Yuuki e Kazuto #48


Kazuto abriu a porta do quarto e observou o namorado, já havia acordado e tomado o banho de sempre. Sorriu, agradecendo por ele não ter acordado antes, ou teria estregado o que preparava.
- Yuuki, pode vir aqui?

- Pra quê?
O maior indagou sentado à beira da cama, com a toalha que tapava os louros fios de cabelo, úmidos e afagados pelo tecido.

- Eu fiz o jantar. - Sorriu.
- Hum... - Yuuki murmuriou a repousar a toalha envolta ao pescoço.
- Você disse que pro seu jantar o sangue estava bom. Então... Eu usei sangue.
- Matou a empregada?
- Não... Eu tentei, mas ela era mais forte que eu. - Riu.
- Ela é com certeza.
Yuuki levantou-se, ainda de trajes incompletos vestidos, apenas uma calça de macio tecido fino, preta, e toalha abandonada de qualquer modo sobre os ombros. Kazuto a
briu a porta do quarto a dar passagem ao outro.
- Acho que vai gostar.

- Vou lá antes que tenha que te internar numa clinica psiquiátrica com depressão.
- Por quê?
- Por quê? - Repetiu o outro.
- Hai.
- Não preciso nem responder.
- Vem.
O menor virou-se e seguiu o caminho até a sala de jantar, a mesa posta para ambos com as taças preenchidas com o líquido vermelho e o espaguete com o tom bem vermelho do molho. 
Yuuki pôs as vistas a observar o lugar, uma arrumação sem muitas delongas, simples e ainda assim parecia deter algum empenho.
- Vou vestir uma camisa.
Disse antes de se voltar ao quarto em busca de alguma camisa qualquer, fechou os botões dela a deixar apenas os iniciais fora de suas casas e seguiu de volta a sala, sentando-se à mesa.
O pequeno a
briu um pequeno sorriso ao ouvi-lo e esperou que o outro retornasse para se sentar no lugar ao lado dele, experimentando o vinho puro. Yuuki ajeitou-se prontamente a golar do vinho na taça, sentindo o sabor de fruta com leve dose alcoólica e quase insignificante.
- Experimente. - O menor sorriu a ele.
- Tá, mas não fique observando a mim, faça seu jantar normalmente.
- Ah, hai.
O menor assentiu e pegou o talher ao lado do prato, iniciando a refeição. Yuuki p
egou o talher sob a mesa, experimentando o jantar que logo deu início a comer vagarosamente, acompanhado pelo vinho vez e outra. Kazuto desviou o olhar a ele por alguns segundos e abriu um pequeno sorriso, levando a taça aos lábios. Yuuki tornou garfar o espaguete e leva-lo a boca, os lábios delineou a limpar qualquer rastro que os adornasse e voltou a beber do vinho enquanto ingeria o alimento em ato silencioso.
- Está bom? - O menor sorriu, continuando a própria refeição.
- Se for fazer algo pra comer e ficar me dando toda essa atenção, vai me incomodar, se estivesse ruim eu não estaria comendo.
- Só... Quero saber.
Kazuto desviou o olhar a taça e levou-a aos lábios, bebendo alguns goles da bebida. Yuuki c
ontinuou a comer apenas, até que toda refeição houvesse sido esvaída do prato servido. O menor permaneceu em silêncio, acabando junto do outro a refeição e logo se levantou.
- Espere.
Caminhou até a cozinha, perguntando à empregada onde estava a sobremesa que havia preparado e abriu a geladeira, retirando os pedaços médios de bolo. Voltou a mesa e deixou-o em frente ao outro com a pequena colher. O bolo era de morango e a cobertura era enfeitada com o chantilly manchado com o líquido vermelho que exalava o cheiro prazeroso e os morangos sobre ele. Sorriu e sentou-se ao lado dele novamente, experimentando o próprio pedaço de bolo.

Yuuki observou-o por instantes após sua volta, a essa hora a empregada já havia retirado as louças sujas do jantar. Fitou o doce bem cortado acima do prato médio, tal como a colher de sobremesa. Não gostava de doces, já havia dito, não comentou e apenas preencheu o talher não grande e levou o bolo a boca, passando a comer devagar.
Kazuto mexeu na cobertura, pegando pouco dela e levou aos lábios, apreciando o sabor forte do sangue, logo voltando a apreciar o bolo. O maior comia em pedaços grandes, sentindo o sabor adocicado na língua, suavizado pelo sangue gotejado e misturado a sobremesa, e terminou-a logo.
O menor comeu os últimos pedaços do bolo, deixando as pequenas frutas por último que saboreou e pegou a taça, levando-a aos lábios e bebeu o restante do vinho. Yuuki deu fim a bebida na taça e deixou-a a ser retirada da mesa, como feito antes pela empregada e se levantou no fim do jantar. Kazuto observou o outro a se levantar e uniu as sobrancelhas.
- Hum?

- Já terminei.
- Ah, hai. - Levantou-se junto dele.
- Obrigado. Da próxima vez te compro uma roupa igual da empregada.
- Só queria fazer algo que você gostasse.
- Eu não disse o contrário disso.
- Sangue sempre me deixa excitado... - Murmurou.
- Hum, e aí? - Yuuki indagou no caminho de volta ao quarto.
- Quer f... Transar? - Murmurou o menor a adentrar o quarto e caminhou a se sentar na cama.
- Você por acaso é um cachorro?
- Por quê?
- Me diga quando é que não quer transar comigo.
- Eu sempre quero. - Deitou-se.
- É, eu sei.
- Você não quer? - Kazuto uniu as sobrancelhas.
Yuuki se encaminhou a cama a fitar-lhe o corpo sobre ela, e ao lado oposto o qual o menor se deitava, sentou-se à beira, a prover-se de um cigarro que exalava mentolado pelo cômodo.
- Ah, Yuuki não seja ruim comigo.
O menor engatinhou sobre a cama, alcançando o outro e ambas as mãos levou sobre os ombros dele, massageando-os levemente. Yuuki d
eu alguns outros tragos no cigarro, expelindo a fumaça cinzenta que nublava as vistas, enquanto sentia a massagem nos outros.
Os lábios do menor lhe tocaram o pescoço algumas vezes, beijando-o no local e uma das mãos adentrou a camisa aberta dele, acariciando-lhe o tórax a tocá-lo no mamilo, pressionando levemente o local.
- Hey, Cinderela, já passou da meia noite.
- Não me importo que me veja com um vestido todo arrebentado e rasgado. - O menor riu. - Afinal... Você rasga todas as minhas roupas... E assim é mais fácil.
O menor puxou a camisa dele com ambas as mãos e arrancou alguns dos botões do lugar, abrindo-a.

- Estou dizendo que o encanto acabou, já fui bonzinho o suficiente.
- Por favor...
- Então faça você.
- Como vou fazer isso sozinho?
- Fazendo.
O cigarro, Yuuki fez menção de apagar contra a pele alheia, porém em desvio o levou ao cinzeiro no móvel do lado da cama onde postava sentado em beira e se voltou a se deitar. Kazuto o
bservou-o imóvel a aproximar o cigarro de si e uniu as sobrancelhas, observando-o na cama.
- Não vai me tocar?

- Faça algo, estou com preguiça.
- ... Assim eu não quero.
- Então sossegue o cu.
O menor estreitou os olhos e assentiu, levantando-se e seguiu em direção ao banheiro. Yuuki teria arqueado a sobrancelha enquanto o via seguir ao banheiro com sua típica mania. Kazuto adentrou o local, retirando as roupas e deixando-as no chão, adentrou o box e ligou o chuveiro, deixando a água molhar o corpo, teria que se acalmar de alguma forma, já que estava a ponto de fazer alguma idiotice se ele continuasse a ser frio daquela forma.
O maior acomodou-se na cama, de peito ainda para cima, os braços cruzados foram apoiados atrás da nuca, onde descavam-nos sob o travesseiro e cerrou as pálpebras, daquele modo permanecendo. Kazuto terminou logo o banho e voltou ao quarto, abrindo o armário e procurou as próprias roupas.
Yuuki d
escerrou as vistas diante dos ruídos corridos pelo cômodo e fitou o outro, mas foi breve. O menor vestiu a roupa intima e o pijama em seguida, deitando-se ao lado dele e cobriu-se com o edredom, fechando os olhos.

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