Miyako e Sayuki #40


Sayuki se levantou, seguindo em direção a cozinha, queria algo para tomar e estava cansado de água, porém, deu de frente com ela e sabia que iria repreender a si por se levantar da cama, afinal, tinha que ficar de repouso. Uniu as sobrancelhas, com a expressão pedinte, quase um gatinho abandonado e falou manhoso.
- Eu só queria suco de laranja...

Miyako colidiu-se defronte a ele embora os corpos sequer houvessem se tocado. Parou num breque e fitou-o de olhos baixos, semi cerrados, numa repreensão muda e quase ouvira-o grunhir suas palavras em defesa.
- E não pediu por quê? - Retrucou.

- Não queria te incomodar...
A morena estreitou ainda mais os olhos que já quase fechados, porém sorriu.
- Pode passear pela casa mamãe, só não faça força. Porque agora, eu, vou amar a segunda mulher da minha vida.

Sayuki riu baixinho e assentiu, pegando o suco na geladeira e logo retornou ao quarto junto dela. Miya deixou-o desviar-se dali e seguiu ao quarto, notou aquela pequenez de movimentos quase em câmera lenta, vagarosos e inexperientes. Olhos fechadinhos como costumava passar o tempo, embora já soubesse abri-los. Sorriu e deitou-se de ladinho à bebê. Era linda, tão macia, tão fofa, tão própria, e aconchegava-se numa roupa de veludo rosa claro. Cheirava banho de bebê, constou ao beijar seu nariz pequenino, queria apertá-la, mas se contentou em deixá-la fazer isso, entregando o dedo indicador em sua mãozinha. O loiro observou a ambas, juntas e sorriu, deitando-se novamente na cama a beber em boles curtos o suco.
- Quer dar banho nela?

- É claro, já já eu dou bainho na minha gatinha. - Miya sorriu com os dentes amostra. E cheirou seu rostinho, seu pescocinho, beijou-a na bochecha fofa. Fingiu mordê-la. E notou-a descerrar os olhinhos preguiçosos. - Hey, quer ver quem está enchendo o saco, é?
Sayuki riu e deixou o suco de lado, observando-a a brincar com o bebê.
- Quer levar ela pra tirar fotos com você?

- É claro. - Repetiu. - Quando esses olhinhos estiverem mais fortes pra aguentar as luzes.
Com a mão passeou em sua barriguinha, como se fosse um bichinho a subir por sua roupa, a filha sorriu junto dela. 
- Gosto de ver vocês duas juntas.
- Gosta? - Indagou e riu junto a pequenina. - Ah, como é gostosa...
- Gosto sim, vocês são um amor juntas. - O loiro riu.
- Também gosto de ver vocês. E fico pensando o quanto são minhas.

Sayuki sorriu.
- Trás ela aqui pra eu poder dar um beijinho.

- N-Não.
- Por quê? - Uniu as sobrancelhas.
- Porque agora ela está sendo minha.
O loiro riu.
- Para de ser egoísta.

- Nããão.
Miya murmurou arrastado mas por fim se acomodou com a pequenina próxima ao companheiro. Sayuki r
iu novamente e beijou-a no rostinho, vendo-a sorrir quase sem força.
- Gostou do beijinho da mamãe, ó.
- É nada, é porque o papai está segurando.
- Não vejo a hora dessa coisinha ser grande o suficiente só pra eu brincar com ela.
- Só pra você é?
- Deixamos a mamãe brincar também.
- Boba. - Riu. - Pegue a banheirinha pra gente dar banho nela.
- Vou sozinha, você fica aí.
- Não, eu quero ver...
- Podemos banhar as três, hum?

O loiro assentiu e sorriu.
- Ah, não pode. Não vou deixar minha gatinha ver um menino. - Brincou.
- Para de ser boba.
- Não pode ver menino. - Tornou provocar. 
- Ta bem, então eu fico.
Miya riu baixinho e alcançou seus cabelos louros, afagando-os.
- Então vocês vão e o papai fica.

- Não...
- Ela não pode ver meninos.
- Então ninguém vai.
- Vá com ela, eu dou bainho amanhã. Se eu tomar banho com vontade, vou sentir sua falta. - Sussurrou.

- Mas eu queria que nós dois dessemos...
- Então vamos, vamos. Não me olhe com carinha de gato de botas.

- Ta bem... - Sayuki riu.
- Então vamos? Sua barriguinha dói?
- Só um pouco...
- Quer um remedinho?
- Por favor... Tem uns no banheiro.
- Eu sei, gatinho. Segura minha gatinha. - Miya ditou e entregar a pequenina.
Sayuki sorriu e assentiu, pegando a filha nos braços. A morena ajeitou-a em seu colo e levantou-se, buscando o remédio sem necessidade da água pelo suco de laranja. Colocou em seus lábios, empurrando o comprimidinho em sua boca e serviu-o do suco. O loiro aceitou o remédio e engoliu-o junto do suco, segurando a pequena ainda com um dos braços.
- Levante devagar, hum?
- Hai.
Sayuki apoiou-se no chão a se levantar, meio dolorido e levou a pequena consigo, porém logo ela foi tomada pela morena, a negativar para si.
- Eu levo ela, ah?
- Ah, já vai tomar ela de mim de novo?
Miya deu um risinho.
- Claro, é toda minha.
- Egoísta.
- Ah, não magoe meus sentimentos.
O loiro riu, e com ela seguiu até o banheiro, onde abriu a torneira da banheira, deixando a água quente a preencher.
- Tiro as roupas desse pedacinho primeiro ou tiro as minhas?
Sayuki riu.
- Deixa eu tirar, aí eu seguro ela e você tira.
Mya assentiu e o loiro passou a retirar as próprias roupas, com cuidado com os pontos e virou-se de costas a ela, escondendo-os, porém acabou por expor as nádegas a outra.
- Hum, Sensei, kimochi.
- Ah, para de olhar!
- Não paro não, adoro seu corpo.
- Estou feio... Vou ficar com uma cicatriz.
- Não ligo pra ela.
- Mesmo?
- Mesmo. Toma, segura nosso bebê.
Sayuki abriu um pequeno sorriso e segurou a pequena, observando a morena retirar suas roupas de mesmo modo, e fora a vez da pequenininha. Colocou-a sobre o lavabo, numa pequena esteira almofadada e retirou as roupinhas dela, vendo seu corpinho tão pequenininho, até chegou a sorrir, beijando-a em seu rostinho.
- Vamos entrar?
- Hum, esperamos terminar de encher lá dentro. - Disse a morena.
- Ta bem.
Sayuki adentrou a banheira, com a ajuda da outra, aconchegando-se por sorte, no local grande e suspirou, estendendo uma das mãos a morena que adentrou com a pequenina nos braços e deixou a água tocá-la suavemente, seus pezinhos, logo seu corpinho, segurando-a cuidadosamente.
- Precisamos de uma boia, mamãe.
Sayuki riu.
- Precisam, é? Você também?
- Claro, ou me afogo também.
- Precisa nada. Vou comprar uma pra ela.
- Talvez pros bracinhos.
- Ia ficar fofo.
Miya deu um sorrisinho e observou o corpinho pequeno do bebê, deslizando uma das mãos pelo rostinho da filha, parecia o outro, e se continuasse daquele modo, seria linda quando crescesse, mas nada comentou.
- Vamos lavar esse corpinho, hum?
Sayuki deu um sorrisinho e passou a ela o sabonete da filha, já separado e mais delicado para a pele dela. A outra o segurou e deslizou devagar pelo corpinho da pequena, banhando-a como havia aprendido a fazer, de modo bem delicado.
- Você é um ótimo pai, Miya.
- Sou, é?
- É sim. Eu sabia que seria carinhosa, mas não fazia ideia que seria tão maravilhosa pra gente.
- Ah não fazia? Achou que eu ia ser como?
- Eu não estou dizendo que achei que você seria ruim, mas... Não esperava tanto. - Sorriu.
- Quero dar o melhor pra vocês duas.
- Você já é a melhor coisa do mundo pra mim.
Miya deu um sorrisinho e negativou.
- Não pude o meu saco, sensei.
- Não estou, ora. Eu te amo.
- Eu também te amo.
A morena disse e inclinou-se com um pouco de dificuldade para selar os lábios dele. O loiro deu um gemido dolorido e retribuiu.
- Pelo visto, nunca mais vamos fazer amor.
- Miya, a Miyu!
- O que? Ela não entende. E também não é como se eu tivesse falado algo obsceno tipo foder.
- Miya!

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