Yuuki e Kazuto #55


Kazuto adentrou o elevador junto do outro, sorrindo a ele e lhe selou os lábios, mesmo que o outro não visse necessidade de descer junto dele. Os cabelos loiros estavam bem ajeitados e nos olhos tinha as lentes azuis, escondendo os olhos vermelhos. Saiu logo do local e do prédio junto dele, selando-lhe os lábios.
- Te vejo depois.
Sorriu e acenou a ele, observando o local por um pequeno tempo até que visse o loirinho baixinho que caminhou até si, mesmo assim mais alto, e sorriu, abraçando-o e sentiu o beijo sobre o rosto.

- Como você está frio!
O menor sorriu desajeitado e afastou-se do outro.
- Estou bem. E você como está?

- Bem. Senti sua falta...
- Também senti... Nunca mais nos vimos.
- Veio morar com outra pessoa... Quem é?
- Yuuki. 
- ... Aquele... Cara que quase matou você?
- Hai. Mas ele é um amor.
Yuuki sentia aqueles selos em despedida, parecia uma dona de casa, pensou diante da comparação que fez com o vampiro mais novo. Postou os óculos escuros sob a ponte nasal, dando por iniciada a caminhada ao estacionamento. No aparte do caminho, regrediu diante de algo esquecido, a observar àquele pirralho em junção a um outro, também pirralho, pensou consigo e caminhou a direção destes após o finalizar daquele abraço, cujo parecia sê-lo desnecessário, qual era a finalidade afinal? Indagou e se pôs lado ao garoto.
- Esqueci o caderno com os detalhes de ontem. Pegue pra mim.

Kazuto ergueu a face a observar o maior e uniu as sobrancelhas, o outro em frente a si abaixou a cabeça e cessou o assunto ao vê-lo, certamente com medo do outro.
- Mas eu não sei onde está... Por que você não pega?

- Está em cima da mesa de centro na sala.
O maior encarou por fim os louros fios de cabelo do visitante, de cabeça baixa. Abaixou-se afim de lhe fitar o rosto sem discrição. Kazuto t
ocou o braço do namorado.
- Yuuki. Pare. - Desviou o olhar ao amigo. - Vem comigo, Hinata? 

- Hai.
- Parar o que? Estou apenas olhando quem é, ele não consegue levantar a cabeça.
Kazuto estreitou os olhos e segurou a mão do menorzinho, puxando-o consigo a adentrar o local.
- Kazuto. - Yuuki chamou antes que o fizesse.
- Hai? - O menor deixou o menorzinho atrás de si e caminhou até o outro.
- Não o leve pra lá.
- Por quê?
Não gosto de gente em casa, principalmente um humano. Kasumi é feroz, você ainda não sabe. Além de que, ele verá o Suzuya, e ele é notavelmente sem cor.
- Mas ele nem abriu os olhos ainda, não pode ver os olhos vermelhos dele. - Disse, porém se atentou ao fato de que ele havia dito o nome do filho, e sorriu. 
- Ele não terá olhos vermelhos, os olhos dele serão da mesma cor que o meu. E não estou falando de olhos, estou falando da pele.
- Os olhos dele serão lindos. - Kazuto sorriu. - Certo. - Virou-se. - Hinata, quer tomar um café? 
- Hai, seria bom, assim podemos conversar. 
- Hai. Eu já volto.
Kazuto passou pelo amigo e sorriu, adentrando o local e apertou o botão do elevador que logo se abriu. Yuuki p
endera a cabeça ao lado, sorriu ingracioso com o canto dos lábios enquanto seguia a direção do rapaz.
- Oi, Hinata...

O menorzinho deu alguns passos para trás e ergueu o olhar a fitar o outro.
- Oi... Yuuki?
- Parece receoso, algum problema?
- Iie. - Sorriu.
Uma das mãos de Yuuki dirigida ao óculos, elevou as lentes escuras, deixando o acessório sob a cabeça por instantes e pôde fita-lo de vistas nuas.
- Não vou morder você. - O tocou em sua tez mais corada, em seu pescoço, apto a sentir os batimentos cardíacos diante do trepidar de sua veia, pulsando vívida. - Não agora.
Estas mesmas deslizaram ao ombro do garoto, dera um tapinha fraco, porém um aperto não muito delicado.
- Até logo. Diga ao Kazuto que não precisa mais.
Encaminhou-se logo ao caminho feito antes, tornando a deixar os óculos salvarem as vistas sensíveis a claridade instalada no lugar.

Kazuto desceu logo carregando a pasta do outro e observou apenas o amigo no local, unindo as sobrancelhas.
- Ué... Cadê o Yuuki? - Desviou o olhar ao outro, imóvel. - Hinata? Hinata... Hinata me responda. - Levou uma das mãos em frente aos olhos dele. - Hinata, parece que viu um fantasma, você está branco.
Viu o pequeno movimento do outro e apenas teve tempo de segurá-lo nos braços, ajoelhando-se a colocá-lo com cuidado sobre o solo a sobre as pernas.
- Hinata!
Bateu levemente sobre o rosto do outro e desviou o olhar ao redor do local, indeciso entre levá-lo para dentro da casa ou carregá-lo para algum lugar, o que podia fazer afinal?
- Yuuki...
Suspirou e pegou-o nos braços sem muita dificuldade,mesmo que ele fosse maior que si e caminhou ao elevador.
- Não posso te deixar aqui embaixo... Mas a Kasumi...
Uniu as sobrancelhas e por fim esperou que o elevador subisse, deixando-o no corredor e adentrou a casa, fechando a porta e observou a empregada.
- Kasumi... Estou com um amigo meu, humano. Eu agradeceria muito se não voasse no pescoço dele.  

O cheiro havia se instalado pelas narinas da vampira mesmo diante da distância possivelmente existente. Aroma fresco, vivo. O barulho na porta trazia consigo mais dessa essência e pôde ver o pequeno louro junto a um novo baixinho, quase parecido, se não fosse ainda mais afeminado.
- Almoço? - Indagou e teve-se respondida antes mesmo de mais algum comentário, sentindo o cheiro mais forte e suspirou já a se por próxima ao garoto. - ... Acho melhor você levar ele daqui então, não costumo ter controle, e Yuuki não gosta de gente em casa.

- Mas... Ele desmaiou... Pegue um pouco de água pra mim, vou cuidar dele no corredor. - Suspirou.
- Ele é gay?
- O que tem a ver?
- Eu bem que podia dar um trato nesse molequinho.
- Não! - Kazuto estreitou os olhos. - A água, Kasumi.
- Por que não?
Ela caminhou para a cozinha, logo, servira a água numa garrafa pequena.

- Porque não.
O menor pegou a garrafa logo e seguiu ao lado de fora, fechando a porta. Abaixou-se junto do amigo e jogou pouco da água na própria mão, passando pelo rosto dele.
- Hinata... - Observou-o a se incomodar com o líquido e abrir os olhos aos poucos.

- Kazuto?
Hai... Você desmaiou... O que aconteceu?
- O Yuuki... Ele... Ele não é humano. 
O menor suspirou.
- É sim... O que aconteceu?

- Aqueles olhos... 
- Eram lentes de contato. Vem. - O menor puxou o outro consigo.



Yuuki entrou pela casa, podendo sentir o atípico aroma do lugar. A serviçal ruiva prontamente a segurar as próprias coisas, levando-as ao quarto onde detinha costume de deixar.
- Kazuto trouxe alguém aqui?
- Trouxe um menino desmaiado, mas o serviu no corredor, não quis me deixar fazer um lanchinho.
- Desmaiado? Esses garotos são tão frouxos.

Ao levantar-se junto dele, Kazuto seguiu a cafeteria próxima do local, conversando com o outro e contou tudo que havia acontecido no tempo que não o viu, claro, cuidadoso a inventar algumas partes. Contou que agora morava com o outro e que já tinha um bebê com ele, o que deixou o loirinho feliz e pediu todos os detalhes. Após um tempo de conversa, despediu-se, apenas por sentir fome e certamente não saberia se controlar, até o amigo estava parecendo saboroso para si. Sentia dor nos machucados da barriga e levantou-se, abraçando o outro e disse para marcar outro dia para que pudessem conversar. Seguiu em direção a própria casa pouco tempo depois da chegada do outro e adentrou o local, observando o maior.
- Oi.

Diante do vocal conhecido, sentado na cama, observando os papeis necessários, Yuuki voltou-se a fita-lo e logo, novamente ao serviço.
- Eu disse para não trazer ninguém aqui.

- Não trouxe, o deixei no corredor.
- Ele esteve aqui dentro.
- Não esteve... Você quem assustou ele.
- Esteve, posso sentir o cheiro dele.
Kazuto uniu as sobrancelhas.
- Estou dizendo que o deixei no corredor.

Yuuki tornou encará-lo, desgostoso. O menor cruzou os braços.
- O que ia fazer com ele aqui?

- Não preciso responder. Se eu quisesse fazer algo com ele, teria feito.
- Eu quis dizer o que EU iria fazer com ele aqui? Só subi com ele porque ele tinha desmaiado.
- Levasse ele noutro lugar.
Kazuto assentiu e ouviu o barulho do celular, retirando-o do bolso a ver a mensagem do outro e riu baixinho, respondendo-o e enviou.
- O que é?
- Hum? Nada.
Yuuki o encarou por instantes, porém logo se pôs cômodo na cama, ignorando, a formular o serviço.
- Se trouxer mais alguém aqui, vou fazer uma boa refeição.

- Não vou trazê-lo aqui.
- Qualquer pessoa.
- Ta bem.
O maior continuou o serviço, somente.
- Vai ficar trabalhando hoje também?
- Outra coisa que eu precise fazer?
- ... - Kazuto virou-se a se retirar do quarto e seguiu até a cozinha.
Yuuki desdenhou, dando continuidade ao serviço, quisesse ele atenção, esta que buscasse na companhia de seu amigo, pensou e por fim ponderou diante do pensamento que deteve, sem chegar a qualquer conclusão.
O menor sentou-se próximo ao balcão e observou a ruiva.
- O que foi? 
- Quero sangue.
A outra assentiu apenas e deixou a taça sobre a mesa a despejar pouco do líquido da garrafa na mesma.
- Obrigado. - O menor levou a taça aos lábios, bebendo alguns goles.

Num quase fim do pouco que tinha a fazer, pausa no serviço a prover-se de um cigarro, o único cilindro que levou a boca e o maior tragou em brasa, observando sem interesse a figura do quarto, seja lá com o que tivesse em mente. Kazuto voltou logo ao quarto, carregando a taça consigo.
- Ah, pra fumar você tem tempo.

O maior elevou a direção visual ao outro diante de seu comentário.
- Não me quer mais?
- Hum, então está querendo é transar?
- Não precisa transar comigo pra me dar atenção.
- Esse "não me quer mais" faz me parecer que está querendo transar.
- Nem isso você quer fazer mesmo...
Yuuki fechou o caderno em mão, o deixando ao lado. Tragava ainda o cigarro, vez outra o descansando entre os dedos.
- Hum? - O menor o fitou.
- Hum? - Yuuki o imitou.
- Vai me dar atenção?
O maior apagou o cigarro no cinzeiro ao lado, por fim a cruzar os braços e continuamente fitar o outro.
- Vai ou não?
- Não, só deixei o caderno ali e quis ficar te encarando.
Kazuto caminhou até a cama, ajeitando-se sobre o colo do outro.
- O que foi?

- O que foi o que?
- Porque está chato?
- Sempre fui.
- Mas hoje está pior. O que aconteceu?
- Sh, cale a boca.
Kazuto uniu as sobrancelhas.
- O que quer?

- Fazer amor.
- Tome banho e venha.
- Hum?
- Banho. Você voltou e ainda não tomou.
- ... Hai. - Levantou-se.
- Vai, sinto cheiro de gente em você.
- Ta bem. - O menor seguiu em direção ao banheiro e retirou as roupas.

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