Ikuma e Taa #33


Taa já havia acordado a alguns segundos e observava o namorado ao lado na cama, dormindo tranquilo, e era comum acontecer, afinal agora estava dormindo com ele, nem se lembrava quando havia "se mudado", mas a própria casa estava quase fora de cogitação agora. Riu baixinho e ia acordá-lo, mas sabia que ele estaria sonambulo e não queria isso. Selou os lábios dele e levantou-se, retirando a roupa intima e caminhou até o banheiro, ligando o chuveiro e deixou que a água escorresse pelo corpo, relaxando.
Assim que o mais alto saiu, Ikuma levantou da cama, como ele esperava, sonâmbulo e caminhou pelo quarto até o corredor e a cozinha, onde pegou uma taça com o sangue recente, preenchendo-a e bebeu um gole, seguindo com a taça até o quarto, e quase não abria os olhos direito, ressonando. Ao voltar, sentou-se na cama e em seguida deitou, deitando a taça em conjunto.

Taa saiu do banho com a toalha ao redor da cintura, já havia secado o corpo dentro do banheiro, observou o outro ainda na cama, porém negativou e sentou-se lado a ele. Assim que viu o sangue, levou uma das mãos aos cabelos do outro, acariciando-o.
- Ikuma... Acorda e acorda mesmo dessa vez.

- Hum... - Ikuma resmungou apenas, sem nenhuma reação à seguir.
- Ikuma... ?
- ... O que? - A voz soou pouco mais áspera que o habitual. 
- Você manchou o lençol da cama, idiota.
- E daí? ... A cama é minha, o lençol também.
- Só estava avisando.
- Avisando me chamando de idiota?
- Os dois.
- O que quer, amor?
- Que suba comigo pra beber, estou com saudade disso.
- Hum... - O menor suspirou e levantou-se logo. - Certo. Vou me trocar.
- Pegue uma roupa pra mim também, por favor.
- Pegue algo que lhe sirva. Aliás, existem roupas suas aqui, a empregada lavou.
Ikuma caminhou ao banheiro e tomou um banho rápido, somente para esvair o sono que sentia, e voltou após minutos, secando os cabelos e ajeitando-os. Pegou algumas roupas, sendo uma regata, e o jeans de tom escuro. Nos pés os coturnos de cano médio, sem qualquer salto. Sentou-se na cama e pegou o maço de cigarros, levando um deles entre os lábios bonitos, e acendeu, tragando-o, deixava-os onde havia pego.

Taa levantou-se e pegou uma das próprias roupas na gaveta dele, enquanto ele tomava banho, vestindo-se e ajeitou os cabelos molhados, deitando-se e esperando que ele voltasse, já bem arrumado.
- Ah está cheiroso. - Riu.

- Claro, nem tomei banho agora. - Ikuma provocou, e tragou novamente o cigarro, oferecendo-o ao outro em seguida.
Taa riu e pegou o cigarro, tragando-o algumas vezes e logo devolveu ao outro.
- Você está... - Pigarreou. - Você é lindo.
- Cuidado com esse pigarro aí cara, deve estar com cirrose. - O menor pegou o cigarro, e tornou a tragá-lo, expelindo a fumaça pelas narinas.
- Pra você eu sempre estou com todas as doenças possíveis, né?
- Correto.
- Não sou doente, Ikuma... A minha unica doença, é estar apaixonado por você, está dentro de mim e eu nunca vou poder curar. - Riu. - Sendo meio gay, é a melhor doença que alguém poderia querer.
- Oh, que lindo. Sou a doença mais prejudicial à saúde.
- Concordo, vai me matar se o sexo for melhor do que isso, vai me esquentar demais. - Riu e pediu o cigarro novamente, tragando-o e o devolvendo em seguida.
- Vamos.
Disse o loiro a se levantar e o maior fez o mesmo. 
Ikuma deixou o quarto logo e desceu até a boate, passando pelas pessoas até chegar ao local onde tipicamente se sentava. Taa sentou-se junto dele no sofá vermelho e logo pediu a dose de vodka para si, observando o namorado ao lado, esperando pelo pedido.
- Nada por enquanto, eu só vou fumar. Por enquanto. - Disse e pegou a nova nicotina, levando-a aos lábios e a acendeu, fumando. 
Taa riu baixo, observando-o e estendeu a mão, pedindo um cigarro. O menor entregou o maço de cigarros ao outro, pousando-o sobre a mesa. Os olhos continuavam fixos no movimento, observando a quantidade grande de pessoas na boate.
- Devo abrir uma segunda boate. - Comentou.

- Deve, eles gostam daqui... Você deve ganhar um bom dinheiro com isso...
Taa levou o cigarro aos lábios, acendendo-o e o tragou, deixando o maço sobre a mesa.

- Sim, eu ganho bem. Fora que o estoque de bebidas sai bem abaixo do custo em que podem ser revendidas. - Tornou a tragar.
- Entendi.
O maior observava o lugar e sorriu ao rapaz assim que trouxe a bebida, bebendo alguns goles da mesma. Avistou as vampiras que vinham na direção da mesa e suspirou, observando o copo nas mãos.
- Ah de novo não... - Murmurou, bebendo mais alguns goles da bebida.

Os olhos do menor se voltaram as moças, mas realmente não estava com ânimo para conversar, queria somente poluir os órgãos mortos no corpo, e sem hesitar as mandou sair. Os olhos do maior voltaram ao outro e arqueou uma das sobrancelhas.
- Você está bem?

- Estou, porque? Quer que eu as chame ?
- Não, é que sempre deixa elas sentarem com a gente.
- Não quero conversar hoje, quero só fumar pra caralho.
- E por quê?
- Não estou com ânimo.
- Você nunca fica assim, Ikuma.

- É, eu sei.
- É minha culpa?
- Não. - O menor fitou-o, arqueando a sobrancelha esquerda.
Taa assentiu, bebendo o restante da bebida. O menor recostou-se no encosto do estofado e continuou a tragar o cigarro.
- Peça uma pra mim.

O maior chamou o rapaz novamente e pediu mais duas doses da bebida, recostando-se e levou uma das mãos sobre a coxa do outro, acariciando-o sutilmente. Ikuma suspirou, e tornou a tragar o cigarro. Guiou uma das mão sobre a alheia, pousando apenas sobre ela.
- Se anima um pouquinho, hum.
Assim que a bebida foi colocada sobre a mesa, Taa entregou a dele e pegou o próprio corpo, bebendo alguns goles. Ikuma p
egou o drink, e golou-o numa vez unica, sentindo a leve ardência na garganta, e pousou o copo na mesa logo após, voltando a fumar.
O maior pegou o maço de cigarros, guardando no bolso e arqueou uma das sobrancelhas, bebendo mais um gole da bebida, o outro descerrou as pálpebras e observou a mesa, procurou o maço de cigarros e não achou.
- Cadê meu cigarro?

- Comigo.
- Me dê.
- Não, chega de cigarros, Ikuma.
- Pare com isso e me dê logo.
- Ikuma você já fumou uns dez cigarros desde que levantou.
- E daí?
- Você parece uma chaminé.
- E daí? Eu não me fodo com isso.
- O que você tem hein?
- Ué, eu posso fumar, mais morto que isso só se eu me queimar, e acho que uma brasa de cigarro não faria isso.
- Você não era assim.
- Assim como?
- Chato.
- Porque estou chato?
- Está desanimado.
- Estou desanimado, mas logo eu me animo de novo.
- Já faz três dias.
- Hum...
- Diz pra mim o que você tem, Ikuma...

- Eu não tenho nada, Taa.
Taa retirou o maço do bolso, entregando ao outro e pediu outra bebida pra si.
- Obrigado, verme.
Ikuma pegou o maço, e um novo cigarro, fazendo todo mesmo ato até tê-lo nos lábios, e tragá-lo, p
ermaneceu quieto, apenas poluindo o ambiente com a fumaça que expelia.
- Vamos descer então?
- Você quem sabe, quer ir?

Taa assentiu, levantando-se, Ikuma pegou os cigarros, e levantou-se igualmente. O maior segurou a mão do outro e caminhou até o andar de baixo do local, fechando a porta assim que adentrou o local junto ao outro. Taa segurou o outro pela camisa, empurrando-o contra a porta e apoiou a mão ao lado dele, fitando-lhe a face com a expressão fechada mas não aguentou e acabou rindo.
- Que vontade de te dar umas porradas.

Ikuma deixou-o com seu feito, e assim que esteve segurado contra a porta, encarou a face alheia.
- Hum...
Uma das mãos encaminhou-se ao quadril do mais alto, quando a outra, fora até a testa dele, e afastou os fios da franja, jogando-os para trás e entrelaçava os fios, segurando-os firme.

- Que foi hein, bonequinha? - Sorriu.
- Eu te amo, desgraçado. - Disse o menor e lhe beijou os lábios.
Taa sorriu e retribuiu o beijo, levando a mão até a face dele, acariciando-o e colou o corpo ao do loiro, pressionando-o contra a porta, cessou o beijo alguns segundos apenas para murmurar.
- Eu também amo você. - Mordeu o lábio inferior do outro e voltou a beijá-lo, sabia que seu mal humor certamente se devia ao fato de que ele não costumava sentir, amar.

Ao ter o beijo cessado por segundos, Ikuma assentiu, ainda com os olhos cerrados e retomou logo em seguida, deslizando a língua sobre a dele. Ambos os braços adornaram o corpo do mais alto, o apertando entre os robustos. O pequeno sorriso ainda estava nos lábios do maior entre o beijo e a mão manteve as carícias na face dele, delicado enquanto apoiava-se com a outra ao lado do outro sugava os lábios do namorado, mas manteve suave o beijo, apreciando, saboreando os lábios dele. Ikuma deu continuidade um bom tempo, respeitando o ritmo que fora imposto pelo mais alto até finalmente cessá-lo, e desvencilhou-o do abraço. Taa afastou-se devagar, e sorriu a ele.- Acho melhor eu ir, não é?
- Ir onde?
- Embora, você já deve estar incomodado de eu ficar aqui o tempo todo.
- Embora? Só se for pra minha cama.
- Então vamos pro inferno.
- Vamos, que o demônio vai te queimar no inferno.
- Hum, gostei disso... Tava afim de ir pro seu escritório ali, dar pra você em cima da mesa, ou da mesa de sinuca de novo. - Riu malicioso. - Mas já que quer me levar pra sua cama...
- Não, vamos transar aqui no chão mesmo.
- Ah então tá bom. - Taa sentou-se e puxou o outro para que se sentasse junto a si, selando os lábios dele algumas vezes.
- Não. Vamos na sala, perto da lareira, soar pra caralho.
- Decida-se, bonequinha. - Disse o maior a se levantar.
- Quer dar mesmo, é?
- Obviamente.
- Vamos lá no sofá. Você vai sentar. - O sorriso nasceu no canto esquerdo dos lábios do menor, habitual.
- Porra, a lareira estava me parecendo interessante, ai eu boto fogo em você. - Riu.
- É, porque é no seu cu que eu vou botar fogo.
- Então para de falar e vem logo.

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