Reika e Takatsuki #25


Reika não o retrucou pelo apelido desta vez, talvez por ser tão atenta a outros fatores. Não o tocava a tempos e de algum modo, sentia vontade de fazê-lo há alguns dias, queria beijá-lo, e nunca havia pensado que, mesmo um casal que já tenha feito sexo poderia sentir vontade de carícias mais simples como meros beijos afinal, já tinham algo prazeroso além, por que um simples beijo? Esticou-se o suficiente para buscar no pequeno móvel trancado ao lado da cama, tirou de lá o brinquedo que costumavam usar juntos e não teve problemas em levá-lo em torno dos quadris, vesti-lo e por-se disposta a penetrá-lo sem delongas. Curvou-se mais próxima a ele.
- Qual você quer primeiro? Meus dedos ou quer logo meu pau?

Takatsuki sorriu meio de canto, embora meio chateado ainda e empurrou a língua para os lábios dela, beijando-a e deslizou ambas as mãos pelas costas da amiga, acariciando a pele macia, gostosa e que cheirava a banho. Gostava de sentir o corpo dela junto do próprio daquele modo, e era a única coisa que queria naquele momento, mais nada. Observou-a a pegar a cinta e se lembrava de ter comprado alguns lubrificantes para dar a ela, pensando que podia animá-la quando fossem fazer amor, mas como ela havia recusado a si, guardara no próprio criado mudo do outro lado do quarto, e não se levantaria para pegar. Observou a prótese, que agora parecia ainda maior do que antes, talvez porque estivesse há tempos sem vela e uniu as sobrancelhas.
- Acho melhor... Os dedos...
- Uh, sei que está louco pra sentir algo além deles.
A loira retrucou ao moreno, embora estivesse a provocá-lo. Deslizou a mão por seu tronco, tateando sua pele, sentindo o peito até alcançar a coxa e desviar à virilha. Logo envolveu seu membro com os dedos, afagando a pele, apertou-o no toque e passou a masturba-lo devagar, aumentando aos poucos o ritmo do punho.

O outro desviou o olhar a ela e o caminho que ela seguia até segurar o próprio membro entre os dedos e gemeu, prazeroso, inclinando o pescoço para trás. Fechou os olhos, mordendo o lábio inferior e apreciou aquele toque na parte suave, embora firme.
- R-Rei...

- Hum...
Ela murmurou a respondê-lo embora não fosse necessário e voltou o rosto a seu pescoço exposto, mordiscou sua pele, lambeu-a e sugou suavemente, dando-lhe um chupão. Riu com os lábios junto a ele e subiu vagarosamente traçando o caminho até sua orelha, delineando-a com a língua na parte de trás, desviou a cartilagem e mordeu, sabendo que aquela parte ainda mais sensível que seus mamilos. E com a mão continuava a toca-lo, sentindo sua pele macia sobre o músculo não tão gentil quanto ela, movendo já vigorosamente a ponto em que ouvia o punho estalar contra sua pele.
- Chama mais, docinho.

O gemido mais alto deixou os lábios do outro ao sentir o toque na orelha e sentiu o corpo se arrepiar por inteiro. Mordeu o lábio inferior, suspirando e deslizou uma das mãos pelos cabelos dela, acariciando-a e roçou o corpo ao dela, puxando-a contra si para fazê-lo, porém sentiu a prótese contra o corpo e gemeu novamente, era gelada, e dura, embora com o material que se assemelhasse a pele.
- Rei! 
Chamou, mais alto ao sentir seus movimentos se agilizarem e já podia sentir o membro pulsar entre os dedos dela, estremecia, prazeroso, e não aguentaria muito tempo, justamente por ter ficado tantos dias sem tocar ali.
Quer que eu entre?
Reika retrucou ao ouvi-lo grunhir outra vez, chamando agora mas evidentemente que antes, e com a mão desocupada segurou a prótese entre os dedos e levou a seu corpo, roçou onde os dedos haviam tocado brevemente antes e provocava-o ameaçando a penetração. Mas talvez estivesse tão sem sexo quanto ele a ponto que não querer nem os joguinhos feitos por si mesma por muito tempo e posicionada entre suas nádegas, entrou sem aviso prévio, aproveitando sua excitação com os estímulos manuais para conseguir mais facilmente adentrá-lo, e embora não fosse realmente parte do corpo, sentiu a prótese deslizar por dentro dele até completá-lo consigo.
- C-Com os dedos primeiro, Rei...
Takatsuki murmurou a ela, sentindo-a se roçar ao corpo e gemeu baixinho, achando ser apenas uma brincadeira inicial, mas pelo visto, não era bem isso. Concentrou-se nos movimentos que ela fazia em si e iria gozar, até chegou a segurá-la em seu pulso, num pedido mudo que continuasse.
- Rei... Rei Iku.... Iku yo...
Falou, inclinando o pescoço para trás e quando finalmente se sentiu prestes a gozar, sentiu-a se empurrar para dentro de si e estava fechado, tanto que o gemido alto deixou os lábios, e não sabia se gemia porque havia sentido ela rasgar a si com a prótese até adentrar o corpo ou pelo ápice que havia acabado de atingir, dificultando ainda mais a penetração devido aos espasmos do corpo, e uniu as sobrancelhas, mantendo os olhos fechados, pressionados com certa força.

- ... I-Ite...
Ela o adentrava ainda que houvesse tido algum tipo de dificuldade, pelo tom de sua voz no anúncio anterior em junção com a altura que veio a seguir, podia não tê-lo sentido na pele, mas sabia que havia atingido o ápice até que os dedos estivessem finalmente sujos por seu prazer. Talvez estivesse com tanta falta daquele contato com o moreno que teve de gemer junto dele a medida que atingiu o ápice e não evitou um sorrisinho satisfeito, porém não a ponto de interromper o que fazia e dentro dele permaneceu, permitindo-o se acostumar.
- Hum, dói mas não suficiente pra amolecer, ah? E olha que você acabou de gozar.
Disse enquanto ainda tocava seu sexo, mesmo que os dedos estivessem tocados por seu prazer, o que não gostava muito de sentir o sêmen na mão, mas não ia parar a essa altura.
- Motto?

O outro uniu as sobrancelhas e realmente estava dolorido, ardia, como se quisesse expulsá-la do corpo. Estremeceu e negativou, agarrando-se ao pulso dela como havia feito antes, com certa força, quase afundando os dedos ali, indicando a ela o quanto aquilo havia sido dolorido e abriu os olhos, já sentindo as lágrimas marcando na marca d'água e não queria que ela visse, então virou a face de lado, evitando de mostrar a ela. Sentiu-a ainda dentro do corpo, parada ali e gemeu, dolorido, embora prazeroso com o fim do ápice e assentiu, meio contido, hesitante.
- Motto...

Reika sentiu o aperto no pulso e quis lhe dar uns tapas por seus dedinhos pontudos e doloridos, era como pareciam naquele momento. Notava seus olhos suavemente marejados, brilhavam um pouco mais que o comum e tinha certeza que aquele brilho não era de amor como em historinhas de romance. Sorriu-lhe com os dentes e ao desocupar uma das mãos, tocou seu rosto e virou-o para si.
- Pode chorar, frutinha.
Sussurrou e selou seus lábios, uma, duas vezes, mordeu de leve e os lambeu do mesmo modo. Podia provocá-lo, brincar com ele, mas no fundo não estava assim tão descontraída, queria na verdade agarrá-lo e fazê-lo sentir o quanto queria tê-lo naquele momento, quis dizer o que ele queria ouvir, mas não disse.

Takatsuki desviou o olhar à ela, meio incomodado ao sentir o selo e principalmente ao ouvi-la, estreitando os olhos quase em seguida. Negativou e agarrou-a nos cabelos, puxando-os com certa força para expor o quanto aquilo era dolorido, embora não tão forte para não ser excitante e uniu as sobrancelhas, esquecendo-se de que ela podia muito vem retrucar aquele toque.
- Ah... - Ela murmurou dolorida e fitou o amigo, deu uma arregalada nos olhos como quem o repreendia. - Ah é?
Retrucou e num sorriso meio de canto, afastou-se devagar de dentro dele e ameaçou uma, duas vezes, na terceira voltou para dentro dele, com força, mas nada que tornasse aquilo não prazeroso, pegou embalo e passou a se mover com ritmo, iniciando sem demasiada rapidez, mas subia gradativamente na impossibilidade e falta de vontade de continuar aquilo tão pacientemente.

- Iie... Iie!
O outro falou a ela ao sentir-se se afastar e encolheu-se, quando a sentiu se empurrar contra si e gemeu alto, rouco, unindo as sobrancelhas e contraiu-se, mesmo sem intenção, mas fora dolorido em seu movimento seguinte. Estremeceu e desviou o olhar a ela, mordendo o lábio inferior.
- Rei... Não judia de mim...

- Ah docinho, se você falar assim eu vou judiar mesmo.
Ele disse e soou tão suavemente rouca quanto ele, excitada é claro. Ergueu somente o tronco e apoiou ambas as mãos às laterais de seu rosto onde deu sustento ao apoio do corpo e logo, os movimentos tornavam-se mais firmes a ponto que podia ouvir a pele tocar a ele e ressoar na colisão.
- Ah!
Takatsuki gemeu mais alto, inclinando o pescoço para trás a repousar a cabeça sobre o travesseiro e desviou o olhar a ela, unindo as sobrancelhas ao sentir o início dos seus movimentos e adorava olhar para ela, o corpo dela, tudo nela, era um conjunto tão bonito, aquilo que sentia, só podia ser amor, não poderia ser outra coisa.

- Sabe que você tem um rosto muito fofo enquanto dá pra mim, Takatsuki.
Ela disse ao amigo, no mesmo timbre anterior, agora talvez um pouco mais baixo, visto que precisava guardar o fôlego para os movimentos e entre suas coxas continuava a se mover e empurrar vigorosamente para ele, contemplando cada reação dolorida e prazerosa do moreno. 

- E-Eu tenho?
O outro falou a ela com um pequeno sorrisinho no rosto e por fim, empurrou-a em direção a cama, sentando-se sobre ela e claro, aquela posição era mais dolorida, ainda assim, não se fez contido e passou a se mover, subindo e descendo sobre ela, deixando-a ter a visão do próprio corpo, enquanto se mantinha absorto nos movimentos.

- Tem e provavelmente fica ainda mais fofo de propósito.
Disse ao ser levada para a cama e deixou-o tomar as rédeas por um instante. Levou as mãos em sua cintura, deslizou aos quadris, coxas e deu uma apalpada em suas pernas até que voltasse para cima, onde continuou a passear, acariciando seu corpo. Teria o provocado habitualmente ao notar o sobe e desce de sua ereção livre em meio as suas pernas, mas talvez não estivesse assim tão melhor a ponto de aguentar ser provocado. Uma das mãos levou a seu peito e a outra em seu sexo que continuava a mover de acordo com cada subida do amigo, e novamente estimulava-o no ritmo possível diante do vaivém, já no peito provocava o pequeno ponto que puxou entre os dígitos, beliscando seu mamilo.
- Rei...
Takatsuki murmurou, chamando-a conforme subia e descia com mais força, sentindo-a a retirar e colocar do corpo e apoiou ambos os pés na cama, apoiando-se de forma diferente para ter mais impulso e deixar visível a ela os movimentos, com sua prótese entrando e saindo de si e agora era gostoso, não mais tão dolorido e tocava exatamente onde gostava, bem no fundo. Sentiu sua mão sobre o sexo e estremeceu, mordendo o lábio inferior.
- K-Kimochi...

- Você é guloso, não é?
Reika disse ao amigo e o via se mover sobre o colo, movia-se sem pressa e talvez um pouco provocativo, ainda que pela força com que se sentava parecesse buscar prazer. Pressionou os dedos em sua pelve e empurrou o moreno ao colo, mantendo-o ali. Moveu-se embaixo dele, continuando dentro dele porém com uma leve rebolada, conseguia se mover. Subiu com as mãos em seu dorso e pressionou a mão no meio de sua coluna, fazendo-o debruçar junto a si e sentia o peito contra o seu, com a proximidade sentia o cheiro de seu pescoço, um pouco de suor e um pouco de perfume, tinha um cheiro gostoso. Lambeu sua pele, mordiscou gentilmente a região e deslizou as mãos por sua coluna até alcançar os ombros onde o segurou e por lá o empurrou contra o ventre a medida em que se levou para ele, o estocando com firmeza, aos poucos criando um ritmo vigoroso.

O outro assentiu ao ouvi-la e logo se deitou sobre ela, devagar, sentindo o corpo dela junto do próprio e gemeu, prazeroso, roçando-se a ela ainda mais e fechou os olhos, nem acreditava estar fazendo aquilo com a amiga, nem acreditava que tinha o corpo dela junto ao próprio, seis meses depois e até chegou a sorrir, já que pensou nunca mais poder tocá-la daquele modo. Manteve-se parado enquanto sentia os movimentos dela, atingindo aquele ponto específico dentro de si e logo, se tornou mais forte e gemeu, mais alto, prazeroso, sentindo-a até machucar pouco do corpo com os movimentos rudes, mas era gostoso mesmo assim.
- Goza...
Reika sussurrou-lhe ao pé do ouvido, com os lábios ainda colados em sua pele tão próxima, embora soasse um pouco cortada pelo pouco fôlego diante dos movimentos tão rápidos e deslizou novamente as mãos por suas costas, envolvendo-o pela cintura o abraçou.
- Goza.
Tornou dizer e deslizou as mãos até suas nádegas, segurando-as a maneja-lo por lá, empurrava-se ainda para ele vigorosamente, vez outra alternando o ritmo e ainda que não pudesse sentir como era estar dentro dele como um homem, podia sentir prazer de estar com ele, de se mover dentro dele, de tocá-lo, não era só um prazer mental ou somente físico, podia sentir os dois.
- Queria gozar dentro de você, Takatsuki.
Sussurrou-lhe ao pé do ouvido e mordiscou seu lóbulo, puxando a região macia.

Takatsuki se abaixou a se aproximar dela e lhe mordeu a orelha, sabendo que ela não gostava e riu baixinho ali perto, movendo-se mais para baixo, contra o corpo dela e realmente, sentia-se perto de gozar, o corpo tremia, como se pedisse por mais e já podia sentir aquele arrepio característico, o qual não demorou muito e atingiu o ápice, sujando a si e a ela novamente e não fora por isso que cessou os movimentos, continuou por um tempo e em meio ao êxtase falou a ela.
- Queria que pudesse gozar em mim, Rei...
Murmurou e logo sentiu a face se corar ao perceber o que havia dito e negativou, cessando os movimentos. Reika r
ecuou com o movimento, sentindo um arrepio involuntário na pele e não gostava do toque, deu-lhe um tapa na bunda, descontando. Mas sentiu sobre a pele o toque quente de seu clímax constando que havia atingido o ápice ainda que continuasse a se mover tão vigorosamente sobre o corpo, aos poucos diminuindo.
- Queria, é?
Indagou ao ouvi-lo e não podia notar o rubor em sua pele diante da escuridão do quarto, ainda que não fosse totalmente escuro, podia vê-lo em tons frios. Sorriu ao moreno, notando-o negativar.
- Desde quando você é tímido assim, ah?

- Eu não sou tímido, pff. - Ele riu e logo saiu de cima dela, sentindo-a se retirar do corpo e lhe selou os lábios, antes de se deitar ao lado dela. - Ah...
Reika sorriu ao vê-lo negativar ainda que desviasse o olhar. Após tirar o acessório da cintura, deixou-o de lado e o faria limpar depois. Usou um lencinho qualquer para tirar a sujeira deixada sobre o abdômen e virou-se para ele. Fitou-o com o peito que subia e descia vigorosamente a fim de compassar a respiração irregular e levou a mão em sua pele, tateando com a ponta dos dedos. Circulou seu mamilo e desceu ao umbigo.
- Kimochi?

Takatsuki suspirou, tentando se recuperar, e conforme o corpo esfriava, se sentia triste de novo, o que era uma droga, não queria se sentir daquele modo, tão melancólico, negativou, tentando afastar os sentimentos de si e desviou o olhar a ela, assentindo.
- Honto?
Ela retrucou e voltou a subir a mão até seu pescoço, deslizou pela nuca a segurar seus finos fios de cabelo. Arqueou-se suavemente para ele, selou seus lábios e deu uma mordiscada leve. Notava seu rosto de perto, sua feição cansada e que aos poucos perdia a excitação. Tinha no amigo quase um irmão, normalmente tão enérgico e provocável, alguém que costumava encher o saco pelos corredores da escola e agora, olhava para si tão diferente de como era antes, não era um dos mais frágeis, nem mesmo parecia delicado, era simplesmente diferente consigo na cama, e era assim que parecia olhar para si. Não queria mostrar aquilo a ninguém e esperava que mesmo seus ex-ficantes ou namorados houvessem visto aquela sua parte.
- Eu gosto de você.
Disse embora na verdade tivesse pensado tanto aquilo que não conseguia não dizer. 

O moreno desviou o olhar ao ouvi-la e assentiu, era óbvio que havia sido gostoso, havia gozado duas vezes, não tinha nem como negar, mas pensar sobre aquela situação ainda era meio triste, e pensou novamente em arrumar as próprias coisas e ir embora quando ela estivesse dormindo, mas ao começar a planejar, ouviu-a dizer e desviou o olhar a ela.
- Eh?

- Gosto de você. - Voltou a dizer embora soubesse que ele já havia escutado.
- Eu sei que gosta, também gosto de você.
- Estou falando a real.
Ela disse e se sentou na própria cama, observando o moreno. Queria poder dizer de alguma forma melhor ou poder se expressar melhor, mas dizer aquilo parecia tão confuso, não sabia dizer de algum modo complexo e bonito senão como realmente era. Na verdade já havia escutado por aí alguém dizer que, quanto maior o sentimento, mais difícil de expressá-lo e talvez fosse assim. Ele a
rqueou uma das sobrancelhas a observá-la.
- Gosta de mim como eu gosto de você?

- É, gosto, eu gosto. Mas não acho que tenho o que você precisa.
- Você é tudo o que eu preciso.
- Não seja exagerado...
- Não estou sendo.
- Está sim. - Reika disse e revirou-se pela cama, deitando-se em cima dele, com as costas em seu peito. - Ué, onde está o Takatsuki? Foi embora enquanto eu falava.
Disse, fazendo uma brincadeira que já fizera antes e sentia-o desconfortável embaixo de si. Riu entre os dentes e embora dizer aquilo fosse fazê-lo se sentir feliz, imaginar que aquilo o faria se sentir feliz, causava uma boa sensação em si, ainda que não fosse simplesmente para fazê-lo se sentir bem.
- Isso é confuso e eu não havia me dado conta, senti algo estranho nas últimas vezes que te vi com alguém, talvez ciúme, mas ao mesmo tempo conformismo, porque te acho muito mais legal com um homem.

- Reika! - Ele falou a ela ao senti-la deitar-se sobre si e empurrou-a para a cama, estreitando os olhos, porém ao invés de brigar, apenas ouviu e sorriu, meio de canto. - Rei, você não precisa ser um homem para me fazer gostar de você.
- Mas você é viado.
Ela provocou mesmo que falasse sério, ainda arrumava algum tempo para encher o saco.

- E você é meu macho. Você é lésbica, e eu sou sua mina, e assim vai. Eu posso ser o que você quiser quando fechar os olhos. Eu não ligo que você não tenha um pau, na verdade, eu não preciso de um para sentir prazer, seus dedos já me fazem sentir bem.
- Não estou falando só de sexo, palhaço. - Reika sorriu a ele e deitou-se de lado a fitá-lo, apoiando a face sobre a palma da mão. - Sei que um pau não vai te dar prazer se quem estiver atrás dele não souber usar. - Disse e deu-lhe uma piscadela. - Digo também o corpo além do sexo, mas sei que é meio estúpido já que eu acabei de te tocar sem parar de pensar o quanto eu gosto de você e o quanto você é lindo mesmo sendo um menininho.

Takatsuki sorriu a ela, desviando o olhar ao ouvi-la e de fato, tudo que fizera fora sorrir e observá-la por alguns segundos, quase um minuto inteiro. Aproximou-se dela e tocou seus lábios com os próprios, beijando-a, um beijo sutil, somente de lábios pressionados e sorriu novamente.
- Você entende? Não precisa de nada para me fazer feliz, só ser você. Não ligo se é um garoto ou não.
- Vai deslocar o maxilar, Takatsu. - Ela disse a provocá-lo a respeito de seu sorriso mas retribuiu o selar que ganhou. - Tudo bem.

- Então... - O outro sorriu, meio de canto. - Você... Quer namorar comigo?
- Não quero que me peça em namoro. - Disse, torcendo os lábios.
- Ah... Hai...
- Agora sim. Quer ser minha namorada, moranguinho?
Takatsuki riu ao ouvi-la e assentiu, meio tímido a observá-la.
- Quero... Quero muito.

- Então, estamos namorando...
Ela disse, sem saber como reagir, talvez fossem aos poucos processar a respeito disso até o dia seguinte. No entanto somente se aconchegou mais próxima a ele, abraçando-o em torno de sua cintura. O outro sorriu, meio de canto e estava tão feliz que a felicidade não cabia no peito, queria gritar, queria chorar, e queria abraçá-la e nunca mais soltar.
- ...

- Você está muito gay, docinho. - Disse ao fitá-lo enquanto o abraçava.
Takatsuki sorriu e riu baixinho, virando-se para ela e abraçou-a, apertando-a com força entre os braços.
- Uh... - Ela resmungou ao ser apertada com seu abraço. - Está me amassando, Takasuki. - Disse, parecendo repreendê-lo porém não realmente. - Está mesmo feliz, hum?
- Hai! - Riu e beijou-a no rosto várias vezes. - Você é minha!
- Cara... Estou namorando... Meu... Amigo, meio... Irmão. - Disse, entre pausas a receber os beijos.
- E daí? Isso é incrível. - Riu.
- Ta bom, viadinho, quero ver como vai sair falando que resolveu parar de sair com caras.
- Vou falar pra todo mundo. Vou sair de mãos dadas com você falando pra todo mundo que virei hétero.
- Ah vá, virou nada.
- Virei, assumido.
- Não, só escolhemos alguém.
Ele sorriu e assentiu, beijando-a em seu pescoço algumas vezes.

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