Broken Hearts #12 (+18)

- Iie... E-Eu não quero! Não! Não vou deixar...
Yori murmurou e tinha medo era da dor mesmo, não de transar com ele, era experiente e realmente devia saber causar bastante prazer em si, sem contar que sempre o achara lindo, mas não tinha coragem, então ao ouvi-lo, encolheu-se e contraiu-se a tentar impedir que ele não adentrasse o corpo.
- Uh.
Hideki ruiu num riso de quem não se importava, e claro que ainda que se forçasse, conseguiria penetrá-lo ainda que não quisesse, seria somente mais dolorido para ele. E com as mãos em suas nádegas, ergueu suavemente seu quadril, o posicionando para si.
- Vai ser mais dolorido se você se contrair assim, porque eu vou entrar de qualquer jeito.
- Iie... Hideki... 
O menor murmurou, observando-o e puxou os pulsos, tentando se soltar meio impaciente e irritado, não era nem um pouco corajoso, nunca fora, porém sem outra opção, decidiu relaxar o corpo, mesmo com as lágrimas presas aos olhos.
Hideki sorriu, vitorioso e levou a mão entre suas pernas, no próprio baixo ventre e roçou a ereção que segundo ele, grande demais para adentrá-lo. No entanto, moveu, e empurrou a glande a dentro, era difícil, mas não dava importância.
Yori suspirou ao senti-lo se ajeitar e fechou os olhos, mordendo o lábio inferior para conter o gemido que viria, porém soou mesmo assim, alto e dolorido e tentou puxar as mãos mais uma vez, desviando o olhar a ele a sentir uma das lágrimas que escorreu pela face.
- ... N-Não...
- Cale-se, Yori, se ficar se debatendo, doerá muito mais. Não gosto de gritos agudos, se quisesse gritinhos assim eu transaria com uma mulher e eu não gosto de mulheres.O maior retrucou, impassível, incomodado. E ainda que fosse tão grosseiro nos atos, tocava-o com gentileza, segurando-o, e penetrando tão vagarosamente.
Yori uniu as sobrancelhas, assentindo e mordeu o lábio mais uma vez, fechando os olhos e puxou novamente as mãos, agarrando a cinta, a qual apertou na falta de algo mais para apertar e um modo de afastar a dor, já que tinha que sufocar o gemido.
- ...
- Você pode gemer, desde que aja como um homem.
Disse o moreno, e realmente não gostava de mulheres, não para ir pra cama, ou para viver. Então queria que agisse como homem, gostava dele como homem afinal, ainda que não fosse dizê-lo abertamente. Tão logo, deu-lhe uma única estocada e colocou-se inteiramente dentro dele. Claro que o faria gritar com aquilo, mas antes um, do que vários gritos e teve de igualmente ruir, num gemido leve e vindo da garganta, apertado por seu corpo estreito.
O loiro uniu as sobrancelhas mais uma vez a observá-lo, e agia como homem, só que era um homem delicado, passivo, sempre fora zoado por isso e de fato não era mentira, e via isso agora. O grito deixou a garganta, como ele mesmo imaginou ao senti-lo se empurrar contra si e puxou tanto os braços que sentiu um dos pulsos estalar, o que arrancou outro gemido de si, preferindo manter-se inerte a acabar quebrando algo. As lágrimas escorreram pelo rosto novamente ao sentir o interior arder, desconfortável e abaixou a cabeça, esperando pela bronca.
Hideki fitou-o, e mesmo seus olhos castanho e marejados pelas lágrimas doloridas. Fitou-o somente, sem dizer nada. E sentia a dor de estar dentro dele do mesmo modo, sentindo-se apertado, quase sentia o sangue preso sem circular, por sorte, não precisava disso pra viver, imaginava. E levou algum tempo, deixando-o acostumar antes que pudesse logo enfim se mover, ainda que seu cheiro forte de banho, sexo e sangue, tomasse parte da atenção que dava a ele, e o contrário do que pensava, não lhe daria bronca, não estava a dar atenção aquilo. 
Yori desviou o olhar a ele enquanto esperava-o se mover e ainda encolhido e amedrontado não disse nada, só notava a estranha concentração que ele mantinha em alguma outra coisa, e não queria saber o que era. Aos poucos sentia a dor amenizar, sentindo-se quente por dentro e suspirou.
O maior ergueu-lhe a direção visual e logo deu uma primeira investida, saindo e voltando para dentro de seu corpo, e deslizou com facilidade, visto que seu sangue era melhor lubrificante que qualquer saliva ou outro produto. Porém o cheiro era complicado para si, por sorte havia se alimentado antes de descer até lá. E fitou-o, continuando a tomar ritmo.
- Relaxe, está sufocando meu pau.
Yori suspirou e assentiu, deixando escapar outro gemido ao senti-lo se mover.
- Ah...
Observou-o e tentou relaxar, tentando soltá-lo, mas estremecia, dolorido pelos movimentos e acabava por apertá-lo novamente mesmo sem intenção.
- Lembra de onde o toquei e foi gostoso, ah?
Hideki indagou e voltou a se mover, procurando por aquela parte sensível, que diferentemente do toque manual, com o sexo não era tão fácil de encontrá-lo e continuou no vaivém. Aos poucos aumentando sem dar demasiada importância à sua dor, afinal, do contrário nada faria. E fitou o garoto embaixo de si, dando-se conta de quem estava transando com ele, o que talvez até então não havia realmente pensado.
O loiro assentiu novamente, observando-o enquanto investia contra si e gemia baixinho quando não podia conter a voz, já que alto ele já havia mandado não fazer, e tentava, de alguma forma engrossar a voz, já que a própria também não o agradava. Encolheu-se mais uma vez e última, já que fora junto a um sutil arrepio do corpo, indicando a leve onda de prazer sentido com o toque interior.
O maior segurou-o pelas coxas ao sentir seu espasmo tal como um gemido que ruiu. E sua pele que eriçou, tornando-se suavemente áspera pelo arrepio. Parou por um momento, mas tão logo o puxou a empurrar-se com insistência naquele mesmo ponto, sentindo prazer de todos os modos, buscou dar-lhe prazer do mesmo modo em conjunto.
Yori arrepiou-se mais uma vez com a nova investida dele e mordeu o lábio inferior, sem poder conter os gemidos que deixavam os lábios e agora não mais tão dolorido, era gostoso, mais do que pensou que seria, mas não diria a ele, a expressão seria suficiente.
Hideki abaixou-se, debruçando-se sobre ele, ainda que estivesse no alto, sem encostar-se a ele. Apoiando o peso sobre os braços a cada lado de seu corpo e somente movia o quadril, criando ritmo com o vaivém, o que se tornava mais intenso de pouco a pouco. A medida em que não era rápido, mas era forte e profundo, só não o mais forte que podia, afinal, era ele um humano.
O menor fechou os olhos olhos e manteve o outro aberto a observá-lo enquanto sentia seus movimentos, as mãos fechados a apertar o cinto e observou-o tão perto de si, bonito e até sentiu vontade de tocá-lo, mas não podia. Ergueu a face e uniu as sobrancelhas.
- H-Hideki...
- Hum?
O maior indagou no típico timbre baixo, soou um pouco rouco e ergueu a direção visual, antes voltada ao sexo, novamente para ele. E continuou com os movimentos, onde a pele colidia a sua num ruído que mais se assemelhava a um tapa, e gostava daquele barulho. Yori suspirou a observá-lo e as bochechas se coraram, na tentativa de falar com ele, ou criar coragem e por fim mordeu o lábio inferior.
- ... M-Me da um beijo?
Murmurou, tímido e agarrou-se ainda mais ao cinto, esperando por alguma reação negativa ao pedido, bronca ou movimento mais brusco.
Hideki arregalou suavemente os olhos, sutil é claro, mas surpreso com o pedido. E abaixou-se, beijando-o com a mesma firmeza com que se movia e o penetrava. Firmava a língua sobre a sua, a seus lábios finos pequenos, e mordiscou-o suavemente a puxá-lo, mas no entanto não o feria com os dentes pontiagudos. E antes que o deixasse da boca, lambeu seus lábios vermelhinhos que pareciam gostar daquilo. E fitando-o de perto, estalou com força, até cerrou os dentes expostos entre os lábios cujas longas presas lhes ficaram visíveis.
Yori beijou-o igualmente, ou tentou, deslizando a língua pela dele, era inexperiente, então, meio desajeitado, sentindo seu corpo frio sobre o próprio, mas que se aquecia com o ato e abriu um pequeno sorriso a ele, já conformado com os toques, gostosos de qualquer maneira e fitou as presas bonitinhas em seus lábios, e por um momento, quis elas para si.
- Está gostando, ah?
O moreno disse, notando seu olhar para si, que já não parecia incomodado, parecia no fim conformado e até animado com a ideia. E ao se afastar, puxou-o de modo que o fez de costas sem machucar-lhe os pulsos amarrados e puxou-o pelos quadris, empinando sua bunda para si, tomando de quatro seu corpo menor que o próprio e passou a novamente penetrá-lo, seguindo para ele mais rapidamente.
- I-Iie... H-Hideki eu...
O pequeno murmurou ao virar-se e apoiou-se na cama, com um pouco de dificuldade, empinando os quadris como pedido por ele e gemeu, dolorido pela posição, sentindo-o até o fundo em si.
- Ah...
- Vai mais fundo assim, ah? Mais fundo é mais gostoso, uh?
Disse o maior, indagativo, porém afirmativo. E com suas nádegas empinadas, os dedos em curvas de seus quadris juntos as coxas flexionadas e movia-o em frente a si, a medida em que também se movia para ele. Cada vez mais forte.
Yori apoiou as mãos no encosto da cama ao ser empurrado por ele, e quase não notava, somente notou que estava tão perto da parede quando bateu a cabeça, por sorte, sem força e resmungou, afastando-se a empurrar-se contra ele, sem intenção, mas empurrou-se forte e o sentiu por inteiro em si numa estocada firme.
- Ah! ... I-Itai... Mas... É gostoso...
Hideki regrediu suavemente, indo para trás visto que inesperadamente havia vindo em direção a si a medida em que igualmente foi para ele, tornando o ato mais forte, mais profundo e gemeu, baixo, e quase não audível, mas podia ser ouvido com atenção.
- Ah, você gosta de sentir dor, ah?
- ... I-Iie...
O loiro murmurou, mas de fato ser dolorido fazia daquilo gostoso daquela vez, mas como diria a um vampiro que queria movimentos fortes daquele modo? Tinha medo que ele não se contivesse e acabasse por machucar a si.
- Usotsuki. Você gosta de sentir dor, mas gosta de sentir a dor nessa parte em específico, a dor do sexo é realmente gostosa, hum.
O moreno disse a ele e levou as mãos a passarem por suas coxas, nádegas e deu-lhe um tapa, nada forte, apenas um tapa que o segurava firmemente logo após. E ao meter-se dentro dele, novamente com força, gozou sem pestanejar, sem delongas, e deixou-se dentro dele com um gemido suave e o arrepio na pele fria.
- H-Hai...
Yori murmurou e assustou-se ao sentir o tapa, encolhendo-se, porém viera o movimento logo após e estremeceu, sentindo o liquido morno, quase frio adentro do corpo e uniu as sobrancelhas, estranhando a sensação e virou-se a observá-lo.
- I-Iie! H-Hideki... Você...
Hideki fitou-o ao notar sua olhada e olhou de olhos baixos.
- Sim, eu gozei em você.
- M-Mas eu... Vou...
- Não vai, darei remédios a você.
O menor assentiu e suspirou, puxando os pulsos uma última vez.
- P-Pode me soltar?
- Vou soltá-lo, assim pode se masturbar.
Disse o maior e soltou-o da cintura, notando seus pulsos vermelhos, mas seria temporário. Virou-o na cama, colocando-o de peito para cima.
- Toque-se.
- Iie... - Yori murmurou ao ouvi-lo e gemeu baixinho, agradecido por ter os braços soltos e encolheu-se. - Iie, eu não faço isso.
- Faça, agora.
O loiro uniu as sobrancelhas e assentiu, guiando a mão ao próprio membro, onde tocou, acariciando-se.
- Faça logo, aproveite que está duro. Está querendo gozar.
- Hai...
O menor murmurou e gemeu baixinho, agilizando os movimentos ao redor do sexo e estimulou-se de olhos fechados, até finalmente atingir o ápice e gozar na palma da mão.
- Hum, isso foi rápido.
Disse o maior após vê-lo se estimular por nada mais que duas ou três investidas de seu pulso, mas gozou logo, já previamente excitado.
- D-Desculpe...
- Coelhinho.
Disse o maior e no entanto se levantou, ajeitando as próprias roupas. Yori sorriu de canto e ajeitou-se na cama, dolorido e observou os lençóis sujos de sangue, que preferiu não dar atenção.
- Vou pedir que a empregada troque o lençol. Você pode tomar banho novamente.
- Hai... Não vai ficar comigo?
- Você quer mais?
- I-Iie... Só queria ficar com você.
- Sabe... Como os casais fazem?
O maior fitou-o, sem entender realmente.
- Mas por quê?
- ... Nada...
- Você queria me expulsar do seu quarto o quanto antes, até tentou colocar esse móveis na porta, uh.
Disse o moreno, com um sorriso que certamente tirava sarro da sua tentativa. O menor uniu as sobrancelhas e assentiu.
- Certo.
- E agora você me quer aqui, ah?
- E daí?
- Você é certamente muito contraditório.
Disse o moreno e se encaminhou até a cama, de volta, sentando-se ao lado do garoto.
- Pode ir se quiser.
- Vá para o lado. - Disse o maior, indicando o espaço doutro lado da cama.
Yori assentiu e afastou-se, abraçando as pernas. Hideki tomou seu espaço anterior, e notou o sangue no lençol. Fechou os olhos e suspirou, tão logo se deitou ao lado dele. O loirinho ajeitou-se, deitando-se na cama e virou-se de costas, o outro arqueou a sobrancelha.
- O que foi?
- Não quer ficar comigo? Insistiu tanto pra isso e agora tira sarro.
- Estou tirando sarro porque é realmente estúpido em achar que os móveis bloqueariam alguma coisa.
- Tento uma cruz da próxima vez.
- Ah, que maldade. - Fingiu-se ser afetado.
- Eh?
- Vai tentar me impedir com uma cruz.
- Vou. E água benta e alho.
Hideki riu, entre os lábios cerrados.
- Isso faria efeito?
- Ah, mas é claro.
- Hum...
- O que?
- Vou tentar.
- Você quer me afastar, é?
- Se tentar me estuprar de novo, eu grito.
- Hum, estuprar? Não estou te estuprando, já que você é meu.
- Claro que é estupro, é a força, ora.
- Bom, você gostou e até me pediu mais.
- E-Eu não pedi...
- Pediu.
- N-Não!
- Bem, então vou embora, já que quer ter alho pra me afastar.
- Iie!
O moreno arqueou uma das sobrancelhas, fitando-o.
- Iie... Se quer que eu seja seu companheiro, vai ter que me dar carinho... Não posso viver com você só sendo mal tratado.
- Nunca o tratei mal.
- Só grita comigo...
- Ah, mas é um mentiroso.
- Verdade.
- Sou muito gentil.
- Hunf.
- Você é um garotinho mentiroso.
- Me castigue. - Yori deu de ombros.
- Sabe o que está dizendo?
- Estou só brincando...
- Vou castigá-lo amanhã.
- Iie...