, retrucando a provocação do vampiro. 

- Quem? - Riu. - Parei. Hum, por mim tanto faz, ele parece ser meio idiota.
- Então quer ser ele então, é?
- O Ken eu sou, mas estava falando do guitarrista da sua banda mesmo que é meio idiota.

- Você é o Ken, é?
- É, sou o seme daqui.
- Você não é o Ken, sou uma barbie sem namorado, falta um Ken pra mim.
- Tô aqui, poxa.
Ikuma gargalhou.
- Está querendo ser minha namorada, é? Digo, namorado?

- Namorado não, namorada mesmo, eu me visto de travesti e... É obvio que é namorado.
- ...E você já não é travesti?
- Travesti é o caralho, Ikuma.
- Porra, eu jurei que você era travesti, cara... - Tornou a rir. 
- Imbecil. Então barbie...
- Sério! Ainda mais quando se veste mais afeminado, fica mais bonitinho... Mais apresentável... Até porque eu não curto um cara muito macho, tá ligado?
- É eu percebo, nem você parece ser muito macho.
- Ah, é?
- Pois é.
- Beleza, Trava... Boa noite!
- Hã... - Sorriu e virou-se. - Durma bem.
Ikuma virou-se igualmente, pondo-se debruçado, deixando o braço pender ao lado da cama, arrastando os dedos sobre o felpudo tapete.
- Você também. - Falou baixo.

O maior resmungou ao senti-lo se afastar e ajeitou-se na cama, aproximando-se mais dele.
- Que foi trava? Acostumou a dormir agarradinho, é?
- Não, está frio.
- Uhum, estará ainda mais quando for pra sua casa.
- Hum, como você é chato...
-  Mas não é verdade? - Riu.
- Está me expulsando é?
- O que? pretende morar aqui por acaso?
- Ué, vamos casar.
O loiro riu.
- Amanhã eu te deixo em paz... Boa noite, princesa.
- Claro, só não vá chorar muito quando for, hum.
- Pode deixar que eu choro em silêncio, nem vou te incomodar.
- Ah, certamente não vai incomodar, afinal, vai estar na sua casa. - Riu outra vez.
- Morra, Ikuma. - Fechou os olhos, mantendo-se em silêncio.
- Awn, que adorável... Vou morrer, mais um pouquinho.
O maior arqueou uma das sobrancelhas.
- Não morra não, eu não vivo sem você.

- Você já está morto também.
- Um pouco vivo.
- É, um pouco.
- Então...
- Durma!

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