Ryoga e Katsumi #38 (+18)


- Tem certeza que não precisa que eu fique?
- Onii-chan, divirta-se com o Ryoga, eu cuido deles.
- Qualquer coisa me ligue. 
- Eu resolvo. 
Katsumi assentiu e desviou o olhar ao quarto, havia tomado banho, colocado roupas bonitas e se sentia
- ... Ele vai demorar mais? 

- Calma, isso é vontade de dar? - O loirinho riu. 
- Cala a boca. 
- Está usando cinta-liga?
Katsumi desviou o olhar a ele, estreitando os olhos.
- O que?

- Ué, é sexy, ele ia gostar. 
- ... Você tem um parafuso solto.                        
- Cinta liga não é bem um acessório que Katsumi usaria por vontade própria.
Ryoga disse após deixar o quarto, dobrando os punhos da camisa que vestia, vermelho bordô. S
eguiu ao encontro do moreno, tal qual seu irmão em nada semelhante.
- Podemos ir, Katsumi.                        

- Nossa como você está bonito... - Disse o menorzinho.
- Tira o olho, ele é meu. 
- A camisa é pro sangue dele não aparecer na cor? 
- Eu vou te matar.
- Obrigado, Haruki. - Disse o maior ao garoto, o qual tocou no topo da cabeça, via-o como uma criança. - Vamos logo, Katsumi.
Disse após pegar as chaves do carro e então seguir a frente deixando o moreno junto de seu irmão, não se sentia muito confortável para lidar com seu caçula.
- Tchau, cuide bem deles. 
- Cuido sim, divirtam-se.
Katsumi saiu junto dele do local e seguiu ao elevador, estava desconfortável, isso era meio óbvio, mas não diria nada.
- Ele provavelmente deve se sentir sozinho, nunca vi alguém querer tanto cuidar do filho de alguém.                        
O menor riu.
- Ele gosta deles.                        

- São crianças. Somente os pais gostam delas.                        
- Talvez, não seja bem assim.                        
- Bem, pra mim parece assim.
Ryoga desembarcou do quase cômodo metálico e seguiu em direção ao veículo qual tomou na vaga. Abriu a porta e destravou a dele, entrou consigo. Katsumi s
eguiu junto dele até o carro com um pequeno sorriso nos lábios embora estivesse receoso. 
- Não vai levar nenhum brinquedo?
- Não preciso levar. Eu posso pedir no catálogo deles.
- Ah pode?
- Você não sabia?
- Não, nunca precisei de nada.
- Hum, e não usava nos meninos?
O menor desviou o olhar a ele. 
-Não se sente desconfortável em falar sobre isso?
- Eu deveria?
- Se sentir ciúme.
- Uh. - Ryoga soou um pouco risonho. - Não estávamos juntos.
- Ah. - Katsumi sorriu. - Não, eu não usava. Sabe que eu não costumo ser... Bom como seme.
- Oh, até pouco tempo não diria bem isso.
O menor riu, mais num sopro. 
- É triste, mas parece que é verdade.
- Hum, parece animado hoje.
- Bem, depois da nossa conversa eu me sinto... Melhor. Eu nunca tinha contado aquilo a ninguém.
- Sobre seu irmão?
- Sobre mim. Sobre meu pai, sobre... Sobre tudo.
- Hum, fico feliz que isso tenha ajudado você.
- É... É bom.
O menor sorriu meio de canto e colocou o cinto, embora não tivesse tanto sentido. Ryoga f
itou-o de soslaio e sorriu para ele. Já dirigia e não levaria muito tempo para chegar lá. 
- Está usando alguma roupa por baixo?                        
Katsumi desviou o olhar a ele meio de canto e sorriu. 
- Roupa íntima preta. Normal.
- Boxer?
- Sim. Quer um estímulo mental?
- Na verdade imaginei que o comentário do seu irmão tinha de fato alguma finalidade.
O menor riu. 
- Sabe que não me visto como uma mulher.
- Não pensei como mulher, mas algo diferente.
- Tipo o que?
- Nada específico, por isso perguntei.
Katsumi sorriu a ele e abriu a camisa, apenas os primeiros botões, expondo o corpo a ele e também as tiras de couro que usava por baixo das roupas. Deu um pequeno sorriso. Ryoga fitou de soslaio, atencioso à direção. Pôde ver o acessório que usava e sorriu de canto. 
- Parece promissor.
- Ah parece? Achei que ia gostar. - Sorriu.
- É, é bem bonito. Vamos ver o restante quando eu chegar.
O menor assentiu e fechou a camisa novamente, mordendo o lábio inferior e puxou o piercing central dos lábios entre os dentes. Ryoga levou pouco mais de dez minutos e alcançou o destino. Estacionou o veículo e desembarcou na vaga, esperou-o em frente ao carro e seguiu curso até a entrada.
Katsumi adentrou o local junto dele, e passou pela boate já conhecida, estava um pouco diferente, mas nada muito exagerado. Desceram para o andar de baixo. 
- Quer beber algo primeiro?
- Hum, seria bom. O que você quer? - O maior indagou ao seguir caminho com ele, rumo ao bar na zona de dança.
- Hum... Sake. - Disse o menor num sorriso e sentou com ele no bar.                        
Ryoga pediu a bebida para ele, também para si. Aproveitou e pediu fatias de limão.
- Hum... 
Katsumi desviou o olhar a boate, observando os garotos que dançavam, há meses atrás, estadia procurando ali um para si.
- Procurando alguém? - Indagou sob sua distração.
- Já encontrei alguém, uns anos atrás.
- Então o que está pensando? - Ryoga indagou e agradeceu pela bebida. Tragou-a.
- Estou reconhecendo o lugar. - Katsumi sorriu a ele e bebeu um gole da bebida.
- E as pessoas, reconhece alguém?
- Não de fato. Ainda bem.
- Quem você teria ido atrás hoje, se não estivesse comigo?
Katsumi desviou o olhar a ele e logo para a pista de dança, indicando o garoto loirinho ao canto, pequeno em porte físico. 
- Provavelmente.
- Você só curte os que parecem seu irmão, parece um complexo.
- Eh? Que nojo. Não.
- Você não percebe, mas sempre parecem. Beba seu sake.
- Ora, você não se parece.
Ryoga assentiu e bebeu pouco mais da bebida.
- Sou o único. E não foi sua escolha primária.
- Hum... Não é como se gostar desse tipo fosse gostar do meu irmão.
- Não disse que gosta dele, disse que tem complexo.
- Não tenho.
- Você pode ir escolher o quarto.
- Já temos o quarto, é o mesmo da nossa primeira noite, lembra?
- Só quero que as cortinas fiquem fechadas dessa vez.
- Por quê?
- Porque quero privacidade. Quer voyeurs olhando a gente?
- Bem, qual sentido de vir aqui se não for isso?- Ora essa. Não sabia desses seus gostos peculiares.
- Não é um gosto peculiar, é só que tudo o que tenho aqui posso conseguir em casa, então se supõe que algo daqui lhe seja de interesse, não?
- Hum, sou só um trouxa sentimental, mesmo.
- Hum, que gracinha. - Disse o maior e tocou seu rosto, deu-lhe um afago, tentando compensar a insensibilidade. - Termine e vá para o quarto.
Katsumi sorriu.
- Você não vem comigo?
- Vá na frente, vou escolher alguma coisa.
- Hum, certo. 
O menor sorriu e ele e bebeu o restante do saque, selando os lábios dele e desceu as escadas, já sabendo onde era a porta no fim do corredor. 
- Katsumi... Caralho, achei que você não vinha mais aqui. 
- Eh? Ah, Kaito. 
- Está acompanhado? 
- Sim. Estou.
- Hum, que pena, ouvi dizer que desistiu de ser seme. Arranjou algum menino?
Katsumi deu um sorriso meio de canto. 
- Acha que se não estivesse iria querer ficar com você? Trouxa. 
- Olha... - Ele riu.
- Estou quase casado. 
- Casado é?
- Quer dizer... Namoramos. Mas ele é pai do meu filho.
- E por que está aqui? 
- Nos conhecemos aqui. 
- Hum, é tipo um jantar romântico? 
- Jantar? 
Kaito sorriu. 
- É, tipo isso. 
- Hum, deixe as cortinas abertas, vou adorar ver vocês dois. 
- É, vai sonhando.                        
Ryoga desceu um tempo depois, havia selecionado alguns itens para ele. Fazia um tempo que não ia ali, e se perguntava porque já não via da mesma forma, de fato havia escolhido o parceiro? Parece que sim. Após descer no entanto, entrou no quarto e o mesmo garoto qual ele havia dito, estava ali também. 
- Trouxe algo, Katsumi. 
Atendeu à porta no entanto antes que fechasse, aceitando os itens que havia pedido. 
Katsumi suspirou ao entrar no quarto, alongou o pescoço e estalou-o, assim como o maxilar, sabia que iria apanhar, alguma coisa dizia aquilo para si, era ele afinal, mas gostava, estava disposto a aceitar de bom grado. Desviou o olhar em direção a porta conforme o viu adentrar e uniu as sobrancelhas quase imediatamente.
- ... O que? ... Por quê?
- Pra descontrair. 
Disse o maior a ele enquanto levava as peças para a mesa do lado. Aproveitou para pegar a máscara bucal de couro e levar para a face do menino, colocando-a para ele em ajuda a fechar atrás de sua cabeça.
O menor desviou o olhar a ele, notando-o um pouco confuso e sentiu um arrepio percorrer o corpo, estranho, se lembrava de um estranho sonho que havia tido dias atrás.
- Ele é um vampiro?
- Sim, mas não veio aqui morder ou ser mordido. - Ryoga deu ao menino a corrente grossa e metálica em dourado. - Vá, prenda-o de costas. Katsumi tire a roupa e me mostre o agrado que me trouxe.
- ... 
O menor assentiu e observou o garoto e sua nova corrente, não sabia nem o nome dele e era um pouco incômodo.
- Ryoga eu não sei se eu... 
Disse, observando-o e suspirou por fim, retirando a camisa que usava, desabotoando-a.
- Ele não tem interesses sexuais, Katsumi. Só masoquista. - Disse o maior e desviou o olhar em seu corpo, analisando o acessório. - Promissor. - Repetiu.
- Hum... Existe alguém assim? - Katsumi sorriu e negativou. - Achei que iria gostar. - Disse e por fim retirou a calça. - Vai fechar as cortinas?
- Claro que sim. Ter prazer nem sempre envolve sexo. Hoje você vai descobrir isso. Você quer que as feche?
- Hum... Ryoga não faça isso. Quero... 
- Não faça isso o que? 
Indagou o maior e mandou que o garoto o prendesse nos pulsos, com as mãos para frente. Katsumi deixou-o prender a si, esticou as mãos para que ele o fizesse e estremeceu, fitava o outro, parecia tão pequeno. 
- ... Vai só me torturar, não vai?
- Torturar soa demais. Vou te perturbar. 
Após tê-lo feito ser preso, Ryoga levou uma nova corrente, desta vez mais longa e mais fina, embora ainda tivesse peso. As amarrações não seriam fluidas, mas sim cruzadas, ao seguir até ele, devagar passou cada cruzada das correntes em algo que parecia as amarrações do shibari. Copiavam cada passo de sua roupa de tiras por baixo, mas sem as cordas, eram feitas com a corrente.
Katsumi uniu as sobrancelhas a observa-lo e estremeceu mais uma vez, incomodado.
- E o garoto?
- Ele vai me ajudar. Não vai fazer nada sexual em você. 
Após prende-lo, o maior ajustou as correntes uma última vez e então o levou para o macio tapete vermelho centralizado no quarto, logo a frente da cama. Katsumi assentiu e seguiu junto dele até o tapete, ainda estava um pouco desconfiado, visto que não gostava de pessoas de fora, ainda mais pelo garoto em silêncio.
- ... Estou com medo.
- De que? 
Ryoga indagou e achou graça. O pegou habilmente no colo e o colocou deitado. Desse modo puxou o restante da corrente a prender suas pernas numa posição que as deixavam erguidas, quase junto ao peito. Katsumi uniu as sobrancelhas ao senti-lo prender a si e mordeu o lábio inferior, intrigado com o que ele faria. 
- Não vai me matar, vai?
- Você está mesmo pensando nisso ou está bancando a dramaturga?
O menor riu.
- Estou sendo dramático.
- A posição está confortável?
- O que você acha? Adoro ficar assim. - Disse e ouviu o menor rir.
- Adora ficar de pernas abertas, é?
- Não, não adoro, ora. - Disse a observa-lo. - ... Essas correntes nas minhas costas...
- É a questão. Passa pelas costas e estamos aqui não é para ter conforto.
Katsumi suspirou, dolorido e desviou o olhar ao garoto que ainda intrigava a si. 
- ... O que vai fazer?
- Garoto, venha. - Disse o maior e pegou a cinta de couro que portava uma bola vazada e indicou para que colocasse na boca do moreno. - Vá.
Katsumi uniu as sobrancelhas. 
- Ah não, Ryoga... - Disse num suspiro e sentiu a pequena bola em meio aos lábios, fora forçado a abrir a boca de todo modo. - ...
- Não reclame. Ou melhor, não vai poder reclamar com a boca fechada agora.
O menor estreitou os olhos, observando-o naquela posição desconfortável e não havia nada que pudesse fazer se não esperar pelos movimentos dele. Ryoga chamou pelo garoto e entregou a ele o pequeno chicote, com aste fina e uma pequena tira de couro. 
- Vá, pode brincar um pouco com as coxas dele.
Katsumi uniu as sobrancelhas ao observar o acessório dado em mãos a ele e estremeceu, sabia exatamente a sensação daquilo na pele, sabia o quanto doía, gostava de bater, mas não muito de apanhar. Observou o garoto com um acessório diferente em sua boca, era como uma máscara e quase riu ao pensar na graça que poderia ter para o mais velho ficar falando sozinho, só ele dava as ordens. Fechou os olhos, tentando relaxar e fora quando recebeu uma chicotada sobre a coxa, gemeu, fazendo o som transpassar o acessório.
- ...
- Hum, soa bem. - Ryoga disse sob o eco estalado da chibata - Veja que escolha de sorte, Katsumi. Podia ter dito que queria um mais forte.
O menor fechou os olhos novamente, e sabia que ele não havia batido com força de fato, não achava que aquele garoto tivesse a intenção de ser tão masoquista consigo se não fosse a pedido do outro. 
- ... 
Desviou o olhar a ele, e ele com certeza saberia a resposta. Filho da puta. Sentiu outro estalo sobre a coxa e estremeceu.
- Isso não é gostoso, Katsumi? 
Ryoga indagou e sorriu a ele. Deixou o garoto prosseguir enquanto analisava os itens. Dentre eles um pequeno plug, bem pequeno, porém certamente sentido para a região para qual foi feito. 
- Sabe o que é isso?
O menor manteve-se em silêncio, inclinando o pescoço para trás e gemeu novamente conforme sentiu o chicote estalar. Caralho, como doía. Desviou o olhar a ele em seguida, fitando o pequeno acessório e assentiu, fingindo conhecê-lo, embora não estivesse certo de nada.
- Hum, sabe mesmo? - Disse o maior e sorriu. - Ele entra num lugar bem pequenininho.
Katsumi estreitou os olhos, tentando enxergá-lo de onde estava e só então percebeu o que ele segurava, negativou a ele, rapidamente, tentando mover os braços. 
- ... Hum!
- Não, não vai fugir. E sim, vou colocar isso no seu pau.
- HUM! 
O menor gemeu alto, quase um grito e estreitou os olhos, negativando a ele, sentia o arrepio na coluna, a agonia de saber que aquilo iria doer tanto que nem saberia se aguentaria.
- Serei gentil, posso até usar lubrificante. - Disse o maior e seguiu até ele, fitando-o de cima.
Katsumi uniu as sobrancelhas agora, observando-o e negativou conforme tentava se mover, as correntes eram fortes demais para si, que era vampiro transformado há tão pouco tempo, novamente, filho da puta!
- ... Hum...

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