Fei e Hazuki #50


Hazuki seguiu o caminho de volta pra casa com a filha pequena nos braços e sorria a ela assim como ela retribuía o sorriso para si, observou-a, usando a pequena florzinha cor de rosa nos cabelos e carregava alguns lírios dentro de uma cestinha pequena, as flores que havia trazido para o pai. O kimono pequeno era pouco desajeitado, afinal, havia levado a pequena para o laguinho ali perto e deixou-a adentrar a água na própria companhia. Logo adentrou a casa, abrindo a porta e observou o local vazio.
- Fei?

Tilintou cada corda, com a serena melodia. Fei não o havia visto chegar, mas seu chamado ouvira da pequena área traseira à casa, próximo a presença das costumeiras árvores de folhas vermelhas, que se misturavam ao verde, que se tornava tão pouco nas proximidade do rubro ressaltado. No Guzheng tradicional chinês, tocava a música calmeira, e até ali o esperou chegar, a que fosse induzido pela música, denunciando a estadia.
O moreno ouviu o som pela casa, tranquilo e seguiu para fora do local, abaixando-se em frente a ele e sorriu a colocar a pequena no chão, observando-a a estender a cestinha ao pai. Fei fitou a pequenina, observando a cestinha e lhe sorriu.
- Eu tenho os lírios mais bonitos, não é, Lien?
Indagou à pequenina, e ainda deu continuidade a música, até seu fim, deixando o grande instrumento ao lado. Na taça, a dose putaojiu, erguido o vinho chinês, cedeu-lhe ao moreno.
- Não sei se lhe desejo feliz aniversário, ou se desejo felicidades a mim mesmo, por ter você comigo.

Hazuki sorriu ao ouvi-lo, assim como a filha pequena e pegou a taça a beber um gole da bebida apenas.
- Obrigado, amor. - Aproximou-se e lhe selou os lábios.

O loiro retribuiu-o no selar, a sentir o gosto da bebida em sua boca, doce.
- Só não mais doce que você. Não temos sorte, Lien? De ter essa mamãe bonitona, hum?
Dizia e segurou o cestinho com os lírios, assim como ajeitou a pequenina no próprio colo.

O moreno sorriu a eles e sentou-se ao lado do outro.
- Hai. - A pequena ajeitou-se no colo do pai e sorriu. - O lago estava gostoso, papai... A água estava geladinha.
- Mamãe é linda sem roupas, não é? - Fei riu baixinho e a pequena assentiu.
- Hey, vocês dois, podem parar. - Hazuki riu.
- Hazuki-san! - Mitsuki falou a correr, adentrando o local enquanto ajeitava o kimono que usava e carregava o bolo em outra das mãos. - Nós fizemos um bolo... Mas eu quase queimei ele... É culpa do Isumi na verdade.
- Culpa minha por quê? - Isumi respondeu.- Você me fez fazer o bolo quase queimar. - Mitsuki estreitou os olhos ao outro.
- Hum... Espero que não deem bolo ruim pra minha morena. - O loiro dizia a lhe acariciar os longos cabelos negros do outro. - Eu fiz seu jantar, gongzhu.
Hazuki sorriu.
- Vocês fizeram tudo pra mim então?

- Hoje você não cozinha, Hazu. - Mitsuki sorriu.
- Eles que são intrometidos, eu poderia cuidar de você. - Fei provocou-os.
- Hey... - Mitsuki estreitou os olhos.
- Ah, eles se esforçaram pra fazer o bolo...
O loiro maior riu.
- Vamos ver o sabor que ele tem.

- Fizeram um bolo de pasta de dente? - Hazuki riu baixinho.
- Ó que eu jogo fora hein?
Fei tornou a rir.
- Você é ainda mais maldosa, ohime.

- Porque acha que me odiavam na cozinha do Katsuragi? - Riu baixinho.
- Sei que ficou bom, meninos. Não te odiavam, você que pensa isso.
- Eu digo que se irritavam comigo o tempo todo por fazer piadas.
- Você era tão quietinho, nunca vi essa façanha.
Hazuki riu baixinho.
- E o que vocês estavam fazendo?

Mitsuki cutucou o outro ao ver o sorriso dele e estreitou os olhos.
- O bolo.

- Hum... Espero que não o tenham estragado, além de queimado.
- Não estragamos, juro. - O loiro menor riu.
- Não fizemos nada. Só quase queimou.
- Hum... Lien pode realmente comer isso?
A pequena estendeu as mãozinhas na direção do bolo.- Claro que pode, ora.
- Já já vamos comer, pequena. Então está certo. Minha princesa quer o doce primeiro?
- Tem que comer a comidinha do papai.
- Vocês querem o salgado primeiro ou o bolo?
- Salgado. - Hazuki riu baixinho.
- Fiz yakisoba que minha japonesa gosta. E camarão agridoce.
- Hum... Vamos logo comer! - Hazuki riu.
Fei levantou-se num riso, levando consigo a pequenina no colo, cujo já descansava com o rostinho no próprio ombro.
- Quero as árvorinhas do 'kisoba, mamãe.

- Own... Eu te dou, meu amor. - Hazuki riu a beijar a filha no rosto.
O loiro viu-a sorrir e mostrar seus dentinhos impecáveis. Riu-se e com os demais seguiu até a cozinha, servindo a mesa na sala. O moreno ajeitou a filha na almofada ao lado de si e sorriu a ela.
- Fei, não quer que eu coloque a mesa?

- Por quê? Acha que não sei, é mamãe?
- Eu ajudo, Mitsu pode se sentar também. - Disse Isumi.

- Ah... Iie... Deixa que eu ajudo, Isu. - Disse Mitsuki.
- Claro que sabe, ora. - Sorriu. - É que já fez tudo...
- Não estou cansado, não sou um velho ainda.
Dizia o loiro ao moreno e buscou a refeição já preparada, serviu à mesa, a travessa chinesa preenchida pelo macarrão, vegetais e carne. Noutra delas o ruivinho trazia consigo os camarões grandes, cobertos pelo molho agridoce.
- E então, mamãe, papai fez bem?

Hazuki sorriu a observar a comida e logo mordeu o lábio inferior.
- Hum... Parece que sim. 
É que eu... Eu podia ajudar.
- Sente fome, hum?
Fei sentou-se junto aos demais, e sem delongas serviu o companheiro.

- Muita fome, mas tenho que dar pra minha pequenininha também.
- Deixe o Mitsuki fazer isso, pra ele ir treinando.
- Mitsu ainda querendo ser seme, hum?
Hazuki riu baixinho a levar uma dos pequenos pedaços de brócolis aos lábios da filha.

- Não... É que eu... Ah... Ta bem. - Mitsuki falou.
- Não quis dizer isso, quis deixar pra ele treinar de ter a dele também. - Fei riu. - Só não tão linda quanto a minha.
- Eh? - Isumi riu a desviar o olhar a ambos.
- Ele está dizendo pro Mitsuki engravidar um dia.
- Ah, entendi. 
- Ah, eu quero... - Mitsuki falou.
- Quer o que?
- Um filho.
- Ainda vai ter muito tempo pra isso, ahn?
- Você quer, Isumi?
Isumi sorriu.
- Eu não disse pra treinar?

- Ah que gracinha, irmãozinhos incestuosos.
Mitsuki sorriu e abraçou o namorado, já que o outro estava próximo de si. Isumi sorriu-lhe novamente e igualmente o abraçou. Hazuki riu.
- Viu só a reviravolta do Mitsuki ativinho? 
Hazuki assentiu e pegou um pedaço de carne, levando aos lábios do maior. Fei aceitou e igualmente o fez, envolvendo nos hashis o macarrão e serviu o companheiro. O moreno sorriu a aceitar a comida e lhe selou os lábios em seguida. O loiro serviu-se em seguida, e vezes tornou repetir o ato enquanto o outro dava comida a pequenina.
Hazuki çlevava as pequenas verduras aos lábios da filha assim como pedaços de carne e frango e sorria a ela, aceitando a comida dada pelo outro para si.
- Hazuki-san... Vocês não deviam ser casados?
- Ah, não faz diferença, já moramos juntos e ele já é meu marido.
- O que importa, não é o nome passado em papel e sim o significado que o nosso sentimento tem para nós, não a lei ou as pessoas.
O moreno assentiu e abriu a boca novamente a espera da comida. Fei sorriu a ele e tornou a servi-lo com a comida. O loiro aceitou a comida e piscou ao loirinho.
- E vocês, como estão indo por aqui?

- É maravilhoso, Hazu, esse lugar é lindo e nem preciso dizer que é mil vezes melhor do que com o Katsuragi.
- Morena perguntando isso mais de um ano depois. - Fei riu. - Aqui tem muitos lugares bons pra visitarem. Mas você teimam em ficar em casa.
- Isumi, está quietinho hoje, algum gato comeu sua língua? Mistuki? - Hazuki riu.
- Eu sempre fui mais quietinho que o Mitsu. - Isumi riu. - Eu estou com sono.
- Acordou cedo hoje?
- Acordei cedo e dormi de novo, mas, continuo sonolento.
- Entendi.
Hazuki continuou a dar a comida para a filha até que ela se sentisse satisfeita e deu atenção ao próprio almoço.

- Comeu as "árvorinhas" Lien?
- 'mi. - Ela falou baixinho.
- Estava gostoso?
A pequena assentiu. Hazuki desviou o olhar a todos enquanto jantavam juntos, e deu um pequeno sorriso por um momento, em nenhum universo sonhou que estaria em família daquela forma antes de sair do bordel, com Katsuragi aquilo era impossível, e agora, estava com eles no próprio aniversário, feliz.
- E aí, vamos cortar o bolo?
- Vamos!

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