Kazuma e Asahi #50 (+18)


O riso alto soava do quarto ao lado, e cansado de tentar voltar a dormir, Asahi decidiu seguir até lá para saber o que acontecia, aparentemente eram as mulheres, que se hospedavam ali na igreja ainda, visto que não havia local para colocá-las. Bateu na porta e adentrou o quarto, irritado.
- Parem de fazer barulho! É hora de dormir.

- Ora, desculpe padre, achamos que estava com o seu general.
O loiro sentiu a face se corar quase imediatamente e desviou o olhar.
- K-Kazuma não está aqui hoje.

- Não precisa disfarçar, já sabemos que você gosta dele. Vocês fazem um casal muito bonitinho. 
- P-Parem, e parem com esse barulho todo, ou vou ser obrigado a colocar vocês lá fora.
- Nossa, faria isso com a gente, padre? Deixaria a gente nas mãos dos soldados chineses?
- Então parem de fazer barulho. 
- Por que você não senta aqui com a gente, ah? Acho que nossos interesses são os mesmos, não? Homens bonitos.
- ... Que blasfêmia! Eu não gosto de homens!
- Claro que gosta, ora, se deita com o general.
- Kazuma é diferente... Ele não é só um homem.
- Ah, isso é muito bonitinho. Ele gostou do que eu ensinei a você, padre?
As outras garotas pareciam conter o riso, mesmo assim, era visível a malícia.
- S-Sim... 

- Então, venha cá, talvez possamos ensinar outras coisas a você. 
Asahi ponderou por alguns instantes, meio desconfiado a por fim sentou-se a pouca distância delas.
- Kazuma-san gosta de mulheres, não?
- Nem ousem sugerir algo desse tipo.
- O que? Eu nem disse nada. - Ela riu. - Eu ia dizer pra você usar algumas coisas sensuais por baixo dessa batida e desse monte de pano. 
- É padre, isso não é nada sensual. 
- Olha, eu acho que ele iria adorar ver você usando uma meia calça. 
As meninas riram entre si, quanto ao padre, franziu o cenho, incomodado e curioso ao mesmo tempo.
- Hum, e que tal uma cinta-liga? Uma roupa íntima? A Saki deve ter algo sem uso.
- Ah, pro padre? Eu tenho. Quero ver ele usando.
- N-Nem pensar! 
- Ah vamos, Asahi, se ele não gostar não te damos mais conselhos.
O loiro ponderou por alguns instantes, observando as roupas estendidas e por fim pegou rapidamente.
- Segredo.

- Oh, hai hai. Divirta-se, padre.
- E silêncio hein.
Novamente elas riram, quanto ao loiro, seguiu para o quarto e trancou a porta, retirando a batina a deixar dobrada sobre a cama, e vestiu a roupa íntima preta, de renda e muito feminina para si, junto da cinta-liga e a meia calça de mesma cor, e não entendia como ele poderia gostar daquilo, até negativou consigo, mas vestiu a batida sobre a roupa nova colocada.                        




Era cedo quando Kazuma chegou na igreja. O tempo estava nublado de uma forma que as bocas soltavam fumaça como se fumassem ao falar. Era um pouco mais de cinco horas. O cozinheiro já aprontava as coisas na cozinha, era um soldado, mas parecia mais interessado na culinária. 
- Gosta disso, ah? 
Disse a ele enquanto sentado à mesa tomava uma caneca de chá preto. 
- A calmaria desse lugar nesse horário é muito boa, para cozinhar é muito relaxante.
Disse o rapaz e teve de concordar, era realmente agradável, ainda mais com o tempo cinzento, cujo sereno tornava a atmosfera densa e leve ao mesmo tempo, tinha uma neblina visível porém parecia simplesmente gentil. Ouviu no entanto logo ruir de passos que pareciam determinados e logo o padre, ainda tinha os olhos avermelhados de seu rosto recém lavado pós sono. 

- Bom dia, Padre.
Ao se levantar, Asahi havia retirado a roupa de dormir e sonolento, vestira a batina, mesmo sem perceber que ainda usava aquelas roupas por baixo, não eram ao todo desconfortáveis, por isso, não se deu conta. Ao descer, seguiu para a cozinha, onde tomaria uma xícara de chá no café da manhã e talvez um pedaço de pão, porém cessou os passos ao ouvir o outro. 
- Kazu...ma? Digo... - Pigarreou. - Senhor Sakurai... O que faz aqui tão cedo?
- Padre. - Kazuma retribuiu o tratamento. - É um dos poucos horários em que tenho sossego. Não quis acorda-lo.
- Ah... Tudo bem. Que bom que já foi recepcionado.
- Meus soldados sempre acordam cedo. Imaginei que ele estaria acordado. Venha, tomemos café.
Asahi sorriu a ele meio de canto e assentiu, sentando-se lado a ele em uma cadeira e fora logo servido pelo cozinheiro com uma xícara de chá. 
- Obrigado.
- O que há, Padre? Parece indisposto.
- Não. - Sorriu. - É que, não posso tratar de assuntos particulares aqui. - Disse a ele e experimentou o chá.
- Hum, tem assuntos a tratar? Bem, podemos ir a outro lugar.
- Iie... Não é nada sério.
- Não enrole, homem.
Asahi riu baixinho e negativou.
- Tome seu chá.
- Podemos tomar noutro cômodo. Vamos.
- Hai
Disse o loiro, sem entender o porque da pressa e se levantou, levando consigo a xícara de chá. Kazuma levantou-se logo após ele, seguindo até o salão antes de tomar caminho onde quer que ele fosse.
- Diga, algo ocorre?
Ao sair com ele, seguindo até o salão, o loiro viu ali os idosos, pessoas que transitavam. 
- Não é nada... Eu só estou com saudade.
- Ah, que assunto tão sério padre. - Disse a provoca-lo.
- Eu disse que não era sério.
- Você dormiu? Seus olhos estão vermelhos.
- Eh? Dormi sim... Estou feio?
- Não, só parece ter dormido pouco. Você é bonito.                        
O menor uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e sorriu em seguida.
- Obrigado... 
- De nada, Padre. Está me levando a seu quarto?
- Bem, lá podemos ficar a vontade... Quer ir a algum outro lugar?
- Ousado, padre.
Asahi uniu as sobrancelhas. 
- Ora, como se já não tivesse visto tudo que podia ver.
- Exceto sua sinceridade nesse aspecto.
O menor riu baixinho e negativou.
- Quer subir para a torre então?
- Tanto faz, podemos fazer tudo em um ou outro.
- Ora, pervertido. - O menor falou a ele com um sorrisinho e adentrou o quarto junto dele, rapidamente, antes que as garotas vissem a ambos. - Vem, pode sentar na minha cama.
- Não pensei em perversões. Você é pervertido, padre. 
Disse o moreno ao entrar e seguir até sua cama, onde não precisava de permissões para se por. Asahi sorriu a ele e ponderou sobre a noite anterior, só então se dando conta de que usa a a roupa íntima feminina e os demais acessórios. Encolheu-se quase na hora, sentindo a face se corar e negativou consigo mesmo, deveria ter tirado. O maior notou seu tamanho diminuto, encolhido quase como se fosse violado, junto ao corar de suas bochechas. Pensava alguma putaria, imaginava.
- Qual foi o fetiche, padre?
- Eh? N-Nenhum...
- Está se reprimindo e corado.
- ... Ah, não... Não foi nada, acho que eu preciso ir ao banheiro.
- Ah, eu posso te ajudar com isso, padre.
- Eh?
- Se quer tocar isso no banheiro.
- ... E-Eu não vou tocar nada, eu... Preciso trocar de roupa.
- Por quê? Vai por uma lingerie, padre?
Asahi uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo, e de fato, talvez ele gostasse daquela roupa estranha que usava. Devagar, ergueu a batina, expondo a ele o que usava embaixo. Kazuma viu no pequeno detalhe erguida de sua roupa, um tecido levemente transparente embora de cor preta. Teve de segurar e erguer um pouco mais para constar se de fato era o que parecia. O loiro suspirou quando por fim expôs a ele a meia, cinta-liga e a roupa íntima feminina e rendada, já esperava pelo riso.
- Onde conseguiu isso? - Disse o maior, e sem o riso, na verdade arqueou a sobrancelha.
- ... As garotas do quarto ao lado, me disseram pra usar pra você... Eu ia tirar.
- Elas te vestiram?
- Iie, eu... Eu me vesti.
- Então por que ia tirar?
- Porque... Não queria que você visse, isso é ridículo.
- Se acha ridículo vestiu por que? - Kazuma sorriu, canteiro.
- Pra ver como ia ficar...
- Tire a batina. Deixe-me ver.
-  ... Iie, eu vou tirar isso.
- Vai tirar só quando eu for tirar.
Asahi uniu as sobrancelhas e assentiu, por fim ergueu a batina, retirando-a a deixar de lado.
- Não gostou dela? 
Disse o moreno e por fim se levantou, levando-o pelos ombros até a frente do espelho, onde atrás dele, fitava seu reflexo. O loiro seguiu junto dele, e na parte do peito não usava nada, seria ainda mais ridículo para si usar um sutiã, já que não tinha seios. Ao observar-se no espelho, desviou o olhar a ele e logo após, a si.
- ... Você gostou?
- Você gostou? - Retrucou sua pergunta. - Gostou dela?
- ... Talvez.
- Colocou pra mim, hum?
- ... Hai.
Kazuma ergueu o olhar a fita-lo ainda pelo espelho de corpo, enquanto os dedos desvencilhavam sua roupa íntima feminina, começando pela calcinha onde tomou espaço. Passou logo para a própria calça. Asahi suspirou em expectativa, sentindo os movimentos dele atrás de si e mordeu o lábio inferior.
- ... Eu...

- Hum? 
O maior indagou ao ouvi-lo, esperando dizer enquanto tomava sua roupa, passando ao lado, livrando o sexo do limite da roupa, por um espaço suficiente para sentir roçar o corpo em sua pele mais fria que a própria. Asahi gemeu, baixinho ao senti-lo e estremeceu, empurrando-se pouco contra o corpo dele. 
- Eu não sabia que iria gostar.
- Fica bem em você. 
Disse o moreno e por fim desviou o sexo para o meio de suas nádegas, roçando em seu âmago. O menor suspirou novamente e por fim inclinou-se para frente, apoiando-se no espelho a empinar os quadris para ele. 
- Olhe-se no espelho.
Disse o maior, chamando sua atenção desviada. Tocou seu queixo e ergueu sua face. A outra permanecia entre ambas, e por fim com movimento sutil passou a adentra-lo, bem devagar. Asahi gemeu, dolorido conforme o sentiu adentrar o corpo e estremeceu, assentindo a ele e permaneceu a observar o espelho, optando entre ele e si. 
- Veja seu corpo com a lingerie, padre. Veja seu corpo fugindo da calcinha.
- ... - Asahi sentiu a face se corar e desviou o olhar, porém logo em seguida desviou o olhar a si. - ... Isso é atraente?
- Não sei, me diz você. É atraente? - Indagou e indicou a ele.
- Parece... Eu... Nunca vi ninguém usando essas roupas...
O menor murmurou e fechou os olhos, incomodado com a ideia de imagina-lo com uma mulher.

- Está vendo agora. Acha bonito, padre? - Disse o maior e se abaixou, mordendo seu pescoço.
- Acho que sim... Gosto da renda...
O menor disse e sentiu um arrepio percorrer o corpo com a mordida, sentindo-o na entrada difícil, apertado pelo próprio corpo, e estava excitado, vê-lo daquele modo, parecia gostar mesmo de como estava vestido, de como havia se preparado, mesmo acidentalmente para ele.
O riso soou abafado contra a pele do loiro, onde os lábios do maior tocavam e pressionava os dentes com mordiscos que não eram fracos, mas nada que pudesse lhe tirar um pedaço. A mão levou fronte seu corpo tocou seu sexo pouco aparente a fugir da peça de roupa e apertou sem delicadeza.
O menor ouviu o riso meio maldoso dele e novamente estremeceu, encolhendo-se ao sentir a mordida e sentiu as pernas vacilarem no apoio no chão. 
- Ah! Itai... 
Desviou o olhar ao sexo, segurado por ele e guiou a própria mão sobre a do outro, deslizando os dedos por ela numa sutil carícia, indicativo que masturbasse a si.
Kazuma deslizou os dedos pelo comprimento formado, escondido por sua roupa íntima, apalpou-o antes de seguir ao interior dá roupa por onde resvalou. Segurou seu sexo cuja pele macia estava tão quente. E como seu mudo pedido, passou a esfregar suavemente seu comprimento.
Asahi suspirou e desviou o olhar, pelo espelho até o local onde era tocado, observando os movimentos dele e mordeu o lábio inferior. 
- Kazuma... Ah...
- Hum, gosta disso? 
O maior disse enquanto movia os dedos devagar, mas habitualmente firme. E com o dorso desceu sua peça íntima, suficiente para repousar logo abaixo do sexo sair de seu corpo. Só então se moveu pela primeira investida, saindo e voltando a entrar em seu corpo estreito, mas que não tinha delongas em toma.
- Hai...
Asahi murmurou e fechou os olhos, podia se lembrar daquelas noites em que fechava os olhos e imaginava que ele estivesse tocando a si, enquanto se masturbava. Gemeu novamente, mais alto conforme o sentiu se mover.
- Você faz isso quando está sozinho, hum? Gosta de ficar alisando o pau, padre? 
O maior indagou e tinha até um risonho, evidentemente não provido de graça mas malicioso, ambíguo. O menor desviou o olhar a ele e negativou.
- Eu... Faço quando tenho muita vontade...
- Faz e não gosta, ah? Mentiroso. Se você goza, é porque gosta.
- ... - O loiro sentiu a face se corar e abaixou a cabeça. - Eu não devia fazer isso...
- Também não devia transar. Menos ainda com um homem. Também não devia sentir desejo, não devia muitas coisas. Mas não estamos falando de moral e bons costumes, estamos falando de se masturbar e que você gosta. 
Kazuma disse e tornou puxar seus quadris, estocando-o com mais força.
- Gosto... - Asahi falou a suspirar, dando-se por vencido. - Gosto de fazer isso, gosto de transar com você. Gosto de tudo... - Disse e gemeu novamente, alto, prazeroso. - Ah!
- Quer mais? - O maior retrucou e tornou puxa-lo da mesma forma e até agilizou sequência, tornando mais continua. - Gosta de dar com força, Padre.
Os gemidos deixaram os lábios do menor, e aquela sensação, dor, ainda parecia a primeira vez. Sabia exatamente o que sentia quando percorria o corpo, prazer, o queria, mais forte, mais firme, poderia machucar a si o quanto quisesse, desde que desse mais daquilo a si. 
- Mais... Kazuma... Me machuque!

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