Masashi e Katsuragi #2 (+18)


Katsuragi observou o quarto escuro com os olhos vampíricos, enxergava tudo como se fosse claro como o dia, via os garotos dormindo em suas camas, confortáveis, acostumados ao sono diurno, como a si e parecia estar frio, percebia isso pois dormiam de cobertor, e era grosso, um humano não poderia se cobrir com aquilo sem querer arrancar as roupas no verão. Sabia também porque a brisa soava sutil sobre a pele, podia vê-la se arrepiar. Permaneceu ali algum tempo, observando o rapaz a dormir na última cama, e estava preocupado com ele, mesmo sutilmente, afinal, ele não havia conseguido dormir como os outros, desacostumado aos horários, mas naquele dia, dormia feito uma pedra, era uma pena ter que acordá-lo. Tocou o sino que tinha na mão, ouvindo os gemidos sonolentos de alguns dos garotos e acendeu a luz do quarto, sorrindo ao ouvir o coro de reclamações.
- Não se atrevam a reclamar, vamos, de pé!

Masashi desviou os olhos castanhos à hora marcada no alto do quarto coletivo, marcavam cinco horas. Quando conseguiu pregar os olhos finalmente, depois de três noites dos quais acordado em aulas, conseguiu finalmente dormir. No entanto, duas horas depois já ouviu o sino que conhecera recentemente, importunando o sono. Suspirou e sentou-se no futon, desviando os olhos estreitos de sono, nublados, mesmo assim levantou-se. Usava um quimono longo e simples, branco, amarrotado, meio desalinhado, com uma brecha que seguia no centro, peito e o meio das coxas, aparentes. Soltou o laço frouxo do obi e voltou a refazê-lo, ajustando a veste informal no corpo. Ainda não conversava com nenhum dos garotos, e passou entre eles até o moreno.
- Bom noite, mãe. - Chamou-o, como metade dos alunos e cortesões dali.

- Hum, boa noite, coisa gostosa, dormiu bem?
Katsuragi falou a ele e segurou seu rosto, selando-lhe os lábios, naturalmente, como fazia com os outros garotos, um cumprimento, mesmo que ele não achasse normal. Observou seus olhos e suspirou.
- Há quanto tempo não dorme? Está com olheiras no queixo. Isso é culpa de vocês, seus barulhentos, vão logo se lavar antes que eu estale um chicote aqui dentro. - Falou a eles e ouviu os risinhos a seguir em direção à saída. - Você vai dormir em outro lugar essa noite.

- Não é culpa deles. - Disse o menor e encolheu os lábios, pressionando-os um ao outro, dos quais ainda sentia a sensação do toque frio que recebeu a pouco. - Acho que só preciso de um chá sonífero.
- Farei pra você então, meu principezinho. - O maior deslizou os dedos pelos cabelos dele. - Venha, eu vou te dar banho.
- Por que está sendo tão gentil?
Masashi indagou e sentiu eriçar a nuca com o toque sem costume nos cabelos.

- Ora, porque você é meu novo brinquedinho e vou fazer muito dinheiro com você, então, tenho que cuidar.
- Mas... Diziam que você não era nada agradável com os novatos.
O menor murmurou e seguiu o caminho até a casa de banho.

- Não sou, só com os muito bonitos.
- São todos bonitos aqui.
- Bonitos sim, mas não lindos. Vamos, chega de perguntas. - Disse o maior a ele e puxou-o para a sala de banho, longe dos olhos curiosos dos garotos. - Tire a roupa.
Masashi seguiu depressa e talvez meio desordenado ao ser puxado e entrou no banho. Fitando o moreno mais velho a ouvir sua ordem. Voltou-se ao laço do obi e com os dedos um pouco fracos do sono ainda recente desfez. Abriu o quimono que usou para dormir e tirou a peça, fez-se nu pela falta de roupas abaixo. 
Katsuragi observou-o, fitando seu corpo tão bonito quanto seu rosto e mordeu o lábio inferior, disfarçadamente, o sorriso no cantinho dos lábios. Virou-se a pegar a esponja onde colocou o sabonete liquido e indicou a ele que se sentasse, deixando de lado a esponja e jogou água morna sobre seus ombros.
O menor caminhou até o pequeno banco propício ao banho e sentou-se como pedido. Sentiu de imediato o toque morno da água, parecendo um pouco fria logo que terminou o percurso pelo corpo nu.
- Você vai me morder?

O mais velho abaixou-se lado a ele e com a esponja lavou seu corpo, deslizando primeiro por seus ombros, depois o tórax e abdômen, evitando a região intima e observou-o de perto devido à pergunta.
- Não se preocupe, tenho alguém pra isso.

Masashi fitava-o em seu rosto, notando pequenas linhas de expressão, tão suaves, que eram elas que indicavam ser mais velho, porém sua aparência era em demasia jovial. Por um momento se perguntava se era pelo fato de ser diferente de um humano, mas não perguntaria. O ouviu, e assentiu, antes absorto pelo raciocínio e sentia a esponja macia com o cheiro de ervas florais do sabonete. 
Katsuragi cessou o banho e observou seu corpo por um pequeno tempo, sorrindo a ele em seguida.
- Hum, você tem um tamanho muito bom, vamos, me deixe ver como fica excitado.
Murmurou a ele, e embora parecesse fazê-lo pelo trabalho, era somente um capricho, queria provocá-lo, já que parecia tão tímido e tomou-o entre os dedos, apertando-o suavemente.

- Hum?
Masashi disse diante do que pareceu um pedido embora houvesse notado somente ao ter-se em seus dedos que aquilo era uma ordem, ou algo parecido, ainda que não soasse arrogante. E seus dedos suaves de quem provavelmente não havia feito qualquer trabalho pesado alguma vez na vida, desceram pelo corpo, contra a base ainda flácida do sexo. E em reflexo tocou seu pulso e tirou sua mão dali.
- É estranho fazer isso com você.

- Sh, o que eu disse a você?
O maior bateu em sua mão, num relexo tão rápido que ele não poderia ver e novamente o tocou ali, insistindo em deslizar a mão por ele, sentindo sua pele macia, gostosa e quente, como gostava.

Masashi sentiu a pele arder suavemente com o estalo, mas que fora passageiro. Seus dedos finos e longos estavam novamente sobre o sexo, investindo na tentativa de continuar os estímulos. E sentiu-se obrigado a deixá-lo. Abaixou a cabeça, deixando a franja desfiada sobre a testa tapar os olhos que fechou e ficou a sentir sua tentativa de causar em si uma ereção.
- Hum... - Katsuragi disse ao perceber a resistência do outro, e não parecia nem se mexer, nem sua ereção. - Não pareço bom pra você, hum? Não gosta do meu toque? Ou sou velho demais? - Sorriu. - Feche os olhos... Imagine alguém que você goste, ou eu vou usar a boca.
- Não, você não é velho...
Sussurrou o menor e levou as mãos a seus pulsos, um inativo e o outro com os movimentos do punho. Fechou firmemente os olhos outra vez, apenas sentindo o toque, não queria que colocasse na boca, era tão estranho ter aquele agrado vindo dele.
- Não gosto de ninguém.

- Claro, é o que todos dizem.
Disse o maior a ele e sorriu, apertando-o mais uma vez, suave, mas gostoso e moveu as mãos em volta dele, já sentindo a ereção a se formar e sorriu, mordendo o lábio por dentro.
- Hum, olha só.

Ao ouvi-lo, o menor supôs então que fazia com todos os garotos iniciantes. Tentou relaxar, embora o corpo ainda estivesse retesado. Sentiu um toque áspero da ponta de seus dedos sobre a glande, o que causou um breve sinal de agrado vindo do corpo e moveu o quadril, inquieto, por um instante acima do pequeno banco de banho. E sabia que começava a endurecer, e responder ao vaivém, se permitindo a sentir prazer, evitando maior proximidade dele, antes que acabasse com uma mordida ali ao invés de suas mãos. 
Katsuragi sorriu a ele e aproximou-se de seu membro, ainda mais, cessando aos poucos os movimentos e a respiração tocou sua pele, bem no local, fria, excitante, mas não o tocou com a língua, apesar do gesto, nunca tocava nenhum deles, mas gostava de saber suas reações ao toque. Voltou aos estímulos, vendo-o endurecer entre os dedos e agilizou os movimentos aos poucos, aproximando-se dele, de seu ouvido e gemeu baixinho, sutilmente, a voz grossa, mas suave, estava o testando, mas gostava de fazê-lo, afinal, se excitava assim como ele.
- Iie...
Masashi sussurrou, e levou a mão em seus cabelos castanho escuros, envolvendo os fios a sentir o adorno em seus fios parcialmente presos. Sua postura logo mudou ao ter-se contra o ouvido, e se arrepiou, embora a voz tão próxima fosse um pouco incômoda. Era evidentemente masculina, ainda que sua aparência e gestos fossem um pouco duvidosos. E os dedos desceram de seu topo na cabeça, até a nuca e enroscou de levinho os fios dali, massageou a região e pressionou suavemente com a ponta dos dedos. Moveu o quadril, investindo contra sua mão. 

Katsuragi sorriu e sentiu uma sensação estranha, gostosa, que não costumava sentir com os outros garotos, sentia vontade, prazer de estar com ele, de fazer aquilo com ele, mas não lhe disse nada. Deslizou a mão sobre sua glande e ambas as pernas guiou aos lados de seu corpo, sentando-se em seu colo, mas não soltou o peso, muito menos sentou-se em cima de seu membro, apenas o assustou e continuou com os movimentos da mão, deixando-o sentir as pernas firmes abaixo do quimono que usava.
Os orbes do menor se voltaram a seu rosto, seus movimentos conforme colocado sobre si, encarando-o. Não protestou, e notou suas coxas parcialmente exposta, a abertura do quimono, uma peça íntima suavemente a mostra, de cor vermelha. E soltou os braços em torno de si, sentindo sua massagem, e a falta de peso embora estivesse no colo. Ergueu a face e encarou a sua defronte, um pouco acima do nível da própria.
Katsuragi observou-o por um pequeno tempo e tentou desviar o olhar, mas ele era tão bonito que não poderia, se perdeu em seus olhos por algum tempo, deixou-se levar e continuou a masturbá-lo, com vontade. Geralmente os garotos que contratava eram semelhantes a ele, tímidos, as vezes fofos, desviavam o olhar, nunca observavam a si na primeira vez que os tocava de algum modo, mas tinha que admitir que ele era corajoso, também tinha que admitir que nunca fora tão longe com alguém antes, queria ver os corpos deles, mas nunca continuava a tocá-los depois de constar. O queria, e não sabia o porque, talvez fosse realmente só um capricho, como os garotos que adotava para se alimentar, esperou que fosse, queria poder arrancar as roupas e transar com ele ali mesmo, só para alimentar aquela vontade que tinha há tanto tempo, e que ele parecia ter acendido novamente, não transava há anos, talvez, fizesse tanto tempo quanto fora transformado, e não via necessidade, os tocava afinal, via sexo em todo lugar, não fazia, era somente uma mãe para os garotos, e nunca havia sentido falta, até aquele momento. Aproximou-se de seus lábios, tocando-os com os próprios e mordiscou seu lábio inferior com o canino, arrancando o pequeno filete de sangue que lambeu e estremeceu no mesmo momento. Era tão doce, tão gostoso, e gemeu ao sentir a onda de prazer percorrer o corpo, o apertou entre os dedos e nem sabia dizer o quanto, mas não o machucou. Quase gozara, só de sentir o gosto dele nos lábios, mas não podia, ah, não se permitiria. Levantou-se e ajeitou as roupas e os cabelos, inquieto e tinha até mesmo as mãos trêmulas.
- Termine o banho.
Disse a ele e virou-se, seguindo para a saída da casa de banho.

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