Tsuzuku e Koichi #24


Koichi seguiu em direção ao próprio quarto a pegar o dinheiro guardado numa pequena bolsinha que usaria para pagar o jantar de ambos, voltando em seguida, como dito. Tsuzuku o
bservou-o ao voltar, e já se encontrava no hall de entrada, onde fora encontrado por ele. O pequeno sorriu e segurou a mão do maior, seguindo em direção ao carro em seguida.
O moreno traçou o caminho ao carro e o soltou conforme se dirigiu ao interior do veículo, implacavelmente preto, tal como mesmo seus vidros num fume quase total. Acomodou-se no banco de couro e o observou conforme igualmente entrou no carro, travadas as portas, não demorou a ligá-lo.
- Tem que me dizer aonde é.
- É aqui perto, na próxima esquina, perto do bordel.
- Hum, então você comia lá frequentemente?
- Algumas vezes nós pedíamos comida lá.
- Hum, entendo. E é uma bom lugar?
- Sim, a comida deles é ótima.
- Veremos então.
- Hai. - Sorriu. - É ali ó. - Apontou.
Tsuzuku observou a vista do estabelecimento, onde logo se pôs a estacionar o carro. O menor esperou que ele estacionasse e logo desprendeu o cinto, descendo a esperar o maior, que saiu do carro e fechou as portas, travando-as com o alarme e o observou por cima do automóvel, logo, dirigindo-se com ele até a entrada.
Koichi aproximou-se a segurar a mão do outro e sorriu a ele, adentrando o local a reconhecer a moça da entrada que deu boas vindas a si. O maior observou-a e cumprimentou-a num maneio da face.
- Você gosta de andar de mãos dadas, pelo visto.

- Hai. Da a impressão de que somos um casal. - Sorriu.- É a impressão que quer passar?
Hai.
Tsuzuku riu e caminhou a mesa qualquer que vira livre, o menor sentou em frente a ele e sorriu, observando o cardápio descontraidamente.
- O que costuma pedir? - O maior indagou e cruzou os dedos entrelaçados.
- Sushi. Não sou muito variado com o cardápio, acabávamos pedindo sempre a mesma coisa.
- Então peça isso.
- Mas pra você também?
- Sim.
- Hai.
O pequeno chamou a garçonete e pediu a comida para ambos junto do saquê para si, desviando o olhar ao outro a espera de que ele escolhesse a bebida.

- Do mesmo. - Tsuzuku completou a observar a atendente que logo que retirou.
- Gosta de ficar comigo? - Disse o menor, sorrindo.
O maior o observou alguns instante após a pergunta e descansou o cotovelo sob a mesa, dando um descanso parcial a face que pousou sob a palma da mão.
- Sim, eu gosto.

- Somos... Namorados, não somos?
- Ah, somos?
- Não somos?
- Bem, primeiramente me disse que andava de mãos dadas para passar a impressão de que eramos um casal, e agora afirma que como namorados, mesmo que soe como pergunta.
- Ah... Hai.
- E então?
- Iie... Deixa.
- Não, me diga.
- Nada, eu só esperava que...

- Hum?
- Que você quisesse ser meu namorado.
- Não me importo em sê-lo.
- Não se importar não é o mesmo que querer.
- É que de fato, você é meu de qualquer forma.
- Hum...
- Oh, que adorável. Está chateado.
O menor uniu as sobrancelhas e abaixou a cabeça. O outro riu baixinho.
- Não ria de mim.
- E por que não?
- Porque poderia ser com você e você não gostaria que eu estivesse rindo de você... Vou ao banheiro. - Levantou-se.
- É apenas que fica uma gracinha quando está chateado.
O menor o observou e uniu as sobrancelhas.
- Quer mesmo ir ao banheiro agora ou quer fugir?
Koichi se sentou novamente.
- Fugir, ahn?
O menor assentiu em silêncio.
- E então, você quer que eu o namore?
- Sim.
- Certo, pode pedir então.
- Eh? E-Eu?
- Sim. Peça.
- Ah... Quer... Quer namorar comigo?

- Não ouvi direito.
- Quer namorar comigo?! - Falou alto.
Tsuzuku riu, com mais sutileza que a altura de sua voz.
- Ah, nada romântico. - Provocou. - Certo. Eu aceito namorar com você. Cadê meu anel de compromisso?

Koichi o observou por um pequeno tempo e levou uma das mãos ao bolso a retirar a pequena caixinha, entregando-a a ele, e dentro, continha as alianças de prata com os nomes gravados.
- Ah... Eu... Eu comprei essa semana... Mas estava sem coragem de pedir...

- ... - Tsuzuku franziu o cenho, incrédulo.
- O que eu fiz?
- Então por que queria que eu o pedisse em namoro?
- Eu queria... Mas sabia que não iria pedir.
- Duvido muito. - O maior ainda franzira o cenho e pegou uma das alianças.
- Eh?
- Que imaginasse algo assim.
O moreno buscou a mão alheia, deslizando a pequena prata em seu anelar direito. Koichi s
orriu e pegou a outra aliança, esperando o outro estender a mão para si. Tsuzuku dispôs a mão ao outro, analisando as dimensões da aliança que o pequeno colocou devagar no dedo dele, encaixando-a corretamente no loca.
- Ah, que bom que serviu.

- Hum. Você é observador então.
- Fiquei no seu quarto quando saiu a tarde um dia, vi um dos seus anéis e o medi.
O maior fez menção do riso.
- O que?
- Nada. Me pergunto o que se passou na sua cabeça.
- É que... Eu quero ser o único pra você.
- O que te fez se sentir assim?
- A vontade de estar com você cada minuto.
- Bem, agora estamos juntos.
- Não pode tirar, agora você é meu.
Tsuzuku franziu o cenho.
- Acho que é meio o contrário.
- Você entendeu, né...

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