Atsushi e Kaoru #26 (+18)


Kaoru ouviu o barulho da campainha, e havia se levantado há pouco tempo, havia tomado banho, um banho curto, afinal, havia combinado com ele de sair a noite. Estava um pouco cansado, não queria sair, mas não deixou de se arrumar se ele quisesse de todo modo. Deixou o perfume sobre o móvel e seguiu em direção ao hall de entrada, talvez ele pudesse ter esquecido a chave, e distraído, abriu a porta, observando ali a ex mulher. Teve que arquear uma das sobrancelhas ao vê-la e negativou consigo.
- O que foi Haruna?

- Kaoru... Preciso que assine uma coisa pra mim.
- De novo? Quando esses papéis vão acabar? 
- Em breve, eu espero. 
- Bem, entre... Vou pegar uma caneta. Tem que ser rápido porque eu vou sair.
Conforme adentrou a casa, buscou por uma caneta na gaveta da sala, onde rapidamente encontrou uma azul e se voltou a olhar os papéis, indicando a cadeira onde ela poderia se sentar. Notou os passos que ela havia dado em direção a si, devagar, e desviou o olhar a ela antes que se aproximasse demais.
- Estou lendo, espere um minuto. 

- Você está usando o mesmo perfume...
- Sim, eu não mudei o perfume. Gosto dele. 
Observou aquela expressão conhecida, mas estranhamente, não sentia mais pena quando a observava, não sentia nada, não sentia mais nada por ela. Sentiu os braços da outra ao redor do corpo, a respiração quente contra o pescoço e moveu-se, devagar a afastando enquanto segurava seus pulsos.
- Haruna, por favor. 

- Não seja tão mal comigo, Kaoru, não pode ter parado de sentir algo por mim assim de repente.
- Sim, eu parei. Você mesma me mandou embora, ou esqueceu? Não quero mais nada com você.
Novamente, sentiu a investida dela contra o corpo e franziu o cenho, irritado, quando por fim a afastou de novo, empurrando-a. 
- Que porra você está fazendo? Você está com a minha casa, com dois dos meus carros, com praticamente tudo meu, o que mais você quer? Era por isso que queria ficar comigo não era? Era o dinheiro? A criança era pra me segurar, é isso?
Falou, já sem paciência com ela devido aos atos e por fim sentiu a face queimar.
- Saia da minha casa. Te mando os papéis pelo correio.

- A casa não é sua. Não é justo você me dizer isso, ficamos juntos por vinte anos!
- Vinte anos, vinte anos de reclamações, de falta de compreensão, de encheção de saco, você sabia que eu tinha que trabalhar, você me conheceu trabalhando, o que você precisava fazer era gostar de mim, e só de mim, não do que eu tinha. Saia.
Ao chegar, Atsushi encontrou o veículo estacionado em frente a própria casa. Não era o tipo restritivo, portanto não proibia visitas na portaria, uma vez que quem tinha o endereço da casa, era porque tinha autorização, logo acabara recebendo aquela visita. Ao descer do carro, seguiu para a porta entreaberta, talvez por um incidente. Ouviu dali mesmo a voz do moreno, parecia infeliz, logo deduziu que a visita era para ele. Ao entrar em casa, deixou-os a sós, no entanto ainda era capaz de ouvi-los. Ao deixar os pertences sobre o criado no hall de entrada, preferiu encerrar o debate acalentado.
- Estou em casa, Kaoru. - Disse e fez questão de soar afável. - Ah, temos visita, hum?
Disse e tocou brevemente seu rosto com o dorso dos dedos onde a pele enrubescida pelo tapa.
Ao ouvir a voz dele, o menor cessou o diálogo com a outra, observando-o a passar pela sala e sentiu seu toque suave, o qual teria dado mais atenção, se não fosse pela visita desagradável. 
- Não temos mais. Haruna, por favor, saia. 
- Me mande essa droga de papéis assinados amanhã.
- Vou mandar. 
Falou, vendo-a se dirigir para a saída da casa e negativou conforme abaixou a cabeça, observando a proposta do advogado dela, e todo o valor pedido em dinheiro, negativou e rasgou as folhas.
- Hum, ela veio bem disposta hoje? 
Atsushi indagou e tornou tocar seu rosto, desta vez segurou e selou seus lábios. Kaoru desviou o olhar a ele e retribuiu o pequeno selo. 
- Achei que conhecia minha mulher. Pelo jeito, não conhecia de fato. Peça que não deixem mais ela entrar na portaria, ou eu vou acabar batendo nela.
- Ah, que homem agressivo. - Disse o maior, brincando com ele. - Deixarei avisado. Não quero que perca a linha assim, ah? Esqueça, divórcio é assim mesmo. Provavelmente está irritada com sua escolha amorosa.
- O pior de tudo é que ela entra aqui se oferecendo pra mim como se eu ainda tivesse algum interesse. Acho que nem eu, nem ela nos conhecemos, ou ela deveria saber que se eu estou com alguém não desvio o olhar da pessoa. - Kaoru falou e desviou o olhar a ele. - Hai... - Suspirou. - Estou cansado. Enfim, onde você quer ir?
- Hum, quando estava com ela acho que você desviou pra mim. 
Atsushi disse e deu-lhe um sorriso canteiro. Kaoru arqueou uma das sobrancelhas. 
- Você entendeu, bonito.
- Entendi nada, me explique. - Disse, provocando-o.
- É diferente, você é o homem mais bonito do mundo, não tem como não olhar pra você. Esse sorriso me cegou inclusive. - Kaoru riu e negativou.
O maior riu, divertindo-se com a explicação exagerada. 
- Você que é bonitão. - Disse e o abraçou, apertando-o consigo.
Kaoru negativou e abraçou-o igualmente, beijando-o em seu pescoço. 
- Eu te amo... 
Murmurou, tranquilo por conseguir dizer aquilo tão abertamente e suspirou.
- Hum, se acalmou, rabugento? - Disse o maior e retribuiu seu carinho ao afundar o rosto em seu pescoço. - É gostoso te encontrar em casa quando chego. A casa é sua sim, pelo tempo que quiser. 
O menor deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, acariciando-os, sentindo o cheiro gostoso de shampoo e queria poder ficar assim sempre. 
- Ficarei aqui, mas quero ajudar você com as contas, não me interessa se estamos casados ou não, se eu moro aqui, eu quero ajudar.
- Kaoru, eu aceitaria se eu estivesse precisando. Não me faz falta.
- Eu sei que não, mas eu quero ajudar.
- Não insista. Eu quero continuar como estou, sempre foi assim, até mesmo quando casado. Compre as coisas que você quiser por si mesmo, mas não por compromisso.
- Certo... Mas se precisar me peça, hum?
- Pode deixar. - Atsushi deu-lhe uma piscadela. - Quer ficar em casa? 
- Se você quiser, não quero estragar seus planos.
- Eu não me importo em ficar, gosto de ficar aqui com você. Rola até tentar aquele macarrão. Se não estiver tal cansado.
- Eu quero. - O menor sorriu.
- Primeiro eu vou tomar banho. Vou ser acompanhado?
- Hum, eu acabei de sair do banho, mas vou com você.
- Eu notei, por isso perguntei se teria uma companhia. Vamos, quero ver esse corpo peladão.
Kaoru riu e negativou.
- Não tem nada muito interessante pra ver aqui.
- Tem sim. Tem...
- Nada que você não tenha visto uma dúzia de vezes. - Riu.
- E acha que por isso é menos agradável de se ver? 
Disse o maior e tocou sua calça, desafivelando o cinto. Kaoru negativou e riu baixinho, observando-o enquanto abria a própria roupa e mordeu o lábio inferior. Atsushi sorriu a ele ao ser olhado pelo gesto. Após abrir o cinto, fez o mesmo com o botão da calça e o zíper.
- Tem tempo pra pensar em fazer isso no trabalho, hum? Estamos tão ocupados ultimamente...
- Não estava pensando nisso no trabalho, pensei assim que te vi puto. Foi como um "ah, preciso fazer esse rapaz relaxar".
Kaoru riu ao ouvi-lo e negativou, puxando-o para si e lhe selou os lábios, deslizando ambas as mãos pelos ombros dele e desabotoou sua camisa, abrindo-a a expor o tórax definido do outro e retirou a camisa, deixando-a no chão.
- Ora, se empolgou? 
Dizia o vocalista após o beijo ganhado e a roupa tocada que logo foi ao chão. Por fim pegou-o no colo e levou consigo em direção as escadas, onde teve de soltar antes que acabassem rolando pelá escada.
- Atsushi... N-Não! 
Kaoru falou ao senti-lo pegar a si no colo e moveu-se, tentando se soltar do colo onde fora pego, por fim ocorreu perto da escada e estreitou os olhos. 
- Não faça isso.
- Ah, por que não? - Indagou ao ser repreendido.
- Eu me sinto uma moça.
- Bom, se você se sente assim então eu vou te apoiar. - Provocou.
O menor estreitou os olhos. 
- Atsushi!
- Eu não ligo, eu te apoio. Não precisa de reprimir.
- Eu não quero ser uma moça, ora. 
Kaoru falou e subiu a escada, seguindo ao banheiro no andar de cima.
- Ta bom, não pego mais. 
O maior disse, fingindo-se de vítima. Mas ao chegar no cômodo, terminou de desfazer-se das roupas, desnudando-se. O menor desviou o olhar a ele, notando os fios negros a cair dispersos pela pele e sentiu um suave arrepio na espinha, tendo que negativar para se livrar dos pensamentos. Deu foco as próprias roupas, que também tirou.
- Se preferir posso te chamar de Kaori. 
Atsushi brincou e por fim o abraçou, teve de se afastar posteriormente, dando a conferida que disse que faria.
- Iie. - O menor riu e por fim desviou o olhar a ele. - O que foi?
- Nada, eu disse que queria ver.
Kaoru negativou e desviou o olhar, porém aos poucos cobriu a parte íntima com uma das mãos.
- Ah... Ah... Que isso, estou vendo essa mão sutil aí.
- Para de me olhar tanto, eu não sou modelo. 
O menor riu novamente e abraçou-o meio de lado, beijando-o no rosto.
-  Deixa eu ver esses dentinhos alinhados.
- Por sorte não é um. 
Atsushi respondeu-o e por fim sorriu, embora não fosse por assentiu ao pedido mas sim por ele propriamente dito.
- Hum, você é muito bonito. - Sorriu. - Vivo falando isso.
- Bonito é você. 
Disse o maior ao soar contra sua pele, em seu pescoço onde o beijou e de leve mordeu. Kaoru riu baixinho e negativou, deslizando uma das mãos pelos cabelos dele, novamente a acaricia-lo. 
- Banho?
- Banho. 
Atsushi disse enquanto ainda o abraçava no caminho que traçou até o chuveiro. O outro caminhou junto dele ao banho, e suspirou ao sentir a água quente sobre as costas. 
- Deus...
- O que? - O maior retrucou em seu murmuro, após enfim solta-lo.
- Adoro esse chuveiro e essa água quente.
- E a companhia do banho, hum?
- Maravilhosa. - Kaoru murmurou num sorriso.
- Quer transar aqui? 
Atsushi indagou a sair baixo, descansando o queixo em seu ombro. O menor desviou o olhar a ele. 
- Vai me relaxar?
- Quero que diga se você quer ficar comigo. - Atsushi sorriu e o riso soou num sopro nasal.
- Claro que eu quero. - O menor falou num sorriso.
- Então me pede.                        
- De modo suave ou chulo?                        
- Quero que diga como você quer dizer.                        
- Bem, quero fazer amor com você.                        
- É assim que quer dizer?
Atsushi sorriu novamente e roçou a face junto a seus cabelos não completamente molhados.

- Sim. - Kaoru sorriu e deslizou as mãos pelas costas dele, acariciando-o. - Quer fazer amor comigo?
- Quero muito. 
O maior disse e por fim se virou corretamente para ele. Tocou sua mão e trouxe para o sexo, pedindo o toque. E quando as mãos desocupadas, segurou seu rosto a beija-lo e penetrar sua boca com a língua. Kaoru sorriu novamente e tocou-o onde pedido, em seu sexo, sentindo a pele macia, porém no músculo duro e mordeu-lhe o lábio inferior, de leve, enquanto passou a masturba-lo com o movimento lento de vai e vem.
Atsushi retribuiu o mordisco a dar-lhe um no lábio superior a medida que sentia o próprio e inferior da mesma forma.  Sentia seus dedos ásperos a deslizarem no sexo, devagar e ao soltar seu rosto, tocou-o dq mesma forma, passando a masturba-lo.
- Ah... 
Kaoru murmurou em meio ao beijo conforme o sentiu tocar o próprio sexo e estremeceu, agarrando-se aos cabelos dele com uma das mãos.
- Está sensível? 
O maior indagou ao toca-lo e tão prontamente receber um gemido. Guiou-o ao frio azulejo no box, onde encostou suas costas nuas que certamente sofreriam com a diferença de temperatura repentina. Beijou seu pescoço e desceu pelo tronco onde faria um caminho devagar até se abaixar e dar atenção onde os dedos envolviam.
Kaoru assentiu, e de fato se sentia um pouco sensível mesmo, estava excitado, era fácil gemer com o mínimo toque dele, o queria, de qualquer forma. Deslizou uma das mãos até alcançar a face dele, e por fim o viu se abaixar em frente a si, fechou os olhos e suspirou, já sabendo o que viria, e preparando-se para aquela sensação prazerosa.
Com a ponta da língua, o maior circulou seu umbigo e mordiscou sua barriguinha magra e sem definições, achava-o adorável. Ao descer um pouco mais, tocou sua virilha e como ele se preparou para onde ficaria com a boca, uma vez que sem hábito, era a segunda vez que o faria.
Após suspirar novamente, o menor desviou o olhar a ele, num sorrisinho fraco, não gostava muito do próprio abdômen ou tórax, achava que poderia malhar um pouco mais, mas ele parecia gostar. Deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, observando-o em seus sutis preparativos. 
- Não precisa fazer... Se não quiser.
- Se eu não quisesse eu não faria. 
Atsushi disse-lhe ao erguer o olhar e fita-lo de baixo, como estava. Logo mordeu sua coxa, e sem mais delongas deu atenção ao local onde tocava, deslizou a língua com sutileza de início. 
O menor assentiu ao ouvi-lo e estremeceu, sentindo o arrepio do toque quente de sua língua, e era gostoso, ele, os toques, tudo, mas a verdade é que, impaciente, queria puxá-lo para si e virar de costas logo para dar espaço dentro de si a ele. Com a mesma sutileza, o vocalista beijou sua ponta, e logo deslizou com os lábios em torno, imergindo-o dentro da boca. Onde deslizou para dentro até onde podia e voltar a tira-lo, criando desse forma um ritmo.
Kaoru gemeu, rouco, excitado conforme o sentiu colocar a si na boca e fora obrigado a morder o lábio inferior, ou deixaria um gemido mais alto escapar, e não queria soar tão apressado ou sensível como ele mesmo havia chamado. Os olhos do maior até então desatenciosos de algum ponto específico tornou a erguer e voltar para ele enquanto vagarosamente seguia com um vaivém dá cabeça. O menor observou o outro, retribuindo seu olhar e não desviou, mantendo um sorrisinho sem mostrar os dentes.
- ... Kimochi.
Atsushi retribuído, encarou-o à altura. E aos poucos firmava a língua em torno de si, tornando o toque mais forte, sorvendo-o para a boca. Kaoru gemeu mais uma vez, inclinando o pescoço para trás a fechar os olhos conforme o sentiu sugar a si e firmemente se apoiou no chão, visto que sentiu a perna fraquejar, tentando disfarçar.
- Ah, eu gosto de ver você tão sensível. Parece até que nunca teve prazer. 
Disse o maior quando por fim desocupou a  boca. Deu-lhe um beijo na ponta e até roçou os dentes na glande.
- Ah... - O menor murmurou e encolheu-se, negativando ao dito por ele. - ... N-Não é normal.
- Não é, é? Talvez seja saudade ou brigar com a sua ex mulher te deixe excitado.
- Ah, isso com certeza não.
- Não? Então o que é? Diga.
- Você. Eu quero muito você.
- Por que? 
Atsushi indagou e desceu a tocar a parte inferior de seu membro, lambeu a região cuja pele fina e sensível antes de então subir novamente e selar seus lábios. 
- Hum?
Kaoru suspirou ao vê-lo subir e sorriu a ele, deslizando uma das mãos pelos cabelos dele. 
- Não sei.
- Hum, tem que saber. Sei porque quero você.
- Ah sabe?
- Sei, mas não vou dizer até você me falar.
- E-Eu não sei, quero sentir você...
- Quer que eu coloque dentro?
- Quero...
- Então vire. 
Disse o maior ao tocar suas nádegas e apalpa-las. Virou-o de costas  e se aconchegou a ele, acomodando o sexo junto a sua pele e roçar os lábios em seu pescoço. Kaoru assentiu e virou-se como pedido por ele, apoiando ambas as mãos contra a parede e não conseguiria explicar se quisesse, a vontade que tinha te tê-lo dentro de si. Empinou os quadris, quase de modo impensado e suspirou ao senti-lo junto a nuca e o pescoço, inclinando-se para trás.
- Você é tão gostoso. 
Atsushi murmurou contra sua pele e aconchegou-se junto dele, tocando o membro junto as suas nádegas macias.
Kaoru arrepiou-se ao ouvi-lo e arranhou suavemente a parede, e só o fez para que não desse nela um soco, tamanha era a vontade de tê-lo dentro de si, de ter o corpo dele junto ao próprio. Fechou os olhos, porém ao fechá-los, voltou a imaginar os cabelos compridos dele sobre as costas nuas, sobre a face, preferiu abri-los, porque o sexo já doía, pulsando em excitação.
- O que houve, Niikura? Me diz. 
O maior disse ao soar junto a sua pele e encaixar o sexo em meio as suas nádegas, porém verticalmente, sem penetra-lo. Ao se tocar, deslizou o sexo em sua pele, arrastou-o entre as nádegas e beirou, ameaçando penetra-lo.
Negativou, e embora se sentisse meio vulnerável naquela posição, era tão gostoso que não conseguia evitar de se manter daquele modo. Sentiu-o em meio ao corpo, embora sem penetrar a si e gemeu, baixinho, pedinte.
Atsushi ouviu-o ruir e sabia que era de expectativa, pensar sobre  seus motivos causava um certo arrepio na espinha, somado com sua voz grave e baixa. Ao chegar perto o mordiscou no pescoço, tentando driblar os fios molhados sobre sua pele. Por fim se encaixou e nele, aos poucos penetrou.
O menor observou-o, meio de canto conforme o sentiu estremecer, fora sutil, mas percebeu e logo outro gemido deixou os lábios, novamente grave, ao senti-lo penetrar a si. 
- ... Ah.
- Dói, hum? 
O maior indagou próximo a seu ouvido, não que de fato esperasse uma resposta. Completou-o consigo sem demora, ainda que fosse devagar e cuidadoso, sentindo seu corpo quente e de difícil acesso. Kaoru desviou o olhar a ele novamente e assentiu, sutilmente com a cabeça, porém o deixou se encaixar no próprio corpo, não reclamou, além do gemido dolorido mais uma vez.
Atsushi não deixou muito tempo em espera, logo começou a se mover, iniciando uma saída vagarosa, voltava para dentro com força e sucessivamente levou o ritmo, até que seu corpo desse espaço e aos pouco liberasse a passagem.
O menor abaixou a cabeça, fechando os olhos mais uma vez, e agora não precisava imaginar aquela sensação, a sentia, e sentia os toques dele também, suas mãos macias, gentis, tão diferentes das próprias. Conforme sentiu os movimentos dele, franziu o cenho e mordeu o lábio, abafando os gemidos.
- Motto, hum? 
Atsushi perguntou, soando ainda baixo, e embora não esperasse a resposta, deu a ele maior ritmo, já tomando vigor com o que fazia.
- Ah... A-Atsushi eu... 
Kaoru murmurou e apoiou-se mais firmemente na parede, visto que as pernas ainda vacilavam e empurrou-o para trás com pouco mais de força. O maior sentiu sua incomum investida, levando os quadris para traz, tornando o atrito ainda mais firme. 
- Hum, kimochi
Disse o vocalista e soou ainda próximo de sua orelha, o qual mordiscou o lóbulo sem adornos, seguiu tão logo firmemente, continuando o ritmo. Uma das mãos do menor, deslizou pelo corpo num toque suave e hesitante até alcançar o baixo ventre e segurou o sexo entre os dedos, passando a se masturbar no mesmo ritmo dos movimentos dele, e não costumava fazer aquilo, tamanha era a excitação que sentia.
- Ah, então eu mudei mesmo de lado. - Disse o maior obviamente numa brincadeira.- Porque te ver se masturbando parece tão excitante que senti meu estômago congelar.
Kaoru desviou o olhar a ele meio de canto e sorriu, negativando. 
- Não aguento... Preciso tocar.
- Precisa tocar, hum? Por quê? Me diz o que te excitou tanto que eu faço sempre.
O guitarrista riu baixo e negativou, abaixando a cabeça. 
- Eu não quero que você pense que é por brigar com ela ou algo ridículo, eu só... Droga! - Disse a socar a parede. Eu vi você com aquela camisa branca alinhada, aquela roupa íntima justa, esse seu perfume forte, esse cabelo. Caralho, como eu gosto do seu cabelo!
Falou a ele e virou-se, deixando-o sair do corpo e empurrou a língua para dentro da boca dele, sem deixar espaço para muitas palavras, guiou as pernas ao redor das cintura do outro e não se importou de parecer ridículo ao pedir colo.

Atsushi fitou-o sem entender a intensidade junto a parede, porém o ouviu em seguida, pensando bem no que descrevia ele, sabia do que estava falando e era o que achava graça, mas se sentia feliz também. Ao se virar talvez pudesse perceber a coragem que ele tentou tomar para pedir aquela posição uma vez que acabara de ser repreendido por te-lo pego nos braços. Sem questionar no entanto o tomou como previsto, enlaçado por suas coxas e penetrou-o, apoiando junto à parede, retomou então os movimentos, ainda mais ávidos que anteriormente.
Kaoru guiou ambos os braços ao redor do corpo dele, em seu pescoço, segurando-se ali e ao inclinar o pescoço para trás, não fez questão de esconder a face do olhar dele. Guiou a mão até o próprio membro, novamente, o qual passou a tocar, enquanto o observava e sentia adentrar o próprio corpo.
- Hum, parece que está despudorado hoje. 
Disse o maior ante sua exposição física. Queria beijar e morder seu peitoral plano naquele espaço amplo que teve para isso, no entanto, não queria perder a chance de encara-lo, de vê-lo se tocar enquanto vigorosamente estocava entre suas pernas, tendo o espaço pessoal no meio de suas coxas. 
- Vou gozar em você.
Kaoru abriu um pequeno sorriso, de fato estava desinibido, mas a vergonha ainda aparecia nas bochechas levemente coradas. Apertou-a em seu ombro onde apoiou a mão e gemeu, prazeroso, sem deixar de estimular a si. 
- Vem.
- Quero que goze comigo. 
Atsushi disse e soou até ofegante. Afetado pela excitação, pelos movimentos, soava rouco. Só então se deu por vencido, chegou perto dele e mordiscou seu pescoço, desceu ao peito e passou rapidamente pelo mamilo que lambeu e puxou antes de subir e tomar sua boca, beija-lo com o mesmo vigor com que o penetrava, sem interferir no espaço para o trabalho de sua mão por si mesmo.
Kaoru assentiu a ele, embora tivesse muito mais do que aquilo para dizer, mas estava preso na garganta. Gemeu baixo conforme sentiu seus toques sutis e por fim retribuiu seu beijo, masturbando-se, rápido, firme, como os quadris dele, e por fim gozou, deixando escapar um gemido prazeroso contra os lábios do maior.
A medida em que tocava seus lábios, o beijo meio languido dava espaço para o maior desviar o olhar e buscar seu rosto ou mesmo o movimento de sua mão, queria assisti-lo, determinou mentalmente que o faria se masturbar para si numa próxima vez. Quando em espasmos seu corpo denunciava sua chegada próxima, permitiu-se fazer o mesmo e um pouco mais de duas investidas, cessou o ritmo vigoroso, pegando fundo em seu corpo, atingiu o ápice e se deixou fluir para ele. 
- Ah... Kaoru.
O menor sentiu-o dentro de si, quente, gostoso em seu ápice e mordeu o lábio inferior, controlando-se para não gemer, mas não surtiu efeito. O gemido viera junto ao nome dele, assim como ele havia feito. 
- Atsushi...
O vocalista suspirou, pesado enquanto sentia a leveza tomar conta do corpo. Descansou a face e escondeu-a em seu pescoço enquanto sentia aquela dormência no baixo ventre. Quando finalmente esvaíra, afastou-se para olha-lo, mordiscou seu queixo áspero qual lambeu os curtos pelos faciais e subiu para a boca. 
- Você é lindo.
Kaoru ergueu a face, dando espaço a ele para tocar a si no queixo e por fim riu baixinho, negativando. 
- Não seja bobo.
- É sim. 
Atsushi disse quando por fim o colocou no chão, não sem antes conferir a firmeza de suas pernas. Ao descer, Kaoru apoiou-se na parede e deu um sorrisinho a ele. 
- Desculpe... Me empolguei um pouco.
- Eu gostei. 
Disse o maior ao segurar seu queixo e acaricia-lo com o dígito polegar. O outro sorriu e deslizou uma das mãos pelos cabelos dele. 
- ... Estou meio mole.
Atsushi baixou a direção visual, brincando com ele, a fitar seu sexo.
- Parece que sim. Aliás, meio não, completamente.
- Você entendeu. - Riu.
- Você vai poder descansar agora. Já cuidou bem de mim.
- Temos que fazer nosso macarrão.
- Talvez de madrugada. Parece bom. 
- Hum... Tem razão. Vamos deitar.

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