Ikuma e Taa #20


Taa havia voltado para casa, admirando o dia nublado lá fora, mas não demorou muito tempo a voltar para o maior, apenas tempo suficiente para tomar um banho e trocar as roupas sujas de sangue e suor. No caminho passou pela cafeteria, comprando café para o outro e o bolo de chocolate, para logo depois tomar o caminho de volta a casa dele.
Desceu para seu quarto e o observava enquanto dormia por um pequeno tempo, seu rosto tranquilo, quase distante, ele não era facilmente desperto. Foi calmamente até a cozinha, pegando uma taça do líquido vermelho, bebendo alguns goles e deixou sobre o balcão, cortando o bolo e levou junto ao café até o quarto, deixando a bandeja sobre a cômoda ao lado da cama. Sentou-se ao lado dele, acariciando-lhe a face e abaixou-se, selando os lábios do outro.
- Hey Ikuma... Namoradinho, acorde. - Riu - Trouxe seu café.

Ikuma descerrou os olhos, quais fixaram-se semi cerrados na face alheia, e depois se voltou ao desjejum sobre o móvel ao lado, não deixou de franzir o cenho com aquele ato atípico, e arqueou minimamente o corpo, alcançando o pedaço de bolo, lhe tirou uma pequena prova e levou à boca, tornando a se deitar e dormir em seguida. 
- Não, não! Ô zumbizinho, levanta, você já dormiu demais.
Taa se abaixou novamente, selando-lhe os lábios algumas vezes. 
As sobrancelhas do loiro voltaram a ter proximidade entre si, resmungando pelo fato de estar sendo perturbado. Tornou a abrir os olhos assim que deixou o sono, porém continuou a quase ser levado por ele novamente.
- O que foi? - A voz rouca e baixa pelo recém acordar. - Que carência é essa lagartixa?

- Não estou carente, hum. - Riu e deu a volta na cama, deitando-se ao lado dele. - Bom dia.
- ... Sim, está carente. Acabou de constar isso com o seu bom dia homossexual. Mas, Bom dia, inútil.
- Não estou carente, caralho. Vou parar de ser bonzinho com você, eu só me fodo.
A preguiça do loiro era tão aparente, que até mesmo a risada soou lenta e preguiçosa.
- Mas é preguiçoso mesmo hein...
O maior riu e levou uma das mãos aos cabelos dele, acariciando-os. Ikuma s
uspirou e erguera sutilmente o corpo, apoiando-se de lado sobre um dos cotovelos no colchão. Uma das mãos fora igualmente a face defronte, e deslizou dela aos cabelos. Aproximação teve toque de lábios, e lhe deu selinhos diversos, não lentos e sequer rápidos, dos lábios fora a bochecha e dela ao pescoço em que deu mordidas suaves, antes de torná-la rude e formar novos orifícios na carne do homem, alimentando-se do parceiro, fazendo o desjejum.
Taa suspirou aos sentir os beijos e as mordidas, inclinando o pescoço ao lado e deixou livre a ele, o gemido baixo deixou os lábios e levou uma das mãos aos cabelos dele, acariciando-os, embora a dor fosse quase insuportável, já não era a primeira vez.
- Esta gostoso? - Riu baixo, nervoso.

O menor assentiu com um movimento suave da cabeça, sem deixá-lo com as presas e alimentou-se até estar satisfeito. Sugando o fel que aos poucos acelerava a respiração. O deixou alguns minutos depois, retirando os finos caninos e deslizou a língua em pele rompida, voltando a tocar os lábios alheios com os próprios. 
Taa selou os lábios dele algumas vezes e o beijou, invadindo sua boca com a língua e provando o próprio sangue, entrelaçando os dedos aos cabelos dele e deslizou até a face, fazendo uma leve caricia.
Um dos braços, Ikuma passou acima da cintura magra do vocalista, e o puxou para si próprio, jogando também uma das pernas por cima de seu quadril. Permanecera de lado na cama, dando apoio ao leve erguer do tronco com o antebraço no colchão, e retribuía o beijo iniciado. Deixando a língua buscar todos os cantos da boca do homem, sem brincadeira durante o beijo, somente seu roçar.
Os braços do maior envolveram o corpo dele num abraço e o puxou sobre si, deslizando as mãos pelo corpo dele, apenas continuando a caricia enquanto seguia com o beijo, sugando-lhe os lábios e os mordia algumas vezes, arrancando pouco sangue dos mesmos.
O menor deixou o corpo sobre-colocar acima do outro e com as próprias pernas afastou as dele, tendo espaço entre elas. As mãos ainda tiveram apoio sobre o colchão, e continuava a retribuir o beijo. O quadril pressionou-se ao dele, e formou movimentos sugestivos de vai-e-vem, mesmo ambos trajados, somente numa brincadeira.
Taa riu baixinho entre o beijo, levando uma das mãos ao ombro dele, apertando-o e gemeu baixinho entre o beijo, provocando-o ao sentir a brincadeira com o quadril, separando pouco mais as pernas e dando espaço ao outro.
A boca do loiro desviou sua atenção, encerrando o beijo ao deslizar à face e logo mais ao pescoço, lhe dando pequenas e novas mordidas que não foram mantidas por muito. Apartou-o, tal como a brincadeira de quadris e o selou rapidamente os lábios, encaminhando-se ao local onde deitava anteriormente.
O maior mordeu o lábio inferior ao sentir as mordidas na pele e acariciou o rosto dele assim que se afastou, virando-se de lado e fitando-lhe a face.
- Devia tomar o café, hum. - Apontou a bandeja e sorriu.

- Oh, que atenciosa. Devo ter comido esse bolo, senti gosto de chocolate na boca quando acordei... - Comentou e pegou o café sobre a bandeja, experimentando-o.
- Comeu sim, zumbi. - Riu.
- Hum, você deve ter colocado o bolo na minha boca tentando me fazer engasgar enquanto eu dormia. - Brincou e sorveu pouco mais do café.
- Ah claro, tudo o que eu quero é te matar.
- Não, só me zoar mesmo. Já estou morto. - Ikuma riu e pousou a xícara sobre o móvel.

Taa levou um pedaço do bolo até os próprios lábios e sorriu, logo levando um pedaço aos lábios do outro, que aceitou o doce, satisfazendo-se com seu sabor. 
- Bom, hum?
- Muito bom. Quer me agradar? Me dê cookies de chocolate.
- Cookies de chocolate? Vou me lembrar, hum. - Riu.
- É. Cookies de chocolate.. Hum, me deu vontade.
Ikuma serviu-se de um segundo pedaço do bolo, e degustava-o enquanto buscava acender o cigarro e levou-o aos lábios após terminar de saborear o doce e tragou, suprindo a necessidade do organismo em busca pela nicotina. 

- Que bom que gostou do bolo, hum. - Ajeitou-se e o observava acender o cigarro.
O menor soprou a fumaça, porém tragou outra vez logo à seguir, e os olhos voltaram a observar o novo namorado.
- O que foi?

- Só estou te olhando, não posso? - Riu.
- Estou te achando estranho. - Comentou.
- Não estou estranho.
- Está sim...
A voz do menor respondia em seu tom descontraído, não dando muita atenção a conversa, porém o achava atípico. Os olhos se voltaram a imagem do exterior do quarto, através da porta de acesso a varanda.

- Já vai escurecer... Podemos sair mais tarde?
As íris opacas do maior voltaram a imagem do outro e delineou os lábios com um sorriso travesso que sempre possuiu. A mão livre buscou a dele e segurou-a levando em frente os lábios, depositando um beijo sobre seu dorso.
- Oh, Lady. Lhe darei seu primeiro encontro... - Riu.

Taa arqueou uma das sobrancelhas.
- Ainda sou um homem, Ikuma. - Puxou a mão. - E você ainda ama me irritar.

- Oh, não posso lhe dar um encontro só porque é homem?
- P-Pode... Mas não fale desse modo e não me chame de Lady.
- E de que modo eu falei, querido?
Ikuma voltou a segurar a mão do outro, lhe desferindo novo toque labial.

- Não me trate como uma mulher, hum. - Murmurou.
- Hum, como quiser.
O menor soltou-o por fim e voltou a dar atenção ao cigarro. Taa pegou um pedaço do bolo e levou aos lábios, desviando os olhos a um local qualquer e permaneceu em silêncio. 
Ikuma levantou-se após terminar o cigarro, e apagou-o no cinzeiro.
- Vou tomar banho, tenho que sair logo.

Taa arqueou uma das sobrancelhas.
- Aonde vai?

- Coisas pra resolver. Se quiser pode ficar aí, volto mais tarde e vamos beber se quiser.
- Coisas pra resolver, hum?
- É. Eu vou lá, Lagarta.
O menor adentrou o banheiro e passou a se banhar, terminando logo, seguindo aos afazeres. O outro uniu as sobrancelhas, sem entender porque agia daquele modo, afinal, queria ficar consigo, mas agia de modo meio estúpido ao mesmo tempo, talvez não gostasse do modo como falava com ele, mas sempre fora assim e ele sempre parecera meio desapegado. Não tinha o que fazer se não deitar-se na cama dele, e ao esperá-lo, adormeceu ali mesmo.

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