Daisuke e Misaki #14


Misaki havia voltado ao trabalho, não conseguia pensar, não conseguia fazer nada, tudo o que pensava era no vampiro, atrapalhava-se até mesmo em algumas palavras ao responder alguma pergunta. Suspirou, observando o horário no relógio, já estava perto da hora de acabar o turno. Abriu um pequeno sorriso nos lábios e levantou-se, procurando a bolsa pelo local, é claro que já havia ido buscar as coisas que prometera a ele. Foi até o banheiro e retirou a meia calça, colocando a meia preta e a cinta-liga, mantendo no pé o sapato de salto. Voltou a própria sala e pegou as coisas sobre a mesa, jogando na bolsa e logo saiu da sala, ouvindo a voz da chefe antes de cruzar a porta.

- Onde vai com tanta pressa?
- Embora.
- Vai ver alguém?
- Não... - Sorriu.
- Eu te conheço, Misaki, até trocou as roupas. Vai ver o Dai?
- Talvez... - Riu e caminhou para a saída. - Tchau, Kyoko. - Correu até o elevador, esperando que chegasse ao andar de baixo e logo avistou o outro, esperando a si, aproximando-se e lhe selou os lábios. - Pronto.
Daisuke desencostou-se da porta de vidro conforme avistado o rapaz. O cainita tratou de expor um sorriso leve em lábios, como de fato lhe era costumeiro. Ambas mãos pousaram acima da magra cintura do alheio, e automaticamente cerrou as pálpebras conforme os lábios selados. Quando enfim o fitou nos olhos, um sorriso brando tornou mostrar, enquanto as mãos no cachecol preto desenlaçavam a peça do pescoço, e a levava ao alheio, dando uma unica volta a ajeitá-lo em seu pescoço.
- Suponho que esteja frio.

Misaki sorriu ao vê-lo e retribuiu o selo nos lábios, abraçando-o e deslizou as mãos pelas costas dele, acariciando-o. Observou-o a retirar o cachecol e uniu as sobrancelhas.
- Não... Não precisa... Ah... Você não... Sente frio. - Riu baixinho, selando-lhe os lábios novamente. - Obrigado, meu anjo.

- Quando eu bebo sangue eu sinto, frio, calor, prazer... - O maior sussurrou a ele, seguido por um riso único em murmurio breve.
- Prazer...? - Murmurou, observando-o.
- Uhum. - Daisuke afirmou, retribuindo seu encarar de face.
- Quando morde outras pessoas também? - Misaki uniu as sobrancelhas.
- Misaki está com ciúme?
O menor observou-o e riu baixinho, desajeitado, afastando-se.
- Não... Claro que... Não...

- Não?
As mãos de Daisuke em volta da cintura do outro, trouxeram-no novamente a posição que por breve abandonou a se afastar, o puxando. Misaki n
egativou, abaixando a cabeça, escondendo a face do maior.
- Hum... - O maior murmuriou em tom suave risonho, e virou-o de lado consigo, lhe abraçando a cintura conforme retomados passos. - Quer algo antes de ir para casa?
- Estou bem. - O menor riu, desajeitado novamente.
- Okay, Senhorita. Mas eu estou com vontade de te beijar e eu acho que não quero esperar até chegar em casa.
Misaki parou, virando-se em frente ao outro e lhe selou os lábios, observando-o em seguida. Um leve estalo nos lábios Daisuke deu conforme retribuíra o toque superficial. O observou igual, e deixou um suspiro abandonar as narinas enquanto o fazia, rompendo logo a distância entre rosto e bocas. Passeava conjunto a semelhante, roçando-as vagaroso, porém não lento, e muito menos rápido, pressionava-as juntas a saborear o gosto doce, talvez tivesse degustado algo durante o serviço. Os braços ambos enlaçaram a cintura alheia, enquanto mantinha-o firmemente envolvido entre os robustos.
O menor levou uma das mãos aos cabelos do maior, acariciando-os enquanto lhe retribuía o beijo, apreciando os lábios do vampiro, tão frios junto aos próprios. Deslizou a mão livre pelo corpo dele, puxando-o delicadamente contra o próprio corpo. A mão sobre os cabelos dele, puxaram os fios com cuidado, separando os lábios dos lábios do vampiro e guiou-o até o pescoço, inclinando-o para trás num pedido pelos beijos dele.
Daisuke tornou a finalizar num estalo leve e observou-o por breve conforme guiado a tal ponto onde colou os lábios sutilmente úmidos pelo beijo. Toques rápidos desferia antes de arrastar os beiços sob a tez arrepiada, fosse o frio ou os beijos e mordiscou-o suave, sentindo a gota tênue deslizar a pele o qual lambeu. Misaki deixou um pequeno gemido escapar ao sentir a mordida e apertou-o entre os braços.
- Gosta disso, hum...?

- O que...? - O maior sussurrou ainda a passear sua pele num rastro sutil dos lábios.
- Meu sangue. - Misaki sorriu, acariciando-lhe os cabelos.
- Gosto de tudo.
O maior tornou responder em voz mínima e leve comprimiu os lábios a pele, sugando-a a manchá-la de roxo pela sucção, porém acompanhada por quantidade tão pequena de teu sabor. O menor s
uspirou, tocando os lábios dele com os próprios e deslizou a mão até a face dele, acariciando-o.
- Tudo...?

Daisuke breve cerrou as pálpebras conforme tocado entre lábios e moveu-se tênue, roçando-os juntos e lhe puxou o inferior a tornar olhá-lo.
- Em você - Disse num meio sorriso. - Espero que não se importe, mas não esperaria menos de um romancista, certo? - Concluiu o cainita num risinho.

Misaki riu baixinho.
- Você é perfeito. - Selou-lhe os lábios mais algumas vezes, rindo baixinho. - Não entendo como alguém como você foi se aproximar de mim dessa maneira.

- Uh? Como? 
- Eu sou chato, sem graça, feio. - Riu. - Não tenho nenhum atrativo... Você é lindo, perfeito, bom escritor... O oposto de mim.
- O que te fazer concluir chato e sem graça, o perfeito e o lindo?
- Eu não faço nada de interessante o tempo todo... Eu sou um editor enquanto você é um escritor famoso... Percebe? - Riu.
- Você tem parte no que sou, você quem me ajuda com os livros. Um emprego importa? Quando fomos para cama numa primeira vez, o que me encantou aquela noite foi esse rosto feio, foi ele parte do meu interesse, foi assim que pude conhecer esse rapaz tão sem graça e sem nenhum atrativo.
Misaki puxou-o para si e lhe selou os lábios.
- Foi assim que fizemos esse bebêzinho. - Riu. - Podemos ir pra casa? Eu... Estou com frio.

- Eu também quero fazer amor com você.
Daisuke tornou se virar e pôs-se ao lado, caminhando conjunto num enlace de sua cintura até o veículo preto próximo estacionado. O menor r
iu baixinho, adentrando o local e esperou-o, observando a entrar no veiculo em seguida.
- O que te faz pensar que eu quero tanto fazer amor com você?

O maior caminhou ao lado motorista e após ter-se acomodado no banco em couro confortável, fechou a porta.
- Ler seu pensamento. 

- Você... Você lê meus pensamentos?! - Misaki arregalou os olhos, observando-o.
O vampiro se voltou a ele, e riu diante de tal expressão a marcar teu rosto bonito.
- Essa é exatamente a reação que eu esperava.

- Você lê...?
- Está com medo de algo, Misaki? Que por exemplo eu saiba que você gosta de mim?
Misaki sentiu a face se corar, encolhendo-se.
- O que mais você sabe...?

- Que agora mesmo seu coração está palpitando tão forte, que está tão envergonhado que nem ao menos sabe como agir e se ainda vamos fazer amor quando chegarmos em casa, porque provavelmente você vai sentar à beira da minha cama, entrelaçar seus dedos e me olhar tão lindo e tão sem graça.
- Isso aí é mentira... - Uniu as sobrancelhas.
- E você realmente não vai chegar em minha casa pra fazermos amor. - O maior riu.
- Hum...? Não?
- Como pode assegurar que é mentira se nem ao menos aconteceu? Mas claro, é uma mentira porque como eu disse você não vai chegar em minha casa. Porque acabou de fazer uma confissão tão boba e ingênua, e está tão tímido que nós vamos fazer amor aqui mesmo. Eu só não sabia que ia se entregar tão fácil. Mas outra coisa que eu posso ler, é que você também não sabe que eu gosto de você.
O menor sorriu, desajeitado e a face novamente corada, aproximou-se do outro, selando-lhe os lábios.
- G-Gosta...?

- Gosto, e você já é meu... Sem nem saber.
Daisuke sussurrou e tornou a lhe selar os lábios, sem espaço de tempo a beijá-lo e tão logo o levá-lo ao banco traseiro do veículo.

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