Kazuma e Asahi #34


Asahi já havia voltado para a igreja, e queria realmente poder ficar com ele na base, não queria precisar se deslocar de um local para o outro, e ainda tinha medo de ficar ali sozinho e que outros soldados se atravessem a invadir o local. Por sorte, ele havia se instalado próximo dali com suas tropas, e se sentia mais tranquilo por isso, mas era triste não poder vê-lo sempre. A única coisa boa era que conseguia vê-lo de onde estava, na torre, e como estavam próximos, conseguia vê-lo até muito bem, fora quando arrumou um binóculo, há muito guardado numa caixa num dos quartos, e não queria admitir para si, mas como ele era útil, principalmente quando o outro se dava ao luxo de mergulhar num lago próximo de manhã, para fazer alguns exercícios acreditava, mas aquele corpo com certeza era um pecado para si.

Haviam finalmente mudado todo o alojamento móvel até os arredores da igreja, tornando-o próximo, no entanto, de modo que não causasse danos à igreja no caso de um ataque. Era típico dos soldados quererem breves comemorações, nada extravagente, apenas bebida, comida e conversas, Kazuma não poderia negar aos homens um pouco de diversão diante daqueles anos caóticos. O cheiro suave de comida assada provavelmente atingiria a igreja. Talvez até mesmo tropas inimigas, mas estavam preparados para batalhas, sempre estavam.
De lá de cima, Asahi podia sentir o cheiro da carne e demais coisas que eles faziam, queria descer e correr até ele, mas como poderia? Ele pararia a si novamente, questionando o porque, então tudo que poderia fazer era esperá-lo, como uma princesa presa numa torre. Vestia roupas casuais, ele mesmo havia pedido que não usasse mais a batina, não combinava mais consigo, então havia adotado a calça preta simples junto da camisa branca de botões.
Dois dos homens se prontificaram a seguir com o moreno, levando parte do alimento até a igreja. Suficiente para alguns idosos e crianças, que não muito comiam. As enfermeiras alojadas sob o teto sagrado e mesmo o padre por lá, ou o que quer que houvesse se tornado o rapaz.
Ao ouvir o barulho na porta, o loiro desceu as escadas correndo, havia até deixado o binóculo sobre o parapeito, e ao correr, observou o soldado que trazia os alimentos assados para os moradores da igreja, não se interessava pelos soldados, mas por ele sim, e estava ali, ajudando a distribuir a comida. Toda vez que o olhar cruzava com o dele, era quase mágico, para si era, talvez para ele não tivesse tanta importância, mas gostava de seus olhos cinzas, que quase cintilavam na luz.
- Kazuma...

- Boa noite, Padre. - Disse o maior ao garoto ao vê-lo descer e alcançar a si e os demais. Observara suas roupas, calça e camisa e já havia se habituado com seu novo modo de trajar roupas diferentes. - Hum, parece bem.
Asahi desviou o olhar as próprias roupas, observando-as e sorriu a ele.
- Obrigado... Você também.

- Bem, estou indo. Coma alguma coisa.
- Iie! Posso ir com você? Por favor.
O maior fitou o louro em sua manifestação, e sorriu de canto ao mover a cabeça, indicando o caminho.
- Então vamos.

Asahi sorriu e seguiu com ele para fora da igreja, esperando se afastar aos olhos dos outros e por fim, segurou a mão dele no lado de fora. Ao seguir caminho a fora, Kazuma sentiu o toque da ponta de seus dedos na mão, arqueou a sobrancelha ao fita-lo em seguida, sem entender o motivo do contato.
- Hum?

- Não posso... Segurar a sua mão?
- Por que segurar minha mão, padre?
O loiro soltou a mão dele, devagar e desviou o olhar.
- Desculpe.

- Você é como uma criança. - O moreno disse e bagunçou-lhe os cabelos louros, já maiores do que costumavam ser, embora ainda fossem considerados cabelos curtos. - Que tal um pouco de vinho quente, criança?
- Hum, eu vou adorar. - Sorriu. - Faz tempo que não bebo vinho!
Asahi o observou ao sentir o toque nos cabelos, e não queria sentir que ele via a si como uma criança, queria parecer alguém mais velho, alguém... Desejável.
- Então vamos, pode provar com pedaços de gengibre em infusão, fica bastante ardente.
- Ardente? - Murmurou e sentiu uma sensação estranha no peito, talvez uma batida mais forte, e associava aquela palavra a ele de alguma forma, ele era assim para si. - Quero experimentar.
O maior sorriu ao louro e seguiu com ele em meio aos soldados, buscou a vasilha de vinho que borbulhava a ser aquecido o qual lhe serviu num copo.
- Tome cuidado, queima fácil.

Asahi aceitou o vinho e sorriu a ele meio de canto.
- Tudo bem, obrigado.
Murmurou e observou os soldados ao redor, e riam, brincavam, brincadeiras meio estupidas até, mas achava graça, agora era finalmente, um homem normal. Kazuma f
itou de soslaio sua mesma direção visual, posteriormente voltado a ele.
- Já estão um pouco felizes com o vinho.

- Eu percebi. - Asahi riu baixinho e assoprando o vinho bebeu um gole. - Hum... Que delícia!
- É o que cuida do frio em dias mais nebulosos.

- Eu posso aquecer você.
O loiro falou a ele, e não era efeito do vinho, isso era óbvio, mas como queria parecer menos criança, talvez quisesse fazê-lo lembrar como se sentia quando estava consigo na cama.

- O que ele falou?
- N-Nada...
Kazuma fitou o padre com sua declaração incomum, embora não fosse algo realmente erótico, era atípico para ele. Ouviu a pergunta do soldado, talvez participando indiretamente da conversa. 
- Certamente pode, padre.
Asahi desviou o olhar a ele e sorriu de canto.
- É tão bom quanto o vinho? - Murmurou, bebendo mais da bebida.

- Quem sabe, garoto.
O maior disse, plantando a semente da dúvida no outro, e deu-lhe um sorriso canteiro, seguindo o caminho a tomar para si um igual copo com vinho e completar o dele. Asahi s
orriu e assentiu, sabia que talvez ele não pudesse dizer por estar ali junto deles, e novamente, bebeu o vinho do copo, que parecia aquecer o corpo de forma estranha.
- Vamos, coma alguma coisa e poderá ter mais vinho.
- Ah, não estou com fome, obrigado. - Sorriu e bebeu o restante do vinho.
- Você nunca está.
O loiro uniu as sobrancelhas, e abaixou a cabeça por um momento, tinha consciência de que poderia estar muito magro, mas realmente não tinha fome, talvez, tivesse a cabeça muito ocupada todo o tempo.
- ... Talvez um pedaço de carne.

- Não vou força-lo a comer.
Kazuma disse e bebeu o restante do vinho, levando um tanto numa garrafa para o próprio aposento.

- Hai...
Asahi murmurou e levantou-se junto dele, mesmo sem ser chamado, e era meio incomodo saber que ele não se importava muito consigo, não sabia de aquilo era normal e não lembrava mais, ou se havia começado a acontecer depois de ter dito a ele que o amava.

Ao abrir passagem, Kazuma cedeu a ele a entrada no aposento e após adentra-lo igualmente, fechou a porta, acendendo a baixa luminosidade. Não tinha intuito de soar grosseiro, como se o ignorasse, mas o havia aceitado como companhia e não conhecia ninguém mais além de si por lá, portanto, julgava não ser necessário chama-lo.
- Você... Quer que eu vá embora? - O loiro murmurou a adentrar o local, bebendo o restante do vinho no próprio copo.
- Não teria deixado vir se não quisesse, Asahi. Fique à vontade. - Disse o moreno, indicando o quarto já conhecido por ele.
- Hai...
O menor murmurou e sentou-se na cama, devagar, visto que já era o segundo copo que bebia de vinho, e se sentia meio tonto.

- Veja o que chegou por aqui esses dias.
Kazuma disse ao garoto e buscou entre as coisas a pequena caixa onde um pequeno doce em formato arredondado descansava numa folha. Embora houvessem mais unidades daquele, pegou um e levou ao garoto.
- Parece que enviaram algo diferente.

Asahi ergueu-se, curioso a observar o doce indicado por ele e uniu as sobrancelhas.
- O que é isso?

- É um doce, experimente.
O loiro assentiu e pegou o docinho, levando-o aos lábios e experimentou.
- Hum... Oishi.

Kazuma sorriu a ele.
- Quer mais um? Tem mais alguns, poderá levar para as crianças.

- Hai, por favor. - Sorriu a ele e estendeu o copo, pedindo mais do vinho.
O maior voltou a busca do pequeno confeito e deu-lhe em sua mão, assim como um pouco mais do vinho, que até então não policiou sobre seu estado. Podia notar o rubor de seu rosto, mas o que era comum para um japonês com álcool.
O menor sorriu a ele e assentiu num agradecimento, comendo mais um dos docinhos e bebeu pouco mais do álcool que já alterava a si pouco além da conta.
- Posso te dar uma garrafa desse antes de ir, padre. Parece feliz com isso.
- Hum, é delicioso!
- Posso... Posso ver o que você tem no armário?
- Por quê? - O maior indagou em sua pergunta estranha.
- Sou curioso. - Levantou-se, apoiando-se na parede e seguiu ao local.
- Não mexa, Asahi. Não gosto de bagunças.
- Eu não vou bagunçar.
O loiro murmurou e abriu uma das portas, observando ali suas camisetas, regatas e partes do uniforme tão bonito que tinha. Fitou também alguns objetos estranhos, que não fazia ideia do porque guardava no armário e pegou ali o chicote longo, que mais parecia pertencer a um fetiche e não fazer parte do uniforme militar.
- ... O que é isso?

- É um chicote, como acha que é, Asahi.
- Mas por que você tem isso...? Quer dizer, bate nos soldados com isso? - Riu baixinho.
- Se eu estiver a fim, certamente.
- Eu adoraria ver isso. - Asahi murmurou, e aquilo era certamente parte do álcool, não era natural de si dizer que queria ver pessoas apanhando. - Estou com calor...
- Hum, parece que precisa parar com o vinho, é tão fraco, padre.
- Eu não sou fraco... - Murmurou, observando o objeto. - Isso... Dói?
- Abaixe a calça que te mostro.
- Sério?
- Sim, tire.
- Hai...
Asahi murmurou, e era o mínimo da própria sanidade indo embora. Entregou a ele o chicote e abaixou a calça que deslizou pelas pernas até alcançar o chão.

- Encoste os joelhos na cama, de quatro, ergue a bunda. - Disse o maior ao aceitar o chicote e com ele mesmo indicar ao rapaz onde se acomodar.
O loiro assentiu e seguiu até a cama, ajeitando-se ali, de quatro como indicado e empinou o quadril, repousando o tronco sobre a cama, e de alguma forma, mal podia esperar para sentir o estalo na pele.
Kazuma caminhou até ele e parou atrás de seu corpo tão entregue. Tocou a ponta do chicote e puxou-o sentido contrário, no entanto soltou e não teve delonga para alcançar sua pele e estalar sobre ela. O outro sentiu o estalo, que ao contrário do que pensava, não fora com tanta força e estremeceu de modo sutil, unindo as sobrancelhas apenas.
- Hum... Kazu... Não doeu.

- Calma, Padre. Não vá com sede ao pote.
Disse o maior e fora abafado com mais um estalo, que aquecera sua pele ao marcar com o local exato onde atingido. 
O gemido deixou os lábios do loiro, pouco mais alto e encolheu-se, sentindo a pele arder, porém nada que não tivesse costume, e novamente, empinou o quadril.
- Motto...

- Cala a boca.
Kazuma retrucou, não via seus pedidos como pedidos, mas como ordens e não gostava. Não tinha vontade de fazer o que era pedido, não tinha graça. No entanto, voltou a acerta-lo.

- Ah!
Outro gemido alto deixou os lábios do menor e uniu as sobrancelhas, voltando a se encolher, e dessa vez tinha sido com mais força que anteriormente, certamente porque o havia irritado de alguma forma, e agora a pele estava bem mais marcado, tanto que não havia retornado a posição.
- ...Itai...

- É o que você quer, padre. - O maior retrucou e voltou a chicoteá-lo, na outra nádega no entanto.
- Ah! Iie!
Asahi gemeu mais alto e agarrou-se ao lençol da cama, e embora dissesse não, a roupa intima apertada o próprio membro marcado na parte da frente, e o pouco exposto das nádegas ardia, quando por fim retirou a peça, se libertando e expondo o corpo a ele.

Kazuma deu-lhe o tempo para despir da roupa, e aproveitou o espaço com sua roupa faltante, foi firmemente gentil, mas acertou o meio de suas pernas, seu membro, com o chicote.
O loiro sentiu o estalo do chicote no local sensível até demais e gemeu, dolorido, agarrando-se a cama e encolheu-de a colocar a mão sobre o local atingido.
- Iie!

Kazuma sorriu, divertindo-se com a pequena concha que formou sobre o membro, tentando protege-lo, claro que não foi impedido de chicotear mesmo sua mão ao atingi-lo ali novamente. Asahi uniu as sobrancelhas e puxou a mão, porém lembrou-se do estalo no local dolorido e novamente a guiou ali.
- Kazuma!

- O que há, padre? Não gosta de dor.
- N-Não aí...
- Dor é dor não importa o lugar. - Disse e voltou a acerta-lo com o chicote.
Asahi encolheu-se mais uma vez e mordeu o lábio inferior, a reação do corpo era bem evidente, apesar de aos poucos perceber que talvez toda aquela dor fosse demais para si, estava excitado e era inegável.
- Kazu... Ah... Você fica duro por me ver assim?

- Não estou de pau duro, se é o que quer saber, padre. Mas não tenho dificuldades em ficar, se você está a fim de dar pra mim.
- Eu quero...
O menor murmurou, empinando o quadril pouco mais e normalmente teria ponderado sobre o dito ou sobre o que iria dizer, mas o sorriso estava na face, meio fraquinho e era evidente que estava bêbado.
- Me fode... Kazu.

- Foder?
Kazuma indagou diante de sua atípica palavra, mas tinha noção do que ela queria dizer. Voltou no entanto a atingi-lo ao chicotear sua nádega, e com a outra mão descer o zíper da calça, sem expor a pele por hora.

 Outro gemido deixou os lábios do menor ao sentir o estalo, porém nem moveu os quadris, mantendo-os daquela forma, ainda o queria, e esperava que não fosse uma forma dele punir a si pelas palavras.
- Hai... Quero você dentro.

- Precisa mais que isso, Padre. - O maior retrucou e voltou estalar o acessório em couro contra sua pele já tão marcada, vermelha.
O loiro uniu as sobrancelhas a encolher-se novamente, sutil e fechou os olhos, abaixando a cabeça, e a voz suave de quem estava alterado pela bebida havia dado lugar a uma voz mais rouca, grosseira, era homem afinal, e aquele logicamente não era a si, não se parecia consigo, o homem que na maior parte das vezes suavizava o meio de falar com as pessoas, afinal, era um padre.
- Mete seu pau em mim Kazuma! Me fode! Me faz gritar pra você, me faz implorar por mais! Por favor...

O moreno fitou o garoto, seu pedido incomum, seu vigor em pedir pelo sexo. Sorriu de canto, não era facilmente afetado pelas palavras, mas adoraria usar isso contra ele no dia seguinte. Podia ver em sua bochecha o rubor do vinho ainda em efeito. Deslizou uma das mãos no cós da boxer e abaixou-a, expondo a ele a parte do corpo que ele queria.
- Vai ter que colocar por si mesmo, padre.

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