Atsushi e Kaoru #13


Primeiramente, Kaoru ligou para o agente, pediu a ele que desse um jeito de falar com o pessoal da revista, e fez mais uma ou duas ligações, ele não havia atendido o telefone, então voltou ao ensaio, que durou pouco tempo, estava ansioso, por sorte, nenhum dos integrantes havia visto a revista, mas o baterista olhava a si meio de canto toda vez que mencionava ter coisas a fazer. Seguiu para fora, buscando a chave do carro no bolso e rapidamente dirigiu até a casa dele, estacionando em frente, onde seguiu para dentro, já tendo a chave dada por ele temporariamente.
- Atsushi-san?

- Ok, hai... Hai, hai.
Atsushi dizia ao telefone, através da linha em comunicação do o empresário e agente, teve uma pequena reunião de voz enquanto saía do estúdio, já dando um jeito de resolver possíveis problemas devido a uma notícia em revista de fofocas. Por sorte, era uma revista de casos, o que acarretava uma possível dúvida aos leitores, era duvidosa e de meias verdades. Ao chegar em casa, observou o veículo já estacionado, ele estava lá e provavelmente preocupado, fora ver o visor do celular somente após a reunião e a essa altura, já havia estacionado igualmente em casa. Ao desembarcar do veículo, seguiu para dentro de casa.
- Niikura-kun.

O menor ouviu o barulho da porta atrás de si, e havia acabado de entrar, por isso se virou a observá-lo e suspirou, com a revista em mãos.
- Você viu isso aqui?

- Sim, eu vi. - Atsushi disse e fechou a porta logo atrás de si. Deixou as chaves no pequeno criado e seguiu até o moreno, tocou seus cabelos. - Meus agentes vão resolver. Pedi que fosse dito que foi um fan service proposital, que percebemos as câmeras e coisas assim. Além de que somos amigos íntimos.
- ... Somos amigos íntimos? - Kaoru murmurou e sorriu meio de canto.

- Pra eles isso será suficiente, não acha?
- Eu espero... - Murmurou e suspirou. - Acho que amantes nos define melhor entre nós.
- Amantes, é? Soa como uma palavra bem apaixonada.
Kaoru sorriu meio de canto.
- Achei que essa era a palavra dada a pessoas que transam e não namoram...

- Não necessariamente. Podemos ser um casal de amantes ainda que tenhamos um relacionamento.
- Hum... - Assentiu e não sabia nada sobre relacionamentos. - ... Fiquei irritado o dia todo por causa dessa maldita revista.
- São uns malditos. Mas não vale a pena estressar, deixe isso para os nossos agentes. - Deu-lhe uma piscadela. - Quer alguma coisa? Vamos jantar, hum?
O menor suspirou, observando-o e assentiu, permanecendo parado ali por alguns segundos, e tudo ocorrera muito rápido, havia se estressado, ficado ansioso para vê-lo, e toda aquela ansiedade se dissipou de uma vez ao vê-lo, então ficou meio desajeitado a segurar a revista. Assentiu a ele, observando seus cabelos dos fios bonitos que tanto gostava, até mesmo aquele sorrisinho sem mostrar os dentes, lembrou-se de ter dito ao vocalista que poderia fazer o que ele quisesse se sorrisse para si, com a conclusão de tudo isso, se sentia um idiota, nunca havia se sentido daquela forma, como uma adolescente em frente a uma paixão de colégio, tinha vergonha de si mesmo, era homem, não queria agir daquele jeito.
- ... Eu vou só tomar um banho, e já desço, estou meio estressado.

- Hum, eu entendo. - Disse o maior e acariciou-o no pescoço, logo abaixo do queixo. - Tudo bem, vá e relaxe e eu vou pedir alguma coisa, ou quer algo caseiro?
Kaoru ergueu a face, dando espaço a ele para o pequeno carinho costumeiro e sorriu meio de canto, suspirando aliviado.
- Não vou fazer você cozinhar, podemos pedir uma pizza e algumas cervejas? Eu pago dessa vez.

- Eu odeio falar sobre quem paga, estamos na minha casa, eu faço isso por aqui, ah? Mas ok, quer mesmo pizza? Podemos pedir algo italiano que não seja pizza.
O menor uniu as sobrancelhas.
- Eu não quero discutir, é que... Estou dormindo na sua casa, usando suas coisas, isso me deixa meio desconfortável, então ao menos a comida eu posso pagar. Não tenho preferência, eu só quero comer alguma massa.

- Eu não me importo com isso, eu o convidei, me fazer companhia é o pagamento. Bom, vou pedir a pizza, já que sugeriu. Da próxima vez eu faço alguma massa. - Disse já em caminho da ligação, tomando o celular do bolso. - Ah sim, seu cabelo está bonito dessa forma. - Disse a ele, em seu meio caminho até o banho.

Kaoru cessou os passos a desviar o olhar a ele e sorriu, meio de canto, deslizando uma das mãos pelos cabelos.
- Hai...

Atsushi sorriu-lhe de canto, com uma leve exposição dos dentes, exatamente como ele gostava de vê-lo, embora não tivesse exatamente uma ciência desse fato.
- Pode ir. - Disse, sibilando, dando atenção posteriormente a linha telefônica. 

O guitarrista desviou o olhar a ele, com um pequeno sorriso, adorava aqueles malditos dentes alinhados, era um infeliz e negativou, seguindo ao banho em seguida.
Após formular o pedido pelo telefone, o vocalista finalizou a chamada com uma breve noção de prazo para chegada e assim subiu ao quarto, ouvindo ruir o chuveiro, denunciando o banho do rapaz no próprio quarto. Sentou-se na cama após a seleção de roupas para substituir as que vestia e assim fez aguardando o banho dele, no entanto, optou por ir ao outro quarto e deixa-lo relaxar sob a água. Após o banho, voltou ao quarto já encontrando o guitarrista, secava os cabelos com a toalha, sacolejando os fios.
Ao adentrar o chuveiro, Kaoru deixou que a água molhasse os cabelos e encostando na parede fria, pensou por alguns minutos em tudo o que acontecia, era um milagre não ter recebido ainda uma ligação da própria mulher histérica, sabia que ela gostava do outro, era o cantor favorito dela, então teria dois problemas. E bem, pensaria sobre o divórcio, se pediria ou não, havia passado quase vinte anos ao lado dela, e jogaria tudo fora, por aqueles dentes, ou aqueles cabelos, por ele, mas no fundo tentava achar motivos, já que não acreditava que estivesse se apaixonando por ele com tão poucos encontros. Ao sair, secou o corpo com a toalha dele, sentindo o cheiro de seu perfume e sobre a cama, pegou a própria roupa íntima, vestindo, assim como a calça e observou-o conforme entrou, ainda sem camisa.- Foi bom, hum? - Disse o maior.
- Hai

Atsushi caminhou ao moreno ao reencontra-lo, tocou-o em sua cintura despida e se colocou próximo, selou seus lábios e penetrou sua boca, o beijou com rapidez e interrompeu na mesma pressa.
- Vamos, logo devem chegar com o jantar.

Kaoru sentiu o toque de sua mão, quente, em contato com a pele, e só aquele toque era suficiente, nem precisava do beijo. Sentiu-o penetrar a boca, e o retribuiu, deslizando a língua pela dele num toque suave, prazeroso e deslizou igualmente a mão pelas costas nuas dele, não sabia dizer o quanto gostava dele, não sabia mesmo, já havia perdido essa noção, estava ferrado, mas feliz.
- ... Hai. - Murmurou, apenas.

O maior tocou a bochecha do outro e por fim deu-lhe espaço, levou as toalhas ao banheiro e posteriormente seguiu com ele para baixo, logo recebendo o pedido do jantar, mas não sem antes vestir uma camisa de botões, branca. Kaoru seguiu com ele para o andar de baixo, observando-o enquanto recebia o jantar, silencioso em todo o caminho, apenas o analisava, analisava a si também perto dele, e dava-lhe pequenos sorrisinhos.
- Vamos comer.

- O que há, Niikura-kun? - Indagou ao se virar após o pagamento do jantar e receber o pedido, percebendo-o voltado a si. Caminhou até ele e tocou-o em seu queixo.
- Vamos sim.

O menor negativou ao ouvi-lo, erguendo o queixo como de costume e aproximou-se, selando-lhe os lábios.
- Você é muito bonito.

Atsushi retribuiu-o com aquele leve e breve estalo.
- Você é.

O guitarrista suspirou e deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, ajeitando uma mecha atrás da orelha, só então deu-se conta do que fazia e pigarreou.
- ... Comer.

O maior fitou-o a medida em que recebia sua carícia, sem dizer nada a ele.
- É claro. - Disse quando após alguns minutos depois resolvera se manifestar. - Vem. - Dito levou-o consigo caminho até a sala. - Quer ir comer no quarto, hum?

- Quero.
Kaoru sorriu meio de canto.

- Ok, pode subir e levar, vou pegar a cerveja. - Disse e entregou a caixa para ele. Acabou por fim dando-lhe um aperto na bunda, como se fosse um incentivo. - Opa.
O menor assentiu e virou-se, porém cessou os passos ao sentir o toque e franziu o cenho, desviando o olhar ao outro, e não tinha costume, por isso o fitou meio desajeitado. Atsushi não teria rido se não fosse por sua expressão. Riu entre dentes e seguiu o caminho da cozinha, buscando as bebidas geladas enquanto ainda achava graça. Pegou algumas fatias de limão e um pouco de sal, levando-o em conjunto.
Kaoru subiu as escadas, ainda meio travado pelo toque na nádega e deixou a caixa com a pizza sobre a cama, retirando o sapato que usava e deitou-se. O vocalista entrou pouco depois dele e postou o descanso de copos sobre o criado mudo onde descansou as garrafas e se sentou à cama junto dele, abriu as garrafas e tragou, colocando as fatias de limão dentro do vidro posteriormente e deu a dele para ele.
- Aqui.

O guitarrista observou-o adentrar o quarto e sorriu meio de canto, aceitando a garrafa e golou a cerveja.
- Obrigado.

- É só um apertinho, faço coisa pior com ela. - Disse o maior, provocando-o e tragou da própria cerveja. 
Kaoru riu.
- Eu sei, é que não tenho costume disso.

- Bem, me espantaria se a sua esposa tivesse essa mania.
- Então, por isso mesmo. - O menor riu novamente e bebeu mais da cerveja, estendendo-a a ele, esperando um brinde.
Atsushi tilintou a garrafa junto a dele, sem realmente pedir qualquer coisa e por fim pegou uma fatia do jantar e levou até a boca, não sem antes colocar algo qualquer para ver no televisor, ainda que certamente não estivesse a dar atenção. Kaoru observou a pizza e depois, desviou o olhar a ele, e por algum motivo, tinha vontade de fazer qualquer coisa estúpida só para vê-lo rir, ou um sorrisinho de canto somente, já era suficiente. Sorriu para si mesmo e pegou um pedaço da pizza, levando-a aos lábios.
- Gosto da sua mão tatuada. - Disse o maior a ele, fitando-o a pegar a pizza.
Kaoru desviou o olhar a ele e sorriu novamente.
- Gosto do seu sorriso. - Disse, e soou tão natural que nem havia achado estranho.

- Eu sei disso. Você me disse. - Disse o vocalista e por fim deu-lhe um daqueles que gostava, sorria.
O menor o observou e franziu o cenho.
- ... Eu disse? Achei que estivesse dormindo. - Murmurou e acariciou os cabelos dele, meio de lado.

O riso soou baixo dos lábios de Atsushi, mas divertido, achando graça de seu jeito, como tentava soar tranquilo sobre tudo o que fazia.
- É que você também estava sonolento, provavelmente disse sem intenção. - Disse e tragou mais da cerveja, ajudando a ingerir a pizza.

Kaoru sorriu meio de canto e desviou o olhar a ele.- O que mais eu disse?
- Acho que só isso mesmo. Acho que dos cabelos também.
O maior sentiu a face se corar, de modo suave e riu baixinho.
- Ah... Me entrego quando estou com sono...

O riso do maior soou entre os dentes e após mais um pedaço da pizza, mordida, mais um trago de cerveja se voltou a ele.
- Eu gosto de falar com você. Pode parecer muito precoce, mas se sua mulher te jogar na rua, pode ficar comigo.
Disse e embora tivesse o tom da brincadeira, também não dizia zombeteiro, sorria, desta vez sem mostrar os dentes.
O menor d
esviou o olhar a ele ao ouvi-lo, bebendo mais um gole de cerveja e riu, em bom tom com a colocação dele, não achando graça do dito, mas do fato de ser jogado na rua.
- Bem, certamente se ela descobrir sobre nós eu serei jogado na rua. - Riu novamente. - Vou adorar ficar com você... - Disse, igualmente descontraído.

- Bom.
Disse o maior, referente ao que dizia ele e por fim selou seus lábios, um estalo breve, não via problemas sobre agir como queria, o contrário dele que tentava conter qualquer ato que o fizesse parecer muito "sensível". Kaoru s
orriu meio de canto, contido e desviou o olhar, bebendo pouco mais da cerveja.
- ... Suas esposas, elas tiveram sorte.

- Ah, você acha? - Atsushi indagou e sorriu a ele, meio canteiro, não entendendo o repentino comentário. 
- Sim. Elas tiveram você.
O menor falou a ele, igualmente descontraído, mordendo mais um pedaço de pizza e sorriu meio de canto.

- Hum, e você não tem também?
- Não totalmente.
- E como seria totalmente? Casamento, ah?
- Não casamento, mas... Uma espécie de relacionamento.
- Hum, então você quer ter um relacionamento comigo?
Kaoru desviou o olhar a ele meio de canto.
- E-Eu não disse isso.

- Quase disse.
Atsushi disse-lhe e sorria, como se achasse graça, em mais um trago de cerveja.
Kaoru bebeu pouco mais da própria cerveja igualmente e negativou.
- Acho que é tipo isso mesmo.

- O que?
- ... Querer um relacionamento. Isso é muito gay, esquece. - Riu.
- Estou disposto.
O menor franziu o cenho ao ouvi-lo, desviando o olhar a ele.
- Quer ter um relacionamento comigo?

- Se estou dizendo. Acho que parece um pouco precoce, mas se estou disposto e você também, o que importa, ah?
- Hum... Então... Como... Namorados? Eu... Não sei.
- Bom, então okay.
Kaoru assentiu, com um sorrisinho nos lábios.
- Eu não sei o termo...

- Ah, termos. Namorados.
O menor sorriu novamente, ajeitando os cabelos, e não parecia, mas estava feliz.
- Devo... Comprar alianças? - Riu.

- Claro que não. - Atsushi disse, mas sorriu canteiro, com os dentes suavemente expostos.
O guitarrista desviou o olhar a ele e riu igualmente, o sorriso dele era contagiante. Deixou de lado a cerveja e sem se importar com outra coisa, virou-se a buscar os lábios dele, beijando-o.Em primeiro momento, Atsushi não chegou a retribui-lo mas fitou-o com o rosto junto ao próprio ao ser beijado, surpreso pelo gesto inesperado, mas retribuiu, sentindo o gosto da pizza e da cerveja em sua boca.
Kaoru sorriu meio de canto enquanto o beijava e guiou uma das mãos sobre a sua, segurando sua garrafa a deixá-la sobre o móvel ao lado da cama, exigindo que suas mãos estivessem livres e empurrou-o para a cama, deitando-se sobre ele conforme seguiu com o beijo, e pressionou o corpo contra o dele.
O maior teve o beijo um pouco surpreso, mas permitiu-o em seu contato, deixou de lado a bebida e foi substituído pelas mãos ocupadas com ele. Deitou-se vagarosamente, como possível e sentiu sobre si a medida em que continuava o beijo. O outro suspirou, e queria senti-lo, sabia que havia feito aquilo com ele no dia anterior, mas ele era o tipo de pessoa que não conseguia largar, era lindo, era atraente, e acabava consigo. Puxou a camisa dele, tentando retirá-la.
Atsushi arqueou ambas as sobrancelhas um pouco surpreso pela tomada de atitude embora continuasse de olhos fechados e lábios colados aos dele, interrompido somente ao tirar a roupa, puxada pelo guitarrista. 
Kaoru retirou a camisa dele, jogando-a no chão e deslizou ambas as mãos pelo corpo dele, tocando a pele quentinha pelo banho, sentindo-o e retirou a própria camisa igualmente, jogando no chão junto a dele.
- Quanto ânimo.
Disse-lhe o vocalista quando enfim desocupado de sua boca e tocou-o em sua pele nua assim como ele a própria no entanto foi preciso até tocar sua calça e abaixar, tirando-a de suas pernas, livrando o que ele provavelmente já tinha intenção.

- Hum, eu quero você.
O menor murmurou e retirou a calça em conjunto a camisa, permanecendo com a roupa íntima, e puxou a calça dele, retirando-a junto da própria.

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