Yuuki e Kazuto #49 (+18)


Kazuto ouviu o barulho da porta, constando a chegada do outro e pegou a taça na armário, aproveitando a garrafa de vinho e sangue sobre a mesa e colocou pouco do líquido nela, caminhando em direção a porta e observou o maior, estendendo a taça em direção a ele.
- Okaeri.

Os orbes do maior logo desceram a figura em frente, visto o cumprimento após a chegada. Negativou a bebida servida, não sentia fome e enfim fechou a porta ao caminho que traçou ao quarto, livrando-se da roupas de serviço.
O menor assentiu e desviou o olhar a taça por alguns segundos, o observando a seguir ao quarto em seguida. Levou a taça até a cozinha, entregando-a a moça e virou-se, caminhando até o quarto a alcançar o outro e fechou a porta em seguida, sentando-se na cama.
- Como foi o dia?

- Como sempre.
Yuuki jogou àquele casaco qualquer num outro qualquer canto do quarto e deitou-se na cama a estirar os braços sob o colchão. Kazuto a
briu um pequeno sorriso ao vê-lo se deitar e deitou-se ao lado dele, selando-lhe os lábios.
- Senti sua falta.

- E quando é que você não sente?
- Nunca. - Riu.
- Hum... E quando estou perto, você sente com antecipação.
- Hai... - Kazuto murmurou e repousou a face sobre o travesseiro. - Eu podia ficar assim o dia todo olhando você.
- Falta do que fazer.
- Para de ser bobo.
- É a verdade.
- Não é.
- Claro que é. Me diga o que você faz.
- Agora que eu estou sem a banda... Só espero você chegar ou saio de vez em quando...
O maior apenas riu, enfatizando o que havia dito ante a resposta do outro.
- Certo, certo, sou inútil.
- Uhum.
- Mas eu faço tudo pra agradar você...
- Sei disso.
O menor sorriu.
- Ao menos isso...

- Mas não significa que eu veja isso como algo bom.
- Eu sei que vê.
- Não, se o quisesse como escravo somente faria isso.
- Como o caso da ruiva?
- Algo assim.
- Ah... - Kazuto desviou o olhar ao teto. - Sente falta de alguma coisa...?
- Uh, não.
O menor sorriu.
- O que?
- Nada.
- Uh.
Yuuki murmuriou em exposta indisposição e revirou-se, se pondo de lado na cama. Uma das mãos fora despudorada entre as pernas do garoto, lhe invadindo o short mesmo pela abertura da peça no espaço para elas e pouco afastou a roupa íntima apenas a lhe tocar a abertura íntima tão retraída. 
Kazuto uniu as sobrancelhas, observando os movimentos do outro e apenas deixou que ele tocasse a si, afinal, não ligaria mesmo.
- Hum... O que está fazendo?
O maior pressionou o dígito a roça-lo, se não fosse pela unha que já o penetrava, quisesse ou não. O gemido deixou os lábios do menor, agarrando o lençol da cama e apertou-o entre os dedos.
- Como é sensível.
- N-Não coloque a unha em mim...
- Quer que eu tire a unha pra por o dedo? Não dá.
- M-Mas machuca... - Murmurou, puxando a própria roupa intima, abaixando-a. - Deixa eu tirar, hum...
Yuuki retirou a mão do lugar, deixando livres os atos do outro. Kazuto retirou o short junto da boxer que usava, jogando no chão e deixou o corpo a vista do outro, retirando a camisa em seguida. Virou-se de costas a ele, deitando-se de lado e empinou pouco o quadril.
- V-Vem...

O maior voltou-se a imagem alheia enquanto prosseguia seus atos, até a figura desnuda que se deteve ao livrar-se de toda sua roupa. Tornou levar um dos dedos em sua região intima, a junção de mais um deles a pressionar-lhe a entrada, sentindo-a apenas.
O menor suspirou, mordendo o lábio inferior ao sentir o roçar dos dedos do outro no local e também, as unhas afiadas, segurando o lençol entre os dedos apenas e apreciava os pequenos estímulos.
- Você quer transar, ah?
Yuuki indagou enquanto o dedo continuava o serviço, fazendo menção de penetra-lo sem fazê-lo.

- H-Hai... - Murmurou.
- Então faça algo ousado. - O maior deu aparte dos movimentos.
- Ahn? Ta bem ne...
O menor virou-se, repousando as costas na cama e observou o próprio corpo, deslizando uma das mãos pelo abdômen até alcançar o membro, envolvendo-o e apertou-o levemente entre os dedos, movendo a mão no local e masturbava-se devagar, sentindo aos poucos a ereção se formar e gemia baixinho, inclinando o pescoço para trás. Fechou os olhos, aumentando aos poucos o ritmo dos movimentos que fazia em si.
- Yuuki....
Chamou algumas vezes e desviou o olhar ao próprio corpo, notando o pouco do líquido que escorria a sujar os dedos e lubrificar a ereção. Deslizou dois dos dedos sujos pelo próprio prazer até alcançar a abertura pequena e adentrou o corpo devagar, deixando um gemido pouco mais alto escapar, incômodo, já que as próprias unhas eram compridas, mas não eram tão afiadas como as do outro. Devagar adentrava e saia do próprio intimo com os dedos, aumentando o ritmo e os gemidos igualmente, afastando pouco mais as pernas a mostrar ao outro o que fazia, para pouco tempo depois retirar os dedos do local. Observou-o por alguns instantes e sentiu a face se corar 
levemente com o pensamento que teve, segurando-lhe a mão e levou-a aos lábios, colocando o dedo médio na boca a sentir a unha roçar na própria língua e uniu as sobrancelhas, sugou-lhe o dedo, deslizando a língua pelo mesmo, sugestivo e logo o retirou dos lábios, observando-lhe a face, esperando que não estivesse tão corado quanto estava antes.
- Quer colocar o pau em mim, hum...? E me abrir bastante...
Murmurou a guiar o dedo do outro ao próprio corpo onde antes tinha os próprios e o introduziu, deixando o gemido escapar ao sentir a unha machucar a si e mordeu o lábio inferior, fechando os olhos com força a iniciar os leves movimentos, puxando-lhe a mão e fazendo-o retirar e voltar a adentrar o corpo com o dedo, sujando-o com o próprio sangue.
- Me fode, hum...
Murmurou, suportando a dor das unhas do outro a cravar na pele e abriu os olhos, observando-o a sentir a lágrima que escorreu pela face.

Yuuki sentou-se pela cama, o suficiente confortável a fitar os atos demais. O passeio de si mesmo em seu corpo, parecia hábil demais. Um meio sorriso se fez diante do ponderar e riu, enquanto o assistia formalizar suas preliminares, deveras bem feitas e em posse dos dedos, odiava toques repentinos porém ainda assim concedeu. Sentiu a língua umedecer o dedo introduzido em sua boca, circulando-os sugestivos num ligeiro passeio do músculo maleável e tão prontamente guiado em sua abertura já em costume, penetrando os dedos contra as paredes lubrificadas em rastros de seu próprio prazer.
- Uh, abrir? Você já está bem aberto.
Conclusivo, fincou o dígito em sua entrada, sentindo-a se fechar a volta do próprio dedo.

O gemido alto deixou os lábios do menor ao sentir o movimento do outro e uniu as sobrancelhas.
- Iie... Abre mais... Me faz gemer bem alto pra você, hum...
Murmurou, tremulo pela falta de costume de falar coisas do tipo a ele.

- Não precisa falar nada, só agir.
Yuuki ditou a vagarosamente retirar os dedos que foram introduzidos, assistindo-os lubrificados e sujos de um rubro tom transparente, corando a pele e logo tornou metê-lo em sua entrada, na junção de mais um dos dedos.

- Ah!
Kazuto gemeu alto ao senti-lo novamente colocar os dedos em si, rasgando a pele com as unhas e apertou com força o lençol entre os dedos. Assentiu em seguida e levou uma das mãos ao pulso dele, puxando-a a retirar os dedos de si, ajoelhou-se na cama a ajeitar-se e ficou de quatro, dando-lhe a visão do próprio corpo. Uma das mãos levou as nádegas e voltou a introduzir os dedos no local, gemendo baixo e suspirou, estimulando-se a colocar a retirar os dedos em si.

Enquanto assistia-o em seus sutis estímulos a si mesmo, a mão, o mais velho levou a calça, livrando o corpo da peça, tal como a camisa que ainda vestia e jogou-as num canto onde não pôde vê-las. Em parcial nudez, continuava com a boxer a envolver e esconder a região dos quadris, porém, abaixava-a o suficiente a que expusesse o membro já duro o suficiente, e o roçasse contra a entrada violada do garoto, circulando-a com a glande que logo penetrou junto ao restante do comprimento sexual.
Kazuto ouviu o barulho das roupas do outro e virou-se, observando-o, mordeu o lábio inferior e abaixou a cabeça, continuando os próprios estímulos até senti-lo roçar o membro no local, retirando os dedos e levou ambas as mãos a se apoiar na cama, apertando os lençóis entre os dedos. O gemido alto deixou os lábios ao senti-lo adentrar a si e virou a face a observá-lo.
- Hum... Yuuki...

Sem demorar, as mãos do maior já lhe agarrava as nádegas, e nestas deteve o impulso a maneja-lo consigo, trazê-lo frenético ligeiro ao próprio corpo, em ecos corporais que invadiam audições pelo cômodo, um seco e brusco movimento entre atrito, estocava-o preciso e já trincava os dentes bem cerrados enquanto as orbes em sua atípica cor, focalizavam o membro ereto a lhe romper as barreiras íntimas, sujo por seu sangue, tingindo a pele com sua falta de calor.
O menor sentiu as pernas fracas a se apoiar no local, cada vez mais a cada movimento que arrancava gemidos altos de si, uniu as sobrancelhas e fechou os olhos com força a apreciar os movimentos tão prazerosos e dolorosos em si, arrepiando-se a cada vez que sentia o maior tocar o ponto tão sensível do próprio corpo.
- Ahh... Yuuki... E-Está doendo...

- Uh, é mesmo?
O maior indagou no típico tom sem altura demais e desatencioso. Trazia-o ainda consigo, era vigoroso o bastante e ainda mantinha o compasse respiratório sequer audível, se não por poucos ruídos de prazer que suavemente roucos detinham um rastro de voz.

Kazuto assentiu, deslizando as mãos pela cama e repousou o tórax sobre a mesma, mantendo o quadril empinado para o outro e novamente agarrou o lençol com força entre os dedos, mordendo-o e puxou entre os dentes, causando pequenos furos pelas presas afiadas e logo os soltou ao ouvir o barulho de tecido, gemendo em tom um tanto alto a cada investida que sentia.
As mãos do vampiro mais velho em firme aperto, afundando os dedos a marca-los de vermelho na pele pálida do menor, na junção das unhas que lhe arranhavam a tez porém não a rasgava na superfície de como eram empregadas. A medida em que se empurrava a ele; o trazia consigo a colidir e ecoar a brusquidão com que se encontravam e vez outro, um gemido mais firme diante do encontro físico.
Kazuto virou a face a observá-lo, mordendo o lábio inferior a conter os gemidos mais altos e sentiu as gotas de sangue que já era acostumado a escorrer pelos lábios feridos, sempre esquecia que tinha presas em meio ao prazer que sentia e acabava por se machucar com as mesmas, se fosse humano, já teria tantas cicatrizes nos lábios. Uma das mãos levou a nádega sobre a mão do outro, puxando-a a dar espaço para que o outro pudesse ver melhor o membro a adentrar o próprio corpo.
- Uh.
Um murmurio em riso se fez no maior diante da ampla vista que teve de seu corpo, dado a iniciativa pelo garoto. Afrouxou os movimentos, sem deixar as intensidade com que os empregava, apenas ia devagar, estocando-o preciso quando finalmente chegava em seu fim, impulsionando a frente o corpo do outro.

O menor apertou-lhe a mão com certa força, deixando escapar os gemidos mais altos ao sentir os movimentos do maior e contraia o intimo a apertá-lo em si.
- Mais forte.... Hum... - Murmurou.

A mão direita de Yuuki, subiu ao longo de sua coluna, arrastando as unhas sem causar-lhe fendas sutis, apenas a eriçar a tez pálida do outro rapaz, fosse a intenção ou não, e logo lhe tomou os fios da nuca, os agarrando e fora ali onde voltou a ter o apoio, impondo ambos os corpos em ritmo igual.
O menor estremeceu sutilmente a sentir as unhas no corpo a romper a pele e ao senti-lo puxar os cabelos voltou a se erguer, apoiando uma das mãos na cama e a outra levou sobre a mão dele, apenas pousando sobre a mesma com a leve expressão de dor na face.
- Ah... Yuuki, não puxa o cabelo... - Murmurou.

- Shh, fica quieto.
O maior retrucou e tornou puxar-lhe os louros fios de cabelo, nestes a encontrar ainda o apoio onde manejava o outro, e as vistas em seu tom entre um tênue amarelo em junção ao vermelho diante da excitação causada, fitavam em foco sua entrada relaxada, recebendo as investidas do sexo.

Kazuto uniu as sobrancelhas e abaixou a cabeça, assentindo e agarrou os lençóis da cama novamente, apreciando as investidas do maior em si. Uma das mãos deslizou pelo corpo a tocar o próprio mamilo e gemeu baixinho, deslizando pelo abdômen e alcançou o membro, estimulando-o devagar e aos poucos tentava igualar o ritmo ao dos movimentos do maior.
- Ah... Yuuki... - Chamou baixinho.

Um ligeiro movimento Yuuki formulou a vira-lo defronte a si. Ainda erguia-lhe os quadris, segurando-os a altura dos próprios já que se detinha ainda de joelhos na cama e retomou os estoques em seu corpo, o trazendo conjunto a si mesmo, e podia assistir a invasão em seu corpo, ecoando pelo quarto na intensidade do encontro de corpos.
O menor suspirou, levando uma das mãos a segurar a do maior e apertou-a entre os dedos, deslizando-a pela própria coxa e subiu a lhe segurar o pulso, puxando-a do local e logo a empurrou novamente, fazendo o barulho do tapa ecoar pelo quarto e gemeu, sentindo a pele arder e moveu sutilmente o quadril, rebolando devagar.
- K-Kimochi... - Murmurou.

- Uh, então você quer apanhar?
Yuuki indagou diante de seus feito, o olhar estreito com o que o encarou. Kazuto u
niu as sobrancelhas ao ouvi-lo e desviou o olhar ao outro, permanecendo em silêncio, com medo de dizer algo a ele.
O maior sorriu de canto, ingracioso. Apalpou-lhe a região corpórea onde o segurava, deixando as companhia das unhas sê-las presentes enquanto o segurava com firmeza e logo, retomou o ligeiro ritmo, rápido e vigoroso, denotando ainda mais o encontro entre suas paredes internas que se contraiam cada vez que o corpo lhe tocava no fundo. As mãos subiram-lhe as pernas, levando-as a altura dos ombros onde as teve apoiadas e lhe mordeu a panturrilha, sem demoras a descer a coxa, inclinando-se cada vez mais quando as mordidas se dirigiam a direção de seu torso.
Kazuto ajeitou-se como o outro queria, fechando os olhos ao senti-lo aumentar o ritmo dos movimentos e os gemidos mais altos deixaram os lábios, levando uma das mãos aos cabelos do vampiro e segurou-os firme entre os dedos a cada mordida que sentiu, arrancando gemidos altos de si e chamava o nome dele entre eles alguma vezes.
- Hum.... - Levou uma das mãos sobre a dele novamente, levando-a a coxa onde deu o tapa do mesmo modo. - Bate, ahn... - Murmurou.

Novamente o tapa viera a ecoar na junção dos movimentos corporais. Um terceiro se fez audível diante do tapa que Yuuki lhe desferiu a ponto de salientar suavemente sua pele e arder os dedos na precisão com que o apunhalou, e sem descanso, outro consecutivo estalou em sua pele, oposto ao lado anterior, e as unhas lhe deram novas fendas que em gotejos de sangue tingiram a cama de lençóis brancos, mas tão pouco e quase não perceptivo, se não fosse pelas vistas tão aguçadas e um gemido breve se fez junto do impacto físico, como por vezes já vinha fazendo.
Os gemidos altos deixaram os lábios do menor ao sentir os tapas e inclinou o pescoço para trás, mantendo os olhos fechados. Mordeu o lábio inferior a arrancar sangue novamente, sabia que o outro iria bater em si daquele modo, mas já estava acostumado com aquelas unhas cravadas na pele todo o tempo, então passara a ser prazeroso que ele machucasse daquele jeito. Abriu os olhos aos poucos, desviando o olhar a ele e fitou os olhos amarelos que tanto gostava, sentindo o arrepio percorrer o corpo e a mão apertou com força o lençol entre os dedos ao ouvir o gemido dele, sentia o corpo estremecer ao senti-lo tocar o local tão sensível do intimo, queria gozar, mas segurava o máximo buscando sentir mais daqueles movimentos.
- Yuuki! - Falou alto, segurando-lhe o pulso que o outro usava para cravar as unhas em si. - Hum... É toda a força que tem, hum? - Murmurou.

A inalteração continuou no semblante do maior, no entanto; as vistas perduraram estreitas como tinham-se anteriormente. A mão antes em sua coxa, deslizou vagarosas ao encontro de seu pescoço, até que o detivesse entre os dedos e deu-lhe um sorriso gracioso, irônico talvez, quando por fim pressionou os dedos em tênue asfixia.
- Disse algo? Repita, eu não consegui ouvir.

Kazuto uniu as sobrancelhas, observando-o a apertar o próprio pescoço e levou uma das mãos sobre a dele, apertando-a sutilmente, tentando retirá-la do local.
- Iie... Ah... S-Solta...

- O que? Não consigo entender.
Yuuki firmava-os ainda, intactos ao toque do outro vampiro. O quadril sem aparte dos movimentos apenas continuava a prover o sexo de prazer, sentindo as contrações de sua intimidade, e pulsos do sangue que lhe corriam as veias, fosse a agitação diante dos dedos dolosos contra seu pescoço. O menor p
uxou novamente a mão do outro, sentindo-o forte demais para poder retirá-la do local.
- D-Desculpe... - Murmurou.

- Você tem sorte.
Yuuki ditou no rouco e baixo tom de voz, enquanto ainda lhe fitava a face, encarando-a com desinteresse diante da sofreguidão que detinha o mais novo, e ainda continuava a vigorosamente lhe encontrar o corpo.
- Senão eu já teria te queimado até não existir uma gota sequer de seu sangue.

O menor apertou-lhe o pulso, sem conseguir dizer mais nenhuma palavra ao outro e quase não podia respirar também, observando-o e apenas puxava o pulso dele algumas vezes.
- Yuu... ki...

Yuuki abaixou-se a fitar-lhe os olhos sem nitidez, e sobrepôs os lábios menores a beijar o garoto quando enfim lhe concedeu permissão a respirar. Em estoques contínuos e ritmados deu fim ao sexo, quando o ápice se desfez a jorra-lo em seu interior, e pouco gemeu involuntário na junção que ainda tinham entre bocas, minimizando o ritmo, mas continuou vigoroso.
Kazuto retomou pouco do ar com o beijo, sentindo as lágrimas que deixavam os olhos a escorrer pela face e não se importou de perder o ar novamente, não desse jeito. Uniu as sobrancelhas e levou uma das mãos aos cabelos dele, acariciando-os e gemeu junto dele ao senti-lo gozar, atingindo o ápice logo após o maior.
- Yuuki... - Murmurou entre o beijo.

Num ultimo movimento, Yuuki apartou o restante, deixou o corpo descansar sob o demais, não dando importância ao peso que lhe decaia no corpo. O menor abaixou as pernas, repousando-as sobre a cama e abraçou o outro, apertando-o entre os braços.
Yuuki permaneceu um curto tempo daquele modo, porém ao sair de seu corpo; desvencilhou do abraço a deitar-se na cama. Kazuto suspirou, recuperando o ar perdido aos poucos e logo virou-se, observando-o a aproximar-se.
- Posso te abraçar?

- Por que você está dando de perguntar, ah?
Kazuto sorriu e o braço foi ao redor do maior, abraçando-o. Por breve, Yuuki direcionou as vistas a fitar o mais baixo, estreitou-as e por fim deu de ombros, continuando na inércia sob a cama, descansando, se é que estava cansado.
- Por que não me matou? - Murmurou, beijando-lhe a face.
- Porque não tinha um isqueiro por perto.
Kazuto uniu as sobrancelhas e repousou a face sobre o travesseiro.
- Hai.

- Quer pegar o isqueiro pra mim?
- Iie... Eu já pedi desculpas.
- Você gosta de brincar, ah?
- Brincar...?
- Com a vida que já não tem.
- Não me importo de perder ela.
- Então por que continua vivo?
- Porque você não me matou ainda.
- Se se porta como uma vida tão insignificante, você mesmo já devia tê-la tirado há muito tempo.
- Não é insignificante... Ela é sua. Não vou deixar nenhuma outra coisa me matar... A menos que você o faça. Não tentarei te impedir.
- Pff, que besteira.
- Talvez pra você seja.
- Não quero sua vida.
- Já é sua.
- Não quero, não dê algo a alguém por conta própria.
- Hai...
- Há uma grande diferença em sentir que ama alguém e sentir que esse alguém é dono até do seu último sopro de vida. Se liga, você ainda é um pirralho mesmo
- Você é.
- O que?
- Você é dono da minha vida até o Último sopro dela.
- Não, não tenho interesse em alguém assim.
Kazuto assentiu, unindo as sobrancelhas.
- Não se porte como um filhote, se eu quisesse um animal de estimação eu já teria um.
- Hai.
- Uh. Se de repente eu o chamo de inútil, você ainda consegue se entristecer com isso. Você se faz inútil, não tem opinião alguma, age como um depressivo que nem dono da própria vida é, sabe somente ser um altruísta à disposição de alguém. Você se apaixonaria por alguém assim?
- Não...
- Você age feito um pano que foi feito pra limpar o chão.
O menor abaixou a cabeça novamente, sentindo as lágrimas escorrerem pela face.
- Vou te dizer algo. Não, eu não me importo que você chore, e ainda que seja um inútil, mas ainda consegue me irritar quando diz que eu posso fazer o que quiser com você. Você soa como um objeto pra mim, e eu não quero nada disso. Não quero sua devoção total, a única coisa que exijo que tenha diante de mim, ou qualquer outra pessoa, é respeito, obediência, mas ser obediente não é ser um cão adestrado, tenha limites. Mesmo eu que nunca me importei com esse lixo que você chama de amor, eu sei que não há interesse algum em uma pessoa que se põe a disposição de ser morta, se você diz que ama você diz que quer viver pra poder continuar sentindo aquilo da sua maneira, a menos que seja uma forma de vida insuportável. Se você vai continuar agindo feito uma criança que não sabe andar, perto de mim, saiba, eu não quero gostar de alguém assim.
- Hai... Desculpe. - Murmurou, levando uma das mãos a face, limpando as lágrimas.
- Mas você ainda deve ter alguma coisa boa, é determinado e corajoso por isso, ainda assim, deveria usar sua determinação pra algo mais útil.
Kazuto ergueu a face, observando o outro e o maior igualmente o encarou.
- Eu tenho medo... - Murmurou.
- O que?
- Eu tenho medo de morrer sem antes ouvir que você me ama...
- Morrer do que, filho da puta?
- Não sei... Tenho medo que me mate.
- ... Sinceramente, não digo mais porra nenhuma. Estou aqui falando e você continua com essa merda.
- Só estou te falando do que eu tenho medo...
- Medo do que moleque, se eu tivesse que matar você já tinha matado faz tempo.
O menor uniu as sobrancelhas.
- Hai...

- Esqueça, vi que não adianta falar.
- Não... Eu vou melhorar.
- Certo.
- Eu amo você... - O menor murmurou, abraçando-o.
Era típico o silêncio, desta vez Yuuki parecia incômodo, ainda assim, permaneceu sem saber o porque.
- Eu juro que vou melhorar.
- Tá, eu já entendi.
- Hai... - Kazuto encolheu-se entre os braços dele.
O menor uniu as sobrancelhas, permanecendo imóvel ao ouvi-lo e o apertou entre os braços. Yuuki suspirou apenas, continuando no silêncio após a conclusão de palavras.
- Verdade mesmo?
- Lembre-se da última coisa que eu disse.
- Hai... Hai. Eu vou mudar.. Mas... Você... Vai mudar comigo, não vai?
- Não vamos mais falar disso, já é meia noite.
- Por favor...
- Já disse que não vou falar mais sobre isso.
- Mas eu quero falar sobre isso.
- Sobre o que?
- Se só eu mudar... Isso não vai dar certo.
- Eu não vou falar sobre isso, já disse e não vou repetir.
- Certo. Então... Boa noite.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário