Yuuki e Kazuto #52


- Quem vai te matar? - Disse a ruiva. 

- AH! Porra, Kazumi, avisa que está entrando.
- Hum, o jantar está pronto.
- Não estou com fome...
- O Yuuki está na mesa.
- Já estou indo. 
A vampira se retirou e o menor voltou ao quarto e logo até a sala, suspirando e sentou-se em frente a ele na mesa. Yuuki observou a caminhada atípica do garoto até seu lugar. O fitou por breves instantes em inércia, porém logo deu início ao próprio jantar, servindo-se.
Kazuto observou-o igualmente ao inicio do jantar e apenas observava a comida em silêncio. O maior continuou a refeição em silêncio, por vez alternou a observa-lo em seu estranho comportamento mas não opinou. O menor suspirou, servindo a si do jantar feito pela ruiva e aos poucos passou a comer.
- O que foi? Andou sendo estuprado por aí?
- Iie
- Então brincou com frasco de lubrificante em gel?
- Não.
- Então o que era em sua roupa?
- Nada demais, fui ao médico fazer uns exames.
- Que tipo de exame fez pra voltar com a roupa suja? Ultrassonografia?
O menor assentiu, um pouco amedrontado. 
- Por quê? - Yuuki indagou, ríspido.
Kazuto uniu as sobrancelhas, sentindo o leve tremor das mãos.
- E-Eu...

Uma das mãos, o maior erguera a expor o freado em suas palavras.
- Nem precisa dizer.

Kazuto desviou o olhar ao outro.
- Estou grávido.

- Eu disse que nem precisava dizer.
- Hai...
Yuuki continuou o jantar sem mais comentários e o menor desviou o olhar a ele meio de canto.- N-Não vai dizer nada?
Yuuki erguera as vistas a direção do outro, porém foi breve a voltar as mesmas ao jantar. O menor assentiu, desviando o olhar a comida e permaneceu em silêncio.
- Se não vai comer pare de ficar pensando e olhando pra comida.
Kazuto assentiu, levantando-se.
- Com licença.

- Se não vai comer pare de ficar pensando e olhando pra comida.
O menor assentiu, levantando-se.
- Com licença.

Yuuki continuou o restante da refeição, até que por ali permaneça somente a degustar de uma bebida. O menor deixou o outro a terminar a refeição e se dirigiu ao quarto, retirando as roupas e adentrou o banheiro, ligando o chuveiro e deixou a água molhar o corpo, era melhor pra pensar. Yuuki permaneceu pensativo talvez, mas não deteve demais comentários, mesmo com a ruiva que continuou parada feito um objeto imóvel, prontamente ao lado.
Kazuto lavou o corpo e logo após, os cabelos, deslizando uma das mãos pela própria barriga e abriu um pequeno sorriso.
- Ne... Parece que você não veio numa família muito boa, pequeno... - Murmurou.

Após o término do jantar, Yuuki se voltou ao quarto. Bem se acomodou na cama, a pender o tronco pouco atrás em apoio de uma das mãos no colchão e na outra, detinha uma taça, bebendo, observando a paisagem noturna pela varanda.
Kazuto logo saiu do banho, secando o corpo com a própria toalha e voltou ao quarto, pegando uma peça de roupa no armário e vestiu, a roupa confortável que usava como pijama. Caminhou até a cama, deitando-se ao lado do outro, hesitante e lhe selou os lábios.
O maior voltou a direção visual ao outro quando por fim selados os lábios. Permaneceu a olha-lo em silêncio, porém não demorou a fitar o mesmo local de antes enquanto bebia.
- Está bravo comigo? 
- Pareço bravo?
- Não está falando comigo... A culpa não é minha...
- Está falando como se eu passasse o tempo conversando com você.
- Você entendeu.
- Entendi o que?
- O que eu quis dizer.
- O que eu entendi eu já respondi.
- Acha que é culpa minha?
Yuuki deixou a taça sob o móvel e pegou o box de cigarros, a prover-se de um dos pequenos cilindros de nicotina.
- Me responda...
- Não quero falar sobre esse assunto.
- Mas uma hora vamos ter que conversar.
- Conversar pra que?
- Porque daqui a nove meses, não vai estar só na minha barriga, eu vou ter um filho seu.
- E daí?
- E daí? É uma criança... Vamos... Vamos ter que cuidar dela.
- E daí?
- Não é um cachorro, é uma criança... Vai chorar, vai te acordar a noite, vai ficar te incomodando... O tempo todo... Vai te chamar de pai...
- Outro Kazuto na minha casa.
- Vai me ajudar a cuidar dele?
- Se você quer ter uma criança, você vai ter que saber como fazer isso.
- Eu quero que você me ajude...
- Ah, não vou continuar esse assunto, é desnecessário. De qualquer forma essa criança vai existir daqui alguns meses. Fique feliz que eu não tenha te jogado pela varanda.
O menor suspirou a observá-lo e assentiu.
- Quer fazer amor comigo?

- Não, você está prenho.
- O que tem? São só dois meses...
Yuuki tragou o cigarro, a expelir de sua fumaça contra a face alheia. O menor tossiu a levar uma das mãos a face e estreitou os olhos.
- Não pode fumar perto de mim. Vou matar o seu filho.

- Essa criança terá mais saúde que você.
- Vai ser um vampirinho lindo como você?
- De repente ele pode ser como você.
- Baixinho e feio?
- Sim.
- Não vai ser assim.
- Você quem disse.
- Eu preciso... Me alimentar bastante com sangue não é?
- Pode comer como faz normalmente.
- Hai.. Olha... Da pra sentir minha barriga pouco grande já.
Kazuto levou uma das mãos até a barriga, acariciando-a.

- Deve ser pelo tanto que andou comendo ultimamente e não pelo bebê.
- Não fale assim... - Uniu as sobrancelhas.
Yuuki deixou a bituca de cigarro no cinzeiro e se acomodou corretamente na cama, se pôs abaixo do edredom mesmo desnecessário, ajeitando-se do modo costumeiro a dormir. O menor ajeitou-se ao lado dele, se aproximando do maior e o abraçou.
- Pelo menos vai deixar de ser tão depressivo tendo algo pra fazer. - O maior comentou.
- Não sou depressivo.
- Não, eu que sou.
- Não sou mais.
- Hum... - Yuuki murmuriou apenas. Kazuto selou-lhe os lábios.
- Estou mudando por você, hum... Obrigado.

- É um favor que faz a si mesmo.
- Iie... Agradeci por me deixar ficar... Eu e o bebê.
- É, você tem sorte, você e ele.
O menor assentiu. 
- Ou ela.

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