Ritsu e Etsuo #6


Etsuo suspirou, estava indo de encontro ao irmão, e por isso, estava feliz. Estavam tendo uma relação meio estranha havia uns dias, porque ele achava que gostava dele, e gostava mesmo, mas era um idiota, porque o havia deixado com medo. Negativou consigo mesmo e parou próximo a sua escola, queria prosseguir o caminho, mas lembrava-se daquele dia e do colega dele, não queria se estressar, e era isso que fazia naquele momento, observava as pessoas que iam e vinham e ele ali, com o rapaz. Uniu as sobrancelhas, dessa vez não fez nada, não o puxou, não o machucou, apenas o observava, e claro, estava chateado.

Ritsu seguiu colégio a fora, conversando algum assunto trivial com o colega de escola, não de sala. Depois de tantos dias desde o que havia acontecido com o irmão, parecia ter criado coragem de perguntar sobre o assunto, o que fez com que levasse a mão em seu ombro rapidamente, num tipo de cumprimento em despedida. Via seu rosto indagativo, como quem não entendia o que acabara de acontecer, mas rapidamente deu as costas e seguiu noutro rumo, e ao olhar para frente, identificou o porque, observando o moreno ali, que parecia não se dar conta do quão bonito parecia, de como era olhado onde estava.
- Aniki.

O moreno abaixou a cabeça ao receber o olhar dele e negativou, havia visto o toque no ombro, nada mais, mesmo assim, era o suficiente. Virou-se e logo seguiu em direção oposta.
- Hey, onii-chan!
O menor disse, o chamando e deu uma apressadinha nos passos, alcançando-o logo, tocou no ombro como já havia feito no amigo antes. Etsuo v
irou-se a observá-lo e novamente uniu as sobrancelhas.
- Hum?

- Você me viu e deu as costas, baka.
- Estava acompanhado.
- Não, eu me despedi e você saiu mesmo assim. Onde ia?
- Para casa.
- Veio me buscar? - Disse o menor e tão logo reiniciou o caminho, agora junto ao irmão.
- Hai... Eu... Ia te levar pra jantar.
- Aonde você quer ir?  - Ritsu indagou, fitando o moreno, um pouco distante.
Ritsu desviou o olhar a ele por alguns segundos e uniu as sobrancelhas.
- Você está saindo com ele?

- Não, eu só dei tchau com um toque no ombro, não fiz nada de mais.
- Me diga a verdade.
- Pare com isso, onii-chan. Não seja tão ciumento. - O menor sorriu a ele e deu-lhe um aperto suave na bochecha. 
Etsuo assentiu e abaixou a cabeça, chateado com o fato.
- Não estou saindo com ele.
Disse o loiro, notando que não tinha a tranquilidade retribuída e levou a mão de seu rosto ao ombro onde deu uma apertadinha. 

- Hum.
O moreno assentiu ao ouvir o irmão e abaixou-se, selando-lhe os lábios num toque sutil. Ritsu f
itou-o de repente próximo, e sentiu o toque frio de seus lábios que embora frescos, macios. Quando se afastou de volta, fitou-o e embora não houvesse se exasperado, achava-o louco. Etsuo deslizou uma das mãos pela bochecha do pequeno e sorriu a ele.
- Vamos ao restaurante japonês.

- Vamos. - Disse o menor, assentindo ao convite e seguiu com ele, ainda pensativo sobre seu cumprimento tão "ocidental". - As meninas do colégio adoram quando você vem. Sei que está aqui porque elas ficam falando.
- As meninas é? - Sorriu. - Não gosto de meninas.
- Preferia que fossem os rapazes?
- Preferia que fosse outra pessoa.
- Mas eu também acho você bonito, onii-chan.
- Acha? - Sorriu.
- Isso é inegável, seu bobo.
- Eu não acho você bonito, onii-chan.
- Hum... Claro que não, não sou como vocês.
- Não é mesmo. Eu te acho lindo.
- Uso. - Ritsu disse e deu-lhe uma apertadinha no braço.
- Honto, onii-chan. Você é tão lindo que as garotas sentem inveja de você.
Ritsu arqueou a sobrancelha a fitá-lo, negativou no entanto e não disse nada. Não sabia se ficava feliz pelo elogio ou triste, já que estava tendo a aparência comparada a aparência de uma mulher. Etsuo parou com ele, segurando-o em seu braço e deslizou uma das mãos a face dele, acariciando sua bochecha com o polegar e seus cabelos logo em seguida.
- Você é delicado, mas não tanto, é na medida perfeita.

O menor parou junto a ele ao ter-se segurada e o fitou, sem entender a interrupção do caminho.
- O... - O menor disse, perguntaria mas calou-se ao ouvi-lo dizer. Sorriu embora negativasse ao elogio, sabendo que ele dava  melhor de si para explicar aquele elogio. - Sou um rapaz, sabe? Não quero ouvir o quão delicado eu sou. Embora eu saiba que meus cabelos não me favorecem, não quero pensar que as mulheres queriam ser mulheres com a minha aparência.

Etsuo riu baixinho e beijou-o na testa.
- Eu sei... Mas não estou mentindo, e você sabe. Eu te amo, acho que você a pessoa mais linda do mundo, nunca vi, mulher ou homem mais bonito do que você.

- Eu não sou mulher, Tsu.
Disse e fitou-o defronte a si, constando embora soubesse que ele já havia descoberto como o corpo era embaixo das roupas de escola, esperava que não estivesse se iludindo sobre aquilo.

- Não acho que pareça uma mulher por baixo das roupas, onii-chan. Já lhe disse que eu não gosto de meninas. E se bem me lembro, já o vi por baixo das roupas, já o tive até na minha boca. Se quiser eu posso te lembrar de como foi e...
- Não. - Ritsu disse, interrompendo o que continuava a dizer. - Mas está dizendo que não pareço embaixo das roupas, por cima dela então eu pareço?
- Não. - Sorriu. - Você parece um anjinho. - Riu.
- Acho melhor eu parar de perguntar senão vou ficar cada vez mais frustrado com suas respostas. - O menor riu baixinho. 
Etsuo riu e mordeu o lábio inferior.
- Você não gosta disso?

- Bem, sou um garoto, não quero ser olhado como se eu tivesse seios.
- Não te olho assim. Você gosta de meninas?
- Eu... Não gosto, mas também não sinto que gosto de homens.
- Hum... - Sorriu meio de canto. - Vamos.
- Só acho que, se eu posso me apaixonar por alguém, certamente não ia pensar sobre o sexo dessa pessoa.
Etsuo observou o irmão por um tempo e assentiu, beijando-o em sua testa novamente.
- Entendi.

Ritsu não entendeu o beijo na testa, parecia uma criança por acaso? Pensou, mas não disse nada.
- Eu ia gostar mesmo se você fosse minha irmãzinha, onii-chan.
Disse e riu baixinho, apertando suas bochechas como faria com uma criança. Etsuo a
rqueou uma das sobrancelhas ao ouvi-lo e sorriu, deslizando uma das mãos pelos cabelos do irmão e puxou-o para si, abraçando-o.
Ritsu arqueou as sobrancelhas ao ser puxado, não esperava. Por fim riu, e descansou as mãos em suas costas, onde deu um tapinha leve. Apoiou o queixo em seu ombro e aproveitou para dar uma aspirada no perfume que usava na pele, consequentemente próximo a sua orelha, onde acabou ressoando a respiração. O moreno sorriu a ele, sentindo sua respiração tão próxima e arrepiou-se, encolhendo-se sutilmente.
- Onii...

- Hum?
Etsuo indagou próximo ainda onde estava, não havia ainda descoberto o agrado do irmão por suspiros na região.

- Pare, se não quiser me dar sua blusa pra amarrar em frente ao corpo.
- Parar o que? - Ritsu indagou e se afastou a observa-lo. - Você quem me abraçou.
- Pare de respirar no meu ouvido.
- Não estou respirando no seu ouvido. Você gosta que respirem no seu ouvido, Etsuo? - Riu, achando graça mesmo na hipótese.
- Claro que eu gosto.
- Que gosto estranho.
Ritsu disse, não levando aquilo em malícia, e deu novamente uma aspirada junto a seu ouvido. Etsuo u
niu as sobrancelhas, sentindo o arrepio percorrer toda a espinha. O menor riu, achando graça.
- Vamos, vamos, onii-chan.

O moreno suspirou pesado e assentiu, seguindo junto dele.
- Quer ir no restaurante japonês ou prefere ir no chinês e comer yakisoba que gosta?
- No japonês tem seu sushi.
- Não me importo em comer yakisoba com você.
O maior sorriu.
- Então vamos.

- Hai, mas acho melhor levarmos, podemos levar para o papai e a mamãe também. Ou eles saíram?
- Eles saíram. Mas podemos deitar e assistir um filme juntos. Está frio, sei que você deve estar com frio.
- Hoje eu não trouxe o casaco.
Ritsu disse, como já era perceptível, usava somente a camisa branca com emblema do colégio, uma gravata vinho, que afrouxava sempre que saia, não gostava de gravatas. Etsuo a
ssentiu e retirou o próprio casaco, que havia trazido justamente para isso. Levou ao redor do corpo dele e beijou-o no rosto.
- Você gosta de fazer mimos ainda depois de criança, aniki
O loiro disse enquanto ajeitava o casaco do irmão sobre os ombros, não precisava realmente dele, pelo menos não ainda, mas não queria criar um debate para sua insistente gentileza. Etsuo s
orriu a ele e assentiu.
- Trouxe pra você mesmo.

- Eu imaginei, você está sempre de casaco mesmo não sentindo nada disso.
- Então. - Riu. 
- Então vamos pedir em casa, quero ir tomar banho.
- Ta bem, vamos, não estamos longe.
- Ou você queria ir passear?
Ritsu indagou e segurou a cintura do irmão, caminhando meio abraçado, não porque realmente era fã de tanto carinho, mas porque, ele parecia feliz em ser tocado, e consequentemente se sentia igualmente feliz. Etsuo s
orriu a ele e negativou, abraçando o irmão junto a si como ele queria.
- Não, só queria comprar algo pra você.

- Hum, coruja.
Disse o menor e apertou-o na cintura onde repousava a mão. Seguiu o caminho de colégio, não muito distante de casa, ia tranquilamente a pé, tanto que não via necessidade de ser buscado pelo irmão, mas que fazia questão sobre isso, embora não fosse sempre, mas certamente não ia porque dizia para não, do contrário estaria todos os dias no portão, era um puxa-saco. Pensou e riu baixinho, para si mesmo, imaginava que certamente muitos gostariam de tê-lo como parceiro, mas no entanto, estava ele tentando beijar a si, beijando a si. Abaixou a direção do rosto ao pensar sobre aquilo, ponderando.

Etsuo caminhou junto do caçula, tinha um certo interesse pelos pensamentos dele, mas não perguntou de fato. Suspirou, meio perdido em pensamentos igualmente e se perguntava quando foi que havia passado a gostar tanto dele, tanto daqueles cabelinhos loiros e semblante tão calmo. Era lindo, não podia negar nem um minuto se quer, mas não era somente por isso. Tudo nele causava em si uma sensação nova, ter ele por perto, estar protegendo ele, era tudo que sabia fazer. Parou em frente ao apartamento e abriu a porta para que ele adentrasse.
- Mamãe está querendo se mudar.

- Eh?
Ritsu indagou, sendo desperto dos pensamentos que, até então, confusos, ponderando sobre os modos do irmão, que embora sempre cuidadosos, haviam se tornado ainda mais afáveis e um tanto mais íntimos.
- Pra onde?

- Hum, acho que para uma casa, diz que precisamos de mais espaço... Não sei se... Está esperando outro filho.
- Ah, teremos um caçulinha novo?
O menor sorriu ao falar e adentrou a casa, tirando logo a alça de sobre o ombro e seguiu para o quarto onde deixou, enquanto se desfazia da gravata, soltava o cinto em busca de roupas para substituir. 

- Eu não sei. - Riu. - Mas pra mamãe querer mudar...
O moreno murmurou e sentou-se sobre a cama do irmão, observando-o enquanto retirava suas roupas. 
Ritsu desabotoou a camisa enquanto fitava os dedos a descasalarem os botões, quando chegava no fim da peça, percebia que estava a se despir em frente ao moreno, e aquele simples gesto havia se tornado um pouco diferente agora, acabou interrompendo o feito e seguiu direção ao banheiro.
- Aniki, peça a comida enquanto eu tomo banho.

Etsuo observava-o, os dedos deslizando pela peça, devagar, atencioso e até se arrepiou.
- Hai... Eu.. Vou ligar.

O loiro assentiu e adentrou o banho, terminando o ritual com as roupas lá dentro, evitando o olhar do irmão ou algum comentário que deixasse o clima um pouco esquisito. Ligou o chuveiro e passou a formular o banho rápido, esperando voltar antes do irmão até o quarto.
Etsuo saiu do quarto e seguiu para a sala, onde pegou o telefone, ligando para o restaurante ali perto e suspirou, pensando no irmão no banho, e até negativava vez ou outra consigo. Pediu a yakisoba e também, alguns docinhos para ele.
Ritsu esfregou-se rapidamente, suficiente para higiene e prendeu os cabelos louros de qualquer jeito, apenas de modo que pudesse evitar de molha-los, seria mais rápido desse modo e logo havia deixado o banheiro a se vestir com peças de dormir. Uma calça cinza de tecido fino, uma camisa branca de malha e quando ele voltou, deu um salto para cama onde se aconchegou.
- Hum... Que sensação boa.

Etsuo voltou logo ao quarto e sorriu a ele ao vê-lo com sua roupa confortável.
- Kimochi, hum, onii?

- Muito. Já pediu, hum? - O menor indagou e seguiu ao irmão, guiou-o para cama e tirou seus calçados quando sentado. - Vamos, fique confortável.
O moreno sorriu a ele e assentiu.
- Pedi alguns doces também

- Hum, vai ser bom. - Ritsu disse e sorriu, e embora houvesse assentido, não se moveu. - Preguiçoso.
Disse e levou a mão até sua calça, puxando-a, no entanto deixou-a na metade dos quadris, notando como aquilo parecia estranho e deu-lhe as costas, indo atrás de uma roupa para fazê-lo vestir, e que não fosse um jeans como usava.

Etsuo riu baixinho ao senti-lo puxar a calça, porém uniu as sobrancelhas com sua aparente vergonha. Virou-se a observá-lo.
- Ritsu... Não tenha medo de mim.

- Eh? Medo? Por que o teria?
O loiro indagou e procurou alguma peça dele, sempre havia por lá, visto que normalmente a mãe se confundia com as peças e acabava deixando uma e outra trocada.

- Não ache que sou idiota. Está com medo porque eu fiz aquilo com você.
- Não estou com medo de você, Etsu. - Ritsu disse e seguiu ao irmão, dando-lhe um breve afago em sua bochecha fria. - Troque a calça.

Etsuo estreitou os olhos, porém retirou a calça e trocou-a pela mais leve.
- O que? - Ritsu indagou, notando seus nipônicos um tanto mais estreitos.

- Está sim.
- Não estou, só fui pegar a roupa pra você, já que é um preguiçoso e não tira nem a calça.
- Sei. Tire minha camisa então.
- Pare de ser preguiçoso.
- Eu não sou, hum.
- É sim, quer ficar confortável e não troca as roupas, sabe que me incomoda vê-lo deitado com jeans.
Ritsu levou a mão até sua camisa, embora pudesse ficar com ela, aparentemente o mais velho pedia por uma "demonstração" de "coragem" e assim o fez, desabotoando sua camisa, sentindo-se quase como se despisse um amante, mas fitou seu rosto e deu-lhe um sorriso, lembrando-se do irmão quando pequeno.

Etsuo sorriu a ele ao senti-lo desabotoar a camisa e deslizar seus dedos quentes por ela. Logo, observou seus rosto bonito, e gostava tanto do irmão que chegava a ser um pecado. As mãos seguraram as dele rapidamente, apertando-as entre os dedos, embora sem força e puxou-o para si, ergueu a face a observá-lo e sorriu a ele, com os lábios a centímetros dos seus, e selou-os.
Ritsu apartou sentindo o toque limitado por suas mãos entrelaçadas e abaixou-se, consequentemente estando próximo ao irmão, fitando seu rosto cujos traços bonitos eram herdados de ambos os pais, ainda assim detinha seu diferencial. Sentiu o toque suave de seus lábios, num selo breve. O fitou posteriormente, algum tempo e por fim deu-lhe um mesmo suave toque.
Etsuo sentiu o toque dos lábios e estremeceu, não conseguia aguentar, não suportava olhar o irmão daquela forma. Deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, acariciando os fios loiros e macios e novamente lhe selou os lábios, uma vez, duas até penetrar seus lábios com a língua, beijando-o.
O loiro sentiu um leve arrepio na nuca, assim que seus dedos passearam suavemente pelos fios longos. Sentiu um beijo, depois o outro.
- Etsu...
Disse, cortado no entanto, sentindo a umidade de sua língua resvalar pelos lábios e penetrá-los de modo que mesmo que quisesse, não pôde recusa-lo.

O moreno suspirou e negativou a ele, não queria que recusasse a si e faria o possível para que isso não acontecesse. Deslizou uma das mãos pelas costas do irmão, e sabia que não poderia vencê-lo com palavras, ele gostava de fazer perguntas, por isso, apenas o beijou, em silêncio, apreciando seus lábios.
- Ani...
Ritsu murmurou, mesmo entre o beijo, sentindo sua língua deveras flexível e fria, o qual com um resvalo leve nos próprios lábios, a pegou e deu uma leve sugada, inconscientemente. Etsuo s
orriu em meio ao toque, sentindo a língua entre os lábios dele e deslizou a mão pouco mais, tocando-o sobre a nádega e apertou-a. O loiro deu um sobressalto, o que fez com que interrompesse o beijo. Deu-lhe aparte e fitou o irmão. 
- Minhas costas doem.
- Uso. - O moreno murmurou contra os lábios dele. - Você foge muito de mim, onii-chan. Mas eu o quero na minha cama hoje.
- Claro que doem, está me deixando curvado.
Disse o menor, ainda parado como estava. Tentou não dar realmente muita atenção àquela frase.

- Não seja por isso.
Etsuo murmurou a ele com um pequeno sorriso e puxou-o para o colo, deitando-se na cama, tendo-o sobre si. 
Com o movimento hábil se viu tão logo sobre o corpo do moreno, onde repousou e ficou por um minuto a observa-lo de cima, como havia sido colocado.
- Você, está gostando de mim, como homem?

Etsuo observou-o um pequeno tempo e deslizou a mão pela face dele, acariciando-o.
- Eu acho que sim...

- Você acha que sim?
- Acho.
- Então por que está querendo fazer comigo?
- Porque eu acho.
- E você acha que vou fazer isso com alguém que acha que gosta de mim?
- Acho. Porque quando terminarmos vamos ter certeza.
- Ah, vamos? Pareço burro, onii-chan? Moço, eu quero comprar esse produto, vou só usar ele primeiro pra ter certeza se é bom.
Etsuo sorriu, meio de canto e negativou.
- Você entendeu, não estrague as coisas.

Ritsu o fitou em silêncio, desviou o olhar por um minuto, não tinha certeza se queria fazer aquilo, mas pensava que sentia algum tipo de atração, àquele modo.
- Não sei se...

- Eu também não. Por isso mesmo não vou fazer nada que você não queira fazer. Não vou te machucar.
Etsuo murmurou, lembrando-se da outra vez em que o havia machucado no pulso e beijou-o em sua testa, logo, deu-lhe outro selo nos lábios. Ritsu n
ão queria falar sobre isso, não queria prolongar aquela situação estranha. Do selo que recebeu logo o voltou em um beijo, penetrando deliberadamente a boca do irmão, completando seus lábios juntos aos próprios à medida em que a língua resvalava sobre a dele. 
O moreno sorriu meio de canto, tomando o beijo como um sim da parte dele e deslizou ambas as mãos pelas costas dele, sentindo o tecido fino de sua regata, gostoso de tocar, a pele quente por baixo, ele era um pecado enorme para si, e se fosse errado, que fosse para o inferno, já era um vampiro mesmo.
De olhos fechados,o loiro podia sentir o contato mais apurado, sentindo seus dedos frios e tão suaves a deslizarem na pele, mesmo no impasse da roupa que usava e que causava um atrito macio à própria pele. Por um momento se viu perdido sem saber onde toca-lo, tinha ainda algum recato.
Etsuo segurou as mãos do irmão, guiando-as ao próprio corpo e deixou-o tocar mesmo o tórax, suavemente já que tinha a camisa aberta e lhe selou os lábios novamente, seu rosto e pescoço, guiando uma das mãos ao baixo ventre do outro e apertou-o sobre sua calça fina.Ritsu deslizou a mão em seu tronco, como sua própria pedia. Não era novidade tocar aquela parte, novidade era o modo como interpretava o toque. E continuou a sentir seu toque frio e liso, sem imperfeições. Sentiu até mesmo o pequeno ponto em seu peito, que enrijeceu sob o resvalo do dedo não intencional. E ainda assim sentia o toque da língua a roçar contra sua durante o beijo que mantiveram. No toque inesperado, afastou suavemente o quadril como um reflexo, mas acabou por um suave gemido.
Etsuo suspirou contra os lábio dele e o sentia duro, ou melhor, ficando duro, só com um pequeno toque e puxou o corpo dele para si em seus quadris, roçando-o ao próprio.
- Hum...

O loiro deslizou as mãos em seu tronco onde já colocado e aos poucos alcançou-lhe os quadris, onde sentia-o mover e impulsionar sua pelve junto a própria, roçando seu membro ereto ao próprio, tornando o toque prazeroso e ainda desconfortável pela rigidez mútua. E tornou a ruir num leve gemido, que no entanto interrompido num sobressalto ao ouvir a voz do próprio pai. 
- Kimochi...
Etsuo sussurrou a ele, roçando-se ao menor ainda e gostava de sentir o corpo dele contra o próprio, sentia arrepios pelo corpo só de pensar em roçar-se nele sem as roupas que vestia. Mas não durou muito tempo, antes que pudesse lhe dar um novo aperto, o viu quase pular para longe de si e uniu as sobrancelhas.
- ... O que ele faz aqui?

- Aniki.. Precisa ir pro seu quarto.
- Mas onii-chan...
- O papai sente o que você está sentindo, se você... Está.. Duro, então está excitado e ele te ver aqui, ele vai perceber,
- H-Hai... - O moreno murmurou e levantou-se, ajeitando as roupas. - ... Eu volto depois.
- Arruma... Dá pra ver.
Disse o menor, indicando seu corpo marcado pela peça inferior, e bom, nunca imaginou que podia ser algo bonito de se ver. Etsuo a
ssentiu e desviou o olhar para baixo, notando o membro marcado e ajeitou-o na roupa, meio desconfortável e virou-se a voltou correndo ao próprio quarto.
- Me espere.

Ritsu não disse nada ao irmão, o contrário disso só fechou a porta após sua saída e correu para a cama, onde iria levar algum tempo pensando sobre tudo aquilo.

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