Yasuhiro e Yoruichi #9 (+18)

O riso soou mais alto do que deveria dos lábios do moreno, Yoruichi tentava se manter em pé apesar do kimono pesar nas costas e o sapato alto ser quase impossível de manter nos pés. Era segurado por um dos amigos, também vampiro e outro serviçal ajudava a si a seguir para o quarto.
- Senhor, faça silêncio ou vão ouvir você. Seus pais não vão gostar nada disso.
- É só um pouco de saquê, não faz mal a ninguém, e não é como se eu tivesse feito algo que insulta o meu casamento.
- O senhor não pode beber até ficar nesse estado, senhor, isso não é do feitio de uma...
- Uma o que? Princesa? Dama? Eu sou homem. Vamos, me soltem, eu vou me deitar.
- Precisa de ajuda para desmanchar os cabelos ou o kimono?
- Não.
O moreno disse e fechou a porta, deixando ambos do lado de fora e sorriu para si mesmo novamente, deixando a janela aberta e por um segundo, jurou que havia visto um vulto por ali, mas estava bêbado, então tudo que via poderia ser facilmente alterado. Retirou as sandálias, havia entrado com elas, assim como desamarrou o obi, tirando uma das camadas do kimono e manteve-se de roupa íntima e com o kimono de baixo,

seguindo em direção a cama.
- Hum, ficando vulnerável perto de outro homem que não é seu primo, digo, seu noivo?
Yasuhiro indagou quando finalmente abriu e entrou em seu quarto. Havia chego algumas horas atrás, falado com a tia, paparicado de em prol do próprio benefício e acabara recebendo um convite para pernoitar e então, ser capaz de ganhar um bom desjejum na noite seguinte. Havia claro, ouvido todas as queixas da tia, sobre a forma com que seu filho se comportava, nada cortês, nada como sua família de boa educação, mas não dava importância ao que ele fazia, desde que fosse capaz de provoca-lo depois. Repreende-lo talvez fosse algo o qual poderia fazer após o casamento, mas duvidava que fosse necessário. Ao entrar em seu quarto, sentou-se em sua cama.
- O quanto bebeu a ponto de estar bêbado? Não é algo comum para um vampiro.

- ... Ele é tão passivo quanto eu.
Falou ao rapaz, que pensou por um momento ser a voz do próprio pensamento, porém identificou seu cheiro, desviando rapidamente o olhar a ele, e era o próprio noivo, mas o que diabos fazia ali?
- Você está de fato aqui ou eu estou imaginando coisas? ... Duas garrafas. - Murmurou e suspirou, ditando-se de bruços na própria cama. - Ah... Que delícia.

- Você está imaginando.
Disse o loiro em resposta à pergunta, mas não deixou passar a parte inicial do assunto.
- Acha que posição sexual impede alguma coisa? - Disse e por fim deu um riso nasalado. - É um pensamento ingênuo.

- Hum... Seu cheiro está fraco por isso então. - Yoruichi disse, e não sabia que não podia sentir o cheiro dele corretamente porque estava bêbado. - Ele é um amigo... Não fizemos nada. Só fomos a uma casa de gueixas, serviram chá, vimos algumas danças e fomos embora.
- Hum, achei que esse tipo de atividade somente os homens heterossexuais políticos gostavam. A amizade é um bom início de relacionamento.
Disse o maior, não que realmente pensasse que eles tinham algum tipo de relação amorosa, mas prosseguiu com o assunto.
- As pessoas se apaixonam inicialmente pelo ser em questão, posições sexuais são descobertas depois, exceto com aqueles que são diretamente definidos sobre sua sexualidade, no caso você e eu. Somos certos sobre quem vai ser a mamãe, mas se fossemos ambos ativos por exemplo, certamente um ia ceder quando existisse um sentimento. Porque quando você passa a gostar de alguém, certamente o desejo de estar com esse alguém acaba anulando qualquer ceticismo ou regra, para que sejam capazes de estarem tão juntos quanto puderem estar. Mas é claro, nós ainda não sabemos de nada sobre isso.
- Hum... - Yoruichi murmurou e desviou o olhar a ele. - Se você realmente não estiver aqui, se eu te der um soco, vai doer? Não temos nada, deus me livre ter algo com o Ryu.
Suspirou e ajeitou os cabelos negros, retirando os enfeites dos fios.
- Em mim não vai doer, mas dependendo de onde você estiver me vendo, se eu estiver sendo projetado num móvel, vai com certeza doer. - Disse Yasuhiro, se aproveitando de sua confusão.
- Hum... - O menor sorriu meio de canto, e estava meio abobado devido a bebida, era óbvio.  - Talvez eu devesse tomar um banho frio...
- Por que não aproveita que está sozinho, leve, com seus pais adormecidos e experimenta conhecer seu corpo antes que outro homem o conheça, hum?
- Hum... Eu conheço meu corpo... Me vejo todos os dias no banho... - Yoruichi murmurou e deixou os enfeites ao lado, retirando o último.
- Mas estou falando das partes que seu marido vai conhecer.
- Hum... Eu não posso me tocar intimamente...
- Prefere saber o que é isso nas mãos de outro homem?
- ...
O moreno resmungou, meio desgostoso daquela imagem estranha que perturbava a própria cabeça, e não fazia nem ideia de que era ele, podia se dizer completamente bêbado. Por fim, deslizou o obi a abri-lo e expôs o corpo, abaixo do kimono transparente e primário.
Yasuhiro observou-o a desfazer o laço de sua roupa, afastando a abrir a peça e fitou seu corpo de formas parcialmente conhecidas e traços joviais e bonitos. E não sentia sequer uma pontadinha de peso na consciência, aproveitou-se e esperava que os tios não sentissem nada estranho partindo de seu filho.
- Aproveite isso, afinal, se está me imaginando e pensando em fazer algo ousado como descobrir seu corpo, é porque quer saber como é.

- ...
Yoruichi suspirou, e de certa forma se sentia a vontade em fazê-lo, poderia ser o álcool, mas também a vontade de estar com ele, de tocá-lo de alguma forma, de deixá-lo ver o corpo, todo aquele mistério era horrível de se manter.
- Mas por que estou imaginando você...?
Murmurou, incomodado e manteve o kimono aberto, deslizando ambas as mãos no cós da roupa íntima, o local onde ele nunca havia visto até então, e devagar, deslizou para baixo, revelando finalmente o próprio sexo, e tinha um bom tamanho apesar de todo aquele mistério. Era a primeira vez que ele certamente via outro homem, se não ele mesmo.

- Acabei de dizer que está imaginando porque tem curiosidade de fazer isso, e de alguma forma sou eu quem encorajo você, afinal, está fazendo isso pra saber com o que vai lidar quando nós estivermos casados. Conhecendo antes que outro homem faça isso. Quem seria mais gentil do que si mesmo?
Yasuhiro indagou enquanto ainda percorria sua imagem corporal, o mesmo caminho de seus dedos até revelar aquela parte, já o havia visto indiretamente, imerso em água, agora seria capaz de ver mesmo seu corpo viril.
- Seu corpo é ótimo, ele vai gostar.

O menor suspirou novamente e assentiu ao ouvi-lo, a voz dele era gostosa aos ouvidos e estimulante, Retirou a roupa íntima, deixando-a de lado e deslizou uma das mãos pelo tórax e abdômen, devagar, sentiu a própria coxa, delicadamente, até mesmo sentiu o sexo, com o dorso da mão e mordeu o lábio inferior.
- E-Ele gosta de outra pessoa...

Sem se mover do lugar, permitia-se conferir cada leve movimento de sua mão e a forma como era vagaroso mesmo em se conhecer, como se desse preliminares a ele mesmo.
- Ele disse isso a você?

- Iie, mas eu... Eu sei...
Yoruichi murmurou, e não queria pensar naquilo, tentava pensar em outra coisa, algo que estimulasse a si e a única coisa que conseguia pensar era no corpo dele, sem as roupas, como não deveria ter visto, mas ele era tão lindo, que não sabia expressar.
- Você é mesmo imaginário? - Murmurou e sorriu, mordendo o lábio inferior. - Eu não consigo parar de pensar no corpo dele... Ele é tão bonito... E eu finjo não gostar, mas não conte pra ele.
Falou e por fim segurou-se entre os dedos, pela primeira vez e chegou a suspirar profundamente, sentindo o próprio membro, macio entre os dedos e deu um suave aperto, que soou com um gemido baixinho em conjunto.

- Você tem de ver para crer em algo. Até que alguém diga o que sente, você não deve supor.
Retrucou, embora não desse a mínima para o assunto até então. Se estava tão bêbado não sabia, mas quase chegava a duvidar que ele realmente acreditasse que era mesmo uma ideia de sua cabeça, mas levaria adiante.
- Hum, então você gosta do corpo dele, ah?
Yasuhiro indagou e claro, sorriu com os dentes a mostra. Chegou um tanto mais perto e observou seus dedos gentis com seu próprio corpo.

- Gosto... Ele é tão bonito, tão... Excitante, acho que posso dizer assim...
Yoruichi murmurou e sentiu o corpo estremecer, agora que tinha uma imagem para se inspirar era só fechar os olhos, e podia sentir a ereção se formando em meio aos dedos. Deslizou uma das mãos por si, massageando e devagar passou a se mover, sentindo que aquele movimento era prazeroso para si, num suave vai e vem ao redor do sexo.
- ... Eu queria tanto sentir o gosto do sangue dele... Sentir os lábios dele...

- Hum, então aprendeu a ter desejos desse tipo?
O loiro indagou ao início de seu comentário, e fitava seus dedos longos e finos passeando pelo músculo o qual aos poucos endureceu sob o toque, denunciando o fato de que gostava do que proporcionava para si.
- Parece que está sabendo fazer isso. - Disse, baixo porém audível. - Está crescendo. Queria beijar ele enquanto sente esse prazer? - O maior retrucou e levou o dígito até a boca, mordiscou o dedo polegar e levou para seus lábios, sujando-os como uma tinta labial e passou para dentro. -  Consegue imaginar o sabor com exatidão, isso é porque você não percebe mas está muito afim de fazer isso com ele.

O moreno assentiu a todas as perguntas dele, e todas eram verdade, gostava do que imaginava, do corpo dele como havia visto, e pensar nele daquela forma era excitante, embora tivesse medo de ser tocado por ele. Ao sentir o cheiro de sangue, os olhos se acenderam por baixo das pálpebras e sentiu o gostoso gosto de sangue, o sangue dele, que tanto sentia o cheiro e tanto tinha vontade de saber como era, agora estava provando e fora aquilo que fizera a si agilizar os movimentos sobre o próprio membro.
- ... Quero, eu queria tanto beijar ele... Esse sangue... Tem o mesmo cheiro... Ah...

Yoruichi gemeu, cortado pelo dedo inserido na própria boca e sugou-o, deslizando a língua fria por ele, dando atenção a seu dedo como o tocaria em outra parte, mesmo sem intenção.
- "Uh".
Foi gesticulando que o maior formou aquele som que não deixou a boca, imaginativo, pensando sobre o mesmo toque, fazia-o de forma sugestiva, embora nunca tivesse experimentado, sabia que fazia parte do repertório de prazeres que um homem poderia ter. Desvencilhou, evitando que o sangue pudesse ajudar a estar um pouco mais sóbrio.
- Está gostando disso? Gosta de acariciar seu pau?

- G-Gosto...
O menor murmurou, e até então nem havia pensado que não usaria aquela palavra se ele fosse realmente imaginário, talvez sexo, mas "pau" não. Estremeceu, e sentia-se tão sensível com aqueles toques, que quando ele retirou o dedo da própria boca, mordeu o dedo médio, perfurando-o e gemeu dolorido, abaixando a mão ao perceber que havia se machucado, embora aquilo tivesse sido gostoso de alguma forma.
- Y-Yasu...
- Então você pode descobrir o que é gozar. - Disse o loiro e tentou soar baixo, tentou parecer convincente sobre sua ideia de imaginação. - Acho que eu poderia experimentar o seu gosto. Acho que seria interessante sentir a textura da sua pele na minha língua. E acho que você quer isso, porque está pensando que eu poderia fazer isso.
Disse e se abaixou. Não tocou seu sexo com a boca, mas tocou seus lábios, selou-o devagar e logo penetrou sua boca.

Yoruichi assentiu, abrindo os olhos e tentou observá-lo, mas a vista estava turva, mesmo os olhos brilhantes não podiam dar a si alguma visão melhor e estremeceu novamente conforme sentiu os lábios dele tocarem os próprios e mesmo bêbado sentia aquela sensação de ansiedade e as borboletas no estômago quando o beijava, mesmo que estivesse a mercê dele, ou de algo que julgasse ser a imaginação dele, que na verdade era o noivo e não sabia. Beijou-o, apreciando seus lábios gostosos e macios, e beijou-o como se nunca o tivesse feito, beijou-o como se precisasse dos lábios dele mais do que qualquer toque. Aos poucos, penetrou a boca dele com a língua igualmente, sentindo o toque macio, suave assim como sentia no sexo, e pulsava em meio aos dedos, naquele primeiro toque, primeira massagem que fazia em si, e os gemidos soavam contra os lábios dele, baixos, roucos e prazerosos.
Yasuhiro sentia o gosto de saquê em sua boca, o toque hábil que formulava, parecia ansioso, inexperiente ao mesmo tempo que tinha firmeza no que fazia. Ao entrar em sua boca traçava um caminho que não era rápido, mas também não era devagar, tentava compassa-lo no ritmo com que ele estimulava seu sexo.
- Está sendo gostoso? - Sussurrou contra seus lábios. - Estou indo embora e você vai ter que terminar isso sozinho..
- Hai... Kimochi...
O moreno murmurou contra os lábios dele e mantinha os olhos fechados, até ouvi-lo falar, fora então que abriu os olhos, porém manteve-os semicerrados e segurou-o com uma das mãos em sua nuca, mantendo-o junto a si.
- Iie... Iie, iku yo...
Murmurou, e não sabia ao certo qual era a sensação, mas sabia que estava perto, porque era algo crescente, cada vez mais induzindo ao ápice do prazer que sentia, e pensava nele, o sentia, e era muito bom, fora então que gozou, sujando o próprio corpo com os resquícios de prazer e deslizou uma das mãos pelas costas dele, liberando-o daquele aperto firme a segurá-lo contra si e o último gemido, prazeroso e rouco deixou escapar contra os lábios dele.
- ... Yasu...

O loiro sorriu mas suavizou para conter, claro que em sua imaginação não sorriria com provocações e tentou parecer mais próximo do que ele imaginaria e não tão a si mesmo. Sentiu seus dedos gentis na própria nuca, pedinte para que continuasse a acompanha-lo, assim fez e ficou com ele, fitando-o de perto, sentindo sua respiração sem motivos e até um pouco incômoda, mas mordeu seu lábio inferior ao ouvi-lo, podia também perceber o movimento de seu corpo conforme o punho descia rapidamente em sobe e desce sobre seu baixo ventre. Quase fechou os olhos, mas fitava-o percebendo sua expressão de alivio, mais do que seu gemido, denunciando primeiramente, seu prazer e em seguida então veio o próprio nome, e bom, aquela era uma parte dele que nunca havia imaginado, uma parte que embora soubesse que teriam no casamento, não parecia ser dele, ele não parecia uma pessoa sexual, alguém que se deleitaria num ápice e suspirou, acompanhando seu gemido.
- Hum...

Yoruichi estava cansado, podia dizer exausto, por isso conforme o soltou dos dedos, deslizou devagar pelo corpo dele, sentindo sua pele fria, e distante, mais do que já estava devido a bebida, fechou os olhos e acabou adormecendo, quase fraco demais para se manter acordado e seguiu imaginando que ele simplesmente não existia, e que tudo fora um sonho.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário