Nowaki e Tadashi #50


- O que há? Se sente bem?

- Sim, minha... Cabeça fica um pouco confusa as vezes...
- Hum, está tudo bem. - Nowaki segurou sua mão por um instante, apertou de leve. - Só se animou um pouco demais. Gravidez altera os hormônios então...
Tadashi desviou o olhar a própria mão apertada por ele e sorriu, sentiu uma palpitação firme do coração.
- Ah... Quem diria que um dia você iria gostar de mim como eu gosto de você. - Riu.
- Hum, parece que já está melhor. - Disse o maior após ouvi-lo, em seu riso já parecia despreocupado.
O menor assentiu e sorriu a ele. 
- Estou tão... Feliz com tudo isso que ainda parece mentira, sabe? Olha pra você, pensar que você gosta de mim, pensar que... Vou ter um filho seu... Isso é tão surreal.
- Hum, quanto otimismo. Se sente bem esperando um bebê, hum?
- Acho... Que sim. - Sorriu.
Tadashi sorriu a ele e ao soltar sua mão, afagou novamente seu cabelo. 
- Mesmo tão novo?
Nowaki observou-o e suspirou, assentindo. 
- Estou com medo, mas eu tenho você, não estou sozinho.
- Ainda bem, hum? Vamos. 
Disse o maior e apos solta-lo tomou o volante, colocou alguma música e o deixou ouvir enquanto dirigia. Tadashi assentiu novamente, colocando o cinto de segurança e desviou o olhar a janela. 
- ... Nowaki.
- Hum? - Indagou ao ouvi-lo chamar ou refletir.
- Você ainda gosta dela?
- Hum, na verdade não era de fato apaixonado por ela, Tadashi.
- Então... Por que ficava com ela?
- Porque era indiferente.
- ... Não entendo.
- Eu gostei dela.
Tadashi assentiu, abaixando a cabeça. 
- Ela sabe que estou esperando um filho seu?
- Bom, não tivemos boas últimas conversas. Não acho que isso seja algo que ela precise saber. Gostaria de saber se fosse você na situação dela?
- Não gostaria, mas eu quero saber se ela sabe pra tomar cuidado, ela é louca.
- Ela não vai te fazer nada. Deve estar seguindo a vida.
- Ou planejando me matar. - Riu.
- Não, ela reagiu mal, mas não é ao todo sempre tão nervosa.
- Hum, vamos mudar de assunto.
- Vamos sim. Agora você vai ocupar a boca com algo mais interessante e não sou eu. - Disse o maior após virar e manobrar o veículo, colocando no estacionamento ao chegar na cafeteria. - Vamos?
Tadashi riu e assentiu a ele. 
- Embora fosse bem interessante ocupar a boca com você. - Murmurou e mordeu o lábio inferior. - Vamos.
Nowaki sorriu ao garoto e então deixou o carro, ajudando-o no mesmo. Ao sair se encaminhou com ele para a cafeteria, que tinha um aspecto cálido e aconchegante. Cheirava a chocolate e vinho, acompanhado é claro do café. Levou-o até uma das mesas e o indicou a se sentar, fez o mesmo a seguir. De lá podia ver um pequenino que parecia ter vontade de atender as mesas mas olhava também o confeiteiro ruivo que lhe dava um morango tão grande quanto sua pequena mão.
Ao adentrar o local, já conhecido, o menor só se deu conta quando já estava dentro e sorriu ao ver o pequeno loirinho por ali, gostava dele. 
- Ele é tão bonitinho.
- No inverso sempre fazem um cardápio diferenciado. Tem chocolate com marshmallows. Tem o fondue.
- Ah, isso é coisa de rico né. - Sorriu. - Quero saber o gosto.
- Não necessariamente, estamos falando de café e doces e não de scargot.
Tadashi riu. 
- É que fondue é francês, não?
- Hum, mas é numa sobremesa simples. Você vai entender. - Disse o maior e formulou o pedido ao responsável pelo atendimento. - Chocolate amargo ou branco, mamãe?
Tadashi desviou o olhar a ele ao perceber que falava consigo e sorriu. 
- Amargo. 
Desviou o olhar ao loirinho que no dia fazia o atendimento e sorriu para si conforme o ouviu.
- Quantos meses? 
- Quatro... - Sorriu meio tímido.
- Parabéns.
Nowaki sorriu a ele e formulou o pedido como dito após a gentileza da parabenização. Pediu também chá para acompanhar, frio no entanto. O menor sorriu ao outro, esperando-o formular o pedido e logo viu aquele pequeno pedacinho de gente, se esticando para a mesa e estendeu uma das mãozinhas para si.
- Oi.
- Oi pequeno. - Tadashi falou a ele, aceitando sua mãozinha e apertou-a em comprimento.
- Ah, desculpem. Hasu, sabe que não pode ficar aqui na frente.
- É seu filho?
- ... É sim. 
- Ele é uma gracinha, pode deixar ele aqui sim, gosto dele. - Sorriu.                        
Nowaki agradeceu ao chá que serviço previamente antes das loucas do fondue, tragou a bebida agradavelmente cítrica e viu no entanto o outro em sua conversa com a criança, onde não se meteu. Sob o protesto do atendente ouviu perguntar o outro sobre o grau de parentesco, o que entre eles era inegável, uma vez que era a pequena cópia do rapaz. Havia tido provavelmente uma gravidez tão precoce quanto a de Tadashi.
O maior desviou o olhar ao outro ao lado de si e sorriu meio de canto, pegando uma das pequenas bolachinhas do próprio chá e entregou na mãozinha pequena dele, vendo-o agradecer com a cabeça e colocar o biscoitinho na boca.
- Você quer sentar aqui? 
Nowaki indagou ao pequeno, embora achasse seu passeio impróprio diante da possibilidade de algum cliente mal intencionado dentro da cafeteria. Agradeceu ao serviçal quando enfim a porção de fritas diversificadas foram colocadas à mesa, posteriormente o chocolate que era constantemente aquecido em seu recipiente.
Tadashi viu o pequeno negativar, apontando o pai que havia acabado de sair e acenou com a mãozinha, correndo em direção a cozinha. Riu baixinho e negativou, observando as frutas. 
- Hum... Parece gostoso.
- Hum, já está se acostumando com crianças. 
Disse o maior a ele e pegou um dos pequenos espetos, era como um garfo com apenas duas pontas. Pegou um pedaço de morango, colocou no chocolate e o recobriu, levando para o outro.
- Aqui, prove.
O menor observou-o com o espeto estranho e pegou um para si também, analisando-o meio de canto, porém virou-se e aceitou o morango. 
- Hum... Oishi!
Nowaki sorriu a ele diante do protesto fervoroso para a nova sobremesa. Escolheu outra fruta em seguida e deu a ele para provar 
- Vê, é uma sobremesa simples. Aqui eles usam rum também, então fica bem trufado. Você gosta de trufas, não?
Tadashi aceitou a outra fruta e mordeu o lábio inferior suavemente ao fim. 
- Hum, adoro trufas. Que delícia.
- Ah, posso tomar rum?
- A quantidade é pequena, pra agregar sabor. Não fará mal. - Disse o maior e só então provou da sobremesa.
O menor assentiu e pegou uma pequena uva, guiando-a cuidadosamente para dentro do chocolate e logo levou a boca. 
- Hum... Não tem semente!
- Gostou mais das uvas? - Nowaki disse e aliviou a dose de açúcar com um pouco do chá que bebeu em seguida.
- Gostei de tudo. - Riu baixinho.
- Hum, se quiser algo mais pode escolher.
- Iie, estou bem assim, só quero ficar juntinho com você.
- Nem o bebê quer?
- O bebê quer mais uva. - Riu.
- Hum, então damos mais uvas. 
Disse o maior e cobriu a fruta com o chocolate, deu a ele. Tadashi sorriu e aceitou a uva, deslizando uma das mãos pela coxa dele numa carícia sutil.
- Já pensou em algum nome? - Nowaki indagou após servir a si mesmo e ingerir a pequena fruta.
Tadashi desviou o olhar a ele ao ouvi-loe negativou. 
- Não sou bom com nomes...
- Nenhum que goste?
- Nowaki. - Sorriu.
- Nowaki Júnior, é?
- É bonito.
- Não falo sério.
- Ah... Mas eu gosto mesmo. - Riu.
- Nayuki.
- Nayuki é bonito.
- Para meninas eu acho.
- Bem, serve para os dois.
- Takashi.
- Mas parece o meu nome...
- Eu sei, por isso sugeri.
O menor sorriu. 
- ... Eu gosto de Takashi.
- É mais difícil pensar em nomes femininos.
- Hai. Ah... Ayume?
- Kaori é bonito.
- Não gosto muito de Kaori.
- Hum, bem, teremos tempo para pensar nisso. Pode encontrar num daqueles livros de nomes.
- Vou dar uma olhada ne. Mas Nayuki e Takashi estão ganhando.
- Nayuki ao menos é unissex.
- Hai, e bonito. - Riu.
- É sim. - Nowaki tocou sua mão sobre a própria coxa, afagou brevemente e então a soltou. - Coma, hum?
Tadashi desviou o olhar a própria mão segurada e deu a ele um pequeno sorriso, confortável, estava feliz, e ele poderia ver isso. 
- Hai... Obrigado.

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