Nowaki e Tadashi #45


- Nowaki?! - 
Disse a enfermeira que entrou correndo no consultório, sem se importar se o outro estava em atendimento ou não. - É o Tadashi, teve uma parada cardíaca.
Nowaki levantou-se com o aviso e seguiu rapidamente até a sala, onde formularia o atendimento do garoto. Com os anos havia se adaptado a simplesmente agir antes de refletir sobre o que poderia ter acontecido, primeiro resolveria o problema e depois formularia uma solução definitiva se houvesse. Mas claro que não deixaria de perceber a incompetência alheia em resolver os problemas sem precisar da própria presença.
Tadashi não havia feito nada, essa era a verdade, não tentava se matar de novo, não havia ingerido nenhuma droga por si só, mas estava fraco, e era obrigado a passar pela desintoxicação que era forte, o pior havia deixado de ser a abstinência, e sim o corpo fraco demais para continuar de pé. E agora tinha também o bebê. Ao entrar, a enfermeira tratou de checar se estava vivo, após aquele episódio. O doutor havia resolvido, mas não acordara desde então. Por segurança, havia sido transferido para a ala do doutor responsável por si, já conhecia aquele quarto, quando abriu os olhos.
- N-Nowaki...?

Algum tempo após os procedimentos hábeis, Nowaki finalmente locomoverem o paciente estável para seu quarto, um onde costumava estar há algum tempo atrás. Levantou-se ao ouvi-lo responder após algum tempo desacordado, caminhou até ele e o examinou de forma padrão.
- Tadashi. - Disse em retribuição.

- ... O que houve? - Disse o maior, meio sonolento e gemeu, dolorido. - Minha barriga...- Parece que teve alguns problemas. O que está sentindo? - Dito, o maior locomoveu-se a dar atenção a seu ventre.            
- Itai... - Tadashi murmurou e uniu as sobrancelhas.
- Sente algo mais? - Nowaki indagou e com estetoscópio verificou os batimentos sobre seu ventre, de uma forma superficial. - Nós vamos fazer a ultrassonografia.                        
- Estou meio enjoado... - O menor murmurou, unindo as sobrancelhas.
- Qual localização exata da dor que sente?
Tadashi indicou o estomago, acima do ventre.
- É provavelmente um sintoma em reflexo ao que aconteceu. Alguns problemas no coração causam reflexo no estômago.
- ... Hai. Por que me trouxeram pra cá?- Pra eu poder observar você.Tadashi sorriu meio de canto.
- Que bonitinho.
- Bonitinho?- É, você me observar.          
Nowaki sorriu em seu comentário enquanto ainda o fitava de soslaio, dando atenção as fichas, trabalhava enquanto cuidava do garoto, um pouco precoce demais em tudo.- Está ocupado?- Estou analisando uns pacientes. Não virei por uns dias, então estou organizando algumas coisas.- Ah... Hai. - Sorriu. - Vou ficar quietinho.- Vou pegar algo pra você comer. - Disse o maior por fim a se levantar.- Iie... Não estou com fome.                        
- Sopa, é leve e aqui nós temos uma boa cozinha.O menor uniu as sobrancelhas.
- Não sei se consigo tomar.

- Por que não?- Mal consigo levantar os braços.- Ora criança. Quer na boca?- Eu não pedi pra me dar. Por isso disse que era melhor não trazer.- Eu vou dar pra você. Quer frutas com mel?- Hai...- Sopa e frutas, hum?- Hai, onegai.
- Certo.
- Desculpe por causar tantos problemas.
- Não importa, o que importa é que você está bem, de alguma forma.
Após fazer o pedido, Nowaki esperou por alguns minutos para receber a comida do menor, e guiou consigo a bandeja em direção a cama, colocando sobre ele.
- Logo você vai melhorar.
- Não vai me deixar sozinho, não é?
- Hum?
- Sozinho, não vai me abandonar... Vai?
- Não, já lhe disse isso. Agora abra a boca.
Tadashi abriu a boca, esperando pela comida que logo foi dada pelo outro, e sorriu ao provar o sabor da sopa.
- É gostosa mesmo.
- Eu lhe disse.
- Faz tanto tempo que não como algo bom assim...
- Deve fazer tempo que você não come nada, isso sim.
- É, mais ou menos isso. - Tadashi riu.
- Então coma logo. - Disse o maior e deu mais da sopa a ele.
- Eu quase morri, não é?
- Mais de uma vez.
- Não, eu digo... Agora. Senti meu corpo pesado e de repente, perdi a consciência.
- É, você teve um ataque cardíaco.
- Ficaria feliz em se livrar de mim?
Nowaki fez uma pequena pausa, desviando o olhar a ele, incrédulo.
- Não diga tanta besteira. Já não lhe disse que quero cuidar de você e do nosso filho?
Tadashi uniu as sobrancelhas, abrindo um pequeno sorriso canteiro e por fim, assentiu.

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