Keisuke e Miruko #1 (+18)

Aviso
Essa história foi descontinuada, ou seja, não temos previsão de novos capítulos, mas esse fato não prejudica nem deixa a história com mistérios não resolvidos, prometemos que ainda será uma boa leitura.


Miruko deu um riso baixinho, conforme observava o amigo a frente, e havia pedido sem ele saber um milkshake para cada um, morango, era o favorito e o dele também. O olhar dele, parecia meio estranho, assim como a si, é claro, estavam num encontro marcado com duas garotas, que até então não conheciam, obra de alguns amigos, e até imaginava o que estava pela frente, mas tentava ser otimista.

- Hey... Acha que elas vem mesmo?
- Ah, mas é claro que elas virão.
Keisuke disse a ele e o fitou em frente a si. Esticou o braço no encosto do estofado e fitou o amigo. Vestia-se com uma camisa de botões iniciais abertos, vinho e o jeans era escuro. No meio tempo brincava com o piercing que tinha centralizado no lábio e pensava como era estranho ter aquele garoto consigo no encontro, era geralmente recatado com quem não conhecia, pouco íntimo das mulheres e o que normalmente chamavam de nerd.
Num suspiro, recebeu os milkshakes, colocados sobre a mesa e deu um pequeno sorriso a ele. Naquele dia usava uma camisa preta, quase vestido de mesmo modo que ele, exceto pelas cores. Os óculos haviam sido retirados para poder sair, e ao invés disso, usava lentes de contato, podia ser o que ele chamava de nerd com as outras pessoas, mas era o melhor amigo dele já há alguns anos, desde que o conhecera no colégio, e agia com ele, como um amigo o faria, sem recatos. Os cabelos pretos estavam bem alinhados, embora curtinhos e sorriu a ele, sugando pouco da própria bebida.
- Pra você.
- Morango, é? Por que morango? Acha que fico bem de rosa, não é? 
Disse Keisuke, o mais alto e deu até uma balançada na voz, usando um sotaque puxado, brincando com ele e tragou da bebida embora gostasse mais do milkshake branco. No entanto deixou à mesa quando se levantou para receber as garotas, como descrito. Pareciam-se entre si, eram primas afinal. Usavam vestidos pretos medianos, marcavam na cintura com o volume rodado na saia, cabelos compridos embora a companhia dele tivesse um tom mais escuro enquanto a própria fios castanhos, puxando para um dourado. Ela combinava com ele e aquele era o infeliz momento onde desejava dizer qualquer porcaria provocativa mas não podia, por estarem na presença delas.
- Sei lá, pareceu engraçado pedir um rosa.
Miruko riu ao dizer a ele, porém fora cortado pela presença das garotas e levantou-se igualmente, fazendo uma pequena reverência para receber a garota, cujo nome não ouviu corretamente, mas depois entendeu por sua prima que era Aya.
- Estão com fome? - Indagou de modo abrangente.
- Sim, gosto dos lanches daqui!
- Hai, estamos sim!
Miruko assentiu, um pouco tímido e por fim sentou-se junto deles, pegando o cardápio sobre a mesa.
- Ah, quero esse que tem o pãozinho crocante. 
Disse ela e parecia bem, era um bom começo ter iniciado com algo que não fosse folhagem, Keisuke acabou optando pelo mesmo que ela. 
- Hum, é meu favorito, Nana-chan
Disse e soava afável, era um cretino. Voltou-se logo para o moreno, buscando saber como o amigo de saia, era a primeira vez que o assistia com uma garota, entre os dois anos de amizade que tinham.
- Eu acho que quero esse macio. 
Miruko desviou o olhar a ela ao ouvi-la e assentiu, acabando por escolher o mesmo, não era muito bom com comida, mas preferiu sem o molho, isso sabia que não gostava, claro, pediria outro milkshake para ela também, um de chocolate.
- Achei que.. Você gostaria de morango... 
Disse, um pouco tímido sobre o próprio milkshake e a viu sorrir para si. 
- Eu gosto sim, obrigada.                        
O maior sorriu, evidentemente com os dentes a mostra ao perceber o desconforto do amigo. 
- Aya-chan, ele é muito tímido, será um bom proveito pra você. 
Disse e ao contrário dele, pegou o copo grande de milkshake e sorveu, somente então indicando a mocinha agora ao próprio lado. 
- Está gostoso, você quer? - Brincou com ela, embora estivesse realmente oferecendo.
Miruko sorriu meio de canto e negativou, desviando o olhar a moça ao lado de si e viu-a com seus sorrisinho vitorioso, pelo visto, gostava da ideia de ser tímido. Observou o outro em seguida, notando-o dar do milshake para a outra e por algum motivo, uniu as sobrancelhas, de alguma forma não queria vê-lo compartilhando o que havia dado a ele.
- Ah, Nana-chan prefere os tímidos também? Posso me fingir de tímido. 
Keisuke disse a ele ao perceber sua amiga animada com a timidez de seu acompanhante de passeio.
- Iie iie, eu gosto de andar bastante e falar de coisas legais, os tímidos geralmente não fazem essas coisas porque estão ocupados sendo tímidos. 
Disse ela num risinho enquanto segurava o canudinho entre os lábios.
Miruko uniu as sobrancelhas ao ouvi-la e deu um sorrisinho desconfortável. 
- Desculpe, Aya. - Falou para a própria acompanhante.
- Iie, eu acho isso legal.
- ... Hai. Vou... Ao banheiro e já volto.                        
O maior viu-o se levantar e partir, se perguntava se estava fugindo do encontro ou se havia ficado chateado com o comentário da garota. 
- Meninas eu vou falar com ele, deve estar nervoso. 
Disse a elas e se levantou seguindo o caminho em busca do banheiro onde fitou o amigo logo passada a entrada. 
- Está fugindo ou ficou nervoso? 
Indagou e seguiu até a pia onde higienizou as mãos que não realmente precisam.
Ao adentrar o banheiro, Miruko suspirou ao perceber que estava sozinho, porém logo fora acompanhado pelo outros desviou o olhar a ele, negativando. 
- Acho que vou pra casa.
- Por que, não gostou dela? - Keisuke indagou e buscou o lenço onde secou as mãos.
- ... Nana disse que não gosta de garotos tímidos e acho que ninguém gosta.
- Nana está comigo e não com você.
-  ... Mas Aya também não parece confortável. Sinto como se ambas quisessem ficar com você. - Sorriu. - Então... Divirta-se.
- Claro que não, Aya parece confortável com você. Ela gostou de você.
O menor suspirou e desviou o olhar, sabia que estava agindo meio precipitado, mas a verdade é que sabia que todos sempre gostavam dele, não de si.
- ... Sei lá, Kei.
- Sabe que sair da mesa pra conversar no banheiro é algo que elas deveriam fazer e não nós dois.
- ... Eu sei, eu sei. - Suspirou e sentia as mãos trêmulas. - Sabe que eu não tenho costume de sair com ninguém.
- Calma cara, é somente um encontro. Capaz que ganhe uns beijos e quem sabe outra coisa. Relaxa.
Miruko sorriu meio de canto.
- ... Não sei se é isso que eu quero na minha primeira vez, pode ser meio estúpido, mas queria que fosse alguém especial pra mim.
- Ah, mas que florzinha. Bom, se quiser ir embora eu falo com as meninas.
- Ah, para de me zoar, você só sabe fazer isso. Não tenho culpa de não ser um mulherengo como você.
- Não estou zoando você. 
Disse o maior e se encostou no gabinete, fitando o amigo, de fato falava sério, sabia que era tímido e se fosse provoca-lo provavelmente agravaria a situação. Miruko suspirou num sorriso sem graça e abaixou a cabeça. 
- Me sinto ridículo.
- Por quê? Não seja idiota.
- Sei lá, sou um cara que já tem idade pra sair com alguém e não quer...
- Você é fresco pra caralho. Vem cá que vou te dar uma bitoca pra você parar de frescura. 
Disse o maior e ameaçou segurar o amigo para força-lo àquilo.
O menor franziu o cenho ao ouvi-lo, negativando a afastar-se num riso e por fim, acabou batendo contra a parede atrás de si e observou o amigo, ainda a segurar o próprio pulso, a respiração até cessou por alguns segundos, antes de retomar, firme.
Keisuke fez aquela pequena guerra digna de dois pirralhos colegiais, não se orgulhava disso, no entanto ao acabar encurralado num canto do banheiro percebeu sua respiração falhar, achou estranho, mas de alguma forma quando percebeu aquilo já havia enfiado a língua em sua boca.
Miruko uniu as sobrancelhas conforme tentava se esquivar dele. Para caralho! Falou em meio a troca de pequenos tapas, porém por fim, ele realmente havia beijado a si, empurrando a língua para a própria boca e arregalou os olhos, não havia acreditado que ele havia feito aquilo, mas por algum motivo, naquele silêncio que havia restado, apenas fechou os olhos, e devagar, deixou-o segurar a si pelos pulsos, deixando de lutar conforme timidamente a língua percorreu a dele.
Na verdade o maior não havia parado para analisar se ele havia ou não retribuído o beijo, mas o estava beijando, de modo que sua língua logo estava a trocar salivas com a própria. 
A respiração do menor havia cessado novamente, aquilo era muito estranho, estava realmente com a língua na boca do outro? Talvez estivesse, e sem perceber, talvez fora somente um reflexo. E aos poucos, afastou-se dele, cessando o beijo de modo quase tão brusco quanto havia iniciado e fitou-o, encarando-o daquele mesmo modo, meio boquiaberto, meio paralisado, meio bobo, e analisava o rosto dele, bonito, a pele macia a qual sentia tocar a si mesmo superficialmente, e seus lábios vermelhos... Queria beijá-lo de novo... Estranhamente. Era tão errado, mas puxou-o, firmemente contra si e novamente o beijou, daquele mesmo modo, sem pensar demais.
Keisuke ouviu os lábios estalarem aos dele na interrupção do beijo que havia sido evidentemente firme. Encarou o moreno e lambeu os lábios com que o havia beijado a pouco, como se limpasse a saliva dele de si. Via-o com os cabelos escuros meio bagunçados pela falsa briga, seus lábios estavam vermelhos como os próprios mas não eram tão perceptíveis uma vez que todo seu rosto parecia corado. Como um reflexo, quando ele investiu para si também havia investido para ele, tomando-o envolto pelos braços e não tinha delongas, ele sabia disso, no meio do beijo já havia caminhado com ele até uma das cabines do banheiro.
Com ele, Miruko seguiu para dentro de uma das cabines, havia sido levado, não tivera a intenção de continuar com aquilo, mas não fora capaz de impedi-lo, de certo modo, não queria colocar impasses. Era amigo dele desde que iniciaram o estudo juntos, então aquilo parecia meio estranho, mas os lábios dele não pareciam estranhos quando colados junto aos próprios, aquela sensação prazerosa, o arrepio pelo corpo, prazeroso. Ao entrar, encostou-se novamente contra a parede das divisórias da cabine, que por sorte não eram de plástico.
Diferente dele, o maior não havia parado para pensar na estranheza da situação, o estava beijando, gostava disso e bem, estava ficando excitado. Com as mãos em suas costas puxou a barra de sua camisa e subiu por dentro dela, tocando sua pele que estava quente demais, não sabia se era calor ou se ele estava nervoso. Mas de sua boca desviou e desceu por cada centímetro pele, beijou seu rosto, queixo e passou ao pescoço. Das mãos em suas costas logo desceu para sua calca, que embora vestisse o jeans com um cinto apertado, ainda assim adentrou e tocou sua bunda, era firme e ainda assim era macia.
Um suspiro deixou os lábios do menor conforme o sentiu cessar o beijo, agora beijava a si no pescoço e descia com suas mãos, tocando a si, era gostoso, nunca havia recebido toques daquela forma, e de alguma forma, estava gostando. Percebia que estava gostando de ser conduzido por ele, quando não sabia conduzir nenhuma mulher. Ao sentir o toque sobre as nádegas, deixou escapar um gemido sutil, ao invés de achar estranho, de alguma forma, gostou do que sentiu e num movimento rápido, nem havia percebido, quando virou-se de costas para ele.
Keisuke deu a ele aquele espaço que ele mesmo tomou para se virar, por um momento até deixou de raciocinar o fato de que ele não era garota e que talvez não quisesse aquilo mas em sua figura dorsal, encostou a pelve contra suas nádegas, empurrando o membro endurecido em seus quadris tímidos. E embora houvesse se virado, tornou tocar seu pescoço, mordiscou enquanto levava a mão para sua calça e assim soltou o cinto, abriu o fecho da calça e abaixou seu jeans. Não havia até então parado para pensar em como ele estava aceitando, também não havia parado para pensar que estava querendo comer o próprio amigo. Mas aquela altura já até havia enfiado a mão em seu pau, tão inesperado como havia colocado a língua em sua boca.
Ao virar-se, Miruko não havia pensado que iria senti-lo contra as nádegas, seu sexo firme, empurrando-se contra si, na verdade, não havia se virado com algum intuito, era o que pensava, mas sabia que sendo homem, tinha só um lugar pra ele, e era estranho o modo como a própria cabeça tomou aquela atitude sozinha, sem a guiar realmente. Apoiou ambas as mãos contra a parede gelada e inclinou o pescoço para o lado, deixando-o beijar a si, até estremeceu ao senti-lo tocar o sexo e desviou o olhar ao local, sentindo sua mão macia, quente e até chegou a suspirar.
Mesmo o toque quente de seu corpo duro não fez com que o maior interrompesse. O máximo daquela sensação que já havia sentido era a do próprio pau e não era algo que já havia desejado fazê-lo antes, mas naquele momento não se importava. Ao parar no entanto, se voltou para sua boxer branca, parecia quase transparente o que tornava ainda mais provocante e não se ateve ao tecido, abaixou-o logo após a curva de suas nádegas. Com rapidez levou os dedos para a boca e lubrificou com saliva o quanto podia, nunca havia feito sexo anal, mas sabia que não seria lubrificado como uma mulher. O tocou, delineou e tentou enfim penetra-lo, deslizando com dificuldade, mas não deu impasse.
Miruko mordeu o lábio inferior conforme o sentiu estimular a si, era gostoso, nunca havia recebido toques daqueles de ninguém, então era algo novo, e tão inesperado que quase nem acreditava. Sentia os movimentos dele com expectativa, mesmo ao senti-lo abaixar a própria roupa e virou-se sutilmente em direção a ele, observando-o atrás de si, meio de relance e o viu lamber os dedos, sabia o que viria, por isso até abaixou a cabeça, fechando os olhos, a dor fora tanto quanto esperava, e tentou relaxar, para que não fosse ainda pior. Gemeu, dolorido e quase se colou na parede. 
Keisuke podia sentir os espasmos que ele tinha, assim como sua tentativa de espaçar e relaxar o corpo para receber a penetração. Nunca havia sentido aquela parte em alguém, nunca havia entrado num espaço tão apertado quanto aquele, se perguntava se conseguiria entrar sem ter o membro asfixiado, mas parecia no entanto incrivelmente gostoso. Moveu os dedos que o defloravam, o médio e indicador em trabalho mútuo.
O menor afastou pouco os quadris, sem intenção realmente e gemeu, dolorido mais uma vez, embora houvesse sido forçado a se calar ao ouvir passos pelo local, alguém andava do lado de fora e estremeceu conforme imaginou a ideia de alguém entrar e pegar a ambos daquela forma, de todo modo, somente guiou uma das mãos sobre os lábios, tapando-os e uniu as sobrancelhas, conforme o sentiu mover os dedos.
O loiro, maior, agitou o punho em ritmo gradativo, aos poucos intensificando o ritmo inicialmente brando, mas não demorou no entanto, não teria tanta paciência e também não sabia preparar um homem, faltava auto controle e tal consciência de que ele era um rapaz. Quando por fim o sentou laceado o suficiente, tirou os dedos e se voltou para a calça, podia fazê-lo ouvir o tilintar do cinto, o baixar do zíper e o arrear das calças, denunciando a ele o sexo desnudo que tocou em sua bunda e sentou na pele quente a sua com semelhante temperatura.
Miruko sufocou o gemido na garganta conforme o sentiu empurrar os dedos para si, estremeceu e pode até sentir o arrepio com o barulho de seu cinto, sabia o que viria, sabia que ele tinha que ser rápido, sabia que iria doer. Agarrou-se inutilmente a parede e gemeu, esperando pelo movimento do outro. 
- ...
Diferentemente do que deduzia ele, ao se roçar contra e sentir no sexo já levemente úmido sua calidez, Keisuke entrou devagar em seu corpo já estimulado, já previamente relaxado embora não fosse o suficiente, sentiu cada milímetro que se fez dentro dele e embora não estivessem sozinhos no cômodo, não deixou de gemer afetado pela sensação deliciosa de penetrar seu corpo estreito.
Ao senti-lo adentrar o corpo, o gemido deixou os lábios do menor de mesmo modo, porém mais alto, dolorido. Abaixou a cabeça e bateu com uma das mãos contra a parede, firme, quase um soco e cessou ao ouvir vozes fora do local, negativando consigo, mas mordeu o lábio inferior.
Num reflexo, o maior não se importou de levar a mão e tapar sua boca, abafando seu gemido. Também não teve ressalvas para se mover, saiu no que havia entrado e voltou a penetra-lo ainda mais profundamente, criando ritmo.
Miruko uniu as sobrancelhas ao sentir a mão dele sobre os lábios, de certo modo seria bom, abafaria os gemidos que já tentava evitar e fechou os olhos, firme, enquanto o sentia iniciar seus movimentos doloridos, não estava acostumado, não havia sido naqueles simples movimentos dos dedos dele, e era virgem.
- Ah!
Keisuke sentia sua vibração vocal contra a mão, em seu gemido abafado por ela, sabia que mesmo esse tipo de ruido não passava despercebido lá fora, mas ninguém tentaria saber o que de fato ocorria. A essa altura já sentia o pau saindo e entrando dentro dele, ah e como era gostoso também.
Num suspiro, o menor abaixou-se, empinando os quadris em direção a ele, e havia feito aquilo somente porque parecia melhor daquele modo, parecia mais confortável, e só então o sentiu atingir a si no ponto que gostava, dentro do corpo. Por sorte, o gemido fora abafado contra a mão dele, mas o corpo estremeceu visivelmente e as unhas deslizaram pelo mármore da parede.
Keisuke voltou-se para ele, percebida a sensação de seu corpo, por um momento imaginava se havia machucado, mas pela forma como ele havia gemido junto a mão, parecia longe de estar ruim. Se moveu no mesmo modo, no mesmo ritmo. Abaixou o quadril arqueando a coluna a fim de dar a impressão de estar a sentar no próprio colo, dessa forma, tocava mais diretamente seu ponto de prazer e também ia mais fundo em seu corpo.
Miruko fechou os olhos, firmemente e por um momento, não pensou em mais nada, esvaziou a própria mente, sentia aqueles movimentos prazerosos contra si, naquele ponto que gostava, que nunca saberia que existia no corpo, se não fosse por ele mostrá-lo a si e unia as sobrancelhas, ainda a abafar os gemidos contra a mão dele, e nem pensou em momento algum, em tocar o próprio sexo que descansava sobre o abdômen, e que estava ereto, excitado e pulsava, prazeroso pelos toques do outro.
- ... Kei... - Murmurou, abafado, somente a chamá-lo devido a sensação prazerosa.
Ao ser chamado, o maior de alguma forma teve noção naquele momento de que estava com um homem. E que por sinal aquele homem não parecia se importar em estar dando para si. Que também por sinal era virgem antes daquilo e por sinal não ia pensar em tudo aquilo quando tinha todo aquele prazer. Quando interrompeu o ritmo, suficiente para somente virá-lo sem deixar de estar dentro de seu corpo, virou-o para si e tomou no colo sem dificuldades, enquanto o sustentava contra a parede. Puxou suas coxas as laterais do próprio corpo e se encaixou de modo que podia sentir entre ambos o roçar de seu membro igualmente ereto a cada investida.
O moreno ao se virar de frente a ele, por um momento não entendeu, pensou que ele pudesse querer que ficasse de costas daquele modo mesmo, pelo menos assim não veria o próprio rosto e estremeceu conforme o sentiu novamente se afundar em si, havia retirado a calça e a roupa íntima de uma das pernas numa velocidade que quase nem havia visto. Era estranho olhar diretamente para ele, só se dava conta agora de que estava com o melhor amigo, numa cabine dentro de um banheiro de uma lanchonete, nossa, tinha problemas, e pior, não era gay, e tinha-o entre as próprias pernas, dentro do corpo, quando foi que havia decidido que seria passivo dele mesmo? Fechou os olhos, e preferiu não se fazer aquela pergunta, apenas inclinou o pescoço para trás, encostando-o na parede do banheiro.                        
Keisuke não tinha como ver problemas na situação se ao olhar o rosto dele, via a mesma expressão que causara aquela situação. Estava com seus lábios espessos e rubros, seus olhos pareciam levemente marejados, mas não parecia chorar, sei rosto estava tão vermelho que mesmo suas orelhas pareciam coradas. Seu cabelo curto estava bagunçado mas parecia desalinhado da forma certa. Passou os braços em torno de sua cintura, envolvendo-o com firmeza, mantendo o peito junto ao dele e consequente esfregava sua ereção, percebendo aquela coisa dura entre os dois e se estava duro, estava gostando. Ao se inclinar sobre ele, sentia o cheiro de seu perfume habitual, mas talvez fosse a situação, porque agora seu cheiro parecia diferente. O beijou e mordiscou ali, antes de então subir para a orelha e sorver o lóbulo macio.
Miruko sentiu o sexo pressionado entre os corpos e o gemido pouco mais alto escapou de si, quase naturalmente, estava tão gostoso, tão bom, que não conseguia controlar as reações do corpo e sabia que aquela altura a camisa já estava desalinhada, molhada, não só pelo suor, mas também pelo próprio sexo úmido pelo prazer que sentia. Inclinou o pescoço para o lado, dando espaço a ele para os beijos no pescoço e arrepiava-se ainda mais, como se já não fosse suficiente tê-lo dentro do corpo, se empurrando contra o ponto sensível de si, queria gozar, mas antes que pudesse avisá-lo sobre aquilo, o havia feito, e os respingos sujaram a própria camisa, molhando algumas partes específicas, até sobre o queixo sentiu um deles, embora não tenha se dado conta, tinha os olhos fechados e esforçava-se para não gemer ao morder o lábio, e as bochechas agora pareciam ainda mais coradas.
O maior sentiu o corpo tomado pelo enlace do seu, fechava-se ainda mais forte, apertado lá dentro foi obrigado a gemer, ainda que conseguisse manter o tom discreto, soou consequentemente contra sua orelha onde lhe dava alguns estímulos. Na roupa tão logo sentiu um vigoroso jato morno, denunciando a razão de todo aquele espasmo, havia gozado e de algum modo fazia com que quisesse gozar também. Lembrou-se no entanto que não usava preservativo, lamentou mentalmente e com mais rapidez continuou a penetra-lo, aproveitou para beijar sua boca, desvencilhando daquela gotinha de sêmen em seu queixo. Porém quando logo finalmente no limite, teve de sair rapidamente e segurar-se nos dedos bloqueando a fenda por onde fluiu, gozou, infelizmente fora dele e se encostou em seu ombro, na curvinha de seu pescoço, enquanto sentia o clímax.
Sentiu-o agilizar os movimentos, mesmo após o próprio ápice, e ainda sentia prazer, ainda sentia aquela sensação gostosa pelo corpo, que quase implorava por mais, o queria, de qualquer forma, e sabia que ele logo gozaria também, não se preocupava com o local onde ele iria gozar, não ligava, estava tão concentrado nas sensações que nem se deu conta de sua falta de preservativo. Segurou-se nos ombros dele, apertando-o contra si e retribuiu seu beijo, gostoso, e nunca pensou que fosse capaz de se sentir daquela forma, não sabia nem descrever a sensação que tinha. Ao senti-lo se retirar de si, deixou escapar um gemido baixo, deslizando a mão pelos cabelos do amigo e abaixou a cabeça, notando seu sexo entre seus dedos trêmulos, apertando-se, impedindo que gozasse dentro do próprio corpo. 
- ... Ah...
Quando enfim terminaram, Keisuke permaneceu um tempo até que o colocasse no chão. Após fazê-lo, buscou o papel higiênico dentro da cabine onde pode limpar o sexo e mesmo os dedos. Fitava-o em frente a si enquanto se arrumava, aquele provavelmente era o momento o qual se davam conta do que faziam. Ainda assim deu-lhe um breve beijo, um selar de lábios, dando uma conclusão ao que faziam.
Ao ser colocado no chão, o menor sentiu as pernas trêmulas, porém procurou o papel igualmente para se limpar, até mesmo tentou limpar a camisa e quando falhou, ajeitou as roupas, colocando-as de volta a alinhá-las. Desviou o olhar a ele conforme sentiu o selo e sentiu um sutil frio no estômago, era estranho, estar olhando para o próprio amigo, daquela forma, após fazer sexo. 
- ... Hum. - Sorriu, meio de canto como costumava. - ... Acho que vou pra casa.
- Não quer mesmo tentar? Acho que já experimentou um beijo suficiente para conseguir lidar com um encontro, não?
O menor sorriu meio de canto a ele e negativou.
- Não... O clima ia ficar meio estranho, e estou sujo... Divirta-se com elas, te vejo no quarto.
- Acho que pela demora elas já devem ter ido embora.
- Hum... Vou deixar você conferir.
- Você consegue ir? Vou pedir o táxi pra você.
- Iie, eu... Eu faço isso.
- Hum, tem certeza? - Keisuke indagou e tentou limpar uns respingos na camisa.
- Hai. - Sorriu. - Depois me conta como foi. 
O menor disse e ajeitou os cabelos, seguindo para fora da cabine ao perceber que estava bem ajeitado, embora ainda sentisse as pernas trêmulas.
- Vou contar nada. 
O loiro disse a ele e viu-o partir primeiro, somente então saiu do banheiro, já como ele, realinhado.

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