Thor e Loki #23 (+18)


As mãos de Thor foram alçadas por um laço firme com uma corda resistente. Os punhos atados estavam em conjunto pendendo acima da cabeça, pendurado num gancho de ferro enferrujado. Estava despido, usava somente a
boxer. Na boca calada a máscara que a muito havia sido usada pelo irmão. Os cabelos estavam úmidos de suor, jogados para trás com finos montantes de cabelo, desengrenhados, acima da testa, dispersos despreocupadamente. As rugas eram causadas entre os olhos azuis, franzidos. A respiração era evidente, deixada pelas narinas, junto ao suspiro abafado na máscara que não dava espaço algum para que movesse a boca. O moreno seguiu na própria direção. Seu cabelo estava tão úmido quanto o próprio, suavemente dispersos pelos lados de seu rosto pálido e fino, bonito. Seu rosto não mostrava um sorriso, e embora sério demais, estava afetado visualmente. E arfava como se muito cansado. Lambiscou seus lábios rosados, passeou com os dedos entre seus negros cabelos, e denotava em sua calça arreada na cintura o volume de seu sexo escondido. Ele passeou pela sala espaçosa e vazia. Mais parecia uma garagem, um estacionamento. Paredes brancas e encardidas de sujeira, mostrando que a muito foram feitas naquela cor. Tinha pouca iluminação, e o que deixava a luz de fora entrar, eram pequenas janelas altos em grupos de três em cada parede. E seu caminhar descalço pelo piso cinzentos, vinde a direção. Seus dedos deslizaram sobre o abdômen, e sentiu-se contrair ao toque dele. Era tão suave, num misto de delicadeza e agressividade, a cada vez que levava a mão no próprio sexo, e apertava-o sem dó. Causando um gemido dolorido e abafado em si.
- Hum...
Murmurou e tentou lhe pronunciar o nome. Seus olhos verdes fizeram-se tão próximos, e brilharam denunciando suas expectativas, seu tesão e suas vontades ocultas. Tremeria se pudesse, se cada músculo não estivesse esticado conforme os braços pendurados sustentando o peso do corpo. Sentiu o frio correr na proximidade da pele, e identificou a frigidez vinda de sua mão de pele azulada tão próxima ao corpo e que até então não havia tocado. Conhecia aquelas unhas escuras e dolosas. E seu mesmo toque gelado ameaçou e formulou sem piedade a 
entrada na própria roupa. Gemeu, fosse por seu toque de gelo ou pela garra afiada que desenhou o contorno da glande e penetrou com sua ponta fina na fissura acima dela. A voz soou rouca, expressamente dolorida. Enquanto tinha a base apertada por sua mão sem piedade e sua unha masoquista.
- Ah...
O gemido soou leve, embora suavemente arrastado, tinha o cenho marcado pela expressão desconfortável. Sentiu o peito palpitar e a dor abaixo, embora se sentisse viril e ainda dolorido. Um urro desgostoso deixou a garganta. E daquele seu gesto, o afável toque no peito, foi o que desfez aquele toque vocal de agonia. Que marcou nos olhos, e aliviou a medida em que as íris azuladas não mais estiveram escondidas pelas pálpebras, havia por fim acordado. E de perto notou o rosto alheio, sem nenhum traço que não fosse sua suavidade pela manhã.
Loki abriu os olhos aos poucos, piscando algumas vezes devido luz que invadia a janela mesmo com as cortinas fechadas. O olhar percorreu o quarto todo, pouco confuso, afinal, não era o próprio quarto. Ergueu-se, apoiando o cotovelo sobre a cama, e percebeu que não estava deitado sobre a mesma, não era confortável, mas era quente e mesmo assim prazeroso. Observou o corpo do irmão abaixo do próprio e abriu um pequeno sorriso, deslizando uma das mãos pelos cabelos a ajeitá-los, e estranhamente o sorriso não era malicioso e sim preguiçoso e bem humorado, de fato era melhor acordar assim do que na cama sozinho, e claro, numa masmorra. O queixo repousou sobre o tórax do irmão e deslizou a mão por ali a sentir a pele quente que tanto gostava, com o gesto que já havia virado mania para si. Observou-o enquanto dormia e fechou os olhos por um pequeno tempo, aspirando o ar num suspiro sutil, lembrando-se da noite anterior e de cada detalhe que conseguia, de como ele foi capaz de tirar o fôlego que tinha. A mão que sentia a pele dele, deslizava pelo local num toque sutil, buscando senti-lo cada vez mais, mesmo com suavidade e preguiça. Espiou os olhos dele por alguns segundos, tentando ver se ele ainda dormia e sorriu ao notar o sono do irmão, tranquilo por saber que ele não perceberia nenhum movimento próprio. A mão repousou sobre o peito dele, sentindo ali as batidas do coração dele, lentas e tranquilas e ali repousou a face, ouvindo os traços de vida dele, o coração que batia e sabia que era próprio, que agora eram um só. O sono tomou a si novamente e por pouco não se perdeu num cochilo, acordando somente ao sentir a respiração dele conturbada e os batimentos acelerados, assustou-se, achando que algo de errado acontecia com o irmão e abriu os olhos, erguendo a face e o observou, procurando por algum sinal nele que explicasse os batimentos, mas só pôde ver as sobrancelhas unidas. Murmurou o nome dele, levando uma das mãos sobre a face do irmão e o acariciou sutilmente, sabendo que poderia ser somente um pesadelo e uniu as sobrancelhas assim como ele, só relaxando ao ver os olhos dele se abrindo e suspirou novamente, repousando a face sobre o tórax dele, no local onde antes estava e sorriu.
- Bom dia...

Os olhos do loiro estavam mais abertos do que de costume, num evidente espanto. Sentia-se aliviado, e verificou consigo mesmo diversas vezes mais se já estava acordado. Seu rosto defronte, analisou internamente os traços do irmão, pareciam calmos, até mais do que o normal. E tinha a carícia sobre o rosto, que talvez houvesse descoberto quando para ele não deveria. Bom dia, disse o moreno, o que arrancou a imersão pessoal de pensamentos. Um sopro deixou as narinas, e sentiu o peso de Loki acima do corpo. As mãos dispersas na cama levou em suas costas nuas, sentindo a pele macia e sem suor. Tinha os cabelos fora do lugar, mas estavam bem, e combinava com ele. Quando embaixo dele se ajeitou, talvez ainda se sentisse desconfortável, e estava ereto, embora para si mesmo o motivo o fosse desconhecido diante da imensa agonia que sentiu em seu toque irreal.
- Teve um pesadelo? - Loki murmurou e ergueu-se sobre ele, os lábios alcançaram os dele e selou-os por um pequeno tempo, sentia-se preguiçoso, mas não para beijar o irmão. - Nós dormimos...
Riu baixo e desajeitado, tinha vergonha do irmão, ainda era estranho toda aquela exposição com ele, que havia crescido consigo sem esses contatos, de fato era difícil agir com ele como gostaria. Gostaria de abraçá-lo, apertá-lo nos braços e dizer que o amava, e que nunca o deixaria, mas jamais faria isso, o próprio orgulho iria embora, gostava mais dele imaginando a si alguém em que não poderia confiar.
- Temos que tomar ban...
Murmurou enquanto erguia-se e sentava-se sobre o corpo dele, porém cessou a frase ao perceber que ele estava excitado, mas com o que se tivera um pesadelo? Arqueou uma das sobrancelhas e sorriu, malicioso como se costume, desconfiando do irmão.
- O que é isso aqui? Que sonho você teve, hum? Ou fui eu sobre você nesse um minuto?

Visto que sua pergunta, Thor assentiu somente, de qualquer forma não contaria a ele do que se tratava, afinal, se de repente a ideia atraísse o irmão? Pensou. E retribuiu de modo limitado o irmão em seu selar de cumprimento. Partilhando a sua preguiça e achava-o adorável com os olhos enrugados de sono com seu recém acordar. E fitou o moreno diante de sua frase incompleta, grunhiu com sutileza, num gemido sem voz, sentindo o peso de seu corpo, suas nádegas nuas, sobre o colo. Macias e em determinada parte, cálido, soava receptivo. E vagarosamente deslizou as mãos em suas coxas com a mesma intensa temperatura, sem rastros daquele toque gelado.
- A ultima opção, certamente.
Retrucou a ele, e embora não fosse inteiramente sincero, ainda assim não deixava de ser verdade. E sentiu-se latejar ao fitar o corpo masculino e bonito, do irmão.

- Ah, é?
O menor murmurou e moveu sutilmente o quadril sobre o do irmão, devagar, sentindo o corpo quente dele abaixo do próprio e o arrepio percorreu o corpo, sentia o mesmo latejar sutil no corpo que ainda não estava excitado como ele. Suspirou e observou o corpo do irmão, notando todas as partes que queria tocar, cada pequeno pedaço daquela pele tão atrativa e de aparência tão quente em comparação à própria em sua forma original, e desejou senti-lo, deitar sobre ele, roçar a pele sobre a do outro, tocá-lo no local onde sentir abaixo do corpo, gostaria de apertá-lo entre os dedos, ou dentro de si como costumava fazer.

- Hum... Passamos a noite fazendo isso, e quer fazer de novo?
- O que eu posso fazer?
O loiro indagou e soou rouco. Pigarreou como se de tal forma fosse resolver o problema com a voz embargada. Os lábios entretidos mesmo sem tocá-lo, entreabertos, por onde sugava o ar, apreciando a vista que tinha de seu corpo alvo e esguio. Provocativo acima do colo. E os dedos passearam em roçada suave em sua derme, acariciando levemente, quase lhe causava cócegas ante a leveza e embora as mãos, tal como o próprio corpo, habitualmente sentisse necessidade da firmeza e da colisão contra o seu. E pressionou os dedos insistentes em suas coxas, das quais a firmeza evidente, e não demorou para tomar-lhe as nádegas que preenchiam as mãos de forma deliciosa, e apertou o irmão, sentindo-o como se ainda não fosse suficiente.

Loki sorriu a ele ao sentir o toque nas coxas, satisfeito, afinal percebera que não era só difícil para si, era para ele também, olhar o corpo e não tocar. Deslizou ambas as mãos pelo corpo do irmão e o tocou nos ombros numa suave massagem, descontraído, apreciando, como de costume a temperatura da pele e por fim deslizou pelo tórax do irmão, uma das mãos o tocou no mamilo, onde o tocou na noite passada e havia gostado do toque, tocando-o ali novamente e puxou entre os dedos, sorrindo ao perceber que deixaria sutilmente dolorido e soltou-o. Moveu sutilmente o quadril, ainda a senti-lo abaixo de si e mordeu o lábio inferior, observando-o, buscando as expressões do irmão, as sensações do corpo dele, queria sentir tudo.
Thor observou a face submersa do irmão, a qualquer que fosse seu pensamento. Perguntou-se internamente sobre seus toques, e a forma como havia notado que gostava de fazê-lo, especialmente sobre o peitoral. Os orbes azuis voltou ao toque de seus finos dedos, e estes alcançaram do peito, sentiu-se desconfortável com o toque no mamilo, estranho. E sua puxada causou um gemido de protesto, sem altura. Era evidente o fato de que era propenso a sentir vontade de causar em si alguma reação com alguma dor superficial, certamente saber sobre isso fora o que resultou do sonho que não totalmente desagradável, ainda que agonizante, e sentiu-se eriçar ao pensar sobre a dor sentida, e como soava real. Trepidou com sutileza, não suficiente para ser despercebido. E ambas as mãos ansiosas deslizaram a seus quadris, pressionou-o para baixo, impondo o irmão para consigo.
A mão do moreno deslizou até seu abdômen, tocando-o ali, num toque sutil como todos os outros e assustou-se ao sentir o estremecer de seu corpo, pensando ser sobre os próprios gestos.
- Eu fiz algo?
Murmurou e sorriu, porém deixou escapar o gemido sutil ao senti-lo puxar a si contra seu corpo, o queria, tanto quanto ele queria a si, mas gostava de sentir o corpo dele devagar, apreciar o quanto podia, mesmo que em toques sutis, porém sabia que o irmão queria a si logo, principalmente pelo puxão nos quadris. Uma das mãos guiou ao membro dele que descansava em seu abdômen e apertou-o sutilmente, sem força, não queria machucá-lo, embora adorasse causar dor a ele, ou ao menos pouca, principalmente porque o ouvia gemer, ah e como adorava aqueles gemidos, sentia a pele se arrepiar sempre que o ouvia e podia ver na face dele a expressão dolorida. Guiou-o ao próprio corpo, devagar e deixou-o se roçar no local, sentindo melhor a si e moveu sutilmente o quadril.

O loiro tinha no peito os batimentos pouco mais fortes, embora não rápidos, eram evidentes. E podia senti-los contra a caixa torácica. Tal como suas mãos, que continuavam a investir no contato sobre o peito, sobre a pele. Por que gostava tanto de calor? Ou porque gostava tanto do próprio molde corporal. Sentiu o toque morno de seus dedos no sexo, acariciando a base já tão vívida por tê-lo tanto consigo quanto nos pensamentos a seu respeito. Ou naquele sonho masoquista, desagradável e ainda prazeroso, não por seus toques impiedosos e sim nas feições que adornavam o irmão, ou seu ofego vocal em denúncia ao prazer de modo que ele sempre se negaria a assumir ou expor. Um mordisco proveu no lábio, inconscientemente aproveitando seu gesto. E sentiu-se roçar a ele, guiado por seu bel prazer, no tanto de sinceridade que o irmão era capaz de ter ali consigo. Suspirou num sopro entre lábios, pela falta de voz num gemido.
Loki suspirou, observando a face do irmão e reparava em cada reação dele. Abriu um pequeno sorriso ao sentir a respiração dele mais rápida, o suspiro e abaixou-se sobre o corpo dele, levando a mão livre sobre a face do irmão e acariciou-o ali, sentindo a barba bem feita que sempre pedia ao irmão para fazer, selou-lhe os lábios algumas vezes e sorriu novamente, malicioso dessa vez contra os lábios dele.
- Me deixa ouvir você gemer... Não esconde de mim, eu gosto de ouvir...
Murmurou e sorriu, mordendo-lhe o lábio inferior e virou-se, beijando-o na face, sentindo a pele macia do local e roçou a própria face na dele, num movimento sutil. Alcançou a orelha e mordeu-lhe sutilmente o lóbulo. A mão que segurava-o roçou novamente a própria entrada e encaixou-o no local, mordendo o próprio lábio inferior e fechou os olhos antes de formular o pedido ao irmão.
- Mete... - Murmurou, a voz rouca e deslizou a língua pela orelha dele.

Thor sentiu a pele macia de seu rosto, do qual vez sequer houvera visto alguma barba por ali, sequer o vira fazê-la alguma vez. E no apreço a tez do irmão, tão logo o ruído úmido de seus lábios que se descerravam, e sua língua ali roçada. Sorriu embora ele estivesse entretido e negou num maneio com a cabeça, achando graça do comentário. Quem esconderia os gemidos ali, não seria ele afinal? Indagou-se mudamente com o pensamento e prosseguiu com a resposta ao pedido.
- Eu não os esconderia.
Retrucou, embora estivesse submerso na atenção em que voltava ao sexo, sentindo-se beirá-lo. Tocar aquele sua região tão mais íntima, e sabia que ainda estaria acostumada pela noite passada, enquanto mordera os lábios com sua ousadia e de alguma forma aquela palavra parecia estimulante o suficiente. Embaixo dele, moveu-se sinuosamente, porém com sutileza, em menção.

- Hum, parece que escondeu agora...
O moreno murmurou e sorriu a ele, mordendo o lábio inferior uma segunda vez, próximo ao ouvido dele, onde se escondia do irmão e dos olhares dele e deslizou as mãos pelos cabelos do outro, acariciando-o ali enquanto ainda o segurava no sexo. Deslizou a mão pelo local e desviou o olhar ao irmão, imaginando o que ele pensava de si, e se escondia mesmo, tinha vergonha, medo de que ele achasse a si fraco. Ajeitou-se sobre ele, mesmo ainda deitado sobre seu corpo e apreciou a pele tão quente junto a própria, suspirando, mas não diria nada a ele.

- Não sou como você, meu irmão. Sou sincero sobre meus sentimentos.
O loiro retrucou ao moreno e sorriu a ele, enquanto fitava seu rosto e seus gestos silenciosos. Quase não podia decifrá-lo. Sentia seus carinhos, dos quais já havia se habituado, mesmo enquanto o outro tentava ser tão sutil. Era tão fofo, definiu. E sentia por suas mãos, ser roçado a ele. Os movimentos leves dos quadris continuou, a ponto em que levou as mãos a subir por suas costas nuas, sentindo sua espinha dorsal saliente com suavidade. E dobrou as pernas onde apoiou-se nos pés, subindo os quadris, investindo em sua direção.

Loki fechou os olhos e apreciou as caricias nas costas, distraído com os toques dele, e dava tanto valor aos toques sutis, seja com as mãos ou mantendo o corpo do irmão contra o próprio. Sobressaltou-se ao senti-lo mexer o quadril e agarrou o lençol da cama com ambas as mãos, apertando-o entre os dedos com o incomodo sentido ao tê-lo no próprio corpo, sentiu arder além da dor habitual, afinal haviam transado na noite anterior e estava pouco sensível no local, porém não o recusou, fechou os olhos com certa força e sufocou o gemido, observando-o em seguida e escondeu o verdadeiro sentimento que tinha.
O loiro elevou acima dos olhos ambas as sobrancelhas, notando seu protesto engolido, embora a apatia tentasse esconder o que de fato havia ocorrido e sentou-o no colo, deixando-o ali a permanecer. A mão deslizou sobre a coxa do irmão, e atingiu o quadril em sua pele suave e sem imperfeições. Via-o contrair-se no abdômen, denotando cada pequeno músculo coberto por sua cútis alva. E mordiscou o lábio, no desejo de fazê-lo em sua barriguinha lisa. E uma das mãos levou por seu tronco, deslizando pelo abdome e peito, tateando sua pele, e seu corpo, sua presença, que nunca era suficiente.
O moreno permaneceu sobre o colo do irmão, e não pronunciou nada sobre, apenas sorriu a ele ao sentir a mordida no lábio e a retribuiu, selando-lhe os lábios algumas vezes, atencioso aos pequenos gestos e carícias, tentando esquecer a dor que se fazia no corpo abaixo e aproveitá-lo como podia, afinal sabia que a dor aos poucos iria embora. Deslizou uma das mãos pelo braço do irmão, buscando chegar a mão dele e cessou ao sentir os músculos, sempre prestava atenção nos mesmos visualmente, mas nunca o havia tocado ali. Desviou o olhar ao local, discretamente e sorriu a ele, desviando o olhar a irmão.
- Hum... Você... É mesmo forte...
Thor sentiu o passeio de seus dedos à pele, uma leve apalpada que pensou ter sentido. O que concluiu diante de seu comentário. Um riso ganhou o irmão, baixinho.
- Você gosta?
Indagou e fitou seu rosto. A mão livre anteriormente deslizou a seu rosto ao alcança-lo e tateou com os dedos a suavidade que ele tinha.

Loki sorriu a ele, malicioso e assentiu, mordendo o próprio lábio inferior e observou o braço do irmão, no local onde tocava.
- É claro que eu gosto... Só não gosto quando tenta me partir em dois. E tenho certeza que uma hora vai acabar quebrando a cama.

O riso soou baixo, embora divertido. Thor observou o moreno e sua atenção ao braço, enquanto o tocava. Mordeu o lábio inferior num meio sorriso, apreciando seu comentário. E dobrou o braço, formando o muque volumoso e firme.
Loki sorriu a ele ao observá-lo ali e deslizou a mão pelo local novamente, sentindo a parte do corpo do irmão que até então nem se dera conta. Abaixou-se e selou-lhe os lábios.
- Acho bom eu começar a temer pela minha vida agora.
Riu e moveu sutilmente o quadril, rebolando devagar e o gemido sutil deixou os lábios ao sentir o desconforto de tê-lo dentro de si, porém não se importava, buscava o prazer próprio e o dele.

O novo riso soou curto entre seus lábios do loiro, e negou ao moreno ali mesmo tão próximo. As mãos levou em suas coxas e aos poucos subiu pelas nádegas com carícia circular, delineando-as. O que não durou e subiu a longo de suas costas, sentindo o ossos evidentes da espinha até o encontro de sua nuca sensível e cheia de finos fios negros de cabelo, por onde acariciou o irmão e agarrou firmemente, ainda cuidadoso ao gesto. Empurrou o quadril, e se moveu vagamente para o irmão, numa estocada única, sentindo a umidade cálida de seu interior, porém tão logo descansou na cama, observando seu rosto que não denotava prazer.
Loki manteve-se em silencio, apreciando os toques dele e inclinou o pescoço para trás, deixando-o sentir os fios de cabelo entre os dedos. Ergueu-se pouco, sentando-se sobre o corpo dele e o gemido mais alto deixou os lábios ao sentir o movimento dele contra o próprio corpo, sentiu dor, mas não protestou. Suspirou.
- Desculpe, estou um pouco dolorido.
Murmurou e moveu o quadril, iniciando aos poucos os movimentos, lentos, mas sentia-o se retirar por completo do corpo e voltar a se colocar até o fim. Deslizou a mão até o pulso dele, onde era o próprio objetivo e segurou a mão dele, entrelaçando os dedos aos do outro e sorriu, pouco tímido, notando como o irmão ficava bonito daquele modo, naquela luz que vinha da janela fechada pela cortina, aquele meio de tarde calmo.

Embora o ruído tirado de sua garganta fosse de exposto desconforto, Thor não deixou de excitar-se com o vocal rouco do irmão. Denunciando o agrado enquanto entre as paredes íntimas e cálidas de seu corpo, sentiu-se latejar de excitação. Os olhos azuis voltou a seu colo, notando determinada região de seu corpo mútuo ao próprio, onde iniciava seu vaivém. Deixando de fora o sexo e voltava a tomá-lo para si, inteiramente. Gemeu com o estimulo, fosse visual ou mesmo corporal, sentindo seu corpo tomar a si, receptivo e quente. E o toque de seus finos de longos dedos retribuiu, entrelaçando-os, e conforme teve a atenção de seus olhos verdes, juntamente o encarou, notando seus traços naturalmente maliciosos.
Aos poucos o moreno sentiu-se acostumado com os movimentos que fazia sobre ele e agilizou aos poucos, sentiu a respiração ofegante e deixou que os gemido sutis escapassem, não quis escondê-los ou sufocá-los do irmão dessa vez. A mão livre deslizou pelo corpo dele, acariciando-o como gostava e sentiu o arrepio pelo corpo ao se lembrar do toque do corpo dele tão junto ao próprio, tão quente, e gostava do calor da pele dele porque sabia que a própria não possuía nenhum, era frio, gelado, e gostava tão mais do calor dele junto ao próprio, porque o sentia aquecer o corpo, até mesmo o coração, que pensava não ter sentimentos. Abaixou-se e lhe selou os lábios.Thor suspirou impaciente, enquanto via-o no início e ritmo de seus movimentos. As mãos o deixaram dos gestos anteriores e com firmeza tomou o quadril estreito do irmão, tomando-o, o levando para cama, o deixando na inércia que antes era a própria. E no meio de suas pernas exigiu o próprio posto, sem que o houvesse deixado e ainda dentro dele, tão logo passou aos movimentos, do ritmo que vagaroso logo tomou abruptidão. E sentia-o úmido por dentro. Tão suave e firme. Gemeu em deleite ao imaginá-lo no interior, enquanto o sentia envolver o sexo, e recebê-lo já facilmente.
- Ah... Loki. - Tornou grunhir, soou rouco.

Loki ajeitou-se sobre a cama ao sentir o macio colchão abaixo de si, bem melhor do que o que tinha na cela e arrepiou-se ao lembrar-se de como se sentia sozinho no local, porém buscou espantar as lembranças dolorosas da recepção em casa e fora mais fácil do que pensava ao senti-lo empurrar-se em direção a si. Fechou os olhos e apreciou os movimentos, mordendo o lábio inferior, descontraído dessa vez, e não a tentar conter os gemidos. Ouviu o próprio nome e desviou o olhar ao irmão, sorrindo a ele, o sorrisinho típico e maldoso.
- O que foi, Thor? Está gostoso? - Murmurou.

O loiro retribuiu a ele seu sorriso, a mostra dos dentes. Um riso soou baixo, e com a resposta óbvia para sua pergunta. Levou as mãos em suas coxas e apalpou-as, sentindo-as firmes ainda que a pele tão macia e sem defeitos. Afastou-as e ergueu-as com sutileza, dando espaço suficiente e desnecessário ao corpo. O movimento ligeiro, amenizou e tornou-os vagarosos, ainda que na intensidade permanecesse forte. E ouvia-o com seus gemidos já tão involuntários, fossem doloridos ou mistos em prazer.
O moreno deu espaço a ele entre as própias pernas e levou-as ao redor da cintura do irmão, apertando-o entre as coxas, puxando-o para si, queria senti-lo melhor contra o próprio corpo.
- Hum... Não quer falar comigo?
Murmurou e sorriu a ele novamente, queria ouvi-lo, ouvir a voz dele, mesmo que fosse chamando o próprio nome.

- Quer que eu fale com você?
O loiro retrucou ao irmão, conforme decaíra sobre seu corpo, alçado por suas pernas. E sem que o peso demasiado do corpo fosse deixado sobre sua figura, deitou-se acima dele. Sentindo sua pele suave à própria. E com o quadril, adentrava-o, era forte, mas ainda vagaroso, sentindo por ele toda a passagem até que atingisse seu fundo, onde já conhecia o determinado ponto de prazer alheio.
Loki assentiu, deslizando uma das mãos pelos cabelos do irmão e o gemido pouco mais alto deixou os lábios, ao senti-lo atingir a si no ponto tão sensível do corpo, onde gostava de ser tocado por ele, mas geralmente não demonstrava. Apertou a mão dele que ainda segurava entre os dedos, suspirando e lhe selou os lábios, roçando-os aos dele, apreciando a temperatura de sua pele enquanto o sentia tão próximo de si.
Thor fechou os olhos e escondeu-se contra a pele transpirada do irmão, afundando a face contra seu pescoço onde apreciou o aroma tênue que emanava. E num sobe e desce seguia com o quadril, encontrando várias vezes o corpo úmido do irmão. Era incapaz de segurar o vocal rouco, ou não chamá-lo enquanto o tocava. Pressionou os dedos contra sua mão segurada. E empurrou-se para dentro, apelando àquela pequena parte em si que lhe tomava os gemidos e o provia de prazer. E sem que fosse capaz de segurar, gozou outra vez, enfatizou com o grunhido satisfeito, o solavanco que acometeu em seu corpo e dentro de si permaneceu.
O moreno sorriu ao senti-lo se esconder contra a própria pele, e deslizou a mão pelos cabelos dele novamente numa carícia, apreciando-o, todos os movimentos num conjunto e gemia baixo, sentindo o corpo estremecer a cada vez que o ouvia chamar a si com a voz baixa, também não pôde contê-los pelas investidas contra o local tão sensível do corpo, vez ou outra até deixava um gemido mais alto escapar, unindo as sobrancelhas ao senti-lo se colocar por completo no próprio corpo. Estremeceu uma última vez ao senti-lo se meter em si e atingiu o ápice junto dele, deixando escapar o gemido pouco mais alto e mordeu o lábio inferior, recuperando a respiração aos poucos.
Thor vacilou com o peso sobre os braços, sentindo-se extasiado. Deixou-se pesar sobre o irmão e foi breve diante da diferença corporal. Voltou-se para a cama, puxando-o consigo. E ainda não havia se retirado de si. Um suspiro deixou mutuamente os lábios e as narinas, em descanso da agitação. As mãos passearam por suas costas, suas nádegas, suas coxas e vagarosamente seguia apreciando o irmão manualmente, sentindo sua epiderme sem defeitos e seu corpo firme com suavidade.
- Você é tão bom, Loki. Tão gostoso.

Loki ajeitou-se sobre o corpo do irmão, mesmo desajeitado, ainda a recuperar o ar e fechou os olhos, recuperando a respiração enquanto sentia as pernas trêmulas, estremecendo visualmente algumas vezes. Uma das mãos levou ao tórax dele, apoiando-se ali e tentava de recuperar das várias sensações que sentia. Aos poucos a mão tomou o tom azul, de inicio sutil que percorreu até o pulso numa temperatura congelante, porém se quer havia notado, e a repousava bem sobre o corpo do irmão. Assustou-se com a reação dele e retirou a mão dali, observando-a e novamente a fez retornar ao tom bege da pele, suspirando.
- Desculpe...

Um sopro o loiro aspirou à boca, e prendeu a respiração num instante, sentindo o choque térmico leve, embora fosse mais o susto por estar desprevenido. E num gesto hábil afastou a mão do irmão, que de fato assustou-se tanto quanto a si. Riu-se quando seu tom já sumira das vistas, estranhou-o, afinal nunca houvera feito aquilo, mas estranhamente havia utilizado mais daquele gesto após ter-se mostrado em sua forma original.
- Fazia muito tempo que não tomava minha forma original, por isso acho que perdi um pouco o controle. - Falou baixo e sorriu a ele. - Eu te machuquei?
- Não, foi somente o susto, afinal já estamos tão quentes...
- Ah... Entendi. - Riu baixo. - Hum...
Thor sorriu a ele e soou um pouco abafado entre a boca cerrada.
- Estou morto... - Murmurou e riu.
- Deveria mesmo.
- Deveria, é?
- Não se perca de mim, meu irmão. - Thor disse diante de sua distração em devaneios.
-  Estou ouvindo.
- Mas estava distraído. Descanse.
- Fique comigo. - Loki murmurou.
- Vou ficar.

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