Naoto e Kazuya #17


- Ah, Oi Kazuki...
O moreno murmurou ao pequeno, transferindo a baixa voz, porém suficiente a ser audível pelo aparelho telefônico, ao garotinho cujo atendido o telefone. Havia pensado em ligar pra ele, foi assim que se deu conta de que sequer tinha seu número de celular ou telefone, se não fosse pelo irmão caçula de fazer o favor a si de passá-lo.
- É o Naoto. Kazuya está aí?

- Ah oi Naoto-san! Eh? Ah, o aniki esta no banho. - O pequeno falou a desviar o olhar a porta do quarto, e viu o irmão sair ao ouvir o nome do outro. - Quer deixar um recado? Ah não, espere. Ele está vindo correndo. De toalha. Kazu! Não quero ver seu...
O loiro pegou o telefone da mão do irmão e estreitou os olhos a ele a vê-lo sorrir e voltar ao quarto.
- Oi Naoto.

- Hum... Tudo bem. Não preciso deixar recado, apenas... - Dizia o maior no cesso ao ouvir suas palavras e os ruídos vindos através da linha - Correndo...?
Murmurou confuso, e quase podia imaginar a situação do louro a correr sem roupa pela casa, até que o devaneio fosse rompido por sua voz ressoada abafada no telefone.
- Hum... Oi, Kazuya. 

Murmurou outra vez, porém audível noutro lado. Talvez quase não tivesse palavras a dizer, mesmo que tivesse algo para falar, justamente a primeira ligação que viera a ter feito para ele.
- Hum... O que está fazendo? Exceto... Correr nu pela casa.

Kazuya ouviu a voz do outro e abriu um enorme sorriso, mesmo para si, ficara tão feliz que ele havia ligado, ou talvez ficara feliz por saber que ele pensava em si. Desviou o olhar ao irmão que observava a si com um sorriso malicioso nos lábios e lhe indicou a porta do quarto para que voltasse.
- Hum? Ah, eu estava tomando banho... Eu não estou... Correndo nu pela casa. - Pigarreou.

Talvez um tênue sopro houvesse soado pelo telefone de Naoto, em resposta ao riso silencioso e nasal diante de sua discórdia no comentário. Recompôs-se e então tornou se voltar à ele, na linha.
- Seu irmão disse que não queria ver o seu...

- É, eu sei... Mas estou de toalha, não... Pelado.
- Hum. - Murmurou entendido e tornou fazer um breve silêncio na linha, como se formulasse algum possível assunto. - Bem, o que vai fazer hoje?
Kazuya esperou, pacientemente pelo tempo que fosse enquanto ele manteve-se em silêncio e sorriu ao ouvi-lo novamente.
- Eu ia só ficar em casa. Por que?

- Quer sair um pouco?
Naoto o indagou e fora preciso, tornando a deixar o silêncio da linha afim de que lhe ouvisse a resposta. O loiro p
onderou por um pequeno tempo a desviar o olhar a porta do irmão.
- Claro.

- Você não quer? - O menor tornou perguntar, visto que o minuto que demorou a responder.
- Iie, é que o Kazuki vai ficar sozinho de novo.
- Ah... Tudo bem, se quiser pode levá-lo, eu... Levo o Naoyuki.
- Iie. Será que eu poderia deixar o Kazuki aí? Acho que ele adoraria ficar jogando vídeo game com o Nao ou coisa do tipo.

- Acho que podemos levá-los... Se quiser ir fazer algo como parque ou... Zoológico, eu acho que eles iam gostar.
- Pode ser então. - Sorriu.
- Bem, nos encontramos no centro então. Dentro de uma hora.
- Uma hora? Ta bem. Eu... Vou colocar uma roupa.
- Pouco tempo?
- Não, é perfeito.
- Hum. - Naoto murmurou assentindo e indicou ao irmão, mesmo manualmente que fosse ao banho. - Até logo.
- Até. Hey... Eu... Amo você. - Falou baixo.
- ... Eu também.
O moreno falou baixo, suave, não que tentasse ocultar a voz, apenas suavizou-a e posteriormente o deixou desligar o telefone, a que assim pudesse trocar as roupas, visto que a pouco havia se banhado, talvez até tivesse alguma toalha sob o ombro, e seguiu ao quarto. Kazuya s
orriu consigo ao ouvir a resposta dele e desligou o telefone.
- Eu te amo? Com esse sorriso bobo? Eu sa-bia!
- Hey, sei nanico, vá se trocar se quiser ver o Naoyuki.
- Nós vamos sair com eles?! Ta bem!
Falou o irmãozinho do loiro a correr ao quarto e o maior fez o mesmo, seguindo ao próprio quarto onde se vestiria.
Naoto se fez defronte a seleção de camisas, observando-as num encarar pessoal, afim de que alguma chamasse a própria atenção. Já havia colocado uma calça preta, o calçado, e manteve os cabelos roxeados que já secos, soltos. Observou o irmão puxar dali uma camisa regata branca e de algodão, sugerindo-a.
- Regatas ficam bem em você.
Dizia com um sorrisinho e já usava um short e uma camiseta, expostamente seletivas. Naoto s
entiu a mãozinha agarrar a camiseta enquanto passeava pelo caminho em direção ao centro, que dali, poucos minutos de caminhada. Tinha como referência o terminal de ônibus, próximo de um calçadão onde transitava pessoas e principalmente, casais. Segurou a mão do menor, e seguiu rumo até lá.
Kazuya segurou a mão do irmão pequeno, logo ao sair de casa e seguiu um caminho calmo até o local, apesar de tudo, se apressou para não se atrasar, e mesmo antes de chegar, pôde ver ambos atravessando a rua, e achou tão fofo e pequenininho junto dele, mesmo que talvez fosse o mesmo caso próprio.
- Aonde você prefere ir?
O maior indagou ao irmão a transitar pelo fluxo de pessoas até o outro lado da rua conforme o sinal os permitia prosseguir. Avistou a fonte central, e seguia como planejava a se sentar ali.
- Hum... Acho que gosto dos dois, difícil decidir.

Kazuya aproximou-se do outro, abrindo um pequeno sorriso e sentou-se ao lado deles por fim.
- Eu acho que o zoológico é mais legal.

Naoto se sentou e logo observou a silhueta que passava a se pôr igualmente no lugar, e ao lado, denotando a presença conforme sua voz, e o habitual aroma emanado da tez com um leve perfume.
- Oi. - Sibilou quase sem altura.

O loiro sorriu a ele e aproximou-se a lhe selar os lábios, deslizando por um breve momento a mão pelo seu rosto a sentir a pele macia.
- Oi.

Naoto retribuiu seu breve toque, num estalo levinho, e observou o caçula que já tocava a mãozinha do outro, e assistira-o enrubescer. O loiro riu baixo, sutil a observar os pequenos e desviou o olhar a ele em seguida.
- Você está lindo.

O maior voltou-se brevemente as próprias roupas e deu de ombros.
- Não é como se eu fosse uma mulher que pode se "pintar" e melhorar em alguma coisa. - O observou na conclusão. - Você também está.

- Obrigado. Mas... Não estou muito diferente do habitual.
- Justamente.
- Não seja bobo. - Sorriu.
- Yuki gosta quando uso regata. Ele quem escolheu pra mim.
- Hum, fica bem bonito mesmo... Aparecem seus braços. Não havia reparado que eram tão fortes.
- Não são... fortes.
- São sim.
- Nós podemos ir? Aonde você prefere?
- O zoológico. - Sorriu.
- Então vamos? - Sugeria ao se levantar.
O maior assentiu e levantou-se junto dele.
- Kazuki também quer ir ao zoológico? - Naoto indagou ao irmãozinho do outro, que até então não havia falado.
- Quero sim!
O moreno assentiu igualmente e dirigiu-se com os demais até o terminal aonde pegariam o ônibus. Kazuya tentou segurar a mão do irmão, porém sentiu o puxão e desviou o olhar a ele.
- Aniki... Eu seguro a mão do Yuki.
- Tá bom então, se quer assim. - Riu.
Naoto observou os menorezinhos, que andavam com minúcia e agora se colocavam a frente, com as mãozinhas dadas caminhavam.
Kazuya sorriu e observou a mão do outro, hesitante em segurá-la, e riu consigo mesmo por pensar que estava mais tímido que o irmão. Segurou a mão dele por fim e entrelaçou os dedos aos dele.
O menor sentiu a leveza dos dedos roçando o dorso da mão, e por fim seu toque firmar num entrelace que buscou. Voltou-se brevemente ali, e passou a caminhar.
- Eh? É o Naoto? Está com o Kazuya... Estão de mãos dadas. Ele fica diferente com cabelo solto.
E do lado podia-se ouvir os cochichos, o qual observou de esguelha mas sem sucesso de ver seus rostos apenas deu de ombros e segurou no ombro do caçula conforme atravessavam a rua até o terminal que adentrou.

Kazuya desviou o olhar as garotas ali perto e estreitou os olhos apenas, esperando que o outro não ouvisse os comentários ou não desse tanta atenção. Adentrou o local junto deles e dirigiu-se logo ao ponto onde esperariam o ônibus. Naoto subiu no ônibus assim que dada sua chegada no terminal, e com a passagem dirigiu-se com os menorzinhos até os assentos do fundo e se quer havia prestado atenção aos demais. O loiro seguiu a deixá-lo passar antes de si e logo sentou-se no assento ao lado dele, assim como os pequenos fizeram.
- Eles são uma graça, não são?
- Se crescerem assim, se darão bem.
- Sim, espero que eles consigam ficar juntos até mais velhos.
- Vão se conhecer bem.
- Hai.
Naoto recostou-se no banco de com a face de lado, visualizava o caminho percorrido através da janela, correndo pelas vistas, pelo lado de fora. O maior desviou o olhar a ele, observando atencioso todo o corpo dele, e queria tocá-lo, queria senti-lo, porém como o faria ali? Suspirou e fechou os olhos por alguns segundos, deslizando uma das mãos pela coxa dele e segurou-lhe a mão.
O menor voltou-se ao outro conforme seu vago passeio sob a coxa, até por fim causar um entrelace nos dedos. Não deixando de haver um pequeno susto, o que não expôs, na expectativa ou talvez na possibilidade de que aquele toque fosse além do gesto sutil. E voltou-se a janela por fim.
- Quero você.
Kazuya murmurou, somente para ele e encostou igualmente a cabeça no encosto do banco, observando-o, mesmo que não tivesse o olhar dele pra si. Naoto o
uvira seu murmuro, o qual fez com que a ele se voltasse, porém vagarosamente, e da mesma forma com que ele no banco se acomodava, estava.- Desculpe. - Murmurou e riu baixinho.
O menor silenciosamente o observou, sem negar-se a ele ou alegar querer o mesmo. Levantou-se quando deu o ponto e dispôs a ele ainda o toque entre os dedos.
- Yuki, vamos.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário