Mana e Kaya #OneShot (+18)


O riso alto tomou conta de todo o local assim que ambos adentraram a casa, claro que não vinha de ambos, mas de um só. A residência, razoavelmente grande pertencia ao guitarrista, e era onde o amigo iria dormir naquela noite. Haviam acabado de deixar uma festa, tinha muito barulho, muita bebida, muita gente desconfortável também, e nada parecia melhor do que esquecer a celebração desnecessária e ficar em casa. 

Ambos já haviam tomado sua cota de bebida diária, algumas taças de vinho eram mais do que suficientes, e pra quem não tinha costume, já estavam ficando um pouco tontos.  O moreno menor, Kaya, segurava o amigo pelo braço, quando por fim soltou a sentar no sofá. 
- Temos que parar de ir nessas festas.
- Concordo. Mas bem, você sabe porque eu fui.
Mana disse, ainda serioso, arrumando os cabelos negros a retirar os acessórios que usava.
- Hum, ele parecia com um pouco de ciuminho de você. Mas ainda acho que você deveria procurar outra pessoa, se ele foi um idiota e foi embora.
- O ego dele é muito inflado, esse é o problema dele. – Disse o maior num suspiro, e sentou-se no sofá ao lado do amigo. – Se ele não fosse assim, quem sabe ainda estaríamos juntos.
- Alguém da imprensa sabe?
- Nem pensar. Não vou tocar no nome dele nunca mais, se bem que... Eu nem falo nada. 
Kaya riu e negativou, observando-o de perto por um instante, estendeu a mão apenas para ajeitar o colar que o outro usava, que estava solto.
- Bem, acho que devemos tirar essas roupas, não? Não aguento mais esse vestido. 
- Também, pra que você usa algo tão pesado assim?
- Pelo mesmo motivo que você usa, ficar bonito. 
O maior deu um sorrisinho, sutil, apenas erguendo o canto dos lábios.
- Sabe, você me deu uma ideia, eu ia adorar ver como você ficaria com uns figurinos antigos meus. 
- Eh? Não seja bobo, eu não vou entrar num vestido seu.
- Temos exatamente o mesmo peso, dramático. Venha. 
O menos uniu as sobrancelhas conforme fora puxado pelo braço e se levantou, se arrastando até o quarto do amigo, que até então não havia visto antes. Ao entrar, notou os tons de preto e azul cobrindo desde o chão até as paredes, os móveis, pequenos adereços nas gavetas, tinham formato de cruz, na parede alguns prêmios ganhos pela banda, molduras com revistas, fotos, tudo que dizia respeito ao guitarrista.
- Nossa... Quem dera ter uma parede de prêmios assim.
- Um dia você vai ter, e eu vou te ajudar, sabe disso. Aquela banda sua e do Hora vai acontecer, você vai ver.
- Eu espero que sim... Nossa, será que eu posso morar aqui?
Mana negativou, cortes, mexendo no armário a retirar algumas peças de roupa, colocando sobre a cama, já o outro, caminhava até o local, desviando o olhar das decorações até a roupinha preta, minúscula colocada ali.
- Ah, você não vai me fazer vestir essa roupa.
- Ah, eu vou sim. 
- Sério, Mana, Illuminati
- Sério. O que tem?
- Fica bom em você, mas em mim... 
- Vai, tira a roupa.
- Eh?!
- Tira a roupa, me deixa ver você com o vestido.
- N-Na sua frente? 
- Claro, somos amigos. 
- M-Mana-chan, isso não...
Mana estreitou os olhos, irritado com a demora do outro e em suas costas abriu seu vestido, puxando-o para baixo, rápido, porém cuidadoso para não rasgar nenhuma parte. Kaya uniu as sobrancelhas, desconfortável e cobriu o corpo com uma das mãos.
- Kaya-kun, está cobrindo o que? Você não tem seios e não tirei sua roupa íntima.
O menor negativou, corado e pegou o vestido sobre a cama, colocando-o sobre o corpo, sem vestir.
- Ta vendo? Horrível.
- Coloca logo isso e para de drama. 
O maior segurou o vestido, ajudando-o a colocar em suas pernas, bem delineadas pela meia preta e fechou o vestido em suas costas ao fim, afastando-se a observá-lo.
- Não falei? Você está tão bonito.
- Que mentira. 
- É verdade, se olhe no espelho. Infelizmente só não tão bom quanto eu. Você está mais para o vermelho.
Kaya desviou o olhar a ele e arqueou a sobrancelha.
-  Ah é? Riu. Bem, você tem razão, preto e azul combinam com você.                        
- Mas veja-se, gosta do que vê?
O menor observou-se no espelho, embora silencioso por um tempo. 
- Talvez... Não me acho muito bonito.                        
- Hum, então se monte até que encontre a beleza que quer encontrar.                        
O vocalista desviou novamente o olhar ao outro, com um pequeno sorriso nos lábios e assentiu. 
- Nunca serei como você.                       
- Com esse tipo de pensamento auto piedoso certamente não. Vamos, você está indo bem, em breve estará cantando e se vestindo como quer. 
Disse o maior e caminhou ao menor, tomou um adereço de cabelos e encaixou sobre seus fios negros e curtos, com uma brilhante rosa azul, uma curta corrente de pérolas negras e uma cruz solitária na ponta.                 
O menor observou o pequeno acessório nos cabelos e virou-se a dar um sorrisinho a ele, sentia-se envergonhado perto dele por algum motivo, talvez, admiração, algo que fazia o coração bater mais lentamente quando estava perto dele, assim como a respiração, pausada. 
- Por que você continua tentando com ele?
-  Gackt? – Mana indagou sem a certeza do que falava, uma vez que se virava de repente e perguntava da mesma maneira.    
- Hai. Por quê?                        
- Não estou tentando reconquista-lo, se é como pensa. Na verdade tento mostrar a ele que não precisamos dele. Quero que ele saiba disso, quero que ele perceba que não sou eu quem precisa dele.                        
- Sabe que ele é um idiota. Então, vamos parar de ir a festas, hum?                        
- Festas nunca foram para mim, não faço questão. Prefiro meu vinho bom e minha casa de bom gosto. Fui nessa só porque queria te ver.
Kaya sorriu meio de canto e assentiu, entregando a ele sua roupa curta.
-  Quer que eu vista mais alguma coisa?                        
- Por que não tenta escolher algum que tenha pensado em provar? Aproveite enquanto estou querendo brincar de bonecas.                        
- Ah, eu sou sua boneca, é? Que maldade. – O menor falou num riso baixo e negativou, observando os vestidos na cama e pegou um igualmente preto, com pequenas cruzes e detalhes em branco. - Hum, sempre gostei desse.                        
- Qual o problema em ser uma boneca, hum? Elas podem ser muito mais bem cuidadas. Sempre bonitas, caladas, não envelhecem e tem o amor de seu dono. Vejo vantagem. Você gosta de um toque mais doce nas roupas.
-  Hum, você gostaria de ser uma boneca, então? - Disse num sorrisinho. - É, gosto quando elas são angelicais.
- Não pareceu claro o suficiente? 
Mana disse, quase como se estivesse estupefato com a questão, embora normalmente estivesse com uma feição neutra o suficiente para expor em tom de voz o que queria de fato denunciar sem a expressão.     
- Hum... Certo, então vou coloca-lo numa caixinha de vidro e deixar na minha estante.   - Infelizmente estarei envelhecendo numa estante. Posso ser uma boneca com o privilégio de escolher o que fazer.
Kaya riu e negativou. 
- Bem, não se preocupe com envelhecer, você está ótimo.                        
- Talvez eu devesse tentar um pacto.                        
- Fala como se você já não tivesse um pacto. 
- Ainda não, quero o mérito por minhas conquistas. Já a beleza, bom.                        
O menor riu novamente.
- Pare com isso, é o homem mais bonito que eu conheço.                        
- E você me vê como um? – Mana não precisou rir para denunciar o ar risonho que tinha num breve e curto sorriso canteiro.
-  Bem... O vejo sim. - Riu. - É uma pena que não seja ativo.                        
- O que há com essa frase? Talvez meu corpo seja tão bom de vestir quanto minhas roupas?
Kaya desviou o olhar a ele num sorrisinho e negativou. 
- Não se ofenda. Eu só quis dizer o óbvio. Bons homens ou são passivos ou casados. - Riu.- O que te faz pensar que eu poderia ser um bom homem? Se está tentando conseguir sexo não precisa analisar meu perfil, é só pedir.                        
O menor arqueou uma das sobrancelhas e negativou, rindo baixinho e buscou o próprio vestido. 
- Iie, acho que... Acho que você bebeu demais, eu vou... Vou pra casa.                        
- Não estou bêbado, estou sendo claro. Está tentando falar sobre minha posição sexual, estou dizendo que podemos transar, já que você não quer pedir, mas quer fazer.Kaya uniu as sobrancelhas dessa vez e observou-o por alguns instantes.
- ... Nós... Somos amigos e bem, somos dois passivos.                        
- Uh. – Mana passeou aos arredores do amigo, de sua frente até que retomasse postura atrás de seu corpo e pousou as mãos rendadas pelas luvas em seus ombros nus. - E você acha que a vontade de afirmação escancarada de Gackt não é com alguma razão?
Kaya permaneceu parado ao ouvi-lo e por fim virou-se sutilmente, observando-o atrás de si. 
- Está falando sério?                        
- Gackt gosta de dominatrix. Gosta de enroscar suas pernas em torno de meus quadris sob uma saia volumosa. Gosta de seus olhos vendados e a língua contida por uma mordaça. É isso que o faz especial, gosto de ferir seu orgulho na cama.
O menor o ouvia em silêncio, embora quanto mais o som da voz dele ecoasse pelos próprios ouvidos, mais estranho aquilo tudo ficava, e podia sentir o arrepio na espinha conforme ouviu sua voz rouca soar nas próprias costas.
- ... Eu... Nem sei o que dizer.                        
- Uh, então não tente se aprofundar num terreno que te pareça tão raso. Se você cavar, você vai achar muito mais.
- Nossa eu... Nunca iria imaginar isso. Disse, e de alguma forma, nunca o havia imaginado daquele modo, mas parecia excitante, e a roupa já marcava o quanto achava interessante.
- ... Eu... Posso usar seu banheiro?                        
- Pretende ser conter em meu banheiro?                        
Kaya abaixou a cabeça.
-  Desculpe. - Riu.                        
- Podemos tentar. Claro que nunca me imaginei com um garoto tão afeminado, mas seu corpo ainda é masculino o bastante.                        
O menor arqueou uma das sobrancelhas. 
- Isso é desconfortável. - Sorriu e negativou.
- Vestá duro então não está tão desconfortável assim. Quer ou não quer?                        
- Hai... - Falou, pouco tímido e desviou o olhar a ele.                        
- Então tire o resto da roupa e vá para a cama. – Mana deslizou a mão de seus ombros até que pensassem as laterais do próprio corpo.               
Kaya assentiu, de modo sutil e deixou de lado o próprio vestido.
- Isso, fica só entre nós, não é?                        
- Pareço alguém que sai falando sobre sexo com qualquer um? 
O maior disse e caminhou pelo quarto até a penteadeira onde deixou as luvas, tirando uma após outra puxando-as pelo dedo anelar. 
-  ... Bem, nem falar com ninguém você fala, então acredito em você.
Kaya disse e retirou as luvas que igualmente usava, soltando o pequeno enfeite de cabelo a deixá-lo de lado, havia realmente gostado dele, e soltou os cabelos do pequeno laço, deixando-os cair sobre os ombros, gostaria apenas de remover os cílios postiços, ou a maquiagem, o que ele achasse muito feminino em si.
-  ... Quer que eu tire a maquiagem?                        
- Não, pode ficar com a maquiagem. Mas tire a roupa íntima.                        
- Hai...
Kaya desviou o olhar para a roupa íntima preta que usava e igualmente a retirou, deixando junto das outras roupas, e embora estivesse um pouco acanhado por ser amigo dele, deitou-se na cama. 
- A-As meias?
-  Não é preciso. Você pode se tocar. – Mana indicou e puxou vagarosamente a poltrona onde parou fronte a cama, em distância não demasiada e se sentou para assisti-lo.Kaya desviou o olhar a ele, em sua pouca distância e curioso tentou imaginar o que ele queria, era estranho, nunca conseguia entendê-lo, parecia de certa forma, enigmático até mesmo para si.
- ... Me masturbar? 
Disse o menor, e havia entendido, mas queria confirmar e desviou o olhar ao próprio sexo, deslizando uma das mãos até o local, segurando-o entre os dedos, e parecia tão estranho fazer aquilo na frente dele que soltou-se quase em seguida.
- Sim, se masturbe. Me deixe ver sua ereção. 
Mana retrucou e viu enlaçar o sexo com seus dedos finos e de unhas decoradas, tentando buscar descobrir se sentia atração por seu comportamento feminino. Soltou-se no entanto brevemente.
- Qual o problema?
-  Isso é meio constrangedor. - Disse num pequeno sorriso. - Eu gosto de você, mas... Você é meu amigo. – Kaya negativou consigo mesmo, observando-se, porém por fim acabou por tocar-se novamente.                        
- E qual o intuito desse comentário? Está dizendo que não quer fazer isso? -
Mana retrucou-o novamente, fitando com o habitual olhar reto, impassível. Viu-o continuar no entanto, ainda assim esperou pela resposta.                  
- Iie... De alguma forma, você me excita. De uma forma estranha.
O menor disse e até então não havia reparado naquilo, mas era um fato. Moveu a mão, tocando-se devagar, massageando o próprio sexo, e ainda mantinha o olhar fixo na face dele, em suas expressões, e seu batom azul, que tanto gostava.                        
- É, talvez você seja lésbico. – Mana sugeriu, não a sério no entanto. - Gosta de minha saia?                        
Kaya riu e negativou.
- Gosto da sua roupa inteira.                        
- Então imagine que vou comer você usando essa saia e de salto.                        
O menor sentiu um suave arrepio pela coluna ao ouvi-lo, ao mesmo tempo que achou graça na frase por ser um pouco absurda a ideia e mordeu o lábio inferior, agilizando os movimentos que fazia com a mão.                        
- Me diz o que você costuma fazer quando vai pra cama com alguém, Kaya-kun
O maior indagou enquanto ainda corria a direção visual por seu corpo como o hábil caminho de sua mão ao se masturbar. Kaya desviou o olhar a ele com um pequeno sorriso nos lábios, um pouco tímido. 
- Bom, eu... Só fui pra cama com um rapaz na vida.                        
- E você esperava pelo que? Que tipo de sexo você quer fazer?
-  Não sei... Me ensine. - Disse a observá-lo. - Você parece ser bom nisso.                        
- Gostamos de coisas diferentes, eu suponho. 
Mana disse e levou as mãos ao adorno que usava no pescoço, sob os cabelos o desabotoou, livrando a gola da camisa escura que vestia, sendo assim abriu os botões iniciais dela, até que chegassem ao limite da saia de cós alto. 
Kaya observou-o silencioso enquanto retirava sua roupa, e era tão bonito que não sabia descrever, parecia um sonho poder fazer aquilo com ele. Soltou-se por fim, agarrando o lençol da cama dele com a mão livre e mordeu o lábio mais uma vez. 
- ... Então faça comigo como fazia com o Gackt.                        
No espaço da camisa, Mana dava vazão a vista plana do peito sem qualquer volume. Mas não mexeu em qualquer peça se não a roupa íntima, que tirou por baixo da saia não muito longa, passou por cada um dos saltos em vinil e deixou por hora num canto qualquer do chão com carpete.
 - Não quero pensar nele, posso acabar matando você em minha cama. - Sorriu como podia, num típico leve arqueio no canto dos lábios bem delineados com azul.
Kaya observou-o silencioso ainda, deixando o sexo descansar sobre o baixo ventre, pedindo pelos toques, mas não daria, esperaria por ele. Um arrepio percorreu o corpo, novamente ao vê-lo retirar a roupa íntima e a fitou, curioso, cessando somente ao notar que usava uma boxer, igual a própria.
- ... Iie, quero fazer com você como fazia com ele, mas quero que pense em mim, quero que pense em mim como homem, se é o que você gosta.  - Murmurou, e estendeu uma das mãos a ele.                        
Mana ouviu os pedidos do rapaz, e ele parecia ainda mais delicado agora sobre a cama, não sobre seu corpo mas seu comportamento, era quase um adolescente afinal. 
- Gosta de sexo oral, Kaya-kun? - Indagou e não o tocou na mão estendida por hora.O menor uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e deu um sorriso a ele. 
- Acho que todo homem gosta, não?                        
-  Então já pode vir fazer. – Disse o maior e sentado onde permanecia, abriu as pernas ainda parcialmente escondidas sob a saia.                   
- Ah, hai... - Assentiu num sorrisinho e levantou-se, seguindo até ele em sua poltrona bonita e ajoelhou-se entre suas pernas. - Posso?                        
- Claro. 
Disse o mais alto ao fita-lo e em sua chegada tocou a barra da saia, erguendo-a o suficiente para deixa-lo continuar. Sobre uma de suas pernas flexionadas apoiou um dos pés ainda calçados, apoiando-se em sua coxa.
Kaya assentiu ao ouvi-lo, vendo seus movimentos vagarosos. Fitou abaixo de sua saia, notando o tamanho do sexo que certamente, não imaginaria nele, mas era atraente para si. Deslizou uma das mãos por uma das coxas dele, sentindo a textura gostosa da meia preta que o outro usava igualmente a si, e ao fim, sentiu sua coxa, macia, teve até vontade de morder. Escondeu-se embaixo da saia dele, o pouco que ainda restou dela e tocou-o com a língua no sexo, antes mesmo se tocá-lo com a mão, descobrindo-o ainda, descobria tudo, era muito novo ainda nos dezoito anos que tinha.
Mana assistia-o se imergir entre os tecidos em preto, a destacar a diferença junto a sua pele alva. Aos poucos seu rosto jovial era coberto até que restasse a vista de suas costas nuas e não tão estreitas. Tocou a barra da saia e ajeitou-a sobre seus cabelos, cobrindo-o como se lhe desse um espaço íntimo e pessoal. Tão logo o toque quente de sua língua deu um agrado ao sexo, que em seus lábios o cumprimentou com um leve espasmo. Ao se desencostar da poltrona, tocou suas costas nuas e deslizou com as unhas sem demasiado comprimento, sentindo a pele suave. Curvou-se na tentativa de alcançar suas nádegas, mas interrompeu antes que perdesse o estímulo abaixo da saia, só então voltou a se acomodar no encosto estofado. 
- Gostoso, Kaya?                        
O menor suspirou, e o sentia quente, mesmo que ainda não o tivesse colocado na boca, sabia que ele estava quente. Podia sentir também, sua pele macia, gostosa, e queria tocá-lo mais, queria tocá-lo de qualquer forma. Lambeu-o novamente, sentindo suas unhas pelas costas e estremeceu, assentindo a sua pergunta e fora quando o afundou na boca, colocando-o devagar até o cobrir quase por inteiro, cessou quando incomodou a garganta.
Mana sentiu-se imerso por sua boca, quase como ele no interior do vestido, embora pudesse se aprofundar ainda mais, tendo a surpresa de receber o sexo oral gostoso de um garoto que dizia ter dormido com um só homem. Afundou-se a seu bel-prazer, sentindo sua saliva quente e o pouco espaço em sua garganta. 
- Faz bem. - Disse e levou a mão até o queixo dele, tocando em sua face embora não pudesse vê-lo entre os tecidos que o cobria.
Kaya manteve-se atencioso ao que fazia, embora ouvir a voz dele, mesmo abafada fosse para si, excitante. Sabia que ele não costumava falar, então parecia um privilégio ouvi-lo falar consigo, cada palavra dele, mesmo que não tivesse uma conotação tão sexual. Sentiu o corpo dolorido conforme iniciava um suave movimento de vai e vem, colocando-o e retirando-o da boca, também fora obrigado a segurar o próprio sexo entre os dedos, agora escondido por sua saia, não seria visto por ele se quisesse se tocar, e gemeu suave contra o membro dele.
O leve movimento de suas costas não deixava passar sua atividade desapercebida, o ombro denunciava um ritmo leve e pela forma como fazia, estava a se masturbar. Com a mão em seu rosto escondido, o maior deslizou sobre seus lábios desencostados, espaçados a medida em que recebia a ereção em sua boca, com o polegar delineou seu inferior e ao passar o toque até seu pescoço, tocou a garganta sentindo sua atividade de sucção e passou tão logo até a nuca, sob os cabelos médios escuros foi por onde o puxou a direção do ventre, intensificando seu ritmo de vaivém.
O menor suspirou, sentindo o toque de seu dedo sobre os lábios e estremeceu, excitado conforme o sentia, conforme sabia que era ele, e só então notava que o queria de fato, mesmo sendo o próprio amigo. Nunca tinha notado aquele interesse nele. Agilizou os movimentos conforme o sentiu empurrar a si, e massageou suas coxas, apertando-as, sentindo a meia e o tecido fino.
- Saboroso, Kaya-kun
Mana indagou, quase afável, como se não estivessem fazendo algo sexual. Os dedos em sua nuca subiram aos fios negros e enroscou-os com firmeza apertando por onde continuava a impor sobre o ventre o mais jovem. Quando voltou a soltá-lo, ergueu ambas as pernas e voltou-as em torno de seu pescoço, usando o breve enlace para puxa-lo com as coxas.
Kaya retirou-o dos lábios por um pequeno momento.
- Hai... É gostoso. 
Falou a ele, colocando-o novamente na boca e sugou-o, com vontade, como queria, sentindo seu sabor, e nunca o havia sentido mesmo com algum outro homem. Porém cessou brevemente quando o sentiu puxar a si pelas coxas, arregalou os olhos e novamente o afundou na boca, unindo as sobrancelhas conforme o sentiu no limite da garganta.
- Hum!                        
O riso soou abafado na garganta do maior, era sutil, mas evidentemente divertido sob o protesto de sua garganta que travava e o gemido alertado do rapaz. 
- O que? Estou muito grande pra você?                        
Kaya uniu as sobrancelhas e tentou se afastar, sentindo o aperto dele ao redor do pescoço.
- Hum.                        
O maior vagarosamente afrouxou o enlace, dando espaço ao rapaz para enfim retomar seu vaivém. No entanto, tomou a barra da saia e trouxe-a ao início das coxas, dando vista do mais novo e suas bochechas rosadas, fosse afetado pelo vinho, um adorno da maquiagem ou então o ato sexual. O menor gemeu contra o sexo que tinha na boca, desviando o olhar a ele e estremeceu mais uma vez, percebendo que agora estava descoberto, podendo vê-lo e ele a si. Deu uma leve mordida nele e retirou-o da boca. 
- Kimochi?
Mana sentiu um tênue arrepio nas coxas que se estendeu à virilha. Tomava-o ainda entre as coxas, empurrando-o com os calcanhares sobre sua espinha dorsal nua e com as medianas unhas azuladas tomou seu rosto e deslizou nas laterais empurrando para trás seus cabelos negros e encaixou as mechas atrás de suas orelhas pouco adornadas. 
- Venha, já chega. - Disse-lhe ao enfim soltá-lo das pernas. - Me deixe ver que você tem um pau.
Kaya observou-o silencioso enquanto tocava a si e assentiu por fim, levantando-se a ficar de frente para ele e expôs o próprio sexo, como ele queria ver, excitado, duro.
O maior passeou a vista por seu corpo ao se levantar, correndo pelo dorso plano, um tronco magro e de estrutura delgada onde repousou as mãos e deslizou pela cintura sem curvas até os quadris. Trouxe-o para si e expôs suavemente a língua entre os lábios, delineou seu umbigo e desceu até as virilhas. Com uma das mãos alcançou seu sexo, enlaçou sem firmeza e sentiu a suavidade da cútis, tão logo separou as extremidades dos lábios e penetrou-o na boca sem recato e tocou com a língua o suficiente para não toca-lo com os lábios, não ficaria sem batom.
O vocalista observou-o enquanto deslizava as mãos pelo próprio corpo e preparou-se para o movimento dele que viria ao colocar a si na boca, a expectativa era a melhor parte, também nunca havia feito aquilo com ninguém. O gemido suave deixou os lábios conforme o sentiu afundar a si em seus lábios e inclinou o pescoço para trás, deslizando uma das mãos pelos cabelos do amigo.
- Ah... M-Mana...
Com a mão que permanecia no tronco dele, Mana deslizou da cintura até o quadril sem ancas denotadas, passou em sua nádega firme e apalpou com firmeza na ponta dos dedos, saudando-o com as unhas que embora não fossem linhas, tinha tamanho suficiente com a força certa. Fechou os olhos então, apreciando sua textura agradável e o sabor intenso o qual podia perceber em gotejos de sua expectativa na própria língua.
O suspiro deixou os lábios do menor junto do novo gemido e desviou o olhar a ele, tentando observá-lo enquanto dava aquele toque para si, tentava ver sua boca, sua língua, mas não enxergava, só podia ver marcas sutis do batom azul, que foram deixadas na própria pele a medida em que ele retirava a si da boca.
- Ah... M-Mana, eu...                       
Mana reabriu as pálpebras escurecidas pela maquiagem, voltando os olhos tão negros quanto a sombra, fitando-o de baixo como estava e percorreu a mão ainda em seu traseiro, alcançado o espaço entre as nádegas, imergiu um dos dedos a tocar em seu âmago a sentir o corpo superficialmente, e entre espasmos suaves ele parecia saudar igualmente a própria chegada. Correu com a língua em sua pele úmida e quente, até que o tirasse da boca. 
- Vai gozar antes que eu coloque qualquer coisa em você?                        
Kaya desviou o olhar a ele, fitando seus olhos bonitos, e se sentia até um pouco intimidado pelo olhar, teve que desviar o próprio, que voltou a ele num leve sobressalto conforme o sentiu tocar a si entre as nádegas e estremeceu. 
- Desculpe, eu não costumo fazer isso, então...                        
- Seus homens não saboreiam você? 
O guitarrista indagou em suas desculpas e voltou a expor a língua, roçou-a em seu sexo ainda endurecido porém sem imergi-lo a boca e o dedo sorrateiro continuou em sua parte tímida, resvalou na menção de entrar mas interrompeu para tocar o próprio dedo com a língua, umedeceu o dígito médio e tão logo retomou o caminho, embora não fosse suficiente, já era um bom começo, não era um virgem afinal. 
- Ore iku
Sussurrou e voltou a lamber seu sexo firme, penetra-lo na boca, assim como penetrou com o dedo em seu âmago, certamente mais difícil que a invasão na boca. Kaya sorriu e negativou. 
- Se um dia eu for tão famoso quanto você, talvez tenha homens que façam isso por mim. 
Murmurou e estremeceu novamente com o toque de sua língua, firme contra o sexo, segurou os cabelos lisos dele entre os dedos, puxando-os suavemente, sem intenção de machucá-lo ou chamar sua atenção, apenas o observava, era ousado, gostava disso, nunca havia conhecido aquele lado do amigo. Manteve-se firme ao sentir o dedo dele entre as nádegas, sabia exatamente o que ele faria, e não iria impedi-lo, gostava daquilo. Um gemido dolorido deixou os lábios, baixo, na voz grossa que tinha e mordeu o lábio inferior.- Não seja grosseiro. Acha que não conseguiria homens se não fosse famoso? Devo dizer, Kaya-kun, nesse ramo se consegue mais mulheres do que homens. 
Mana retrucou e então penetrou o dedo nada gentil, que atingiu profundidade por toda a extensão e sentia-o retesar, entre espasmos que oscilavam entre expulsar ou sugar seu invasor.             
- Obviamente você não, mas eu sim. – Kaya disse num risinho a ele, porém cessou ao senti-lo empurrar o dedo para si, inclinou-se e apoiou-se no estofado, atrás dele, sufocando um gemido mais alto na garganta. - Ah... 
- Agora sim você pode me dizer que isso te faz gozar. 
Disse o maior ao moreno e com sua proximidade à face, aspirou o cheiro em seu pescoço, tinha um perfume feminino. Desceu ao peito e com a ponta da língua tocou seu mamilo a delinea-lo com firmeza, sem que em sua pele tocasse os lábios que perduravam o batom.
Kaya uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo, e ele era maldoso como havia dito, estava dolorido, estremeceu, sufocando um gemido na garganta e apreciou o pequeno toque no mamilo. Abandonou a vergonha que tinha, ou tentou fazê-lo e guiou uma das mãos ao sexo dele novamente, segurando-o em meio aos dedos e apertou-o, sem firmeza, masturbando-o como antes fazia consigo. 
- N-Não vai entrar no meu corpo?                       
Mana ergueu a direção visual ao ouvi-lo, até então desatencioso a qualquer outro ponto com o foco na atividade que fazia. Deu espaço nas pernas ao sentir o toque tímido de sua mão e empurrou o quadril de modo que não fosse necessário dizer que preferia um toque firme. 
- Me quer dentro do seu corpo, ah? - Indagou a soar junto a sua pele. E com um leve movimento circular empunhava o dígito em seu interior. 
-  Bem, você me ofereceu... 
O menor murmurou e apertou-o em meio aos dedos, num sorrisinho tímido, iniciando um vai e vem, massageando-o, estimulando-o e deitou-o com o dedo no próprio interior, porém, empurrou-o para recostar sobre o estofado novamente, sentando-se sobre o colo dele, porém, erguido com a ajuda das pernas. 
- Não estou pedindo para me lembrar, você tem que me dizer que você quer. 
O guitarrista retrucou ao garoto e afastou-se conforme a imposição de suas mãos. Fitou cada coxa colocada as laterais do corpo e retirou o dígito invasivo de seu interior a tocar suas pernas cobertas pelo fio macio das meias. Toque esse que não durou, e ao tê-lo parado a frente, com os quadris mais altos, passou um dos braços em meio as suas coxas, alcançando sua nádega pela frente do corpo desta vez e com a mão desocupada o enlaçou em sua ereção já menos endurecida, talvez pela breve penetração. 
- Diga que quer sentar.
O vocalista desviou o olhar a ele, conforme havia retirado o dedo de si e uniu as sobrancelhas, confuso, porém entendeu pouco tempo depois, conforme o sentiu deslizar a mão por dentro da coxa para as próprias nádegas, roçou-se nele, suavemente, e queria de alguma forma, parecer alguém que entendia sobre aquilo, mas estava um pouco desconfortável por ser a segunda vez, e por ser com ele que o fazia, queria ser impressionante, embora não conseguisse ao todo.
-  ... Quero sentar.
-  Seja específico, eu colo eu dou a qualquer um. 
Mana retrucou após ouvi-lo e em seu interior formulava o mesmo ritmo, era um vaivém sem rapidez, mas era firme. Erguera a seu rosto a direção visual, percorrendo o caminho por seu tronco e seu abdome flexionado, afetado pelos toques. Kaya mordeu o lábio mais uma vez conforme o sentia se mexer, e daquele modo, se sentia dolorido, excitado, sabia que não iria aguentar muito tempo.
- ... Quero sentar no seu pau.                        
- Então ergue a minha saia, me coloque nos seus dedos e então sente-se no meu pau. 
O maior disse e só então interrompeu o estímulo manual que lhe provia. Tirou os dedos preliminares e mesmo abandonou sua ereção levemente lubrificada.
Kaya assentiu a ele e embora a face tivesse o tom vermelho, ergueu a roupa dele como indicado, agarrando-a entre os dedos e segurou o sexo do outro com a mão livre. Guiou-se sobre as pernas dele, roçando-o ao próprio corpo e a outra mão guiou sobre o ombro dele.

- ... Devagar?                       
-  Tudo depende da sua fome. – O maior retrucou a sua pergunta e já sentia a parte íntima quente de seu corpo ainda não penetrado, beirando o início do sexo, bem disposto a penetra-lo. 
Kaya sorriu a ele meio de canto, e devagar empurrou-se para ele, deixando-o adentrar o corpo, devagar, forçando-o para dentro e ainda achava aquela situação inusitada, apesar de gostosa. O gemido dolorido deixou os lábios, embora prazeroso e abaixou a cabeça, repousando a face sobre o ombro do amigo.                        
Diferente dele, Mana continuava com os olhos abertos ainda que levemente franzidos, afetado pela sensação de seu cálido corpo ao redor do sexo a ser apertado por suas paredes íntimas. Levou as mãos em seus quadris estreitos e o ajudou a enfim se sentar completamente uma vez que o puxou para o colo e sentiu seu pouco peso completamente acomodado nas coxas.
- Gosta dele, ah? - Indagou e soou um tanto rouco, mas não teve delongas para então mover seus quadris em um suave arrastar no colo, o que podia não fazer se levantar, mas um tênue vaivém. 
O menor apertou o ombro do amigo, arranhando-o com as unhas compridas e negras, queria poder dizer algo a ele, tinha algumas coisas a dizer, mas tudo estava parado na garganta, ainda pensava no modo como ele havia falado consigo antes, e sobre quem ele realmente era agora, diferente do que pensava. 
- ... Hai... Ah... 
Gemeu novamente conforme o sentiu mover a si e observou-o a se afastar de seu pescoço, observava seu rosto bonito, bem delineado pelos tons escuros da maquiagem e quis beijá-lo, mas não sabia se podia, então aproximou-se o quanto pôde, sem tocá-lo realmente.
- Não quero tirar o batom. 
O guitarrista disse e podia sentir sua respiração morna na proximidade em que se pôs. No entanto passou a língua entre os lábios e lambeu os seus sem que encostassem.  Já as mãos repousou em suas coxas lisas pelas meias, mas subiu aos quadris e passou até as costelas, sentindo sua forma física estreita, seu peito sem volume onde com os dedos, indicador e médio, o prendeu e levemente puxou antes de subir ao pescoço e segurar os fios finos em sua nuca.
- Se veio por cima, posso deduzir que vai me dar uma boa cavalgada.
- Hum... Eu passo de novo em você depois. – Kaya disse a ele num sorriso e deixou escapar um gemido suave conforme o toque na nuca, gostava de toques ali. - Hai... 
Disse num sorrisinho na tentativa de ser descontraído e ergueu-se, voltando a se sentar sobre o colo dele e  sentiu todo o caminho de seu sexo a sair e adentrar o corpo novamente, o arrepio tocou suavemente as costas, expondo o agrado e aos poucos passou a se mover, cavalgando sobre ele como havia pedido, firme.
Com a mão desocupada, Mana desceu para baixo de sua coxa, deslizou para a nádega onde deu apoio e sustentou seu ritmo, o ajudando com a firmeza, mas não durou por lá, tal como a outra, trouxe-as em sua pelve marcada onde tomou facilidade para move-lo assim como se moveu embaixo dele, tornando o atrito mais intenso. 
- O que há? Só está percebendo agora que realmente tenho um pau que gosto de usar? - Indagou a soar baixo mas era audível embora levemente rouco.               
Kaya apertou-o em seu ombro conforme se movia, agilizando aos poucos os movimentos e estremecia, sentindo-o atingir a si no fundo, bem onde gostava. 
- É muito estranho pensar em você... Ah... Com um pau, mas... Ele é tão bom. – O menor falou e beijou-o em seu pescoço, sem se importar com o batom vermelho que usava. - Quer me chicotear como fazia com ele? - Disse num risinho.
- Não o chicoteava. Eu o amarrava e atava sua boca. Atava suas mãos às costas e prendia o nó no alto, fazia-o estar de quatro e deixava excitado sem poder ser penetrado por algum tempo. Muitas vezes o fazia gozar sozinho na cama, só com sua expectativa. - O maior sorriu ao amigo diante da lembrança, não por querê-lo novamente, mas por saber que atordoava o mais novo enquanto se recordava do orgulho tirado do ex companheiro.  - Sei que ele vai ter problemas em encontrar alguém em quem possa confiar todo seu corpo novamente e isso é o maior prazer que eu posso sentir, mais do que o ato sexual em si. É o mesmo prazer que sinto ao olhar seu rosto incrédulo, um pouco inseguro e muito curioso.
Kaya observou-o, curioso com sua frase, embora um pouco boquiaberto com a imaginação que tinha do ato, até cessou os movimentos por um pequeno tempo, porém retomou em seguida, buscando satisfazer aquela pequena onda de prazer que tinha ao imaginá-lo sendo o ativo do outro e mordeu o lábio inferior suavemente. 
- Me parece excitante.
- Parece, hum? Queria assistir, Kaya-kun
Mana retrucou e então sobre o salto generoso dos calçados se pôs em pé, tal qual levou o garoto consigo e o jogou para a cama onde decaiu com seu corpo e voltou a erguer a saia, expôs as coxas, como a ereção úmida por seu corpo, levemente rubra por seu corpo sem costume e agora se fazia deliberadamente entre suas pernas, onde os movimentos eram mais hábeis. Apoiou as mãos em cada lateral de seu corpo e o fitou por cima, deu-lhe algum tempo de expectativas enquanto tocara a própria ereção para insinua-la a ele.
- Eu queria... – Kaya falou num sorrisinho sincero e uniu as sobrancelhas conforme havia se levantado, guiando a si para a cama. Deitou-se e agarrou-se ao lençol, observando-o a erguer sua saia, e parecia muito grande, muito quente, muito desconfortável para usar aquilo enquanto fazia sexo, mas era sensual de todo modo. - ... Não está com calor? - Disse a deslizar uma das mãos pela face dele, acariciando-o, sentindo a curva de seu rosto.
Mana negou sob o toque morno de sua mão, não estava transpirada mas denunciava um pouco de seu nervosismo. Encarava-o embaixo de si enquanto ainda nos dedos movia o sexo, masturbando-se conforme abaixava os quadris para ele. Roçou-se em seu corpo onde antes o penetrava, no entanto não fez. Com um hábil movimento interrompeu o que fazia para tomar seus braços e vira-lo de costas. 
- Gosto de comer de quatro.                        
O menor suspirou e mordeu novamente o lábio inferior, ele era tão bom, queria poder ter feito aquilo com ele antes. Observava seus movimentos a se masturbar e excitava-se ainda mais, sentia a pele arrepiar, o coração bater firme no peito, droga, como queria tocá-lo. Observava-o com tanto interesse, que nem havia notado quando fora virado de costas. Agarrou-se na cama, no lençol e uniu as sobrancelhas. 
- ... Ah.
- Não gosta de quatro? – O guitarrista indagou diante de sua compreensão frouxa. - Assim você vai sentir ele bem no fundo e isso pode doer um pouco, mas sabe que a dor está bem próxima do prazer. 
Disse o maior e enfim tomou seus quadris, levou-se a penetra-lo outra vez com ajuda da mão e entrou sem pedir licença, imergiu em seu corpo e o sentiu com a mesma profundidade com que lhe descreveu.
- Isso... Não é bom? - Retrucou e soou um pouco soprado, afetado pela penetração .
Kaya sentiu um arrepio percorrer o corpo conforme o ouviu, cada palavra rouca dele, sabia exatamente como excitar a si, e negativou ao ouvi-lo, meio desajeitado. 
- E-Eu gosto... 
Disse, porém cessou a fala conforme ouviu sua observação, e quase podia sentir a sensação antes dele entrar, a expectativa. Gemeu, sem nem perceber, e o sentiu deslizar para dentro de si, dolorido, gostoso, exatamente como havia imaginado. 
- M-Mana... sama... - Murmurou, como não tinha tanto costume, mas como os outros o chamavam e gemeu novamente, prazeroso, quase nem denotava a suave dor que sentia, o prazer a engolia.                        
- Quer que eu coloque com força, hum? 
O maior indagou e segurou seus quadris novamente, uma vez, que já o segura a sentir sua pelve cujos delicados ossos eram perceptíveis. Se moveu sem mesmo receber uma resposta, tomando vigorosamente para si e sucessivamente o vaivém, de modo que suas nádegas firmes estavam ao alcançar as próprias coxas. 
- Eu... Ah! 
O gemido alto deixou os lábios do menor ao senti-lo se empurrar para si e abaixou a cabeça, sentindo os fios negros caírem sobre a face e precisou tomar um pouco de ar para conseguir falar com ele, embora preferisse não falar, e arrepiou-se, deixando-se levar pelos gemidos que escaparam dos lábios. Vez ou outra, empurrava-se de mesmo modo contra o corpo dele.                        
Mana iniciou mutuamente uma vigorosa sequência, sentindo-o retribuir o movimento conforme se jogava para trás. Ao abandonar o posto com uma das mãos, pegou seus cabelos e segurou entre os dígitos firmes enquanto a outra mão mantida, fazia puxa-lo com a mesma intensidade. E adorava ruir de sua pele com a própria, como tapas ao atingi-lo em seu corpo que parecia sugar o próprio entre seus espasmos quando atingia seu ponto sensível. 
- Kaya-kun não transa há muito tempo, ah? Estou sentindo você me sugar com bastante força e parece que seu interior gosta bastante de mim. Só não vá acostuma-lo, não faço sexo lésbico com frequência.                        
O menor sentiu as pernas fraquejarem, e sabia que estava perto do ápice mais uma vez, na verdade, se sentia sempre naquele auge desde que havia começado com ele, mas o queria tanto, que não queria finalizar tão logo, não queria que ele deixasse a si, o corpo, como ele mesmo havia dito, não queria deixá-lo. Deu um pequeno risinho ao ouvi-lo, negativando e inclinou o pescoço para trás conforme o puxão nos cabelos. 
- Você é tão bom, que talvez eu o queira de novo... Mas se não me quiser, paciência. - Falou, cortado por um gemido e contraiu-se ao redor dele. - ... Quero gozar.- Você pode gozar quando eu gozar. 
Mana retrucou a ele, em seu anúncio quase pedinte. Com uma das mãos no entanto, tocou seu sexo e o limitou a apalpa-lo, era quase dolorido mas seguia sempre a linha tênue que o unia com o prazer e embora dificultasse seu clímax, não tirada dolorosamente sua ereção. 
- Gosta de suas costas, Kaya-kun.
Disse ao percebê-las, livres e arqueadas. A mão que antes em seja cabelos levou para sua espinha dorsal e delineou com o indicador, da nuca até o fim, onde com o baixo ventre o violava. Mas repousou em sua cintura, intensificados os movimentos, gozaria nele uma vez que nem haviam se atentado ao preservativo, passou manualmente por seu dorso e no ombro pousou o de teve mais vigor nos solavancos que lhe dera com a pelve, teve de gemer no impulso com a força que lhe deu, e seguiu com uma sequência levando adiante a proximidade do ápice que atingiu e se fluiu no interior do mais novo, ainda sem abandonar sua ereção atordoada nos dedos que sufocavam seu fluxo. Não era ruidoso, mas estremeceu entre leves espasmos que ele poderia sentir, fosse atrás ou dentro de seu corpo. Somente então o soltou dos dolosos dedos.
- Goze.
Kaya uniu as sobrancelhas ao senti-lo apertar a si, aquelas mãos que pareciam tão frágeis, era mais forte do que pensou que fosse. Gemeu, dolorido e encolheu-se ao ouvi-lo falar, sentia o corpo leve por aquela sensação gostosa, ao mesmo tempo dolorida demais, queria deixar o próprio ápice, queria gozar, e não podia, não conseguia. Gemeu mais alto conforme sentiu o movimento dele contra o corpo, tocando a si de modo rude onde gostava e já se agarrava no lençol, puxando-o entre os dedos, sentindo as pernas ainda piores, tremendo, buscando força para se manter apoiado, por fim, quando o sentiu gozar, caiu sobre a cama, sem poder se manter mais e gozou, deixando escapar um gemido pouco mais alto, prazeroso e dolorido, mas tão gostoso. Mordeu o lábio inferior e após mordeu o lençol da cama, contendo-se do modo como podia.
-  ... Ah... K-Kimochi...
Mana ouviu seu timbre mais grave que o normal, talvez revelando sua real potência vocal por vezes suavizada por sua delicadeza. Ousou se mover uma ou duas vezes mais, intensificando seu clímax até se fartar. Quando ele fraquejado sobre a cama, embora tivesse um leve tremor igual nas próprias pernas, conseguia se levantar a ponto de recompor a postura e se alinhar nas roupas femininas antes de então se sentar e tocar sua pele levemente transpirada.
- Gosto do seu gemido, Kaya-kun. Talvez não seja ruim lhe dar um pouco de prazer quando tivermos algumas taças de vinho.                        
O menor suspirou, tentando recuperar a respiração afetada e virou a face a observá-lo, sentindo seu toque suave sobre a pele, até sorriu meio de canto. 
- ... Não devem ser nada agradáveis de se ouvir quando estou excitado... Minha voz é grossa demais. - Falou envergonhado. - Mas eu gosto da ideia.                        
- Eu gosto de voz grossa. Gosto de homens afinal.
-  ... Você é muito estranho. Quer dizer, eu já sabia disso, mas agora...                        
- O que? Não posso gostar de usar meu pau e minha saia?                        
-  ... Pode, mas continua sendo estranho.                        
- Devia tentar usar o seu.                        
Kaya arqueou uma das sobrancelhas. 
- Ah, iie... Eu gosto assim.                        
-  Vamos, vista-se e podemos tomar mais algumas doses de vinho.         
- Hai... – O menor sorriu meio de canto.


Para Yuuh e nossos ships improváveis. ♥

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