Keisuke e Miruko #12 (+18)


Um suspiro deixou os lábios de Miruko conforme caminhava pela escola, carregava a pequena caixinha de suco de uva que havia comprado na cantina, e até então não o havia visto, estava agindo normalmente com ele, apesar do fato de que a última vez que transaram fora tão estranha, o procuraria na sala, ele podia estar por lá e não querer descer. Virou o corredor após subir as escadas grandes que davam acesso aos corredores e nem precisou adentrar a sala, o viu dali, encostado no pilar com a garota e parecia mais interessado em enfiar a língua dentro da boca dela. Uniu as sobrancelhas, abaixando a cabeça por um momento e voltou o olhar a ele, notava sua posição, o modo como a segurava, percebia só então que não conseguia mais ver aquilo, não conseguia mais olhar para ele com outra pessoa, talvez estivesse ficando louco, não sabia dizer, mas era doloroso. Devagar, virou-se, decidindo refazer o caminho de volta, e agora estava visivelmente desanimado.

Keisuke ainda gostava de mulheres, ainda gostava de galinhar pela escola, era isso o que fazia ali e era bom naquilo, se divertia. Segurou o pequeno corpo dela, quase podia tirá-la do chão apenas por envolver com um dos braços. Mas na verdade havia sido abordado por ela, ganhava uma confissão e bem, retribuía, era quase generoso mas ela era de fato bonita. Quando enfim o beijo havia terminado, podia gostar de mulher, podia se divertir com aquilo, mas a leitura corporal do moreno, a expressão que percebeu em seu rosto ao vê-lo por cima do ombro dela onde havia se abaixado para tocar, percebia que se tornava menos divertido e quase desagradável se lhe fizesse algum mal, e podia não ter certeza, mas aquele rosto. Afastou-se dela, na verdade nem disse nada, e fez sem perceber. Seguiu até ele, embora tenha dado distância suficiente dela. 
- Miru... Miruko. - Chamou.
O moreno desviou o olhar a ele atrás de si e virou-se, observando-o silencioso e por fim abriu um pequeno sorriso, e era evidente que tentava mentir para si mesmo. 
- O que foi? Pode voltar pra lá.
- Não, já estava indo embora mesmo.
Disse o loiro, na verdade não sabia o que falar. Sua expressão não parecia boa, parecia abalado, e ainda que estivesse confuso, era provável que soubesse a razão, mas não sabia o que dizer a ele.
- Vai deixar a garota sozinha? - Miruko falou a ele e o sorriso havia sumido.
- É, na verdade acabei nem falando nada pra ela. Vamos. - Disse o maior e puxou-o pelo ombro. 
O menor assentiu e seguiu junto dele, embora desconfortável. 
- Sabe Kei... Acho que vou pro quarto, não precisa me acompanhar.
- Vou também. Você já comeu?
- Ainda não.
- Então você quer ir na cantina? Deve ter ido, está com suco.
- Não estou com fome.
- Então vamos subir. 
Dizia o maior seguindo com ele o caminho. Fitava-o de soslaio vez outra. Miruko assentiu e devagar, subiu para os dormitórios, ainda silencioso e sugava vez ou outra o suco na caixinha.
- Não fique com ciúme. 
Keisuke disse, embora talvez pudesse ser uma brincadeira meio idiota e cutucou seu ombro com o próprio. O menor desviou o olhar a ele e negativou. 
- Não estou com ciúme.
- Quer um beijinho? Eu te dou. 
O loiro brincou novamente, na verdade tentava tirar aquele ar estranho entre ambos. Ao parar por um minuto, fitou um lado e outro do corredor e então passou o braço em torno de seu ombro, curvou-se e selou seus lábios. O menor segurou-o em seu braço antes que tocasse a si, e não estava de fato com ciúme, estava chateado, só não sabia dizer porque ou explicar, quer dizer, no fundo sabia, era por causa da garota. Afastou-se, virando o rosto antes que ele beijasse a si. 
- Pare.
Keisuke arqueou as sobrancelhas, surpreso pelo toque evitado, mesmo o da mão. 
- Hum, o beijo eu entendo, mas a minha mão?
- Não... Não quero que me toque agora.
- Está com nojo de mim, hum?
- Não. Mas não quero.
- Por quê?
- ... Não sei. Estou chateado.
- Está com ciúme.
- Não estou com ciúme, inferno.
- Está sim, não tem razão senão essa. Foi só beijo, não fiz outra coisa, não precisa evitar minha mão.
Miruko suspirou. 
- Chega, eu não... Não quero mais sair com você. - Falou a ele e seguiu em direção ao quarto.
- O que? - Keisuke indagou confuso e seguia com ele pelo caminho.
- Não quero mais dormir com você.
- Ah. 
O loiro disse em compreensão, havia imaginado que pretendia deixar a amizade que tinham, afinal, sair com ele, não era como sair em casal, supôs. 
- Miruko. 
Disse, pretendia dizer algo, mas nem sabia o que era, portando não soube prosseguir. O moreno desviou o olhar a ele, parando no corredor. 
- O que?
Keisuke o encarou, por um tempo, pensando se deviam falar sobre alguma coisa. Observou seu rosto, buscando se encontrava aquela mesma feição de antes. Miruko uniu as sobrancelhas.
- Foi o que eu imaginei... - Dito, virou-se, seguindo ao quarto.
- O que quer dizer com isso? 
O loiro indagou e puxou por seu braço, fazendo-o parar onde estava. Keisuke cessou os passos e desviou o olhar a ele, felizmente todo estavam em aula, não havia ninguém no corredor naquele horário.
- Você não sente nada, só dorme comigo pra enfiar o pau em algum lugar.
- Posso bem enfiar meu pau em outro lugar se eu quiser, não preciso de você pra conseguir onde coloca-lo.
Miruko assentiu, unindo as sobrancelhas e puxou o braço, seguindo ao quarto novamente. O loiro o soltou, não porque ele queria, nas porque a conversa continuaria com privacidade. 
- Coloco em você porque quero você.
Ao adentrar o quarto, o moreno desviou o olhar a ele.
- É, assim como quer todas as garotas que se declaram pra você.
- Não, só pego o que elas estão dispostas a me dar. Você disse que não estava com ciúme, mas está sim.
- Vai se foder, Kei.
- Vai você. Se quiser eu paro de sair.
O menor uniu as sobrancelhas. 
- ...
- Você quer isso?
- ... Não quero que beije mais ninguém.
- Ninguém?
- Ninguém.
- Nem você então.
- Só eu.
- Okay. - O maior disse e ergueu os ombros com as mãos enfurnadas nos bolsos. 
Miruko uniu a sobrancelhas. 
- ... Sério?
- Sim. 
O maior disse e embora não estivesse a rir, achava curioso seu pedido se era descrente. O moreno assentiu e desviou o olhar, deixando a caixinha de suco sobre o móvel.
- Você vai tirar essa cara murcha agora? 
Keisuke indagou quando já perto dele, contra suas costas. Se abaixou e encostou o queixo em seu ombro. Miruko assentiu ao senti-lo apoiar a face no próprio ombro e virou o rosto de lado, beijando-o em seu rosto.
- ... Se eu ver você com outra pessoa, eu nunca mais deixo você me tocar.
- Não tente me chantagear, Miruko.
- Estou falando sério, não chantageando.
- Não é porque está falando sério que não é chantagem. É uma chantagem séria.
- Hum, então estou usando chantagem.
- Está. - O loiro disse tocou seu queixo, virou seu rosto e lambeu seus lábios. - Não quero aquele tipo de expressão no seu rosto novamente.
Miruko desviou o olhar a ele e assentiu, guiando as mãos sobre as dele, puxando-as ao redor da cintura. 
- ... Tudo bem.
- Hum. 
O maior disse e deixou guiar a mão como a buscou, pareciam até um casal, pensou. Ao deslizar o rosto por seus cabelos medianos, deu uma mordidinha em sua orelha e se afastou para deixa-lo virar. O fitou por uns instantes. Miruko virou-se de frente a ele, observando-o e sorriu meio de lado.
- ...
Keisuke sorriu igual, contagiado pelo sorriso torto dele. Ergueu o dedo indicador, tocou o botão de sua camisa e empurrou para baixo, obrigando os botões se descasalarem. O menor desviou o olhar a própria camisa e sorriu a ele, ajudando-o a desabotoar.
- Hum, parece que agora posso te tocar. 
Disse o maior, referindo-se ao ocorrido anterior. Após desabotoar sua camisa, fitou seu peito sem volume e sua pele arrepiada de frio ou qualquer outro motivo. Miruko sorriu a ele e assentiu. 
- Agora pode. - Murmurou. - Vai nevar... - Disse, justificando a pele arrepiada.
- Por que agora pode? Agora acha que sou seu namorado, ah? 
O maior indagou e falou sem de fato pensar sobre aquilo. Ao pegar sua cintura o virou de costas e tocou seu cinto e abriu a calça, arreando o uniforme a expor sua boxer azul claro, bem, combinava com ele. O menor assentiu, um pouco tímido e de fato era aquilo que parecia mesmo. Ainda ficava um pouco desconsertado quando fazia aquilo com ele, quando o sentia retirar a própria roupa, era estranho, mas se acostumava aos poucos, gostava de fazer aquilo com ele. 
- ... Talvez.
Keisuke levou a mão até sua roupa íntima, deslizou pelo cós a ponta dos dedos e empurrou para baixo, expôs suas nádegas e se voltou para si mesmo, desafivelou a roupa, despindo como o que precisava. O outro suspirou, desviando o olhar ao movimentos dele a retirar a própria roupa e mordeu o lábio inferior, achava aquilo sensual de alguma forma, ser despido por ele. 
- ... Gosta do meu corpo?
- Gosto. 
Disse o loiro, talvez curioso sobre a pergunta repentina. Após despir a própria calça, chegou perto dele, roçou-se contra sua bunda firme. Miruko sorriu meio de canto, gostava de saber que ele gostava de si. Desviou o olhar a ele meio de canto e já sentiu a pontada desconfortável no baixo ventre.
- Hum, você é rápido, Miruko. Quase não fiz nada e já está duro. 
Dito, o maior abaixou a boxer e roçou o membro entre suas nádegas.
- N-Não estou duro... Ora. 
O menor falou e desviou o olhar ao local, fitando-se sutilmente excitado.
- Está sim. Posso ver por cima do seu ombro. - Disse o moreno e fitou-o ao lado de seu rosto, tal como fez para baixo, encarando sua ereção iniciante. - Uh, parece que eu tenho um amigo que fica de pau duro por mim.
Miruko sentiu a face se corar e negativou, desviando o olhar a ele e mordeu sua bochecha, sem força. 
- Queria o que? Você está tirando minha roupa.
- Hum, que belo motivo pra ficar duro. 
O maior fitou-o onde estava, do seu lado, da mordidinha na bochecha. Levou a mão no entanto entre suas nádegas, acariciando sua intimidade. O menor estremeceu ao senti-lo guiar a mão ao local e abaixou a cabeça, mordendo o lábio inferior mais uma vez e observava um ponto qualquer da janela.
- Quer abrir a janela? Mostrar sua carinha de prazer para que passar e olhar em direção?
Keisuke provocou, numa brincadeira. Deslizou o dígito médio, pressionando numa leve massagem.
- Não seja pervertido. 
Miruko falou e suspirou ao sentir o toque, inclinando-se sobre o móvel.
- Quer que eu coloque o dedo? 
O maior perguntou enquanto movia o dedo em ritmo circular, massageando.
- ... H-Hai... - O menor murmurou, estremecendo.
Ao erguer a mão novamente, Keisuke levou o dedo até sua boca. 
- Lambe.
O moreno desviou o olhar ao dedo dele e sorriu, colocando-o na boca e sugou, lambendo-o na ponta logo após. O maior umedeceu em sua saliva e quando liberado, seguiu até o meio de suas nádegas, empurrou o dedo a ele, penetrando devagar. 
- Hum, gostoso?
Miruko abaixou-se e gemeu, dolorido conforme o sentiu adentrar o corpo. 
- Hai...
- Fale comigo, Miru. 
Keisuke disse, embora não pudesse ensina-lo o que dizer e também não era muito específico. Moveu o dedo, tornando a penetrar e sair, dando ritmo.
- Ah... - O moreno gemeu conforme o sentiu se retirar do corpo e desviou o olhar a ele, sem saber ao certo o que dizer. - ... Vem, faz amor comigo...
- Hum, mas acabei de por meu dedo. Não precisa ter pressa. - Dito, o loiro tomou sua mão e trouxe-a com a mão desocupada até o próprio corpo.
Miruko virou-se meio de lado e tocou-o em seu sexo, apertando-o sobre a roupa íntima. 
- ... Eu não sei falar essas coisas, desculpe. Só sei o que vi nos filmes...
- Não tem que falar nada que não seja verdade. Fala o que pensa. 
O maior disse e tocou com a mão livre seu cabelo, buscou o pender de sua cabeça e namorou um pouco o lóbulo de sua orelha. Miruko encolheu-se, gostava muito do toque na orelha, sentia arrepios pelo corpo, ao contrário dele que tinha agonia. 
- Kimochi... Ah...
Keisuke não havia se dado conta no entanto sobre o que ele havia dito, uma vez que apenas pediu por "Fazer amor" supos que falava de um filme comum. 
- Vou te ensinar coisas gostosas com o dedo, assim, pode fazer quando precisar disso.
O menor uniu as sobrancelhas e desviou o olhar a ele. 
- Eu não faço isso sozinho...
- Nada impede de fazê-lo. 
O maior moveu o dedo, pressionando nas paredes de sua intimidade, o massageava por dentro, buscando uma parte nele que sabia encontrar com outra parte do corpo. Miruko encolheu-se conforme o sentiu tocar a si e era bom, sabia que era, chegou a estremecer novamente. 
- Ah! Quer... Que eu grave pra você?
- Hum, que tipo de ideia é essa? Quer que eu o assista se masturbar? 
Keisuke indagou curioso sobre sua sugestão. Moveu-se novamente, pressionando com firmeza no ritmo que iniciou, no ponto que buscou. Miruko contorceu-se sutilmente e desviou o olhar a ele e se modo sutil. 
- Se você quiser ver... E daí? - Murmurou entre alguns gemidos.
- E por que acha que eu iria querer ver? 
O maior indagou, queria ouvir suas ideias. Com ajuda de um segundo dedo, continuou a massageá-lo. 
- Não sei, você é um pervertido. 
O menor falou num sorriso e empurrou os quadris contra os dedos dele.
- E você, é pervertido? - Keisuke retrucou e buscou aquele pequeno ponto, sentindo a leve saliência sensível dentro dele. - Hum, é aqui, ah?
- Eu não sei, talvez... Esquece que perdi a virgindade com você... - Miruko murmurou e encolheu-se, deixando escapar um gemido mais alto. - Ah!
- Hum, isso soa adorável. - Disse o maior, massageando aquele pequeno ponto que encontrou.
- Adorável é? - O menor sorriu e gemeu novamente, mais alto.
- É, tirei sua virgindade. Quer o meu pau?
- Quero, vem logo.
Keisuke se afastou e o virou para si. Pegou-o rapidamente sem dificuldade e o colocou acima da mesa de estudos onde se apoiava, defronte. Miruko assustou-se conforme o sentiu pegar a si no colo e de frente a ele o observou, sorrindo a ele conforme levou as pernas ao redor de sua cintura. 
- ... Cama não?
- Quer ir pra cama? 
O maior retrucou e olhou para baixo, trazendo-o para si, roçou a ereção entre suas pernas. O moreno negativou e estremeceu a senti-lo se roçar em si, tinha o sexo excitado evidente a ele. 
- ... Vem.
- Não quer? Parece confuso. 
Keisuke disse mas não realmente esperava a resposta. Selou seus lábios, beijou uma ou duas vezes antes de penetrar sua boca, o beijou quase devagar. Miruko sorriu a ele, meio desajeitado. 
- Não, é que... Me colocou em cima do móvel... Eu ach...
O menor falou, mas fora impedido por seus lábios e retribuiu seu beijo, guiando amba as mãos a nuca dele e logo os braços ao redor de seu pescoço. O loiro continuou a completar sua boca, sentindo-o envolto em si. Com as mãos desocupadas levou até a boxer e abaixou-a, livrando-se do limite do tecido e só então se acomodou contra sua pele morna.
Miruko suspirou, contra os lábios dele ao senti-lo tocar a si agora sem a boxer e estremeceu, sua pele era quente, bem mais do que a própria, estava com frio, mas sabia que ele iria aquecer a si. Ao descer a mão em suas nádegas, Keisuke o puxou para si e esfregou o corpo no seu, friccionando o baixo ventre contra sua bunda firme. 
- Pega e põe onde você quer.
O moreno assentiu e guiou a mão sobre o membro dele, segurando-o entre os dedos e apertou, guiando-o a roçar na própria entrada. 
- Quer sem camisinha mesmo?
- Hum, o que você quer? Sabe que vou preferir sem. É mais gostoso. - Disse o maior, soando contra seus lábios.
- Eu acho melhor sem... - Murmurou. - Vem...
Keisuke já beirava seu corpo, levado por ele mesmo, tão logo o penetrou ao ser convidado. Devagar tal qual o beijo que lhe dera antes, aos poucos fora se enfiando em seu corpo, completando consigo. Miruko uniu as sobrancelhas conforme o sentiu adentrar a si, não tão dolorido agora que já havia colocado os dedos e gemeu, dolorido. 
- Ah...
O loiro sentiu passar por seu corpo, deslizando para dentro a completa-lo com o que ele já havia ensinado seu corpo se habituar, ao próprio tamanho. Ao chegar no fundo, voltou então a sair e entrar, seguindo a criar ritmo. O menor mordeu o lábio inferior firmemente, tentando abafar os gemidos que queriam deixar os lábios, um pouco altos. Guiou uma das mãos em frente aos lábios e mordeu-a, observando-o ainda de sobrancelhas unidas enquanto o sentia iniciar o ritmo, ardia, mas era gostoso.
Keisuke fitou-o a se conter, tentando limitar sua voz contra a mão mordida. Mordiscou-a igualmente, brincando com ele. Para sua distração, guiou-se em seu pescoço, seguiu para a orelha e lambiscou a cartilagem onde o mordiscou. Miruko sorriu a ele ao vê-lo morder a mão e retirou-a da frente, o beijou, um selo rápido e deixou-o seguir pelo próprio pescoço, em sua carícia sutil, tentando desviar a si do que ocorria embaixo, e conseguia.
- Você gosta aqui, hum? 
O maior indagou, soando contra sua audição. Lambeu de leve no pouco que adentrou de sua orelha. 
- Como uma garota poderia fazer isso por você, hum? Já imaginou uma garota dominante? - Riu, entre dentes.
Miruko encolheu-se ao senti-lo tocar a orelha, mas gostava, achava gostoso. 
- Uma garota... Seme? Acho que isso não existe. 
O menor disse, um pouco ingênuo como era sobre questões sexuais e agarrou-o em seu ombro.
- Ah, e você ia gostar? 
Keisuke indagou, provocando, jogando palavras a toa, estava mais interessado no que tinha embaixo. Ao descer voltou a seu pescoço, lambendo sua pele que cheirava perfume um pouco floral, não tinha certeza, mas era fresco, no paladar percebeu que também era amargo. Deu ritmo, intensificando, passando a se mover mais firmemente.
- Acho que eu não tenho interesse em meninas... 
Miruko falou a ele num gemido baixo e segurou-o junto a si com uma das mãos, apoiando a testa em seu ombro e sentiu os momentos dele para dentro do corpo, estremecendo ao senti-lo tocar o local onde gostava.
- Hum, aposto que você ia gostar de dar pra mim mesmo se eu fosse mulher. 
Disse o maior, levando a diante a conversa trivial, mas aquela altura já soava pesado, afetado pelo movimento agora mais hábil, mais firme.
- Isso não vai acontecer. - O moreno falou perto do ouvido dele e o beijou no rosto. - Kimochi... 
Murmurou, deslizando ambas as mãos pelo corpo dele até alcançar seus quadris e puxou-o para si.
- Claro que não, mas você ia gostar. Eu ia ter que comer você com meus dedos, mas acho que também posso ser bom com os dedos. - Disse o maior e sorriu, falava junto a sua audição, baixo. - Me pergunto se eu o deixaria me comer. 
Lambiscou sua orelha, provocando. Riu baixo e fora cortado pelo próprio movimento, interrompendo a fala com a firmeza com que o encontrou. 
Miruko estremeceu ao ouvi-lo e mordeu o lábio inferior, visivelmente a ele. 
- Droga, não fale essas coisas tão perto do meu ouvido... Eu... Quase gozei.
- Uh, tão sensível. 
Dito, o maior percebeu que não havia dado atenção a seu garoto, levou a mão a ele e o tocou de leve com o dorso dos dedos.
- Hum, sou um adolescente virgem. Devia ser menos sensível? - Miruko falou e sorriu a ele, desviando o olhar a seu toque sobre o próprio sexo, prazeroso. - Ah...
- É, justifica. 
Keisuke disse e em seu pescoço traçou um rastro de saliva, mordeu e então deixou a marca de que esteve por lá com um beijo firme, estou ao solta-lo. Pegou seu pau ereto, envolveu com os dedos, aquela altura já havia se habituado a toca-lo por lá. Aos poucos passou a enluva-lo, criando um ritmo suave de vaivém.
- Você gosta de tocar meu pau? 
O menor falou a ele enquanto ainda estava perto e o assistiu se afastar, desviando o olhar a seus movimentos prazerosos e droga, não iria aguentar.
- Hum, já me acostumei com seu pequeno Miruko. 
Keisuke sorriu-lhe com os dentes e levou a mão desocupada a sua nádega, passando a puxa-lo por lá. O maior fechou os olhos, inclinando a cabeça para trás e gemeu, prazeroso, por um momento havia se desligado de tudo ao redor, só o sentia tocar a si, só pensava nele. 
- Kei... Iku... Iku yo... 
Miruko murmurou e mordeu o lábio inferior conforme sentiu liberdade para fazê-lo e gozou, deixando o próprio ápice contra a mão dele é sentiu um arrepio percorrer todo o corpo.
O maior havia continuado com os movimentos, não percebendo o silêncio de sua concentração. Por um instante quando se afastou notou seu rosto levemente franzido, como se sentisse dor e prazer, como se estivesse focado. Deslizou a mão em seu sexo, mas na verdade não tinha intuito de trazer seu clímax. Porém, aos poucos seguia com ele muito mais próximo, ainda mais quando enfim suas sensações intensas faziam-no contrair cada pequeno músculo dentro dele, apalpando o sexo tal como apalpou com a mão o seu, que pulsou mas tão rápido se liberou como sua frase que soou soprada e acabou sem atenção, não sem antes despertar uma sensação fria no estômago. Como ele, com ele, se desfez e deixou-se fluir em seu corpo, o tomou num dos braços e sustentou firmemente contra si, mas por consequência fez o mesmo em seu sexo nos dedos.
Miruko sentiu seu toque mais firme contra o corpo e também contra o sexo, estremeceu, unindo as sobrancelhas e repousou a face sobre o ombro dele, guiando uma das mãos rapidamente ao próprio membro apertado e tocou a mão dele, tentando liberar a si do aperto.
- I-Iie... Itai...

Keisuke sentiu seu toque, em sua rápida manifestação de desagrado e sorriu, achou adorável. Afrouxou o toque e massageou de leve antes de de fato libera-lo. Miruko suspirou a observá-lo e sorriu. 
- Kimochi...
- Hum. - Murmurou afirmativo. - Kimochi...
- Você é bom...
- Você também é.
O menor sorriu.
- Obrigado.
Keisuke mordeu sua bochecha. 
- Vamos descer e comer?
- Hai, por que você sempre tem fome depois do sexo?
- Na verdade não é sempre, mas é porque estávamos na hora do intervalo e você só tomou suco.
- Hum... Está preocupado comigo é? Gay.
- Ah, eu sempre cuidei de você, seu merdinha. Mas só que agora enfiou meu pau na sua bunda.
O menor riu. 
- É...
- Aí você acha que agora é gay. 
O maior disse e deu um tapinha estalado o seu rosto embora fosse mais uma empurrada leve. 
- Ai porra, olha a agressão. 
Miruko falou num riso e ajeitou as roupas, após de limpar no banheiro. Keisuke sorriu canteiro e então se afastou. Deu espaço a ele enquanto se ajeitava como ele e se limpava de forma menos delicada quanto a ele.
- Hum... Talvez eu devesse tomar um banho... Ou vou sentir... Coisas estranhas na cantina.
- Hum, não, depois você toma. Vamos lá, quero um café. 
Disse o maior, mas na verdade achava que seria divertido fazê-lo estar com resquícios de sexo recém feito enquanto andava pelos corredores da escola.
- Hum... Ta bem. Preciso do remédio, temos que passar na farmácia.
- Temos? - Disse, provocando.
- Temos.
- Gay.
- É você.

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