Fei e Hazuki #49


Hazuki suspirou, um suspiro suave e sutil ao sentir a água quente escorrer pelo corpo e deslizou a mão pelos cabelos que aos poucos se molhavam o banho que acabara de entrar. Banhou o corpo, devagar, atencioso a cada parte dele e logo lavou igualmente os cabelos. Saiu do local, pegando a toalha e deslizou sutilmente pela pele a secar a água e levou-a aos cabelos, secando-os pouco com a toalha. O passo deu em direção a saída e observou o outro parado na porta. Assustou-se e levou a toalha em frente ao corpo, suspirando ao perceber que era ele, riu baixinho.
- Não me assuste, Fei, quer me matar?

- Ah... Que visão mais linda.
O loiro quase chegou a sibilar e descansou as mãos em sua cintura, lhe provendo de um baixo riso diante de seu comentário. Hazuki r
iu junto dele e lhe selou os lábios.
- Você... Estava aí há muito tempo?

- Onde mais poderia querer estar com a minha morena tomando banho e passeando o sabonete no corpo?
- Achei que não soubesse que eu estava aqui. - Riu baixinho. - Eu vou fazer o chá.
- Hum, sempre sei onde está, fico seguindo você pela casa.
Fei riu baixinho e o abraçou na cintura, o beijando no pescoço cheiroso de banho.

- E onde está o nosso lírio pequenininho? - Sorriu.
- Está sentadinha no futon da sala.
O menor sorriu novamente.
- Está esperando a comidinha?

- Provavelmente. - Fei sorriu de volta.
Hazuki selou-lhe os lábios algumas vezes.
- Então deixa eu me trocar pra fazer a comidinha dela e logo eu dou a sua. - Piscou a ele.

- Mas a minha está mais fácil.
- Sua filhinha vai ficar com fome hein?
- Hum... Vamos vamos. Minha princesa chinesinha precisa comer.

- Hum... Não é mais insistente? O que houve com o meu loirinho que me estuprou no banho? - Riu.
- Ainda existe, mas eu sou mais forte do que aquela florzinha na sala.
Hazuki assentiu e riu baixinho.
- Então me deixe vestir uma roupa, hum?
O menor sorriu a ele e seguiu em direção a estante onde havia deixado as próprias roupas, retirando a toalha e abaixou-se em frente a ele a deixá-la no chão, abrindo um pequeno sorriso consigo mesmo com a visão que daria ao outro. Vestiu a roupa intima e logo o quimono, ajeitando-o no corpo.

- Isso é golpe baixo, morena. Vou te golpear baixo mais tarde também.
- Eh? Mas só estou pegando as roupas.
- Aham, só as roupas. Devia morder você.
O menor riu e prendeu o quimono com o obi.
Hazuki adentrou a casa, correndo em frente ao outro numa pequena brincadeira e sorriu a ele, desviando o olhar a pequena sentadinha sobre a almofada e colocava as flores pequenininhas no vaso sobre a mesa. O cabelo loiro e liso atingia pouco mais da altura do ombro, já estava crescida, o tempo havia passado num estalar de dedos e os olhinhos azuis foram desviados aos pais, deixando as flores no local e levantou-se a correr em direção a mãe, quase tropeçando com o quimono que usava. O moreno a pegou no colo e a beijou no rostinho.
- Oi minha florzinha.

Fei entrou pela sala junto ao moreno conforme o caminho ele seguiu. Observou os grandes orbes azulados voltados a direção de ambos num gesto calmeiro e logo afoito, quando se levantou e correu para o moreninho, agarrando seu quimono antes que tropeçasse.
- Que menina rápida.

O moreno riu baixinho e virou-se em direção ao outro, aproximando-se a lhe selar os lábios.
- Mal aprendeu a andar e já está correndo.
- Ah, isso é ótimo, pelo menos ela está exercitando. - Hazuki riu. - Não é, meu anjinho? -Viu a filha assentir e sorriu a ela, beijando-a na face.
- ... Que coisa mais linda do papai. - Fei resmungou consigo.
Hazuki riu e entregou a pequenininha ao maior, deixando-o segurá-la.
- Preciso fazer a comidinha dela.

O loiro pegou-a no colo, beijando-a no pescoço onde fez cócegas.
- Psiu psiu.

A pequena riu, escondendo a face no ombro do pai e o abraçou. Hazuki sorriu a ambos.
- Ela parece uma versão em miniatura sua.

- Com os olhinhos da mamãe linda dela, hum hum? - Fei voltou fazer-lhe cócega no pescoço.
- Sim, claro. - Riu assim como a filha. - Para, papai. - Ela fez bico.
- Não paro não. Vou morder seu bico.
- Não... - Ela se encolheu.
- Por que não?
- Porque dói, papai.
- Dói?
- Hai. - Fez bico novamente.
Hazuki riu baixinho e seguiu a cozinha, separando as coisas necessárias para fazer o jantar. Fei caminhou junto ao moreno, levando consigo a filha.
- Como você sabe? Quem te mordeu?

- Você já me mordeu, papai. - Ela riu baixinho, aproximando-se e mordeu-lhe a bochecha sem força. - Aqui ó.
O moreno sorriu ao ouvi-los, iniciando o preparo da carne.
- Ah, mas o papai não mordeu pra machucar sua mentirosa.
- Mas machucou... Tem que dar beijo depois.
- Então você tem que beijar o papai, porque mordeu.
Lien aproximou-se da bochecha do pai e beijou.
- Isso, agora pode sentir o cheirinho da comida da mamãe.
Hazuki sorriu a ambos e aproximou-se a selar os lábios do outro novamente.
- Mamãe já leva a comida pra vocês, hum? O que quer beber, amor?

- Qual dos amores?
- Você, grandão. - Riu.
- Hum... - Fei murmuro ambíguo. - O que você quiser tomar, morena.
- Palhacinho. - Hazuki murmurou e assentiu. - Pode ser saquê?
- Pode ser, japonês.
- Okay. - Riu baixinho. - E você, minha loirinha? 
- Quero suco de morango, mamãe.
- Ta bem. - Sorriu.
- Morango? Por que morango?
- Eu gosto de morango.
- Mamãe anda fazendo suquinho de morango pra você é?
Hazuki sorriu.
- Eu achei alguns morangos a venda na feira ontem, fiz o suco pra ela e ela gostou.
- Está sendo muito mimada essa princesinha.
Ela fez um biquinho a observar o pai e puxou o quimono dele na manga.
- O que?
- Vem me pegar, papai.
E ao falar, ela se levantou, tentando caminhar rapidamente pela sala, e achava que aquilo era realmente correr. Fei arqueou uma das sobrancelhas e riu, levantando-se e seguiu atrás dela, devagar enquanto a via correr de modo meio desajeitado.
- Eu vou te pegar hein?
- Parem de correr, vocês vão se machucar. - Falou o moreno.
- Eu seguro ela mamãe.
Hazuki estreitou os olhos e virou-se em direção ao fogão, podia ouvir os passos atrás de si e logo em seguida veio o choro fraquinho, a filha havia caído de joelhos.
- Fei!
- Desculpe, eu me distraí.
Hazuki estreitou os olhos e voltou-se para a sala, fitando a filha junto do outro sobre a mesinha e ajoelhou-se lado a ele.
- Calma, mamãe, foi só um joelhinho ralado.
- Ah, meu Deus, tem que limpar, eu vou pegar algumas ervas.
O chorinho fraco aos poucos foi se dissipando conforme o loiro massageava o local, e Fei desviou o olhar ao moreno, vendo-o procurar pelo seu potinho de ervas.
- Gongzhu... Hazu... Amor. Calma, ela está bem. - Fei se voltou a pequena. - Espere aqui, princesa.
Só então o loiro se levantou, seguindo ao moreno e segurou-o pela cintura novamente, cessando seus passos para a procura do objeto.
- Calma, ela já está bem.
Hazuki uniu as sobrancelhas a desviar o olhar a ele e encolheu-se por um pequeno tempo.
- Tem certeza?
- Claro que tenho, precisa se acalmar.
- Eu... Não quero que ela se machuque.
Fei sorriu e deslizou uma das mãos pela face do menor, acariciando-o.
- Sei que não quer, mas infelizmente ela vai cair algumas vezes, não podemos segurá-la sempre.
O moreno assentiu.
- Tudo bem?
- Sim... Me desculpe.
- Não desculpo. - O maior sorriu e beijou-o na pontinha de seu nariz. - Vem, vou te ajudar a fazer o jantar. Lien, vem, vamos ajudar a mamãe!

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário