Ritsu e Etsuo #9


O dia começava a aparecer quando os pais seguiam para se enfurnar em seu quarto, com isso, Ritsu optou por seguir igualmente para o próprio. Já era tarde para eles, e para si acabava igualmente se tornando já que havia voltado a regular o horário junto ao deles como quando não estava no colegial. No entanto não se deitou de imediato, acabou dando uma olhada na internet, fuçando em alguns e-mails, notícias, mesmo alguma rede social, enquanto no fim acabava pensando sobre como o pai falara consigo antes, parecia não se preocupar com o que havia dito.

Etsuo adentrou o quarto do irmão, observando-o com o celular em mãos e bateu algumas vezes antes de realmente se colocar dentro do quarto. Sorriu a ele e sentou-se em sua cama, na ponta.
- Você está bem? Não vai dormir?

O menor ergueu o olhar ao ouvir a abertura da porta, acabou abaixando o celular antes que o irmão entrasse e não se demorou para aquilo. Deu-lhe um sorrisinho sutil ao vê-lo se acomodar.
- Você não vai?

- Vou, só vim ver como você estava antes disso.
- Por quê? - Ritsu deu-lhe um risinho. - Pareço mal?
- Não, é que fiquei curioso sobre a conversa com a mamãe.
- Imaginei que era algo assim. Não é nada, mamãe estava falando sobre o papai, sobre sexo.
- ... E por que você fala disso com ele?
- Ele que perguntou se eu era inocente...
- ... Inocente tipo... Virgem?

- Acho que sim, porque falou de sexo logo depois.
- O que você disse pra ele?
- Eu não respondi, fiz de desentendido.
- Ah... Hai...
- Não precisa ser tão curioso.
- Não sou curioso ora.
- Veio aqui pra descobrir o que era.
- Ah, eu ia perguntar somente.
- Então, era só isso.
- Hai. Posso dormir com você?
- Está com medo do bicho papão?
- Claro, morro de medo.
- Eu enfrento ele. Está no seu guarda-roupas?
- Ah enfrenta? Com o seu tamanho?
- Etsu, você tem 1,75 e eu tenho 1,72, então não ache que seus três centímetros me tornam um anão. Sei que sou fraquinho perto de todos vocês, mas não sou tão miúdo assim.
- Bom, pra mim você é meu irmãozinho.
- Então se não posso te ajudar em nada, durma no seu quarto.
- Ta bem, grosso.
Ritsu sorriu-lhe tão suave quanto a piscadela que deu, retratando-se com a brincadeira.
- Hum, agora não adianta piscar pra mim.
- Ah, então ta bem.
O menor disse e voltou a pegar o celular, mexendo nele, tentando provocar o irmão. Etsuo p
egou o celular do irmão, desligando-o e atirou para fora do quarto, pela porta aberta. O loiro parou por um instante, ainda tinha a mão no ar quando se deu conta de que não tinha mais o celular na mão.
- ...
- Pronto, resolvi.- Resolveu o que?- O problema com essa maldição.- Eu quem sou idiota?- Não te chamei de idiota. - Etsuo sorriu. - Não quebrou, não se preocupe, fui sutil, e também, compro dez desses pra você depois, quero que fale comigo agora.
- Você compra outro celular e não as coisas que tenho nele. Não disse que chamou, estou fazendo um comprativo pra saber quem é o idiota aqui.
- Sou eu. Boa noite. - O moreno falou a ele e se levantou.
- Não é você quem compra, é a mamãe ou o papai.
- Não, eu sou o idiota.
- Agiu como um.
- Ritsu, estou cansado ta bem? Você quer que eu durma com você ou não?
- Você pode dormir se quiser.
O menor disse, entre dentes, já era habituado com os ápices de mal humor do irmão. 
- Hum.
Etsuo deitou-se junto a ele, cobrindo-se com seu edredom. O menor d
eu-lhe espaço na cama já espaçosa o suficiente, por fim se virou, dando-lhe as costas como do mesmo modo se confortou embaixo do edredom. O moreno observou o irmão e suspirou, virando-se e passou o braço sobre o corpo dele, abraçando-o. Ritsu sentiu seu enlace parcial, queria xinga-lo novamente, mas ficou quieto pensando sobre como manter as pernas baixas um tanto distantes. 
- Pare de ser idiota, não quebrei seu celular, então pare de me evitar.
- O problema não foi o celular, foi o que você sentiu pra poder jogar ele.
- Raiva? Você ficou irritado por eu te tratar como meu irmão mais novo e depois colocou o celular na minha cara, queria que eu ficasse feliz?
- Eu não estava irritado, estava provocando você, mas o resultado foi mais bem sucedido do que eu esperava.
- Então pronto, devia ficar feliz. Você é meu irmão mais novo sim, e eu vou cuidar de você goste você ou não.
- Ta bem.
- Isso. Eu te amo, seu idiota.
- Você que é.
O menor disse e se acomodou melhor sobre o travesseiro. Gostava de seus cuidados, mas podia ser explosivo sem seus caprichos. Gostava dos cuidados, porém não queria ser tratado como alguém tão fraco, ainda que todos provavelmente achassem isso em casa. Gostava dos cuidados, mas queria que ele também se sentisse igualmente protegido.

Etsuo suspirou e beijou-o em sua nuca, deslizando uma das mãos por sua cintura e aspirou o aroma gostoso de shampoo, se preocupava com ele, era meio super protetor, mas queria o melhor para o irmão somente. Ritsu o beijo na nuca arrepiou a pele, consequentemente.
- Oyasumi.

- Oyasumi, onii-chan.

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