Ryoga e Katsumi #39


Os passos de um salto alto foram dados em direção ao vidro grande e espaçoso, e a loira fitava o casal do lado de dentro, lado ao rapaz mais baixo que ela, que tinha um jeitinho meio invocado com seus cabelos arrepiados e coloridos.
- E o Katsumi? 
- Uhum, e o Ryoga. 
- Tá brincando, o Ryoga voltou é? - Ela riu. 
- Aham, mas estão amarrados. 
- Parece que só o Katsumi está. 
- Não amarrado nesse sentido... Você... Ah, você está me zoando. 
Ela riu novamente. 
- Katsumi sendo uke? Isso é novidade. 
- É por isso mesmo que estou olhando, ele parece estar gostando, mesmo machucado ele está querendo dar pra ele.
- Pelo visto está aqui faz tempo. Hum, parece sexy ver um seme sendo uke
- Você acha é? 
- Acho. 
Ele desviou o olhar a ela, arqueando uma das sobrancelhas. 
- Quer tentar? 
- O que? 
- Quer tentar ser uke, Kaito?
- De quem?
Ela sorriu. 
- Sai fora. 
- Ah vem logo. 
- Vai se foder.
- Vamos, mocinha. 
- Sai daqui, não tô nem aí pra linhagem da sua família, vou te dar na cara. 
- Olha ele, está arisco. 
- Quero ver o desfecho dessa história. 
- Hum... Eu tenho O negativo no quarto. 
Ele desviou o olhar a ela. 
- É quase impossível conseguir O negativo. 
- Quer descobrir? 
Um suspiro deixou os lábios dele e assentiu, seguindo atrás dela pelo local. 
- Espero que isso seja bom mesmo, hein?



- Você devia se conformar logo, Katsumi.
O maior disse, porém seguiu o caminho pelo quarto, escolheu um novo item. Um anel de aço, aquele ele já bem conhecia, se encaixava em sua base, o impedia de gozar.
 Katsumi manteve-se a observá-lo, preferia aquele acessório, o anel, o odiava, mas preferia ele àquilo que ele estava inventando, ah, que filho da puta. Contorceu-se no chão e logo, sentiu o garoto atingir a si mais uma vez na coxa, piorando a situação.
O maior buscou com isso a macia venda para seus olhos. Passou cada um dos pés aos lados de seu corpo e se abaixou o suficiente para fita-lo de perto. Sorriu a ele, sob a cortina de fios escuros que caíram às laterais de seu rosto. Tapou seus olhos.
Katsumi observou-o ainda de sobrancelhas unidas, e quase implorava a ele que não fizesse besteira, que não machucasse a si de forma tão dolosa. Estremeceu e mordeu forte a bolinha em meio aos lábios, sabia que ela sim podia arrebentar, mas ponderou se queria pedaços de plástico na própria gengiva. Por fim, teve os olhos vendados, e arrepiou-se, sentindo a pele visivelmente arrepiada.
- Vou cuidar bem de você, morena.
Dito, o maior estendeu a mão ao garoto e aceitou a chibata, ao se afastar dele, desta vez foi a si que desferiu k acerto em sua pele.

Katsumi estava com medo, e aquilo não era um sentimento que tinha geralmente, não gostava de estar nu em frente ao garoto, não gostava de estar daquele modo, tão impossibilitado de se mover, de opinar, e mais um gemido deixou os lábios, dessa vez mais alto, a força dele era totalmente diferente do garoto.                        
Após acerta-lo, Ryoga subiu com a ponta de couro da chibata por seu tronco e suavemente deslizou pela pele, tocou o pescoço, o peito, barriga. O menor gemeu, sutilmente ao sentir o acessório deslizar pela pele, ainda ardia onde ele havia batido, ardia muito, nem conseguia descrever.                        
O maior insinuou acerta-lo em seu peito, dando batidas leves com a chibata, mas não de fato desferiu, aproveitou para acertar igualmente o garoto com uma chicotada antes de dar a ele o acessório.
- Continue.

Katsumi sentiu os toques pelo corpo, a respiração pesada, evidente e tentava enxergar por baixo da venda, embora não visse nada. Ouviu o barulho do estalo, que fez com que se encolhesse, assustado e mordeu ainda mais a pequena bola preta nos lábios, estava irritado e pensava que o outro poderia estar tocando o garoto, para si aquilo seria ainda pior do que sentir o objeto entrar na própria uretra.
- Hum!
Gemeu alto e rosnou a ele, do modo como conseguia, porém novamente sentiu o estalo contra a pele, na lateral da coxa e inclinou o pescoço para trás.                        

- O que foi, Katsumi? Está raivosa?
O maior indagou, embora soasse sério como sempre, tinha um tom provocativo. Ao se abaixar já com a mão desocupada, fez-se entre as pernas do moreno e tocou sua roupa íntima, segurou em cada abertura das pernas e puxou, rasgando o tecido o suficiente para abrir no meio. 

Katsumi sentiu-o entre as próprias pernas e novamente estremeceu, embora estivesse amedrontado, queria tanto sentir o corpo dele que novamente a pele se arrepiava. Podia sentir uma pequena liga de saliva que não conseguia engolir escorrer pelo acessório e novamente havia fechado os olhos, mesmo abaixo da venda ao senti-lo rasgar as roupas.
- Uh, esse barulho soa bem, não é? 
Ryoga indagou, e sabia que ele também tinha alguma expectativa sobre aquilo. No espaço que desfez na roupa, levou a mão para seu sexo e o puxou pela saída improvisada que lhe deu. Ainda não estava ao todo ereto, o que fez mais facilmente para levar o anel peniano até seu membro, deslizar por toda a base até o fim.
O menor assentiu ao ouvi-lo e fora a única coisa que fizera, sabia que ele iria colocar aquele maldito anel, mas esperava que não viesse seguido do maldito outro acessório, chegou a se encolher.
- Confortável?
Ryoga indagou após envolve-lo com o anel, assim seguidamente com a mão, que lhe deu um carinho, sentindo sua pele macia na região. Katsumi negativou, sentindo as costas machucadas pelas correntes, os pulsos igualmente feridos, a boca incomoda, queria vê-lo e ainda o queria. 
- ...
Ao se abaixar, o maior o segurou na cruzada das correntes e o puxou, o fez se levantar, mas não por muito tempo, o levou para a beira da cama onde o pôs de bruços. Katsumi levantou-se rapidamente com fora puxado por ele e gemeu, dolorido conforme sentia seu toque, sem saber onde estava indo, meio desajeitado e por fim deitou-se na cama, tentando mover as mãos para se apoiar, mas estavam presas as costas. 
- Hum...
Ao seguir pela sala, Ryoga deu ao menino a palmatória de madeira, com as nádegas do moreno para cima, era entendido sem precisar dizer. Aproveitou para se sentar e assisti-lo. Katsumi uniu as sobrancelhas, e não sabia o que aconteceria, na verdade esperou que ele fosse transar consigo, mas não parecia querer fazer isso. Ouviu o silêncio do quarto alguns bons segundos e pronto para reclamar novamente, sentiu a batida contra a nádega, firme e dolorosa, gemeu, alto.
- Seu bumbum esquentou, hum? 
Ryoga indagou e a voz soaria próxima e de frente para ele, uma vez que se sentou à beira da cama, tendo vista de seu rosto e o garoto que o acertava. Abaixou-se para ele e soprou seu rosto suavemente, mais precisamente seus lábios. Os lambeu. Katsumi sentiu o sopro nos lábios, algo sutil, mas estremeceu e desejou poder falar com ele, aquilo era realmente tortura, queria poder lamber os lábios dele de mesmo modo, beija-lo, toca-lo. 
- ... Hum... - Murmurou manhoso.
- Hum, que ruído dócil, Katsumi.
O menor disse e tocou seus cabelos, uma das mechas passou para trás de sua orelha, expondo-a, o beijou ali, no rosto, no lóbulo e mordiscou a cartilagem com suavidade. Já o pequeno atrás dele voltava a desferir a palmatória contra sua bunda.

Katsumi uniu as sobrancelhas novamente, embora não soubesse se ele poderia ver a si, as expressões e estremeceu conforme o toque na orelha, movendo sutilmente as mãos a cerrar os punhos e gemeu, novamente, alto.
De sua orelha, ao tocar e erguer suavemente seus cabelos, Ryoga o beijou no pescoço, sendo gentil com sua pele, era exatamente o contraste que queria. 
O menor mordeu mais firmemente o objeto na boca, embora não fosse tão firme para quebrá-lo e fechou os olhos com força, sentindo os beijos sutis dele pela pele, gostosos, enquanto sentia a pele arder na nádega, era quase sufocante não poder reclamar, não poder ver nada, e mais uma vez gemeu alto ao sentir o estalo.                        
Ryoga seguiu o caminho a seu pescoço, e embora ele ruísse dolorido, via em sua pele arrepiada que a atenção não era completamente na palmatória. Ao alcançar sua nuca a mordiscou, prendendo nos dentes mas não o perfurou.
Katsumi estremeceu, e droga, como o toque dele era bom apesar do maldito toque sobre as nádegas, que também não era ao todo ruim, mas não era o tipo de toque que queria, ainda mais vindo de qualquer garoto.
- ... Hum...                        

- Você prefere que eu bata em você? Ou prefere continuar no toque dele?
Ryoga indagou e por um momento esticou o braço, aceitou a palmatória e indicou ao loirinho que virasse de costas. Katsumi u
niu as sobrancelhas novamente ao ouvir a pergunta, queria que ele fizesse tudo consigo, mas sabia que ele era mais grosseiro do que o garoto e bem mais forte, então manteve-se em silêncio, confuso.
Ao aceitar a palmatória e ver o menor de costas, Ryoga deu a ele uma cortesia, já que embora tocasse ao moreno com dolo, ele não era exatamente dominante. Desferiu em sua nádega e ouviu gemer abafado pela máscara, pela altura agradeceu por estar com ela.
O menor encolheu-se conforme ouviu o barulho do estalo na pele do garoto e também seu gemido dolorido, quem estava com a palmatória agora era ele? 
- Hum...
- Quer também, Katsumi? 
Ryoga indagou e voltou a estalar no garoto, numa de suas coxas dessa vez e o fez consequentemente se deitar junto do moreno, ainda que não muito próximo. Katsumi estreitou os olhos ao ouvi-lo. 
- Hum! 
O menor gritou, irritado e estremeceu, não queria saber dele tocando o garoto de alguma forma. 
- O que? Está com ciúme?
Ryoga assentiu, mordendo firmemente o acessório na boca.
- Oh, não seja indelicado com nosso convidado.
Katsumi rosnou a ele, mesmo a usar a máscara.
- Hum, está me provocando, Katsumi? 
O menor indagou e fingiu pensar que sim. Ao se levantar, dispensou o garoto em silêncio e o deixou sair do mesmo modo, antes ajudando a tirar sua máscara, mas deu a ele como um presente. Após sua saída, não fez barulho, assustou o único sentido que ainda lhe daria alguns alerta.
Katsumi uniu as sobrancelhas ao senti-lo levantar, sentiu a cama se mexer e manteve-se alerta, tentando entender o que ocorria ali. Por um tempo, Ryoga manteve o silêncio, provocando-o. Porém alcançou o aparelho de música, que mais parecia um pequeno quadrado inútil, encaixou o plug na saída de som e então levou a ele, tapando seus ouvidos com a música sem vocal.
O menor tentou mover as mãos, visto que não conseguia ouvir nada, e tinha a audição apurada visto que era um vampiro, se perguntava o que faziam, e até gemeu, buscando por respostas, porém logo teve a audição tomada e gemeu mais alto, lamentando-se.
Ryoga sorriu, e sabia que era para si mesmo, não tinha sua voz, sua visão e nem sua audição. O deixou por um tempo daquele modo. Katsumi manteve-se assim, parado e sentia-se imerso num local só próprio, sem sentido algum, tudo que podia ouvir eram os próprios pensamentos e era sufocante. Após um tempo, moveu as mãos, os pés, contorcendo-se e tentava falar, mas só os pequenos gemidos saiam dos lábios, estava se desesperando, não tinha muita paciência. Ficaria louco.
Ao retoma-lo, o maior tocou sua bunda vermelha pelas investidas nela, mais dolorida provavelmente pela palmatória maciça e imaginava que mesmo o toque gentil dos dedos fariam-na arder. Katsumi encolheu-se rapidamente conforme o sentiu tocar a si e sabia que os olhos certamente estariam negros, só não pior porque não havia nenhum corte. 
- Hum...
Vagarosamente, Ryoga fez o toque pesar. Apalpou sua pele dolorida, lamentou não ser capaz de provoca-lo. Katsumi encolheu-se novamente, pouco mais, como conseguiu e fechou os olhos, firme abaixo da venda.
De onde estava, o maior podia ouvir os ruídos sutis da música escapando por seus fones. De sua boca ocupada gemidos abafados. Ao enfiar a mão abaixo de seu corpo, puxou para baixo seu sexo pressionado na cama.
Katsumi sentiu-o puxar o sexo e novamente reclamou, abafado pelo acessório na boca, e ainda estava em expectativa, não sabia o que ele iria fazer, mas não havia se esquecido da ameaça daquele maldito objeto.
Ao pegar a pequena cápsula com que o ameaçou, Ryoga ligou na outra extremidade o controle e fez a pequena peça vibrar. Ao segurar seu membro flácido ainda, tocou com a ponta da cápsula a tão pequena abertura na glande e empurrou sem penetra-lo, o ameaçando.
Katsumi não podia ouvir o barulho do vibro, não podia ouvir nada na verdade, aquela maldita música, aquele maldito tudo, porém sentiu-o tocar a si na ponta com aquilo e o gemido alto deixou os lábios, abafado ainda e mordeu firmemente o objeto, fazendo-o ouvir o barulho da pequena bola quebrando, embora não realmente tenha quebrado e sim apenas rachado.
- ... Hum! Hum-hum.
- Hum, não vá se machucar. 
Disse o maior embora não fosse fazê-lo ouvir, ocupado com a música. Pressionou a cápsula, o fez sentir o acessório pedir passagem, vibrando na sua glande, dando um pouco de prazer enquanto o conflito de sua aflição.
Katsumi negativou, veementemente, irritado conforme o sentiu empurrar o objeto para si e gritou, embora impedido pelo objeto, abaixando a cabeça e pressionou a face contra o colchão, franzindo o cenho. Filho da puta, era um filho da puta!
Ryoga riu, sabia exatamente qual era sua expressão e o que provavelmente passava em sua cabeça. Não tinha intenção de estuprar sua uretra, preferia perturbar sua sanidade.
O menor uniu as sobrancelhas e sentia as lágrimas nos olhos, não estava manhoso, estava com raiva, queria dar uma porrada bem dada nele, como podia fazer uma idiotice daquela consigo? Reclamou mais uma vez, pressionando os olhos com força.
Ryoga esfregou em sua glande  a cápsula vibrante, somente então tranquilizou sua mente, tirando o doloso acessório de la. No entanto despediu-se com um tapa firme em sua bunda. O menor abriu os olhos ao senti-lo retirar o acessório de si, não poderia nem imaginar a dor de ter aquilo em si, parecia horrível. E por fim, agradeceu pelo tapa ao invés dele.
Ao caminhar para frente, o maior tocou sua venda deslizou por seus olhos e deu a ele o poder de novamente enxergar e acenou em um sarcástico cumprimento. Ao sentir a venda abaixar, Katsumi piscou algumas vezes e desviou o olhar a ele, estreitando os olhos. 
- Hum!
- Ah, está bravinha? - Ryoga indagou e sabia que precisaria de esforço para entender.
- Hum! Hum! -  O menor tentou falar, ainda a estreitar os olhos.
- Ah, o que houve? 
Ryoga fingiu-se desentendido. Seguiu até os demais acessórios que comprou e tomou um vibrador anelar, encaixou em seu membro, aquilo sim o faria endurecer e ao mesmo tempo sofrer sobre o ápice contido pelo outro anel.
Katsumi uniu as sobrancelhas conforme o viu se afastar e não entendia o que ele dizia, não ouvia nada, então tentava ler seus lábios. Estremeceu conforme o sentiu colocar o acessório no próprio sexo e fechou os olhos.
- Agora você vai querer gozar. - O maior disse a ele, livrando por um instante dos fones de ouvido.
Katsumi uniu as sobrancelhas ao senti-lo retirar os próprios fones e suspirou, observando-o. 
- Hum...
- E então, como foi aguçar seus sentidos? Ah, verdade, ainda não tem o dom da fala.
O menor estreitou os olhos, estava puto, queria matar ele.
- Não está gostoso com o vibrador?
Katsumi manteve-se em silêncio, claro, o que podia dizer? E fechou um dos olhos, sentindo o vibrador enchendo o saco, droga, estava excitado.
- Vamos, aproveite, sei que é gostoso. 
Dito, Ryoga voltou a chibata de antes, mais delicada. Brincou com sua aste enquanto o assistia. O menor fechou os olhos, firme e encolheu-se sutilmente, tentando resistir ao fato de que o sexo estava dolorido. 
- Hum...
- Que tal você gozar apertadinho nesse anel, hum?
Katsumi uniu as sobrancelhas mais uma vez, e se ele continuasse falando consigo daquele jeito, realmente iria gozar.
- Vamos, deixe-me ver seu clímax, Katsumi.
O menor fechou os olhos, firme e  estremeceu conforme o ouviu, iria mesmo gozar, estava dolorido demais, apertado e por fim gemeu mais alto, deixando-se fluir mesmo com aquele acessório incômodo.
Ryoga incentivou, mesmo sem toca-lo, falava com ele e era onde buscava provoca-lo. Viu-o fluir, e se surpreendeu que pudesse gozar mesmo na firmeza com que o limitador o envolvia. 
- Ah, haja vontade, Katsumi.
Katsumi fechou os olhos novamente, sentindo o corpo estremecer, leve pela sensação, mas ainda assim dolorido. 
- ... Hum...
- Ah, aproveite mais, Katsumi. Foi intenso, hum?
- ... Ryoga. 
O mais novo gesticulou, mas sabia que a voz não sairia, respirava pesado, queria tanto poder falar com ele, pediria por ele, pediria para ser comido por ele.
- O que há, Katsumi? Está tentando me chamar? 
Disse o maior e ao caminhar por ele, roçou sua pele com a ponta do chicote, o acertou nas costas, no espaço entre as correntes. O menor uniu as sobrancelhas ao vê-lo se aproximar e suspirou, por um momento achou que ele fosse soltar a si, porém fora surpreendido pelo chicote e estremeceu. 
- ... Ah!

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário