Masashi e Katsuragi #7 (+18)


Sem respondê-lo, Masashi fitou silenciosamente seus movimentos, cedendo espaço ao outro para que se revirasse abaixo de si. Fitou parcialmente seus ombros, visto que pouco expostos. Brancos, pálidos. O tecido amarrotado ao ser erguido e expor despudoradamente suas nádegas e seu âmago. Suspirou,e fechou os olhos contendo o excesso de informações antes que tivesse alguma ejaculação precoce. E sobre seu corpo seminu, moveu os quadris e roçou a ereção evidente entre suas nádegas. 
Katsuragi suspirou e mordeu o lábio inferior ao senti-lo se roçar em si, observando-o ainda de canto com o sorrisinho nos lábios.
- Hum, até que você aguenta bastante pra um virgem.
- Isso porque ainda não conheço a sensação, eu acredito.
O menor sussurrou e abaixou-se, beijando-o na nuca, pescoço e mordeu de levinho ali, de modo que ele certamente não conseguiria fazer. E uma das mãos, levou habilmente ao sexo e guiou em suas nádegas, ao meio delas, sentindo seu ponto mais íntimo. Quase chegou ao pensar sobre o aperto causado nos dedos, seria pior com a ereção, evidentemente necessitada. 

O maior ergueu pouco mais o quadril ao senti-lo roçar em si e manteve-se a observá-lo, e parecia reflexivo com algo, e concentrado ao mesmo tempo, esperava que não fosse devido ao aperto do corpo em seus dedos, medo ou receio, mas devido a bebida, não devia ser.
- Está com medo?

Masashi negou somente com a cabeça.
- Só acho que vai me asfixiar aí dentro.

Katsuragi riu baixinho.
- Vai ficar gostoso, eu juro.

- Você quer muito que eu faça isso? - O menor indagou num sussurro contra sua pele.
- Hum? Por quê? Está desistindo?
- Iie, quero ouvi-lo falar.
Masashi sussurrou e roçou a pontinha do sexo contra sua intimidade. Katsuragi s
uspirou e assentiu.
- Quero... Me fode.

- Quer muito isso?
O menor retrucou ao mais velho e esfregou o sexo alí, pressionando-o firme, mesmo sem ainda penetrá-lo. Katsuragi a
ssentiu e mordeu o lábio inferior novamente.
- Quero...

Ao soltar-se, Masashi levou ambas as mãos em suas costelas, mesmo escondida sua pele ali com o tecido da roupa, e com o toque pesado deslizou delineando seu corpo, cintura, quadril e contra as pelves o puxou, erguendo-o suavemente, a medida em que mutuamente se empurrou pra ele.O maior uniu as sobrancelhas e semicerrou os lábios a deixar escapar o gemido baixinho, mas dolorido, expondo as presas ao abrir a boca, e quem dera pudesse mordê-lo, cravar as presas no pescoço dele enquanto fazia, ah, com certeza iria gozar na mesma hora. Estremeceu e apoiou-se firmemente ao chão.
- M-Masashi!
O menor cessou por um momento, onde somente parte da ereção sentia o desconforto de estar dentro de seu corpo desacostumado pelos anos de inatividade. Suspirou e gemeu dolorido, no entanto era de fato prazeroso. E uma das mãos levou abruptamente a sua boca, abafando seu gemido.
- Sh... Não me faça gozar ainda.

Katsuragi assustou-se com a mão dele, tão repentina e assentiu, lambendo-lhe um dos dedos e mordiscou-o na mão, cerrando os lábios em seguida a apreciar a dorzinha suave de tê-lo no corpo.
- Mais...

Masashi deslizou o toque sobre seus lábios ao sentir a brincadeira vinda deles. No entanto, voltou-se como a outra em seus quadris, sustentando-o elevado. Atendeu a seu pedido, embora sentisse uma semelhante dor, ainda que de modo distinto ao dele e empurrou-se, penetrando-o no restante do que ainda faltava. Gemeu sem se conter. 
O maior estremeceu ao ouvir o gemido dele, gostoso e ergueu-se, apoiando-se nos braços a ficar de quatro, dando espaço a ele para continuar os movimentos, e é claro, que não conteria os próprios, o quanto pudesse senti-lo, sentiria.
- Não precisa ter vergonha de mim, se quiser gozar, eu vou adorar continuar mesmo assim...

Masashi assentiu ainda sem voz. Apenas um maneio com a cabeça. Ergueu-se conforme ele o fez, e sentiu seus quadris mais firmemente contra o ventre, sentindo-o inteiramente por dentro, em torno de toda a base da ereção, apertada. Era gostoso, dolorido e ainda suavemente prazeroso. Mas era frio, ainda que sentisse uma leve quentura na pele sensível da ereção.
Katsuragi suspirou e afastou o quadril suavemente, devagar, voltando a empurrar-se contra ele, sentindo todo o caminho do outro a adentrar o corpo novamente. Moveu-se, rebolando sem força, deixando-o apreciar a sensação de estar em si e gemeu baixinho, prazeroso por tê-lo em si, mas dolorido pela sensação que tinha de inicio.
O menor apertou-o na cintura, sentindo os ossos da pelve sob os dedos os quais firmes na região e bloqueou suas investidas próprias. Não queria ser dominado daquele jeito, não queria soar tão inexperiente. Moveu-se ao segurá-lo, estocando-o pela primeira vez e gemeu, num grunhido.
Katsuragi uniu as sobrancelhas ao senti-lo segurar a si e estava desacostumado aquilo, sentir-se vulnerável, ou dominado por alguém, como ele queria fazer, geralmente era ativo, mesmo sendo passivo. Aceitou o toque e abaixou a cabeça, deixando escapar o gemido sutil junto ao dele, contraindo-se a aperta-lo em si, sem força demais, afinal, já o machucava.
- Ah... Katsu... Não aperte mais.
Masashi gemeu, rouco,  em protesto, embora fosse estranhamente gostoso. E pendeu-se para frente mordendo-o no ombro, no pescoço. E moveu-se de novo, porém sentiu a excitação correr pelo sexo e deixá-lo, atingiu o ápice, sufocando o gemido em sua pele.

- Ah!
O maior gemeu ao sentir o interior se aquecer com o ápice do outro e sorriu, malicioso, porém mordeu o lábio para contê-lo, virando a face a observá-lo, sério.
- Se você gozou dentro, eu vou matar você.
Falou para assustá-lo e segurou uma de suas mãos, apertando-a entre os dedos.

Masashi sentiu os dedos apertados, mas não lhe deu atenção, estava satisfeito, extasiado de prazer. E voltou a se mover mesmo assim, investindo vigorosamente dessa vez, não era rápido, mas foi forte. 
Katsuragi arregalou os olhos ao senti-lo se mover em si e uniu as sobrancelhas, incomodado, não costumava ser ignorado, ou desrespeitado, mas além de não ter resposta dele, não conseguiu interromper o ato para chamar sua atenção, e aquilo era perigoso, afinal, ele podia fazer o que quisesse consigo, não reclamaria.
- M-Masashi... Não... Não tão forte...

- Devagar? Assim não é gostoso?
O menor retrucou desta vez e moveu-se novamente, do mesmo modo enquanto não tinha um novo protesto. Mas sentia as pernas fracas, ainda com a leve onda de prazer que percorria. 

Katsuragi abaixou a cabeça novamente e nada mais disse a ele, fechando os olhos a apreciar os movimentos, como podia com as pernas fraquejando ao senti-lo se empurrar para si, ainda sentia dor, ainda mais nos joelhos contra o chão, se não fosse vampiro sairia dali com grandes machucados. Agarrou-se ao tecido do quimono, era a unica coisa que podia segurar e gemeu baixinho, empurrando-se suavemente contra ele, ou tentou.- Então você gosta disso.
Masashi sussurrou ao senti-lo contra si, empurrando ainda que pedisse mais leveza, era contraditório sempre. Cessou por um instante, suficiente para ter fôlego e força nas pernas, voltou a se mover e logo mais tarde novamente cessar e afastar-se, virando-o de frente, puxando-o habilmente e colocou-se novamente entre suas pernas. Queria vê-lo.

O maior virou-se, quase uma pluma sobre o chão ao senti-lo puxar a si, e era forte, só então havia notado. Deu espaço a ele entre as pernas e deslizou uma das mãos pela sua face, acariciando-o, e notou que sentira falta de ver aquele rostinho bonito dele, atraente, quase irresistível. Puxou-o suavemente contra si e selou-lhe os lábios, uma, duas vezes, deslizando um dos dedos por sua boca em seguida.
- Está gostando?

Masashi apertou as mãos em suas coxas, e puxou-o através da região, colidindo suas nádegas contra as próprias pernas conforme se empurrava e o puxava e gemia baixinho, tentando deter a voz, vez outra mordia os lábios ainda suavemente rubros de tinta. Debruçou-se contra ele, sentindo sua pele fria, diferente da própria. Escondeu o rosto em seu pescoço, aonde sentia o cheiro da pele, sem suor, sem ser afetada pelo ato. Mas virou para observá-lo e sentiu os beijos dele, que retribuiu e no fim sentia a carícia de seu dedo, que mordeu de levinho na ponta.
- Kimochi, kimochi. - Soou ofegante.

Katsuragi deslizou a mão livre pelos cabelos dele, acariciando-o e sentiu aos poucos a ardência diminuir, tanto do intimo quanto dos joelhos, podia não cicatrizar, afinal, precisava de sangue, mas ao menos, não doía mais, talvez fosse o ato. Sorriu a ele ao ouvi-lo e assentiu, selando-lhe os lábios mais uma vez, e estaria ofegante, se fosse humano, ainda assim respirava pesado, provocando-o, já que gostava de ouvir os gemidos, que vez ou outra escapavam por acidente dos lábios. Apertou-o em si mais uma vez, e dessa vez não fora proposital, havia sentido o outro atingir o ponto sensível do corpo e agarrou os cabelos dele com força entre os dedos, puxando-os mesmo sem perceber.
- Ah!

- Hum...
Masashi gemeu ao sentir as repuxadas nos fios, e certamente havia deixado alguns deles em sua mão, não se importava. Arrepiou-se da nuca pela coluna, sentindo seu aperto, ouvindo sua voz com sutileza, gostosa, agradável.
- Dói assim, Katsu... Mas é gostoso. Eu vou gozar de novo, e mesmo assim farei em você. Sei que gostou disso.
Provocou, embora não tivesse realmente certeza se ele havia gostado, mas previu que sim já que continuava a se mover sem ser interrompido. Estocou-o com força, no ponto que atingira antes, causando aquele aperto em si, gemeu outra vez e prosseguiu até se sentir satisfeito e gozar pela segunda vez enquanto tomava seu sexo e tentava lhe causar o mesmo, no entanto fraquejava, extasiado pelo prazer que sugava toda a atenção.

Katsuragi fechou os olhos, apreciando os movimentos dele, e cada palavra, arrepiou toda a pele, estremeceu em seus braços, e não se lembrava de alguém ter feito aquilo consigo, e ele, mesmo tão inexperiente, o fazia tão bem que arrancava gemidos de si mesmo sem perceber. O sentiu atingir a si no ponto sensível interior, fraquejou mais uma vez, apertando seus cabelos entre os dedos, mas dessa vez não os puxou, uma das mãos guiou a seus quadris e puxou-o para si, sentindo novamente aquecer com seu ápice, e seus toques, no membro já tão sensível novamente. Mantinha os olhos fechados, apreciando a sensação prazerosa pelo corpo e puxou-o para si, no quadril, dessa vez não o permitiu segurar a si, puxou-o várias vezes, fazendo-o atingir a si no mesmo ponto e sentia suas mãos trêmulas ao redor do sexo, era tão bom, tão gostoso que não conseguia parar, mas é claro, era vampiro e ele era um humano, devia estar cansado, mas, não pensou naquele momento. Agarrou-o em seus quadris, apertando-o ali e sentia-se tremulo como ele, a sensação prazerosa percorrendo o corpo mais uma vez e jogou-o no chão, mas cuidadoso para que não batesse a cabeça ali. Ajeitou-se sobre seu corpo e o observou, iniciando os próprios movimentos, rápidos e fortes, fazendo-o atingir a si no mesmo local várias vezes, e mesmo a sentir as pernas já sem força para se apoiar no chão se manteve, agarrando o membro com uma das mãos a apertá-lo vez ou outra e por fim fora obrigado a soltá-lo, deitando-se sobre seu corpo ao atingir o ápice e tamanho foi o prazer que sentiu que juntou-se a ele, fechando os olhos e até sentiu a onda de calor percorrer o corpo, era estranho, queria mordê-lo, beijá-lo, até sentiu lágrimas nos olhos. Suspirou, mesmo que não precisasse e aos poucos sentiu o corpo cessar o tremor, fora quando abriu os olhos e o observou, unindo as sobrancelhas, pouco desconcertado pelo modo como havia agido, nem sabia se o havia machucado.
- Desculpe... - Pigarreou e uniu as sobrancelhas. - Hum...

- Não. - Masashi grunhiu e moveu-se abaixo do moreno.
O maior gemeu baixinho e mordeu o lábio inferior.
- Por favor...

- Não. Ainda mais que você não bebeu nada até agora, vai me secar inteiro.
- Eu tenho controle, não sou um louco. Vamos, você vai gostar...
- Por que acha que vou gostar disso?
Katsuragi negativou, mantendo-se em silêncio, se ele não deixasse, não o morderia.
- Hey, quer dormir comigo essa noite?
- Me convença.
- A dormir comigo?
- A que eu queira ser mordido. Beijado por você, vampiro.
- Hum... - O maior sorriu a ele e aspirou seu perfume junto ao cheiro de sangue que corria em suas veias. - Vamos Masashi... - Beijou-o no pescoço e deu-lhe uma pequena mordidinha ali. - Vai se sentir bem, parte de mim... E será meu por alguns minutos.
- Não me convence. - O menor sussurrou. - Mas posso te abraçar essa manhã.
- Eu não o convenço? - Katsuragi estreitou os olhos. - Eu vou arrancar sua garganta fora, e não estou nem aí se vai deixar ou não!
- Hum... Que desagradável. Não vou dormir com você.
- Vai sim. Sabe que eu não tenho coragem de te atacar, mas está sendo muito insolente, garotinho.
Masashi sorriu sem mostrar os dentes, rindo divertido.
- Vamos, deixa eu te limpar e vamos pro quarto.
- Por que quer dormir comigo, hum?
- Porque eu quero. Não faça perguntas.
Katsuragi ergueu-se, sentindo as pernas pouco trêmulas e pegou a esponja sobre o local, mantendo-o deitado e com uma pequena vasilha jogou água em seu corpo, deslizando a esponja com sabonete em seguida. O menor s
orriu com a grosseria, achando uma graça. E fechou os olhos enquanto apreciava a massagem do sabonete sobre a pele.
- Vou ficar assim deitado mesmo?

- Pode se levantar se quiser. - Disse o maior a ele, terminando seu banho e iniciou o próprio, livrando-se dos restos de prazer pela pele e no interior do corpo. - Hum... Pronto, podemos nos deitar.
Masashi levantou-se a fitá-lo outra vez. Preguiçosamente ergueu-se e sorriu com a mesma sensação de moleza, sentia-se leve e animado com o feito de pouco tempo atrás.
- Vai querer fazer mais no quarto?

- Hum... - Sorriu a ele. - Então gostou de fazer com um velho?
- Sim. - O menor assentiu sem negar o comentário, apenas para provocá-lo.
Katsuragi estreitou os olhos. Masashi aproximou dele e abraçou sua cintura, molhando-o.
- Você não é velho.

O maior sorriu a ele e abraçou-o igualmente, ajeitando o quimono sobre o corpo, mesmo molhado, tiraria no quarto.
- Vamos, meu anjo, vou me aproveitar mais desse corpo lindo no quarto.

- Vai me usar? - Masashi sussurrou e mordiscou seu queixo.
- Hum, com certeza.
O maior sorriu a ele e puxou-o consigo, levantando-se, e secou-o com uma toalha, deixando-a ao redor de seu corpo, seguindo para a saída da sala de banho. Passou pelos garotos ali, ignorando seus olhares sobre o garoto e esperou que ele também o fizesse. Guiou-o em direção as escadas, descendo e adentrou a porta do próprio quarto, expondo a ele o local de luz baixa, aconchegante. Indicou a cama, puxando a toalha que ele usava e no armário pegou a garrafa de saquê, observando o garotinho que estava sobre o sofá, esperando a si.
- Kaito, pegue alguns morangos, por favor.

Masashi observou os garotos mais antigos da boate, não se importou. Tinha no sangue ainda a leve coragem ganhada pelo saquê. E seguiu com ele até seu quarto que visto logo aconchegante, escuro à medida certa, evitando a luz incômoda a seus olhos vampiros. Sentiu o frio atingir a pele a ser puxada a toalha e sentou-se na cama. Sentindo sob os quadris a maciez enquanto admirava a decoração que nunca havia visto antes.
- Não sou o primeiro aqui...

- Hum? - Katsuragi desviou o olhar a ele ao observar o pequeno se retirar. - Está falando do garotinho?- Sim. Ele estava esperando seus dentes, hum?
O maior sorriu a ele e assentiu, sentando-se ao lado dele e deslizou uma das mãos por sua face.
- Eu vou matá-lo em breve, talvez amanhã, ou depois.

- Por que? - Masashi indagou ao fitá-lo lado a si.
- Ele não é importante. É um garoto de rua, só serve de alimento.
- Seja gentil com ele. Só não demais.
Katsuragi assentiu e sorriu.
- Vou matá-lo rápido, não se preocupe. Só é uma pena alimentar a imaginação dele. Ele acha que vai se tornar igual a mim.
O maior falou e sorriu ao outro, caminhando até a porta ao ouvir as batidas e recebeu o recipiente com vários morangos, agradecendo ao pequeno e lhe deu boa noite, embora ele continuasse achando estranho o fato de não querer se alimentar, e já era o segundo dia seguido, estava faminto, os olhos já tomavam o castanho ao invés do vermelho, mas não diria a ele, embora sentisse uma estranha dor no corpo, uma indisposição horrível.

- Não o mate, ele é novo. Deixe ele conhecer a vida.
Disse o menor e observou o garoto, sentiu pena, o moreno era estranho, e suas palavras não pareciam condizer com o que expressava em seu rosto ou em suas atitudes para consigo.
- Ele gosta de te alimentar?

Katsuragi uniu as sobrancelhas a observá-lo.
- Ora, ele não pode viver aqui. Não pode ter pena das crianças que vê. São indigentes, se eu o deixar vivo, amanhã ele morrerá de fome, e bem, não posso adotar todas. Aquela garotinha que estava aqui quando você foi contratado, se lembra? Keiko, Reiko, que seja, infelizmente, faleceu há alguns dias. Ele gosta de me alimentar porque eu encho a cabeça dele com fantasias que nunca vão acontecer. Não se preocupe, não são nada, não significam nada.
- Não disse para que pegasse todos, apenas que cuidasse do que já tem. O tomou, então apenas deixe que continue já que está aqui. Faça que seja um cortesão.
- Hum, e como pretende que eu o crie aqui no meio de garotos pervertidos?
- Eu disse que o faça prostituto. Crescer aqui fará com que seja um cortesão melhor.
- Hum, acho que isso não será possível. Talvez com o Kaito, mas eu preciso me alimentar de alguma forma. Crianças são frágeis, e do modo como eu sinto fome, não duram mais de dois ou três dias. Ele já está com febre, não durará muito tempo.
- Pare com isso, me faz querer ir embora.
Katsuragi uniu as sobrancelhas.
- Por quê?
- Te faz ainda mais desumano. - O menor levantou-se, puxando um quimono qualquer acetinado, provavelmente de dormir e vestiu-o. - Você sabe o que é se esforçar pra fazer algo quando já não tem mais qualquer força pra isso?O maior manteve-se a observá-lo, sem entender.
- Por que diz isso? Por que se importa tanto?

- Não importa, ele é uma criança. Provavelmente está pondo toda a esperança de se tornar um vampiro na força de vontade de vir até aqui, mesmo com febre. Você pode me penalizar depois, mas vou cuidar dele. Achei que devia não gostar dele, mas talvez devesse não gostar de você, parece que não gosta de ninguém.
Katsuragi uniu as sobrancelhas novamente.
- Não diga isso, Masashi...

Masashi observou o vampiro e sentiu seu cheiro na roupa que vestia. Caminhou até a saída e observou o garotinho sentado num pequeno banco de madeira no corredor, talvez esperando ser solicitado. O maior estendeu uma das mãos ao observá-lo sair, sem entender ainda e o peito apertou estranhamente, nunca havia sentido aquilo antes, algo preso na garganta e talvez fosse a voz, estava realmente deixando a si por uma criança?
- Masashi, por favor.

- Kaito?
O menor chamou o garoto, que virou-se atento. Gesticulou a chamá-lo com a mão e tocou sua testa, sentindo a temperatura, tinha febre leve, nada descomunal.
- Mãe disse que você pode ir deitar no quarto de luxo dos clientes e fechar a porta por dentro. Disse que pode descansar até se sentir satisfeito. Mas antes, ele deu isso a você. - Disse e entregou em sua mão a chave do quarto. - Pegue um anti térmico com a cozinheira. - Disse ao garotinho e fitou o vampiro na cama, em seu quarto.
Katsuragi levantou-se e cessou os passos no meio do quarto, estreitando os olhos a ele enquanto falava com o garoto, sem importância alguma aparente, mas o ciúmes quase teve a capacidade de deixar a si roxo. Masashi observou-o assentir e sorrir, parecia satisfeito e cansado.
- Coma algo, diga a ela que o Katsuragi mandou.
Ao deixá-lo ir, fechou a porta de seu quarto que agora parecia grande demais. E observou-o já em pé, de modo que ficou a retrucar-lhe o olhar sem dizer nada a ele.

- Vai mandá-lo voltar. Agora.
- Só se quiser que eu vá para o meu quarto.
Katsuragi fechou as mãos, apertando-as e cravou as unhas na palma, queria era dar um tapa bem dado no rosto dele, mas conteve-se.
- Acha que por que transou comigo uma vez tem o direito de mandar em quem quiser aqui dentro?
Disse a ele, mas não se importava realmente com sua atitude para com o garoto, e sim o ciúme por ele ter recebido sua atenção, junto de sua frase anterior.

- Não mandei nele, estou cuidando dele. Não seja tão cruel.
Disse o menor e caminhou até o moreno, fitando-o próximo. O maior e
streitou os olhos a ele, não parecia, mas realmente havia se chateado com o modo como ele tratou a si.
- Saia.

Masashi assentiu e deixou seu quimono, buscando a toalha que usou antes, evitando de levar sua peça, provavelmente cara demais. 

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