Yasuhiro e Yoruichi #3


Já havia se passado uma semana, e desde então, Yoruichi não tivera interesse para subir a colina em busca do outro. Na verdade, ficara em casa para os preparativos do casamento, segundo a própria mãe, com suas crenças insuportáveis, noivos e noivas não deveriam caçar com suas próprias mãos, na verdade, para ela, príncipes não deveriam caçar com suas próprias mãos. O problema é que era isso que fazia de si, um vampiro. Suspirou, jogando de lado o pequeno enfeite de cabelo branco dado a si, e ouviu o suspiro da jovem humana que andava pelo quarto.

- O senhor não quer mesmo se casar, não é? 
- O que você acha? Olhou pra ele? 
- Ele é muito bonito, senhor.
- O problema não é ser bonito.
- O senhor acha que ele tem... O...
- Não! Por Deus, isso não me interessa! Não sou pervertido e se quer tenho interesse em atividades sexuais. Mas não gosto do fato dele seguir um humano.
- Bem, a raça humana é realmente complicada. Mas não acho que ele toque o garoto senhor.
- Tocar não é a questão. Se fosse apenas sexo ainda seria menos pior do que é. Ele tem sentimentos pelo garoto.
- Isso incomoda o senhor? Tem sentimentos por ele?
Yoruichi desviou o olhar a ela e num passo estava a sua frente, com a mão sobre a garganta da jovem.
- Não me insulte, humana.

- Perdoe-me senhor... Foi apenas curiosidade.
- Saia.
- Mas sua mãe...
- Avise que vou me vestir sozinho para o jantar. Sei que ele estará presente.



- Ele é um pouco intenso demais.
Yasuhiro disse ao pai, sentado em frente, alguns metros distante de onde se acomodava. O ar cinzentos se desviava do par de cigarrilhas, um entre os lábios do vampiro mais velho e um sobre os de seu filho, a si. 
O cheiro de cravo e canela queimava junto ao tabaco e estalava a cada trago. 
- Seus tios logo diziam que se tratava de um rapaz um tanto mimado. Mas Yoruichi pode ser um bom partido para a procriação da família. Meiko diz que o garoto pode ser muito gentil quando acorda com bom humor, e realmente agradável em convivência. Talvez ele tenha descoberto sobre seu passatempo com aquela criança humana.
- Quando acorda de bom humor? - Yasuhiro retrucou ao pai, não dando importância ao que dizia posteriormente, embora não fosse uma tentativa de desviar o assunto. - O que fará seu bom humor? Eu duvido que isso aconteça, Pai. Ele é realmente bonito e de boa família, embora eu goste de provoca-lo, não me parece alguém agradável de convivência. Tem atitudes muito drásticas por motivo algum, se levanta da mesa por um simples ofego que não agrada e ainda assim ele se acha muito bem educado. - Riu num sopro nasal. - Não entendo como meus tios foram capazes de fazer um garoto como ele, são diferentes.
- Não seja insolente, Yasuhiro. É seu noivo e em breve será a mãe de seus filhos, ele pode ser 
mimado, mas em breve será de sua responsabilidade domar a malcriação daquele jovem. Será como lhe dar um bom produto, porém seu bom uso depende de portador, e será você. Pare de perder tempo com aquela criança, não poderá tê-lo como amante, ele não seria capaz de carregar seus filhos, não importa o quão belo ou agradável lhe possa ser, não é adequado.
Concluiu ele, mas não deu importância, claro que ouvia como um bom filho, mas ele mesmo sabia que não levava a vida tão à sério e mesmo toda a política de família, legado, filhos e toda aquela baboseira, tinha juventude e eternidade pela frente enquanto fosse prudente.
- Eu entendo, meu pai.
- Agora vá se vestir, temos um jantar com seus tios e seu noivo. 




O kimono havia sido deixado sobre a cama pela serviçal, negro, como de praxe e pequenas flores cor de rosa, as quais tinha tanto apreço. Os cabelos de Yoruichi, dessa vez, ele prendeu, porém em seu tamanho, eram pesados se mantivesse todos os fios presos, por isso, deixou parte dele cair sobre os ombros num penteado meio solto, assim como alguns fios que adornavam o rosto, despreocupados. Tinha batom sobre os lábios, e delineador nos olhos, numa pequena risca negra, sem demais importância, não pintava a face de branco, não precisava. Ao descer as escadas, fez questão que não fosse visto conforme saiu pela porta dos fundos e sobre a ponte caminhou com os tamancos de madeira, ouvindo os pequenos baques no solo e inclinou-se ali, observando o lago e as pequenas flores que sobre ele caíam, gostava da natureza e o que cercava a si, da harmonia que ela dava para a própria vida entediante.

Após a partida na companhia dos pais, Yasuhiro perguntava-se porque sempre era a noiva a recepcionar seu companheiro, bem entendia se no caso o primo fosse como uma donzela, mas não se portava como tal, pelo menos não diante de si ou seus visitantes. Já bolava um plano de provocação sobre aquilo e pela expressão da mãe, desferida a si, sabia que estava sendo repreendido por ter sido pego na reflexão. Sorriu a ela, que sempre afrouxava diante disso, talvez pelos traços herdados do pai a seu lado. Desembarcou na chegada e alinhou o hanfu preto de detalhes em carmim perolado. Os cabelos champagne eram presos num rabo de cavalo frouxo, pela metade dos fios sem nenhuma firmeza. Após a saída dos pais, a recepção da jovem Saki, logo seguia pelo jardim frontal até a entrada da casa, como já visto antes, sem a recepção do primo, mas de seus pais amáveis.
- Seja bem vindo, senhor Serizawa, pedimos desculpas por nosso filho não estar presente, mas conhece o gênio dele, ele se perdeu pelo jardim, e logo estará conosco.
O menor ouvia as vozes, mas não sabia do que falavam, estava absorto em uma pequena luz que brilhava do outro lado do rio e um pequeno sorriso surgiu nos lábios, prestando atenção na pequena luzinha se agitando no ar, para baixo e para cima, baixo e cima e só então notou a dona da luz, uma criança, pequena, e humana, que corria com uma pequena bolsinha colorida combinando com seu kimono de seda, e pequenos palitinhos acesos na outra mão. Fora quando a viu se inclinar para o lago, mexendo em algo em sua beira e quanto a si, distraiu-se com outra coisa, observando a árvore e seu aroma gostoso, até desviou o olhar novamente para o pequeno corpo na margem do rio, que não mais estava ali. Arregalou os olhos afiados e amarelos, percorrendo a margem do rio cuidadosamente e só então viu a pequena bolsinha que agitava-se na água de um lado a outro. Não havia nenhum adulto com ela. Correu, quase num pulo em direção ao outro lado da ponte e adentrou o lago, sem se importar com o kimono caro e os enfeites de cabelo. Claro que não precisou mergulhar, mas as mangas e kimono molhado irritariam os pais profundamente. A bolsinha colorida fora a única coisa que ainda via, e agarrando-se nela logo encontrou o braço do pequeno corpo, o qual guiou consigo até a margem do rio e colocou-a sobre a grama, apoiando a face contra seu peito num movimento rápido. O que se seguiu fora a sequência de respirações que fazia para tentar revivê-la. Ouvia sons daquele lado, entre as árvores, e sabia que eram humanos, teria que sumir, mas não antes de saber que ela respirava. A observou, apertando o peito pequeno da criança e fora quando a viu expelir a água de seus pulmões, e os olhinhos grandes fitaram a si, buscando o ar para voltar a respirar. Fora nessa hora que se afastou, e rapidamente estava do outro lado do rio, entre as árvores, e observava os pais que a abraçavam, apertando em meio aos braços e procuravam o responsável por fazê-la voltar a vida, a garota de cabelos castanhos que a garotinha alegara ver. Suspirou para si mesmo, observando-a, e não entendia porque havia tomado aquela atitude, era humana, mas tinha uma estranha empatia por seres daquele tamanho, eram adoráveis. Deu um pequeno sorriso ao perceber que ela já andava e procurava visualmente enquanto seus pais conversavam. Saiu do meio das árvores, suficiente para que ela visse a si, guiada pelos olhos vermelhos, e acenou suavemente com uma das mãos. O sorrisinho surgiu nos lábios dela, e chacoalhou a mãozinha de mesmo modo, sabia que não poderia atravessar o rio para ver a si, e ninguém acreditava que alguém havia salvado ela, fora por isso que ela retirou de sua bolsinha um pequeno adorno de cabelo, talvez o dela, e deixou sobre uma das pedras acenando novamente, antes de sumir entre as árvores com seus pais.
- Não se incomode, Oba-san. Estou a par de seu comportamento genioso.
Yasuhiro tranquilizou-a, visto que parecia sempre desconfortável ao mencionar as atitudes do filho, como quem tentava não ter o fim do acordo de casamento. Como sempre, era importunado pela própria mãe, que assim como Meiko, parecia buscar um casamento bem sucedido.
- Bem, com sua licença eu o buscarei.
Disse e podia perceber o contentamento de sua mãe que permitiu graciosamente numa reverência curta com a cabeça. Após o consentimento, seguiu pelo longo jardim, buscando encontra-lo dentro o espaço generoso de terra e árvores, tornando a busca um pouco difícil a quem não fosse um vampiro ou talvez um cão capaz de farejar. Quando por fim vira sua silhueta, que provavelmente estivera bem vestida e adornada, agora, estava no lago junto ao pequeno ser o qual submetia aos cuidados, por seu empenho em provê-lo de oxigênio, não era preciso sentir o odor ou observa-lo de perto para saber que se tratava de uma criança humana. Cessou por alguns metros em sua distância, encostando-se numa dentre tantas árvores, observando 
o vampiro desgostoso sobre a raça o qual agora lutava para ajudar naquele momento. Era um ato nobre, tocado talvez pela pequenez daquela criança, deixaria-o trabalhar mas certamente usaria como uma leve provocação quando o pequenino não mais estivesse em perigo. Fugira um pouco depois, escondendo-se dos pais humanos atordoados pela perda de sua criança, camuflando-se como até então estava, entre as árvores, talvez atento demais a seu feito, a ponto de não perceber um segundo vampiro por ali a observa-lo.
Yoruichi esperou que ela se fosse, e misturado ao cheiro de água sentia o cheiro de uma terceira pessoa, sabia que era ele, já havia sentido o cheiro desde que chegou, mas não tão perto, talvez estivesse procurando a si. Os passos levaram a si para o outro lado da ponte novamente, e sobre a rocha pegou o pequeno adorno de cabelo, que quase cabia na mão, e guardou entre o obi, voltando ao lado oposto, e o da própria casa, e fora por onde - Você é mesmo alguém de pouca educação, meu primo. Imagino que isso não tenha vindo de seus pais.
O loiro dizia, alguns passos desapressados e logo atrás dele. Afinal, havia ido até seu encontro e aquela altura já havia sido percebido, a menos que fosse péssimo em seus sentidos, e ainda assim seu caminho havia sido desviado numa tentativa de não cruzar junto ao próprio caminho. O moreno a
briu um pequeno sorriso, nada gracioso ao ouvi-lo e logo se virou, voltando-se a ele, e estava bonito, inegavelmente.
- Uma dama não pode se encontrar a sós com seu noivo antes do casamento.

Ao vê-lo se virar, Yasuhiro acabou interrompendo os passos, desprevenido sobre sua virada repentina. Sorriu no entanto, achando graça no que dizia.
- Não me parece que sua mãe pensa isso. Pude ver um tênue sorriso quando disse que o procuraria.

- Minha mãe espera que o senhor me converta para o lado doce da vida. Infelizmente isso não vai acontecer.
- Ou talvez ela tente se convencer de que não vou desistir do casamento.
- E vai desistir por quem? O humano?
- Eu não disse que vou desistir.Yoruichi assentiu e desviou o olhar.
- Preciso trocar de roupas.

- Imagino que sim. Precisa de ajuda com isso?- De uma criada sim.
- Prefere a ajuda da criada humana?
- Prefiro. Espera que eu mostre meu corpo a você?
- Somos homens, sei o que tem abaixo de seus tecidos.
- É meu noivo, não pode me ver sem roupas.
- Por que não?
- Porque não, ora. Por que não pergunta a minha mãe se pode tirar minhas roupas? Se ela deixar, eu deixo.
- Vou ajudar você a se vestir, nada mais.
- Por que quer ver o meu corpo? - O moreno falou a ele e cruzou os braços. - Não acha mais interessante fitar aquela criança?
- Quero vestir você, não ter alguma perspectiva sexual.
Yoruichi arqueou uma das sobrancelhas e sorriu, ingracioso.
- Bela tentativa.

O maior sorriu a ele no fim, denunciando ou não a pequena brincadeira. Não que realmente tivesse alguma intenção sexual, de fato não havia pensado em algo como aquilo, mas nada impedia de brincar daquela maneira, tentando de alguma forma desgostar um pouco menos do rapaz. 
Uma das mãos, o menor deslizou pelo kimono, na parte de cima, logo tocando o obi e afrouxou-o suavemente, dando a visão do próprio tórax ao outro ao fazer o kimono deslizar delicadamente sobre os ombros e expôs aquela pequena parte do corpo a ele, suficiente para lhe causar quaisquer pensamento que quisesse e também como uma forma de mostrar que não se importava para tantas regras, ou que não tinha interesse em desdenhá-lo completamente, era vampiro, era malicioso como ele, embora aquele cheiro de humano irritasse as narinas. Logo, deslizou o kimono novamente a cobrir os ombros e atou o obi.
- Podemos?

Yasuhiro percebera o movimento sutil de suas mãos, guiados ao obi onde escondia o adorno ganhado da criança pouco antes. O desfez, o que fez com que os tecidos alinhados em seu corpo perdessem a forma ereta, dando suavidade ao tecido qual deslizou em seus ombros quais expôs, era um pequeno regalo, até mais do que a exposição habitual da nuca, o que já era considerado demais para muitos japoneses. Embora se colocasse em vista, voltou a se esconder rapidamente em seguida, como quem parecia se arrepender da atitude, embora duvidasse que o fosse. Não era sutil ao retribuir sua amostra, encarando o que era disposto em vista, logo escondido por sua roupa.
- Podemos o que? - Disse, fingindo-se desentendido.

O menor sorriu meio de canto e negativou ao ouvi-lo.
- Voltar para casa.

- Uh, me parece um pouco mais leve hoje. Talvez a criança lhe tenha feito bem, hum? Ou só está feliz por me ver sem a distância da colina?
Yoruichi arqueou uma das sobrancelhas ao ouvi-lo, e era evidente o fato de que o bom humor havia ido por água abaixo.
- Não sei do que está falando.

Yasuhiro percebia a mudança de humor, não deixou de lhe sorrir por isso. Imaginava que o rapaz não gostava de ser desvendado, não gostava de lidar com provocações que talvez não fossem ao todo uma mentira. Por algum motivo havia gostado da provocação que ganhara, resolveu dar a ele algo semelhante, embora não estivesse a expor a pele, foi hábil o suficiente para puxar seu pulso, consequentemente o trouxe mais por perto e a outra das mãos, desocupada, levou até sua nuca onde o segurou e beijou, num toque superficial a seus lábios, durou algum tempo, mas após solta-lo, caminhou para sua casa, como se fugisse antes que fosse pego fazendo arte.
- Opa, escorregou, princesa.
O moreno observava-o, quase impassível, não teria algo que ele pudesse dizer que desse uma brecha em si, não era fácil de lidar. E conforme ele se empurrou para si, tentou reagir rápido de mesmo modo, embora sem sucesso e sentiu-o tocar os lábios, mesmo de modo superficial e arregalou os olhos, mantendo-se parado a observá-lo enquanto "escapava" de si.
- Seu maldito!

O riso soava quase travesso, mas Yasuhiro continuou a caminhar como se não sentisse a mínima ameaça, mas claro que andaria mais rápido, somente para provoca-lo.
- Ah, quase senti o amargor em seus lábios.

O menor estreitou os olhos e em um minuto estava logo atrás dele, havia corrido em sua direção e segurou pelo pescoço, jogando-o com suas costas contra uma das árvores próximas, por sorte, antes de chegar até a residência.
- Não me toque!

O loiro percebeu a movimentação um pouco mais agitada atrás de si, mesmo seus dedos no próprio pescoço e a forma como levado a um tronco qualquer. Surpreendeu-se na verdade, imaginava que fosse reagir bruscamente, mas como uma garota, que correria atrás de si ou até daria um tapa, mas o toque no pescoço, fez com que a expressão habitualmente receptiva, ainda que os olhos fossem pequenos e estreitos e mesmo as íris douradas ariscas como as de um felino, assim houvesse se fechado. Não gostava de toques dolosos imprevistos e desferiu em seu braço o próprio, desvencilhando de seu toque desagradável, moveu-se de modo que empurrou-o da mesma forma contra a árvore, pelo pescoço.
- Eu não me lembro de ter sido rude com você. - Disse, soou um pouco ríspido enquanto ainda o segurava. - Eu o beijo e você se acha no direito de impedir meu toque tocando a mim com sua má educação? - Empurrou-o um pouco mais contra o tronco atrás de suas costas. - Pois saiba que eu posso toca-lo se eu quiser, você vai ser meu. - Dispensou-o no entanto, soltando-o do maldito lugar, havia de fato se irritado, mas 
concluíra que não valia a pena. - Dou-lhe um beijo e você é rude, talvez você não mereça a mim, talvez mereça menos que aquele humano.
Yoruichi sentiu o toque rude sobre o braço, e uniu as sobrancelhas ao ter-se virado contra a árvore, sabia que ele era mais forte, mas não achou que aquela força fizesse tamanha diferença na hora de inverter as posições. De todo modo, havia percebido que aquele modo rude dele consigo, aquela sua expressão afiada, era extremamente atrativa, tanto que conforme o sentia pressionar o corpo contra a árvore, pôde sentir um arrepio percorrer a coluna, mas é claro, não esboçou reação alguma, e teria sorrido e contra-atacado a ele, se não fossem suas últimas palavras e novamente uniu as sobrancelhas, fitando-o por alguns segundos e por fim nada disse, somente abaixou a cabeça.
Pela forma como conhecia o rapaz, Yasuhiro esperava uma inútil tentativa de empurrar e afastar a si, o que claro, seria simplesmente uma tentativa. No fim das palavras desferidas e mal humoradas, notou que sua feição impassível havia tomado um leve tom de... Mágoa? Pensou e embora não precisasse suspirar, acabou por fazê-lo.
- Você é difícil.
Disse, certamente se percebia um pouco mais de leveza, e de seu pescoço claro que correu ao rosto, tocou suavemente sua face baixa, voltou a erguê-la e por fim se afastou.
- Deve trocar suas roupas.

Yoruichi sentiu o toque sobre a face e nada disse a ele, mesmo a frase irritada de antes sobre não tocar a si, havia desaparecido junto da pose que tinha ao ouvi-lo dizer aquilo. Assim que ele se afastou, o fez de mesmo modo, e seguiu em direção a própria casa, silencioso. Ao passar pelos parentes, fez uma pequena reverência e ouviu a mãe com suas reclamações sobre as roupas, intermináveis. Por fim, assentiu a ela e seguiu escada acima, dispensando a criada que tentava seguir a si.

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