Keisuke e Miruko #7 (+18)


Miruko havia se ajeitado para dormir, e estava frio, então tinha o cobertor e o edredom sobre o próprio corpo até o rosto, o outro ainda não estava no quarto, estava no banheiro, fazendo a higiene para dormir. 
- Boa noite ,Kei.
- Mas já vai? 
Disse o maior sob o jato notório do desodorante que espirrou antes de então sair e voltar ao quarto. O moreno desviou o olhar a ele e assentiu, encolhido em meio ao cobertor. 
- Estou com sono. Vai sair de novo?
Sem respondê-lo, Keisuke seguiu para sua cama e se deitou, respondendo sua questão por fim. O menor uniu as sobrancelhas ao vê-lo se deitar consigo e encolheu-se, dando espaço a ele. 
- Eh?
- Está frio, vou ficar aqui.
- Vai pra sua cama, palhaço.
- Por quê? Você está com cara de quem quer que eu fique.
Miruko negativou e riu baixinho. 
- E se uma das suas namoradas pega você dormindo comigo, e aí?
- Quem é que vai entrar no meu quarto a essa hora e com a porta trancada?
- Vai saber? Você não namora nenhum fantasma?
- Passo rodo geral.
- Passa sim. - Riu.
Keisuke riu baixo e soou entre os lábios cerrados. Se ajeitou com ele, claro que não tinha hábito de se deitar com o amigo, mas já haviam tido algumas... Coisas, então, não via problema para estar ali. 
- Ninguém mandou escolher aquele filme ruim.
- Porra, não põe a perna em cima de mim... - O menor falou num resmungo e negativou, rindo baixinho e virou-se de frente a ele. - Está com medo do filme de terror?
- Não, claro que não. - Disse o maior e apertou a perna acima dele um pouco mais desconfortável.
- Ah, porra, para Kei!
- Quanto palavrão, nerd.
Miruko estreitou os olhos. 
- Como se você não falasse... 
Murmurou, aproximando-se mais dele a aconchegar-se, e por um momento o fitou naquela escuridão do quarto, iluminada somente pela luz fraca do abajur do lado dele na cama, estava sem camisa, podia ver seu tórax, plano, bonito e quis tocá-lo, quis fazer com ele o que havia feito alguns dias atrás. 
- ... Kei...
Tal como ele, Keisuke pouco via sob a luz gentil da luminária com a iluminação amarelada, tornando o ambiente frio até um tanto caloroso, aconchegante. Mas podia ver como uma tênue cor rosada adornava seu rosto tão sério na região superior da face, passando por suas maçãs faciais e nariz. Tinha uma pequena mecha de cabelo despontando na altura de sua boca, que se abriu para falar e só então reparou que observava aquela parte.
- Hum? 
- Posso chupar você? - O menor murmurou, quase se escondendo em meio ao cobertor.
- Eh? 
Disse o maior, um pouco desprevenido. Talvez estivesse percebendo que fitava sua boca.
- Posso te chupar?
- Por quê...? - Disse Keisuke evidentemente curioso sobre sua espontaneidade.
- Não sei... Me deu vontade.
- Se você quer...
Miruko assentiu a ele e suspirou, aproximando-se e deu alguns beijos em seu pescoço, abdômen e desceu, abaixo do cobertor, entre as pernas dele, puxou sua roupa íntima, abaixando-a.
Talvez pego tão de surpresa, o maior deu vazão a atentar-se sobre toda aquela situação, tanto que notou o farfalho do edredom enquanto se movia, descendo em beijos pelo corpo que deveras estranho, uma vez que iam direto ao ponto praticamente, em ambas as vezes que transaram. Mas claro que a mão já se ia em sua cabeça, empurrando-o para baixo num incentivo para que continuasse.
O menor fechou os olhos, abaixo do edredom não via nada afinal e segurou-o entre os dedos, sentindo sua pele macia, morna pelo banho recente, prazerosa e sem muitas delongas o colocou na boca, mesmo sem nenhum estímulo prévio, o sentiu endurecer contra a própria língua. 
O outro sentiu sua língua inicialmente tímida tocar a ponta do sexo, sem demoras deslizar pelo comprimento ao adentrar sua boca rápida com o que pretendia. Uh, sentiu vontade de rir, mas soou mais como uma nota mental, ao pensar sobre o fato de que estava sendo chupado pelo amigo, que pedia por isso quase sem pudor. Tocou seu cabelo escuro, enroscou nos dedos e segurou os fios, ajudando com o movimento de vaivém.
- Oishi, Miru?
Miruko assentiu ao ouvi-lo, porém ao assentir fazendo aquilo, talvez ele não fosse perceber, ou talvez fosse já que estava segurando o próprio cabelo. Estremeceu e deu uma pequena mordidinha nele, deslizando a língua por todo seu comprimento.
- Uh... 
Keisuke murmurou num gemido baixo, sentindo o mordisco com seus dentes descuidados propositalmente. Moveu a pelve, empurrando-a para ele, penetrando-o como se fosse penetrar outra parte de seu corpo.
O moreno uniu as sobrancelhas, encolhendo-se conforme o sentiu se mover, porém não desistiu por isso, respirava, ou tentava respirar pelo nariz, sentindo-o se empurrar a fundo na garganta. 
- Hum...
- Está gostoso? 
O maior retrucou e aos poucos trazia o ápice mais próximo, consequentemente induzindo a facilidade de se excitar com outros aspectos e foi assim que o convidou. 
- Venha, me deixe fazer em você.
O menor o retirou da boca ao ouvi-lo, sentindo um arrepio percorrer a coluna e ergueu a face a desviar o olhar a ele. 
- ... Eh?
- Quero que saiba como é ter sexo. Vou usar minha boca em você. Me deixe experimenta-lo.
- ... Mas você... Você não vai gostar...
- Mas quero que saiba como é fazer, venha. Por cima.
- Hai... 
Miruko murmurou e ajeitou-se por cima dele, porém, de costas a ele, de modo que manteve-se de frente ao sexo dele, continuaria a sugá-lo.
Ao erguer as mãos, Keisuke tinha os olhos fechados até então, porém ao reabri-los percebia suas nádegas quase junto a face, pego de surpresa uma vez que imaginava-o defronte. 
- Vou acabar com a boca em outro lugar desse jeito, Miruko. 
Disse e tentou se confortar ali embaixo. Então se deparou com algo que não era sem volume, tinha comprimento e por sinal estava um pouco lubrificado na ponta. Fechou os olhos, resmungou algum palavrão em pensamento enquanto se sentia aflito sobre aquilo. O tocou, sentindo sua pele mais macia que imaginaria estar sobre o músculo tenso, tomou coragem e sem muita delonga inicial, preferiu abrir a boca e encara-lo de uma vez.
Ao colocá-lo na boca novamente, o menor o sentia um pouco aflito, sabia que ele provavelmente estaria assim, era como se ponderasse demais, e de fato, poderia ser estranho fazer aquilo pela primeira vez. Esperou por uma lambida, sua língua roçando na ponta, mas o que viera fora a boca quente dele por dentro e gemeu, estremecendo na mesma hora.
O loiro o ouviu gemer e embora leve podia jurar que soltou o quadril num tênue vacilo. Não estava certo sobre seu gosto ou sobre querer um homem na própria boca, mas ouvi-lo daquele modo, era um estranho incentivo.
Miruko suspirou, ah e era tão gostoso, poder sentir a boca quente dele, nunca havia sentido aquilo, era algo novo, por isso as pernas vacilavam, e também a boca conforme tentava mantê-lo dentro dela. 
Keisuke podia sentir tremer levemente suas coxas. Suas costas, onde tocou e deslizou a mão, puxando para si podia sentir no próprio peito o seu, e sentir sua chupada enquanto lhe provia do mesmo toque parecia até mais prazeroso, mais intenso de algum modo. O gemido deixou os lábios do menor, prazeroso, excitado e empurrou-se suavemente para baixo, empurrando-se para a garganta dele.
O maior sentiu seus movimentos iniciais, passando a criar um suave vaivém, era quase perdido, não tinha ritmo nem frequência mas parecia querer ter mais daquilo a ponto de esquecer que estava dentro de uma boca. Ao se afastar, tirou-o da boca. 
- Miruko, venha de frente.
Miruko uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e assentiu, virando-se de frente a ele como indicado e deixou seu sexo para poder fazê-lo. Sentou-se sobre o peito dele. 
- A-Aqui?
Keisuke sentiu suas coxas e suas nádegas conforme se ajeitava no peito. Fechou os olhos e pegou aquela sua parte úmida em saliva, já crescido em sua ereção. Beijou na ponta e o imergiu na boca, passando a suga-lo outra vez, tentando não morde-lo ou machicar com os dentes. Novamente o moreno gemeu ao senti-lo colocar a si na boca, fechando os olhos e inclinou o pescoço para trás, deslizando uma das mãos pelos cabelos dele enquanto sentia as pernas trêmulas.
O loiro segurou suas pernas, sentindo a leveza de seus movimentos, a inconsistência do ritmo e sentia como se o músculo dele dentro da boca estivesse pulsante. Miruko puxou-o para si, pelos cabelos e empurrou-se suavemente contra ele, devagar, porém aos poucos era mais rápido, enfiando-se na boca dele, sem perceber que o fazia, afinal, apenas apreciava sua boca quente. 
- K-Kei... Eu vou... Ah!
Keisuke continha-se nas puxadas de suas mão, deixando o pescoço firme evitando profundidade em demasia, não tinha experiência suficiente para aquilo. Quando o ouviu falar, não imaginava quão próximo ele estava ainda que pulsante, o contrário dele costumava avisar antes de se tornar tão sensível, desse modo continuou, incentivado por suas mãos e seus quadris.
Miruko uniu as sobrancelhas por fim, tentando se retirar da boca dele rapidamente para evitar que gozasse, mas não conseguiu a tempo e por fim, deixou-se na língua dele, bem a fundo na garganta, e até se empurrou mais para ele, sem se dar conta do que havia feito na hora. 
- Ah... K-Kei... Desculpe...
O maior sentiu-o afastar a própria cabeça, puxa-la de volta no entanto em seguida. E sentiu o fel tocar o céu da boca e deslizar forçadamente, pela posição em que estavam, para a garganta. Tossiu, impossibilitado de conter. Miruko afastou-se rapidamente, ainda em meio ao ápice, sentindo as pernas trêmulas e encolheu-se. 
- D-Desculpe... Eu...
Keisuke virou-se após tirá-lo da boca, tornou tossir e àquela altura sentia o toque líquido e cálido no queixo, se sentiu estranho. O gosto não era nada bom. O menor uniu as sobrancelhas, e rapidamente saiu do estado de prazer em que se encontrava, visto que tinha que ajudá-lo. Entregou a ele um lenço guardado ao lado da cama e o copo d'água que havia trazido.
O loiro aceitou o lenço e limpou o queixo. Não quis beber a água, tinha a estranha impressão que acabaria ingerindo algo indevido com ela, embora já tivesse feito.
- ... Desculpe.
- Não tem problema. Essa é a sensação de fazer sexo.
- ... Ah, espero que isso não envolva engasgar a outra pessoa.
- É porque normalmente a outra pessoa não vai precisar engolir onde você vai gozar.
- ... Sinto muito.
- Tudo bem.
Keisuke disse e buscou ajustar as próprias roupas, tal como a dele.
- Gostou?
- Hai... Kimochi...
- Hum, parece desanimado pra alguém que perdeu a a virgindade. Com uma boca.
Miruko riu e negativou. 
- Eu estou meio... Envergonhado. Eu não consegui segurar.
- Tudo bem. Não foi sua culpa. Bem, vou te deixar descansar. A primeira vez pode ser bem cansativa. - Keisuke brincou sobre sua primeira relação.
O menor uniu as sobrancelhas e riu baixinho, negativando.
- Eu vou limpar minha boca e tal.
- Ah, hai...
O loiro levantou-se e seguiu ao banheiro onde formulou a higiene da boca, inclusive do queixo, onde uma fina camada seca e lustrosa adornava a pele, sabia o que era. Miruko suspirou, um pouco nervoso e se deitou na cama, encolhendo-se a abraçar o travesseiro.
Após regredir, Keisuke fitou-o em todos os seus um metro e sessenta e sete de altura reduzidos a meio metro. 
- Você pode ir se quiser. - Disse e bagunçou seus cabelos.
Miruko negativou ao ouvi-lo e sorriu meio de canto. 
- Estou bem.
- Hum, tudo bem. - Disse o maior e se sentou desta vez na própria cama. - Vou te deixar confortável. - Disse e então ligou o  temporizador, ajustando um pouco de calor para o quarto.
- ... Kei, deita... Deita comigo.
- Ah, não estava expulsando minha perna? Agora quer ela.
- Hai, está frio.
- O temporizador vai ajustar. - Disse o maior e se ajeitou na cama. - Venha cá.
O moreno assentiu e devagar seguiu até a cama dele, levando o próprio travesseiro. Com o espaço que lhe deu, Keisuke logo o cobriu com o edredom. 
- Esse travesseiro pega a cama inteira.
O menor riu. 
- Desculpe. Gosto dele.
- Eu sei, também gosto. Quando você não está eu uso ele.
- .... O que? 
- Deito nele. Não faço nada estranho. Por que eu faria isso com um travesseiro? 
- ... Sei lá.
- Oyasumi, Miruko.
- Oyasumi...
Keisuke afagou seu rosto, sentiu a pele sedosa demais pra um garoto. 
- Keisuke. - O menor murmurou num sorriso e fechou os olhos.
- Hum, Keisuke tão repentino?
- Me chamou de Miruko.
- Hum, eu chamo de Miruko as vezes.
- Eu gosto. Achei que fosse gostar do seu nome todo.
- Hum, eu gosto. Mas parece que está brigando comigo.
- Não. - Riu.
- Descanse. 
Disse o maior e deu a ele um beijo no pescoço, próximo a nuca. Miruko assentiu e encolheu-se na cama, abraçando o travesseiro.

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