Kazuma e Asahi #51 (+18)


A mão desocupada de Kazuma, ergueu e levou a seu rosto, desceu ao queixo e tomou no pescoço onde o segurou com firmeza enquanto pressionava os dedos, sabia bem como lhe causar dor sem tirar sua vida. Movia-se com as habituais invertidas firmes, que não exigia rapidez, mas tinha sequência.
Asahi suspirou, excitado e desviou o olhar a ele, pelo espelho, porém fora interrompido ao sentir os dedos dele, firmes ao redor do pescoço. Estremeceu e tinha medo, de que ele não soubesse medir a força, mas era aquilo que tornava tudo mais excitante. Uniu as sobrancelhas, buscando ar e tentava respirar, pouco conseguia. 
- K-Kazuma...
Próximo dele, o maior roçou a face junto a sua nuca cujos cabelos curtos onde o mordiscou e sentia-o se arrepiar. O menor estremeceu novamente, sentindo-o perto da área sensível do corpo, na nuca e roçou as unhas no espelho. 
- ... N-não consigo respirar...
- Claro que consegue. 
Disse o moreno e desviou a sua orelha, mordiscou o lóbulo e penetrou o orifício sem se aprofundar. Deixou seu sexo no entanto e envolveu sua cintura com o braço, deixando-o colado consigo enquanto arremetia em seu corpo.
O menor uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e negativou, guiando uma das mãos sobre as dele no pescoço, apertando-a sem força, embora estivesse agoniado pelo pouco ar. Ainda assim, o sentia se empurrar para o corpo e estremecia, a cada vez que sentia o toque bem a fundo, onde gostava. 
- Ah... Gemeu rouco.
- Quer gozar, padre? 
Disse Kazuma, soando próximo como estava enquanto continuava a segura-lo, mantendo ritmo.
- Q-quero... Quero... Que goze dentro de mim. 
Asahi falou a observa-lo pelo espelho e apertou sua mão pouco mais.
- Ah, quer que eu suje você? 
O maior indagou e soava um pouco rouco, afetado pela agitação do fôlego. Logo passou a dar ritmo mais rápido, de modo que aos poucos ouvia a pele colidir vigorosamente à sua.
- Ah... Eu... Kazuma... Kimochi, mais... - Asahi falou a agarrar-se a ele e já nem ligava tanto para suas mãos firmes contra a pele, tomando parte do próprio ar. Você vai... Vai me matar...
- Mais o que, padre? 
Kazuma retrucou com seu pedido nada específico, mas continuou com o que já lhe dava, não era comum ser rápido, normalmente era firme por si só, no entanto agilizava, gostando do ressoar do ventre junto a sua pele enquanto encarava-o pelo espelho.
- Mais forte. 
O loiro falou a ele e estremeceu, apoiando-se firmemente no espelho quando por fim gozou, sem avisar a ele, sentindo seus movimentos gostosos, incessantes dentro do corpo. Abaixou a cabeça, sentindo as pernas trêmulas e apertou a mão do maior sobre o próprio pescoço.
Pelo espelho, Kazuma pôde ver seu ápice gotejar e sujar sua roupa íntima nova, tal como acertou o espelho em gotas densas enquanto tremia as pernas frágeis e denunciava com seu corpo cada onda de prazer ao se apertar vigorosamente em torno de si. O que consequentemente trazia a ele o que pedira antes, o ápice qual fluiu em seu interior e nem tentou tirar, continuou a se mover e até intensificou o vaivém enquanto sentia aquela sensação continua que aos poucos se esvaiu no entanto. Quando por fim apartou o ritmo, continuou vez outra num solavanco e outro até que estivesse satisfeito. Só então soltou seu pescoço marcado pelos dedos firmes, mas que logo desapareceria. 
Asahi fechou os olhos, sentindo-se aquecer com o ápice do outro como havia pedido, gostava daquela sensação, embora fosse errado pedir aquilo a ele, mas tudo ali era errado. Os gemidos baixinhos ainda deixavam os lábios, prazerosos, apreciando a sensação que ele causava no próprio corpo e ao ser solto, tossiu, sentindo as pernas ainda fracas para se manter em pé, e teria caído, se não fosse o braço dele ao redor da cintura.
Da forma como estava, tendo em frente ao corpo, enlaçada sua cintura, o moreno ergueu o suficiente para leva-lo para a cama, que ao chegar, foi onde por fim deixou seu corpo, retirando-se de dentro dele a medida em que o afastou e colocou na cama.
- Sexo matinal, padre? Tomou um bom café da manhã?
Asahi respirou profundamente algumas vezes, recuperando a respiração perdida e gemeu, dolorido ao ser colocado na cama. 
- ... Kimochi.
- Hum, também gostei do desjejum.
O menor sorriu a ele, meio de canto. 
- Quer que eu... Use mais vezes essa roupa?
- Fica bem em você.
- Acho que isso quer dizer que você gostou.
- Estou dizendo que ficou bem em você. Então você decide se vai usar outra vez ou não. Gostei de ver em você e não da roupa em si.
O loiro sorriu meio de canto ao ouvi-lo, talvez um pouco envergonhado e assentiu. 
- ... Que bom que você gostou.
- Por que o interesse em lingeries, Padre? As mulheres resolveram provoca-lo?
- Bem, elas me chamaram e disseram que você ia gostar de ver, então...
- Hum, arrumou algumas amigas então.
- M-Mais ou menos. Elas me ensinam algumas coisas.
- Ah, o que elas ensinaram?
O menor uniu as sobrancelhas, percebendo que havia falado um pouco demais. 
- N-Nada demais... Só umas dicas.
- Ah, elas te deram algum prazer, padre?
- Eh?! N-Não, que absurdo.
- Por que absurdo? 
Kazuma riu e arrumava as roupas enquanto falava com ele, logo após se limpar com auxílio de um lenço.
- Perguntou se "me deram prazer".
- E estou perguntando o que seria absurdo nisso.
- O que... O que quis dizer com isso?
- Com isso o que?
- "elas te deram prazer"?
- Você disse que elas ensinaram coisas a você, logo perguntei se elas ensinaram em você, garoto.
- Isso mesmo é absurdo. Acha que elas me tocaram?
- Que exagero, foi uma pergunta.
Asahi desviou o olhar, negativando. Não quero que pense que outras pessoas me tocam.
- Não estou pensando nada, foi uma pergunta.
- Certo, desculpe.
- Relaxe, rapaz.
- ... Desculpe, eu... Não estou acostumado com isso.
- Com o que? Com perguntas?
- Não... Ser tão lascivo.
- Hum, não vai demorar a se acostumar
- Elas me disseram que... Se eu fosse mais espontâneo você iria gostar.
- Uma dica suave para mulheres como elas.
- É que eu suavizei. Elas na verdade me mandaram chupar você assim que acordasse com toda a vontade que eu tivesse.
- Hum, posso imaginar quando foi que pôs isso em prática, padre.
Asahi riu baixinho. 
- Mas eu estava com vontade.
- Estava com vontade de por um pau na boca, é?
- O seu, não um qualquer.
- Estava? Que padre ousado.
O menor riu baixinho e negativou. 
- Senti tanto a sua falta...
- E aí quis matar com a boca?
- Não naquele dia. - Riu. - Hoje.
- Hum, o de hoje você matou de lingerie.
- Ah... - Riu baixinho. - Por que você sempre foge quando o assunto envolve algum sentimento?
- Não fujo de assuntos. Mas quando eu sinto vontade de vê-lo eu simplesmente venho. Logo dificilmente estou apto a sentir saudade ou falta, porque se eu quero eu faço.
- Hum... Então por que quando eu digo que gosto de você, você foge?
- Por que eu pareço fugir?
- Porque sempre muda de assunto. E eu sei que você gosta de mim.
- Uh. Sabe, hum? Então por que quer que eu diga se você diz saber?
- Porque sim. Porque ouvir de você é diferente.
- Claro que gosto de você, garoto. Não viria se não gostasse.
Asahi uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e assentiu, abaixando a cabeça e abraçou as pernas. 
- Então não me deixe tanto tempo esperando por você.
- Eu não demoro tanto. Infelizmente você se envolveu com alguém responsável por tudo aos arredores desse lugar. Não estamos brincando de guerra.
O loiro arqueou uma das sobrancelhas ao ouvi-lo. 
- Você acha que eu não sei? Só estou pedindo pra te ver mais vezes.
- Vou tentar. - Disse o maior e afagou seus cabelos curtos.
O menor assentiu e suspirou, por fim retirando a meia e os acessórios da roupa feminina. Kazuma sentou-se de modo que o observou a se despir de suas roupas novas. Asahi sorriu a ele, meio de canto e retirou a meia, a cinta liga e só então, a calcinha, substituindo pela batina que antes usava.
- Hum... Vai ficar livre sob a batina? Ousado.
- Você não quer?
- Pare de perguntar tudo o que eu quero. Tudo você responde com outra pergunta.
- Desculpe...
- Hum.
- Quer passear um pouco ou vai ficar por aqui?
- Acho que agora já pode comer suas fatias de pão. - Kazuma sorriu sutilmente ao rapaz. - Podemos comer na torre que ainda não foi destruída.
Asahi sorriu a ele e assentiu, chamando-o com uma das mãos para que se deitasse consigo. 
- Me dê alguns minutos...
- Não tem força nas pernas, padre?
- Não... E quero me deitar com você por um instante.
- Você é manhoso, rapaz. 
O maior disse a ele e por fim levantou-se a tirar a parte superior do uniforme, permanecendo com a calça e a regata habitualmente por baixo, só então se deitou. Asahi sorriu a ele ao te-lo consigo na cama e encolheu-se junto a ele, repousando em seu tórax. 
- Você fica muito bem sem uniforme.
- Hum, prefere que eu fique nu? 
Disse o moreno a provoca-lo embora houvesse entendido o que dizia.
- Iie... Foi só um comentário. - Riu.
- Mentiroso, você é um rapazinho lascivo.
- Não sou... - O loiro falou a encolher-se, porém desviou o olhar a ele em seguida.- Kazuma... Você... Quer ter filhos?
- Hum, nunca pensei sobre isso.
- Hum... - Asahi murmurou e abaixou a cabeça.
- Você quer ter filhos?
- Nunca pensei sobre isso. - Murmurou, imitando-o e sorriu.
- Se você perguntou é porque pensou sim.
- ... Bem, talvez.
- Hum, inusitado, um padre querendo ter filhos.
- ... - Asahi sorriu. - Eu quero ter um filho seu... Sei que não vai ficar pra sempre comigo e vai embora quando achar alguém melhor. Quero poder olhar pra ele e me lembrar de você.
- Hum, não seria uma situação dolorosa?
- Talvez... Mas é melhor ter algo pra se lembrar do que não ter nada.
- A dor emocional não é como a dor física, padre.
- Eu sei... Mas não me importo.
- Vou pensar. Talvez eu lhe dê um filho algum dia.
Asahi sorriu e assentiu, aconchegando-se a ele. O maior acomodou-se, deixando estar deitado como estava, em breve teria de ir. 
- Eu queria uma menina. Chamaria ela de Kazumi.
- Hum, ou Asami. Prefiro menino.
- Por quê?
- Meninas são delicadas e sendo ambos homens, certamente um menino seria mais fácil de cuidar.
- Hum... Não a amaria se fosse mulher?
- Certamente que sim.
- Hum...
- Bem, eu ia gostar se fosse menino.
- Não vá faze-lo ser um padre.
Asahi riu baixinho.
- Iie... Talvez ele seja um militar.
- Eu duvido muito, uh. - O murmuro final de Kazuma soou mais como um riso nasalado.7
O menor uniu as sobrancelhas a observá-lo, sem entender. O moreno fechou os olhos e ficou em descanso, em breve teria de ir ao trabalho. Havia acordado cedo, um pouco mais que o habitual. Até se lembrou porque havia se tornado um militar. Talvez fosse uma história para contar, pensou. 
- Sabe porque me tornei militar, padre? - Disse embora não estivesse de fato esperando sua resposta, tão logo prosseguiu com o fato. - Quando era uma criança, tinha alguns amigos, dos quais um deles costumava ser o que as pessoas consideram como "melhor amigo". Naturalmente naquela época eu não tinha interesse em nada além de brincar, era uma criança afinal. No entanto para o meu pai aquilo não era comum, não era o que eu deveria fazer, então logo foi enviado a um colégio militar no primário, o que daria com que eu virasse homem, segundo ele. Alguns anos depois meus avós tomaram minha guarda. Meu avô perguntou se eu queria continuar, não foi como o meu pai, que não me deixou questionar. Mas eu não guardo mágoas, gosto do que sou hoje.
Asahi desviou o olhar a ele, curioso sobre seu conto e uniu as sobrancelhas. 
- Então você... Sempre foi gay?
- Eu não diria gay, eu apenas não tinha interesse. 
Kazuma respondeu e embora não tivesse lhe dito, sabia nunca ter se interessado por alguma mulher, mas também não havia se interessado em homens. No entanto, sabia que provavelmente ficaria com ele ainda que fosse uma mulher.
- ... 
O loiro manteve-se em silêncio por alguns segundos, processando a informação e por fim o observou novamente. 
- Eu fui... A primeira pessoa com quem você transou?
- Homem sim.
- Ah... Então transou com mulheres?
- Sim.
- ... Gosta mais de transar comigo ou com elas? E... Foi mais gostoso do que transar comigo?
- Não. Foi por isso que quando perguntou se eu gostava da roupa eu lhe disse que gostava dela em você, e não por ser uma roupa feminina em si.
Asahi sorriu, meio de canto e abraçou-o pouco mais forte. 
- ... Você... Gosta do meu corpo?
- Acabei de dizer isso, não?
- Eu só quis confirmar...
- Não estou brigando com você.
- Hai... - Sorriu novamente. - Fico feliz que goste de mim.
- Eu preciso ir.
- ... Ah? Hai.
- Eu volto a noite.
- Tudo bem.
Kazuma acariciou brevemente seu braço e por fim se levantou, sentando-se à cama antes de tomar a farda e vestir a peça. Asahi sorriu meio de canto a ele e assentiu, sentando-se na cama a esconder o corpo com o lençol, observando-o enquanto se vestia.

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