Daisuke e Misaki #19


Diante da vista que tinha da grande residência, Daisuke postou o veículo na calçada a espera de que o portão fosse aberto. Estacionou o carro frente sua entrada após o caminho curto até a porta próxima e desligou o automóvel, a ser recepcionado antes mesmo de deixar o carro pelo sorriso frouxo do rapaz. Ao sair, tornou encostar a porta e num aperto de mãos cumprimentou o outro vampiro com idade aparente a própria.
- Takano!
Exclamou o nome do cainita e viera a ouvir a pronuncia do próprio logo em seguida, enquanto os olhos do rapaz fitavam a figura do andrógino pouco distante.
- Esse é Misaki. - Tornou dizer, apresentado o portador do filho.
- Esse? - O médico indagou o vampiro que arrancou um breve riso de si mesmo.
- Não parece, mas é um homem.

Misaki saiu do carro logo, hesitante e aproximou-se do maior, sorrindo e lhe cumprimentou igualmente com um aperto de mão.
- Olá.

Daisuke voltou-se ao alheio em um meio sorriso.
- Estava aqui discutindo com Takano sobre sua origem sexual. - Riu breve. - Misaki esse é Takano. 

O menor fez uma pequena reverencia ao ouvi-lo, observando-o.
- É um prazer.
- Olá, Misaki.
Disse Takano em seu habitual tom limitado e lhe estendeu a mão num firme cumprimento em aperto. A si apenas observava o modo sombrio do rapaz, o qual fez um meio sorriso expor no canto labial e voltar-se de esguelha à Misaki. O menor r
iu baixinho, pouco assustado e caminhou para trás do maior.
- Então podemos?
Indagou ao médico que se pôs à frente, e guiava caminho ao interior de sua casa bonita e estilo vitoriano. Ao conceder da passagem por alguma serviçal, Daisuke seguiu Takano no caminho das escadas até a sala onde entrou, observando aparelhos poucos de uso objetivo.
- Deite-se, Misaki. Aqui não haverá formalidades ou higiene com uso de máscaras, luvas ou aventais, afinais os vampiros não precisam disso, e não costumo tratar de humanos.

O menor seguiu-o pelo local e logo observou os objetos, desviando o olhar ao outro vampiro ao ouvi-lo. Uniu as sobrancelhas e assentiu.
- Ahn... Tá bem. - Deitou-se, observando o maior e lhe estendeu a mão, hesitante.

- Não que não houvesse algum humano grávido por vampiro, mas a essa altura, normalmente o vampiro já teria transformado o parceiro, não é comum um humano sobreviver tanto tempo assim. Mas pelo que ouvi de sua mãe, provavelmente não lhe deu detalhes, supõe-se que ele apenas gera sua criança, certo? Não deve ter relacionamento. Mas pensa que ele pode ser confiável?
O médico indagava com indelicadeza ao assunto, por mais que teus modos fossem normalmente gentis, Takano ainda preferia não ter contato com homens não cainitas, ou mulheres, a menos que servissem como seu alimento noturno.
- Ele é totalmente confiável, Takano.
Daisuke afirmou conclusivo sem delongas em tal assunto, talvez Misaki estivesse desconfortável, e preferiu não estender nada que não fosse da conta de alheios. Segurou a mão do andrógino, ao caminho do lugar onde se deitava. Viu o homem ajeitar seus óculos desgostoso da resposta, porém deu preparo ao exame do rapaz.
- Levante sua camisa.

Misaki observou o rapaz e encolheu-se, sentia medo do outro vampiro e estava mesmo desconfortável com a conversa, prestando atenção na resposta do outro. Apertou a mão do maior, num pedido para que acabasse o assunto e deu um pequeno sorriso ao outro ao ouvi-lo.
- Obrigado... 

Murmurou e logo desviou o olhar ao outro vampiro em pé, observando os movimentos dele. Ergueu a camisa, seguindo as instruções.
Com as vistas desviadas ao rapaz, Daisuke apenas lia tuas expressões faciais desconfortáveis com tal comportamento do homem. Lhe expôs um sorriso conforme modo de aliviar sua tensão, medo seria desnecessário. Takano lhe pressionou levemente o ventre crescido e firme, antes do uso do gel morno em sua mão nua o qual deslizou pela região e não tivera delongas ao ajuste do aparelho e o repousou sobre a barriga de Misaki, voltando seus olhos por trás do óculos de grau, ao pequeno monitor, vendo o corpo do bebê, bem pequeno, através da tela, e já muito bem formado.
O menor observou o sorriso no maior e sorriu igualmente, acariciando-lhe levemente a mão, desviou o olhar ao monitor, observando o bebê e uniu as sobrancelhas, voltando o olhar ao outro vampiro.
- Olha, Dai!
Beijou-lhe a mão, desviando o olhar novamente ao monitor, observando o filho.

Talvez Daisuke soasse um riso se não fosse preso no unir dos próprios lábios a expandi-lo num sorriso brando. Uma das mãos levou aos cabelos de Misaki, acariciando as melenas mescladas em sua cor, enquanto igualmente voltava a direção das orbes de cor atípica ao monitor onde via o filho.
- É um garoto. - Disse Takano, respondendo a qualquer duvida.

- Um menino?
Misaki sorriu e apertou ainda mais a mão do vampiro ao lado, sentindo uma lágrima escorrer pela face.

- É. Bem, não preciso nem dizer que está saudável. - Concluiu o vampiro, abandonando o afazer e deixou o aparelho ao lado, limpando suas mãos com água corrente no lavabo próximo e afagou-as na toalha afim de secá-las. - Parabéns pelo filho, Daisuke.
Dissera o rapaz num meio sorriso, talvez contraditório a teus modos fronte a Misaki, e com mãos lavadas, deu o aperto de mão consigo.
- Obrigado, Takano.

O menor ajeitou as roupas e levantou-se, segurando novamente a mão do vampiro e não respondeu, já que ele não havia se dirigido a si. Observou o maior e uniu as sobrancelhas, num pedido mudo para que fossem embora. Daisuke desviou-se ao rapaz a observá-lo novamente com tal expressão e sorriu a ele logo se voltando ao homem de estatura semelhante a própria e tornou lhe apertar a mão.
- Novamente obrigado, desta vez pelo serviço. Suponho que logo viremos visitá-lo uma segunda vez.
Enquanto manteve o assunto, dirigia-se junto aos outros dois até a saída e desceu no início da casa, regredindo o caminho feito antes. Misaki a
cenou apenas e seguiu o maior para o lado de fora da casa, logo adentrando o carro ao vê-lo abrir e suspirou.
- Como é medroso.
Disse o maior num riso logo após entrar no carro e ligá-lo de imediato, deixando a área de moradia.

- Viu o jeito como ele me olhava? E ele disse parabéns pra você, como se eu fosse um lixo qualquer que seria descartado depois de te dar o filho.
- E é assim mesmo. Só teria valor se fosse um vampiro.
- Você também acha isso?
- Estou falando dele, Misaki. Sequer teria lhe tocado se o considerasse um lixo.
- Hum... 
- É claro que não o vejo assim. Eu só não quis argumentar, acho que isso é assunto nosso.
- Hai.
Daisuke sorriu ao outro conforme breve se voltou a ele.
- Mas não se preocupe, vou continuar do seu lado mesmo quando tiver o filho.

Misaki sorriu a ele, sentindo a face de corar levemente e desviou o olhar a janela. O maior riu tão sutil conforme notória cor nas bochechas do outro e levou uma das mãos até a coxa do menor, acariciando-o. Misaki repousou a mão sob a alheia, e lhe entrelaçou os dedos.
- Quer fazer algo?

- Está com fome? Digo... Quer jantar?
- Caso queira.
- Eu quero.
- Okay, madame. Alguma preferência?
- Não. - Riu. - Qualquer coisa está bom.
- Qualquer coisa? Vamos então caçar uma carne crua e cheia de sangue, o que acha?
- Argh... Que nojo, Dai!
O maior riu.
- Ora, mas você quem disse qualquer coisa.

- ... Ai que nojo... Fiquei enjoado.
Daisuke tornou rir.
- Quer que pare o carro?

- ... Não, estou bem.
- Ah, não é assim tão nojento...
- Para!
- ... Eu não disse nada.
- Eu vou vomitar se você continuar.
- Mas eu não disse mais nada.
- Pare de falar de carne com sangue. - Riu.
- Não estou mencionando isso.
- Ta bem...
O maior arqueou uma das pestanas sem sequer entendê-lo e riu-se por fim, estacionando o veículo próximo ao restaurante chinês na cidade.
- Iria a um restaurante italiano, mas acho que molho vermelho não te fará bem.

- DAI! - Misaki bateu na coxa do outro.
- Ah... mas eu não disse nada. - Disse o maior ao meio do riso resmungado.
Misaki estreitou os olhos.
- Você que está pensando aí.
- Você está insinuando.
- Não estou, eu ainda pensei em você, seu indelicado.
Daisuke abriu a porta do veículo a deixá-lo e caminhou ao outro lado a dar-lhe apoio, o ajudando sair do carro. O menor s
egurou a mão do outro, saindo do carro e riu baixinho.
- Pra mim isso é nojento, não fale ne.

- Ora, mas não disse mais nada.
Daisuke tornou a rir no caminho para dentro do restaurante chinês com sua bonita e típica decoração. Misaki o
bservou o local e sorriu ao vê-lo tão bem decorado.
- Que lindo!

- Muito mesmo.
O maior concordou e seguiu caminho demonstrado pelo serviçal, sentando-se no local bem acomodado. Misaki s
entou-se em frente a ele, sorrindo e observou o cardápio.
- Que bom que aqui não tem nada com molho vermelho.

- Tem, não tanto quanto um restaurante italiano, mas tem.
O maior voltou-se igualmente a um dos cardápios sob a mesa, dando atenção as refeições.

- Não sei o que pedir... 
- Um típico yakisoba, não?
- Isso!
- Quer tomar o que?
- Eu posso tomar saquê?
- Sim, não afeta o bebê.
- Não?
- Não.
- Ah... Ok. Quero saquê.
- Pensei que fosse escolher algo como chá verde.
Daisuke comentou a pousar o cardápio sobre a mesa e voltar-se a direção do homem posto na lateral, pronto a anotar os pedidos e retirar-se dali. Misaki s
orriu, estendendo uma das mãos pela mesa e segurou a mão do outro, acariciando-a. O maior lhe dera um meio sorriso, permitindo o toque entre mãos e uma das alheias tomou entre ambas as próprias, acariciando-a em retribuição.
- Você me ama? - Murmurou.
- Hum... Algum problema?
- ... - Uniu as sobrancelhas. - Não.
- Só quero saber porque me perguntou tão repentinamente.
Misaki negativou, levando uma das mãos até a mesa e batia levemente algumas vezes.
- Me diz.
- Eu quero saber.
- Eu o amo, Misaki.
- Está dizendo isso contra a sua vontade.
- Não, eu amo você.
Daisuke disse quase interrompido pela refeição servida e voltou-se ao garçom, na espera que se retirasse. Misaki s
orriu brevemente ao garçom e logo observou o outro novamente.
O maior voltou-se ao rapaz e lhe dera uma piscadela breve, já servido pela porção própria do yakisoba. O menor deu um pequeno sorriso e desviou o olhar ao próprio prato, servindo-se igualmente.
O vampiro destacou os hashis, dando início ao jantar, provando um dos legumes na refeição. Misaki permaneceu em silêncio, bebendo alguns goles do saquê e igualmente comia, o outro dera a continuidade a refeição em igual silêncio, enquanto aos poucos servia-se com a bebida de sabor ardente em acompanhamento. O humano, desviava algumas vezes o olhar ao outro enquanto bebia o saquê e logo voltava o olhar ao prato.

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