Ikuma e Taa #31


- Mas que falta de senso de humor, lagarta.
Disse o loiro a se voltar ao banheiro e selou os lábios do maior, suavemente. Taa mordeu o lábio inferior, ajeitando-se e inclinou o pescoço para trás, repousando a cabeça sobre o ombro dele com cuidado, uma das mãos foi até os cabelos do outro, puxando-os levemente e guiou-o até o próprio pescoço.
- Vai... Me mate... - Riu baixinho, malicioso. - Não sabe o orgasmo que eu sinto quando crava as presas na minha pele...

- É porque tudo que eu faço se torna extremamente prazeroso.
Ikuma sussurrou sobre a cútis pálida do rapaz, enquanto os fartos a roçavam, na região do pescoço, deslizando a pequena curva entre ele e ombro. O maior s
uspirou, segurando os cabelos dele com força entre os dedos, arrepiando-se ainda mais ao senti-lo roçar na pele.
- Faça...

- Não. Não quero. - O menor negativou, ainda com os toques suaves de lábios em pele.
- Por quê...?
- Porque não. - Ikuma sussurrou ainda, deslizando a língua naquela pequena curva.
Taa puxou os cabelos dele, selando-lhe os lábios. Ao ser puxado, Ikuma erguera a face, tornando-a paralela à alheia e assim lhe retribuiu o toque.
- Hum, que grosseiro. - Sussurrou e expôs um riso baixo, habitual.

O menor riu baixinho, mordendo-lhe o lábio inferior.
- Faz... - Murmurou.

- Não. - Tornou a sussurrar. - Vai ficar na vontade.
- Tá.
Taa saiu do local, irritado pelo modo como o outro agia, pegou a própria toalha e enxugou o corpo, seguindo ao quarto. Ikuma o
bservou-o deixar o banho e negativou. Permaneceu algum tempo na água, deixando-a cair no corpo, agradável, somente minutos depois, ainda assim relutante, saiu do banho. A toalha era envolvida na cintura, enquanto a outra secava os fios medianos e claros, afagando-os. Olhou o outro, breve e deixou a toalha úmida sobre o móvel, buscando a peça íntima, substituindo o tecido em cintura, pela boxer de elastano preto. 
Assim que voltou ao quarto, o maior pegou um dos shorts no armário do outro e vestiu, sentando-se na cama e a toalha secava os cabelos longos, levantando-se e levou-a ao banheiro, voltando ao quarto e deitou-se na cama, fechando os olhos.
Ikuma levou ambas a toalha igualmente ao banheiro e retornou ao quarto. Sentou-se na beira a cama e pegou o maço de cigarros sobre o móvel baixo do lado dela. Levou um dos cilindros brancos aos lábios e acendeu-o com o zippo, deixando ambos no criado-mudo. Olhou o rapaz deitado outra vez, breve, e levantou-se, fora a área, onde permaneceu até terminar o cigarro e sentia o vento eriçar a pele, mesmo que não o sentisse tão frio.
Taa se levantou algum tempo depois que o outro saiu e suspirou, caminhando junto a ele, observando-o em suas atividades descontraídas.
- O que foi?

- Nada, só estou fumando. - Disse ao voltar o olhar a ele.
- Hum... - O maior estendeu a mão, pedindo o cigarro.
Ao pedido, Ikuma tragou o cigarro mais uma vez, e o entregou ao outro. Taa tragou o cigarro e permaneceu a fitar o outro, observando a pele levemente arrepiada.
- As vezes é péssimo não sentir frio e nem calor como um humano...

- ... Já nem ligo mais, nunca me senti como um.
- Hum...
O maior tragou o cigarro novamente e entregou a ele, voltando a adentrar o quarto.
- Vou te esperar na cama.
Ikuma pegou o cigarro, e continuou sem atenção a qualquer lugar que não fosse a noite. Levava-o aos lábios, enquanto as íris claras permaneciam submersas em algum ponto que roubava totalmente a atenção,  e as vistas, nublavam-se mínimas a cada vez que expelia a fumaça do cigarro, já quase em seu fim. Alguns tragos a mais, sequer se deu conta que fumava o início do filtro, somente quando foi capaz de sentir a pele queimar, e acordou dos devaneios, jogando o cigarro no solo. Levantou-se resmungando e levou o dedo a boca, o umedecendo com saliva. Voltou a cama e arrastou primeiramente as mãos no colchão para poder se deitar, jogando-se nela em seguida, e sem delongas buscou agarrar a cintura do maior, afinal... Dormir debruçado quase era impossível, a não ser que estivessem brigados, caso contrário, ele pediria pelo abraço, mas hoje, não seria necessário.
-  Sinta calor quando transamos, isso é suficiente por todo calor que poderia sentir.

Taa deitou-se na cama, observando um local qualquer e esperava o outro terminar o cigarro. Assentiu ao ouvi-lo, aproximando-se ainda mais, colando o corpo ao dele e segurou a mão do loiro em volta da própria cintura.
- Você me ama? - Murmurou, acariciando levemente a mão que segurava.

- Você sabe que eu amo.
Ikuma afirmou, passando a acariciá-lo, com a mesma mão onde recebia a carícia. O maior s
orriu, levando a mão do outro até o próprio peito, deixando-o sentir o leve pulsar do coração, entrelaçando os dedos aos dele. Taa não sabia, mas aquilo significava o mesmo que ele havia dito: O amava.
- Não faz isso... - O menor murmurou. - Me dá vontade de apertar os seus mamilos. - Riu.
Taa estreitou os olhos.
- Obrigado por cortar completamente o meu clima romântico.

- Ah, Perdão, Lagarta... Mas é que, me dá vontade de apertar, morder... Brincar com eles, e assim, vou querer te tocar, de chupar, e... Já estou e pau duro.
- Ô, ninfomaníaco, sossega.
- Você devia ficar feliz.
- Estou feliz, mas não gosto quando quebra o clima, querido.

- Não quebrei o clima, somente disse a minha lagartixa de estimação que eu a desejo.
- Ah que amor... Se você pudesse, transaria comigo todo o tempo. - Riu.
- Tem coisa melhor?
- Não. Nada no mundo é melhor do que sentir seu corpo junto ao meu, princesinha.
- É, eu sei, verminho.
- Egocêntrico.
- Desta vez eu sequer fui egocêntrico, eu disse que concordava com o ponto de vista, porém não quis dizer o mesmo.
- Aham, mas nega que é egocêntrico? - Riu. - Eu sei que você se acha gostoso.
- Eu sou mesmo.
- Tá vendo?
- Não neguei.
- Você é gostoso e eu sou esquelético, pronto.
- É de tanto usar drogas.
- Antes eu tinha AIDS, agora uso drogas, decida-se.
- ... As drogas causam AIDS.
- Eu não uso drogas... E nem tenho AIDS. - Taa suspirou.
- Tem sim, mas fique tranquilo, isso nem te afeta, assim como não afeta a mim.
O maior estreitou os olhos.
- Eu não tenho, babaca.

- Awn... Não fique triste, não vou sentir nojo de você.
- Vou te bater de novo.
- Bata, mas desta vez, aguente.
- Pare de me chamar de fraco, porra.
- Não te chamei de fraco, inútil.
- É obvio que chamou, está fazendo isso o tempo todo.
- Não estou.
- Você sempre me chama de fraco. Diz que eu não aguento nada...
- Não digo isso. O fato de aguentar eu te comendo, já te faz forte.
- Ah, isso eu aguento com maior prazer...
- É... Então, é forte. - Riu.
Taa riu baixinho.
- Minha cabeça ainda dói...

- Já devia estar melhor... Tá vendo? Se não tivesse AIDS já estaria bem.
- Você é muito chato, sabia?
- Sabia que isso me dá estímulos?
- É? Filho da puta, chato, arrogante, inconveniente, estúpido.
- Sim, estimula, e me faz mais chato.
O maior estreitou os olhos.
- Achei que estava falando de outro estimulo, esse eu não quero.

Ikuma gargalhou ao ouvi-lo. 
- Ta achando engraçado, é? - Riu baixo. - Porque eu tô sentindo um volume ai atrás. Vou te dar uns tapas pra ver se aumenta, eu sei que você gosta.
- Eu gosto, adoro.
- Você se excita com meus tapas e eu com as suas palavras... Me fazem perder completamente a cabeça. Certamente se mandasse eu fazer qualquer coisa, baixo no meu ouvido depois de dizer todas aquelas palavras rudes e gostosas que você sempre diz, eu faria.
- Hum, é? vou analisar pra ver se existe algo que eu deseje que faça..
- Pode pedir o que quiser. Se pedisse pra me matar eu me mataria. 
- ... Não terei lucro com isso.
- Só estou dizendo o quanto eu me entrego a você. 
- Oh, claro, não preciso fazer nada pra isso acontecer.
- Tem razão.
Ikuma assentiu com um murmúrio e continuou acariciando o corpo do maior, de leve, bem leve... Aos poucos, apartou involuntário, e acabou pegando no sono. Taa manteve-se alerta conforme os movimentos dele cessaram, fora tudo tão repentino, que nem notou quando também havia dormido junto dele.

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