Naoto e Kazuya #18


Kazuya suspirou ao vê-lo levantar e levantou-se junto a ele, desviando o olhar aos pequenos, porém já desanimado pela falta da resposta do outro. Naoto d
esceu as escadas do ônibus e saiu do veículo. Assistiu o caçula descer primeiro e estender sua mãozinha ao outro. O loiro desceu junto deles e observou o irmão pequeno junto ao outro.
- Hey, não se afastem muito da gente.

- Vocês querem comprar algo pra ir comendo enquanto veem os bichinhos?
- Hai! Eu quero algodão doce.
- Eu quero aqueles potinhos de marshmellow.
Naoto assentiu aos pequenos e voltou ao companheiro.
- E você o que quer? Sorvete.

Kazuya ponderou por um pequeno tempo a observá-lo e riu baixinho por fim.
- O que eu quero não posso fazer aqui.
O menor o observou silencioso e virou-se defronte. O encarou e levou a mão até sua nuca onde o segurou, assim como dispôs o outro braço em sua cintura, no informal gesto mesmo público. Inclinou suavemente a face ao lado num encaixe com seus lábios os quais revestiu com o próprio. O beijou, penetrando e passeando em sua boca com a língua, num movimento firme e ainda assim suave, não vagaroso, porém nada rápido. E até que considerasse suficiente o beijou, como se de tal forma suprisse por minutos sua necessidade, ou como se lhe desse expectativas. E então o cessou, os destacando devagar após sugar devagarzinho seu lábio inferior afim de limpa-lo dos tênues rastros de saliva, compartilhados pelo beijo. Silenciosamente se voltou ao irmão, assim como a seu pequeno parceiro e o empurrou sem força pelo ombro.
- Vamos, não fiquem encarando assim.
Claro que suas boquinhas se encontravam destacadas e olhos atenciosos, talvez perplexos ou curiosos.
- Um dia faremos assim, Zuki.
Ouvia o irmão a murmurar ao outro pequeno, e segurou a mão do louro a puxá-lo afim de que indicasse a entrada do lugar.
O sorriso que o loiro tinha nos lábios desapareceu em meio ao beijo do outro, porém ao invés de fechar os olhos, os arregalou, afinal, era a ultima coisa que esperava que ele fizesse me meio a tantas pessoas. Aos poucos fechou os olhos a apreciar o toque da língua dele sobre a própria e deslizou as mãos em suas costas numa caricia leve, sentia o corpo dele tão quente junto ao próprio que poderia arrancar as roupas dele ali mesmo. O arrepio percorreu o corpo ao fim do beijo e suspirou, unindo as sobrancelhas a lhe agarrar a camisa sem força e logo desviou o olhar ao irmãozinho junto a seu namorado.

- Agora da pra ver que o Kazu-kun é uke, ficou até vermelhinho.
Falou o irmão do moreno, sem noção do lugar o qual pronunciou o comentário e logo que dera-se por conta, levou a mãozinha fronte os lábios, como se reprimisse o comentário e ainda andava até a bilheteria do lugar, como se nada houvesse ocorrido.

- Hey, fica na sua, tampinha.
Disse o loiro, riu a lhe desmanchar os cabelos arrumados, logo seguindo o caminho junto deles ao local. Naoto d
esvencilhou-se dele e comprou os bilhetes os quais logo usou na entrada do zoológico. Passou inicialmente os menores os quais manteve na frente. E seguia até a praça de alimentação onde compraria as crianças seus pedidos. Kazuya passou pela entrada junto dele, e é claro que não poderia deixar de discutir sobre pagar os bilhetes e a comida.
- Você quer o que, Kazuya? - Tornou indagá-lo.
- Bem, acho que vou comprar um algodão doce pra mim também.
- Algodão doce? Hum... Certo. Vou pegar sorvete pra mim. - Dizia o moreno e entregou o dinheiro ao irmãozinho, a que pudesse sustentar seu namoradinho junto consigo. - Pode ir, Yuki. Vou olhar daqui.

- Já é a segunda vez que paga as coisas, me deixe pagar, hum?
Kazuya falou ao outro e estreitou os olhos.

- São coisas tão baratinhas.
- Sim, ms mesmo assim ne.
- Tudo bem, se o incomoda tanto, pague o seu.
- Não, quero pagar o de nós dois.
- Você é chato.
- Não sou não.
- É sim. Você tem que cuidar sozinho do Kazuki, moro com o Yuki mas tenho pais que ainda nos ajudam.
- E o que tem?
- É mais fácil pra mim.
- Mas eu não me importo de pagar, minha mãe deixou um bom dinheiro pra mim e o meu irmão.
- Mas é bom cuidar do que foi deixado, hum? Não dura pra sempre.
- Quando acabar eu vou arrumar um emprego. E não custa tão caro assim. Só não quero que pague tudo por nós.

- Hum. Faça como preferir.
- Não somos pobres, Naoto.
- Não disse que era. Sei como são suas condições, Kazuya. Mas você é ingênuo ou nunca foi a um encontro. Mas esqueça.
- Não, nunca fui a um encontro. Nunca ninguém foi tão especial pra mim pra ir a um.
- Mas era isso que eu estava tentando fazer com você.
- Eh?
- Um encontro, idiota.
- Ah...
O loiro uniu as sobrancelhas.

- Vamos andando.
- Hai.
Naoto caminhou logo atrás dos pequeninos,e  por fim nada havia comprado para si ou para ele. Deu início a área de cada um dos animais, observando-os de acordo a vontade dos pequenos. O loiro segurou a mão do outro a seguir o caminho pelo zoológico, sempre atencioso ao irmãozinho pequeno, chamando-o quando o via se afastar demais de si.
- Não se preocupe tanto, o Naoyuki vai cuidar dele.
Kazuya assentiu e riu baixinho.
- O que você quer ver?
- Hum. Os leões. - Rosnou a ele e riu.
- Ok, leãozinho.
- Sou mesmo.
- Tem até uma juba.
- Hey.
Naoto sorriu num riso silencioso e caminhou guiando os pequenos igualmente até a área dos leões. Kazuya riu e seguiu junto deles, observando o irmãozinho que comia em pequenos pedaços o seu algodão doce.
O moreno caminhou até o irmão, e por cima de si roubou um de seus marshmellows, o levando até a boca e assistiu seu bico com um posterior sorriso. E outra metade do macio doce, direcionou ao outro, o oferecendo. O loiro riu baixo ao vê-lo roubar o marshmellow e aceitou o doce, roubando igualmente um pedaço do doce do irmão, levou um pedaço aos lábios e o outro deu ao namorado. Naoto aceitou dele o pedacinho de algodão doce, e cessou no alcance da área habitada pelos leões.
- Aí.
Kazuya sorriu a observar os leões e aproximou-se pouco mais da jaula a vê-lo com atenção. Ouviu o enorme rugido do animal e desviou o olhar ao irmão que correu, assustado para trás do outro pequenininho. Tal como o outro, o menor assistiu o susto de seu irmão, mas que foi suprido pelo caçula que o descontraiu brincando, por mais que também sentisse medo. O loiro riu baixinho a observar o irmão e lhe acariciou os cabelos.*
- Ele não vai te pegar, Kazu.

- Ele está longe. E então... Ursos polares?
- Ah meu deus, tem ursos polares aqui? É claro.
Hai.
O moreno sorriu silencioso e guiou os menorzinhos pelo lugar, passeando pela ala de animais em busca dos ursos e pinguins. O loiro a
nimou-se, talvez mais do que os pequenininhos e seguiu em passos rápidos junto dele até a parte dos animais. Abriu um enorme sorriso ao ver o urso e aproximou-se mais do local.
Naoto desvencilhou o toque de mãos a lhe dar liberdade de seguir até os ursos, talvez até houvesse, se surpreendido ou rido, mas foi passageiro e a seu lado igualmente parou, observando a pelugem branca e molhada dos bichinhos.
- Que lindos, eu sempre quis ver um urso polar de perto. - Sorriu.
O moreno sorriu igualmente, e o observou, assim como logo se voltou aos animais.
- Ah, desculpe.
O loiro riu e afastou-se logo do local, voltando a segurar a mão dele.

- Desculpar o que?
- Essa minha atitude assim do nada.
- Eu tenho noção de que existem muitos gestos escondidos aí ainda, pequeno.
- Pequeno, é?
Naoto sorriu de canto e voltou-se aos bichinhos.
- Esta com fome?
- Não muito. Você está?
- Um pouco.
- Quer ir comer alguma coisa?

- Um cachorro quente seria uma boa.
- Hum. Então vamos comer.
- Quem sabe possamos ir ao banheiro também. - Riu. - Brincadeira.
- Como se pudéssemos. - O maior o respondeu, baixo e suficientemente audível e sob o ombro do irmão tocou a avisá-lo sobre o lanche. - Vamos lá comer.
- Não é justo, quero voltar pra casa. - Riu.
- Se quiser, voltamos.
- Estou brincando. - Riu.
- Nós vamos comer e vamos para casa.
- Ta bem.
O moreno seguiu com os pequenos, passando pelas demais alas de bichos os quais dera olhadas breves e deixava-os aproveitarem entre seus risinhos animados com cada um deles. Principalmente os silenciosos, já que tinham medo dos felinos. Ao chegar selecionou uma das mesas do lugar, e sentou-se.
Kazuya observava o irmãozinho com seu sorriso nos lábios e não conseguia se lembrar qual foi a ultima vez que o viu tão feliz. Sentou-se ao lado do outro e lhe selou os lábios, sutilmente. Naoto sentiu o beijo breve e parcial o que sequer pôde retribuir. O observou e logo ambos os pequenos que se ajeitavam à mesa.
- O que vocês querem?
- Eu quero hamburguer, Aniki.

- Eu quero harburgui também. Hambur...guer.
Naoto o ouviu e sorriu, só de cantinho. Observou o irmãozinho que igualmente riu diante da dificuldade do namoradinho e lhe envolveu o pescoço num abraço, o afofando contra o peito.
- Que fofo!

- Não é... - O pequeno fez bico.
Kazuya riu a observar o irmão.
- Quer patatas fritas também?

- Para, aniki!
- Muito, muito muito fofo e muito meu.
E ainda assim o apertava, lhe dando um beijinho na bochecha, como uma criança o faria com seu urso de pelúcia.
- Quem ficou com vontade de batatas fui eu.

- Então vamos pedir. - Kazuya riu. - Frigerante também, nii-chan?
- Para, você é mau.
Kazuki fez bico ao irmão e desviou o olhar ao namoradinho a lhe beijar o rosto. Naoto s
orriu ao pequenino e lhe acariciou os cabelinhos louros iguais aos de seu irmão.
- É fofo assim, e o Yuki gosta, não viu? Uh, agora eu quero as batatas fritas, e vou querer milkshake pra suprir o sorvete daquela hora. Vocês querem beber o que?

- Eu quero milkshake também.
- Eu também! De morango.
- Eu vou fazer o pedido. Quer vir pedir o do Kazuki também, Yuki?
Naoto indagou ao irmãozinho que beijou seu companheirinho na bochecha e levantou-se consigo, empolgado com a ideia. Kazuya s
orriu a ambos e logo desviou o olhar ao irmãozinho.
- Você não parece uke, onii.
Com o irmão, Naoto fez o pedido no balcão de uma das lojas ali. Após o pagamento o qual discutiria com o outro mais tarde, voltou portando a senha na mesa onde o pedido seria levado pouco mais tarde e até o assento retornou com o irmão.
- Mas eu sou. 
- Ficou bravo?
- Não, não há problema em admitir algo assim.
- Ta bem...
- Pediram?
- Pedimos.
- Brigô?

- Eh?
- Estão sérios.
- Ah não. - Riu. - Kazu disse que eu não pareço uke.

- E então eu quem pareço, uh?
- Iie, nenhum de vocês dois. Mas o Nao é mais fofo.
- Não é assim. Seu irmão só não vai agir com você como agiria com um namorado.
- Está me chamando de uke? - Kazuya desviou o olhar ao outro.
- Disse que não é menos fofo.
- Não ligo eu sou mesmo.
- Que assunto desnecessário.
- Sim. - Riu. - Ah, Nao, a senha.
Naoto entregou a jovem conforme trouxera o pedido até a mesa marcada na pequena tela preta de números vermelhos no alto da coluna no estabelecimento. E em duas bandejas os pedidos foram deixados ali onde prontamente pegou o próprio milkshakeO loiro sorriu a ele ao vê-lo pegar a bebida e pegou a própria para si, que era de um sabor diferente.
- Está gostoso?
O moreno afirmou a tirar o canudo da boca, a lamber os lábios a limpá-lo, oferecendo da bebida ao outro. O maior sorriu e aceitou a bebida, sugando pouco da mesma.
- Kimochi? - O indagou, baixo e suficiente para ele.
O loiro arregalou os olhos a observá-lo e estreitou os mesmos logo após.
- Não me provoque.

- Ah? - Dizia a voltar-se a bebida, assim como as batatas que pedira a si.
- Esse kimochi aí.
- Perguntei se está bom.
- Ah, está.
Naoto sorriu, novamente sutil e de canto.
- Você está... - Desviou o olhar aos pequenos. - Morto quando chegarmos em casa.
O menor o observou, e só isso fez, voltando a tomar da bebida, e comer vagarosamente enquanto os pequeninos aproveitavam o lanche. Kazuya piscou a ele e logo igualmente passou a comer.
Naoto d
eixou o copo sobre a mesa e continuou a comer, agora com silêncio, só ouvia a conversa dos caçulas. O loiro desviou o olhar a ele e abriu um pequeno sorriso, já no fim do próprio lanche.
Quer um pedacinho do cachorro quente?
Naoto negou e pegou somente do purê um tanto com a própria batata, tornando a comer.
- Ta bem.
O loiro riu baixinho e deu uma ultima mordida no cachorro quente, deixando o pequeno pedaço sobre o papel na mesa e bebeu alguns goles do milkshake.

- Quero ir ao banheiro. - Dizia a deixar o copo com a bebida sobre a mesa.
- Quer que eu o acompanhe?
- Precisa ir ao banheiro?
- Ah, não.
- Não? Então, um de vocês querem ir? - Indagou aos menores. 
Os pequenos assentiram sutilmente, assim como Naoto que levantou-se, onde buscou visualmente a placa que indicava os banheiros, e até lá seguiu.

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