Nowaki e Tadashi #46 (+18)


O suspiro pesado deixou os lábios do menor, estava completamente entediado, e não podia sair da cama, havia planejado com ele que fosse para sua casa assim que estivesse melhor, e parecia estar, exceto pelos duzentos fios ligados a si, monitorando todos os movimentos que fazia, os batimentos cardíacos e respiração. Também tinha alguns curativos, locais onde havia machucado poucos dias antes, que não tinha intenção de medicar, se não estivesse no hospital. Já havia voltado a própria forma normal, bipolar, de bichinho de pelúcia que achava que iria morrer para aquele adolescente pervertido de sempre, e havia buscado na cômoda o maço de cigarros, o qual guiou para a boca e tragou, obviamente, não fazia ideia de que aquilo podia fazer mal ao filho, na verdade, algumas vezes se esquecia de que o tinha, mesmo com quase quatro meses, ele não se mexia muito, era fraco.

Ao entrar no quarto, Nowaki sentiu o odor específico, fitou claramente repreensivo pelo local somado a seu estado médico e ao filho. Ao alcança-lo, tomou posse do cigarro antes entre seus dedos.
- Abre a boca.
Tadashi uniu as sobrancelhas ao vê-lo tomar o cigarro de si e encolheu-se na cama, negativando.
- Iie! É só um cigarro!
- É, aqui é um hospital, palhacinho. E você tem um bebê.
- ... Não posso fumar por causa do bebê?
- Claro que não, vai prejudicar os pulmões dele além dos seus.                        
O menor assentiu, entregando o maço inteiro a ele.
- Deixe onde estava, com seus pertences. Não posso jogar, mas não é pra fumar aqui. E com o bebê nem em lugar algum.
- Hai... - Tadashi disse e deixou-o no móvel ao lado. - Quando vou poder ir pra casa? Não aguento mais esse lugar. - Disse, manhoso e sentou-se na maca, sentindo a agulha incômoda na veia. - Ah...
- Hum, eu ia te dar alta hoje, mas te vi fumando então não vou dar, de propósito.
- Não Nowaki! Eu não sabia...
- Sabia sim, você não é burro.
- Mas não sabia que fazia mal ao bebê, nunca li sobre isso, não achei que um dia fosse ficar grávido.
- Mas você já foi à escola. Continue até terminar a medicação e vou pensar se te deixo ir.
Tadashi uniu as sobrancelhas e assentiu.
- Mas... Vem ficar comigo um pouquinho.

- Quer tomar café?
- Café? Quero, depois. Senta aqui comigo.
- Não quer comer nada?
Nowaki tomou um leve espaço à beira da cama. Tadashi s
orriu meio de canto e deslizou uma das mãos pelo jaleco que ele usava, adentrando sua camisa e tocou-o no tórax, em sua pele, e quase chegou a estremecer.
- ... Sinto sua falta.

O maior desviou o olhar a ele ao sentir o toque, que resvalou entre os botões da camisa, tomando espaço para tocar a pele, mas segurou seu pulso. 
- Sente, é? Se aquiete.
- Não seja ruim comigo. Há quanto tempo não nos vemos? Quanto tempo não sente o corpo quente de alguém? Não sente falta dos apertos do meu corpo ao redor do seu? - O menor murmurou, contra a nuca dele e beijou-o ali. - O médico disse, que a gravidez me deixa mais sensível.
- Cale a boca, Tadashi. Você força demais.
Disse o moreno ao ouvi-lo, ainda, por vezes, tinha dificuldade em lidar com o fato de que seu comportamento alternava, então quando falava de um jeito não habitual ainda que talvez para ele fosse algo comum.

Tadashi uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e afastou-se, encolhendo-se na cama, amedrontado pelo modo como ele falava. Nowaki fitou-o, novamente confuso sobre seu comportamento, adolescentes, pensou.
- Sinto muito, você muda de comportamento de uma forma drástica, é difícil lidar.
O menor a
ssentiu, negativando a ele e agarrou-se ao travesseiro.
- Quando chegar em casa. Deite-se direito. - Disse o maior, o desenroscando do travesseiro, o outro negativou, segurando ainda.
- Não quero, quero fazer aqui.

- Por que aqui? Pensei que queria a mim e não o quarto.
- Não é o quarto, eu quero você agora, estou excitado.
- Você é um pirralho mesmo. 
Nowaki reclamou, fitando seu comportamento já diferente, quase infantil junto aquele maldito travesseiro. Ao se levantar, levou a mão até a calça, desafivelou o cinto e abriu o botão, baixando o zíper.
- Vire.                        

Tadashi sorriu a ele, meio de canto ao vê-lo abrir a calça e estremeceu, afastando o travesseiro, porém cessou ao ouvi-lo.
- Nossa... Como um cachorro assim? Não ganho nem um beijinho?

- Com animais eu acho repugnante.
- Hum, então não me mande me virar só pra dar uma rapidinha.
- Pra que tanta conversa, hum? Não está excitado?
O menor estreitou os olhos e assentiu, puxando o próprio avental para cima e virou-se de costas como pedido por ele, cuidadoso com os malditos fios presos em si.                        
- Você não se decide. Mandei ficar quieto e não virar. 
O maior disse e segurou seu braço, puxou-o para si e segurou seu rosto, sentindo no encontro com a sua boca o gosto amargo do cigarro e medicamentos. Ainda assim o manteve na posição suficiente para tocar sua bunda livre pelo avental. Tadashi assentiu e gemeu ao senti-lo segurar o braço, machucado no pulso e na veia onde a agulha ainda estava.
- T-Tira essa maldita agul...
Murmurou, porém sentiu seus lábios contra os próprios e o beijou, empurrando a língua para sua boca, encontrando a dele e quase chegou a gemer, satisfeito.

- Que gosto horrível. 
O maior disse resmungando, mas nem por isso parou, mordeu seu lábio inferior. Já atrás dele, roçou o sexo não completamente ereto em suas nádegas. O menor sorriu, meio de canto, e não havia pensado sobre o gosto que teria na boca, apenas mordeu o lábio inferior dele.
- Então da próxima vez me traga uma balinha de menta. - Murmurou e suspirou ao sentir o membro dele contra as nádegas. - Hum... Quer que eu coloque na boca?

- Dá próxima vez não vai ter gosto de cigarro, senão vou esfregar sua boca com sabão. - Nowaki disse, entre mordiscos em seus lábios - Pelo menos até meu filho nascer. Quer por na boca ou na sua bunda?
Tadashi desviou o olhar a ele ao ouvi-lo, e era difícil decidir a uma frase daquela. Riu baixinho e assentiu.
- Na bunda.

O maior achou graça na resposta, no uso da palavra no embalo da própria. Estava mais firme àquela altura, e se levou entre suas nádegas, roçando-se em seu âmago, sem penetra-lo no entanto. Tadashi riu baixinho e agarrou-se ao lençol da cama, sentindo-o entre as nádegas, e depois de tanto tempo, certamente seria dolorido.
- E se alguém pegasse você aqui comigo doutor? 

- A clínica é minha. Mas você é um mimado imprudente. - Por fim, Nowaki investiu, sem pressa, vagarosamente.
- ... É sua? Ora, onde estão essas suas contas na Suíça que não estou sabendo?
O menor riu baixinho, somente brincando, mas é claro que se assustou ao ouvir que ele era o dono do local e agarrou-se ainda mais a cama conforme o sentiu adentrar o corpo, mesmo devagar, gemeu, dolorido.

- Na suíça eu precisaria se meu dinheiro fosse ilegal.
Nowaki "ensinou", embora não fosse de fato um comentário sério. Soou um pouco mais áspero, afetado pela nova sensação.
 Tadashi fechou os olhos, mordendo o lábio inferior e estremeceu, mais uma vez, e era visível o fato de que estava dolorido, ainda mais fazendo aquilo de forma tão repentina e sem alguma preparação.
- N-Nowaki...
Precisa que eu pare, hum?
O maior indagou, no mesmo timbre abafado, parado na garganta. Por hora interrompeu, embora ainda continuasse dentro dele.

- Não... Não, tudo bem...
Tadashi murmurou, abaixando a cabeça e mordeu o lábio novamente, evitando o gemido mais alto. O maior p
rosseguiu até que o completasse consigo, onde novamente cessou até que reiniciasse, começando um leve vaivém.
- Ah...
O menor gemeu, baixinho conforme o sentiu se mover após ter se colocado em si por completo e empurrou-se suavemente contra o corpo dele, devagar, ajudando-o com aquele movimento dolorido de início.
- ... Tudo bem... Pode se mover.                        

- Quer sentar no meu colo ou quer assim mesmo?
O maior indagou e soava ainda rouco, evidentemente excitado, talvez apertado. Tadashi d
esviou o olhar a ele, sabia que iria doer mais se sentasse no colo dele, mas não podia perder a chance de fazer aquilo após tanto tempo, e de olhá-lo nos olhos.
- ... Seu colo, quero o seu colo. 
Ao ouvi-lo, Nowaki interrompeu o ritmo que mal começou. Ao deixa-lo, saiu de seu corpo de difícil acesso e se sentou na cama, esperando por ele.
- Vem.
Tadashi assentiu e se colocou sobre o corpo dele, devagar devido aos fios que tinha ligados ao corpo. Segurou-se nos ombros dele, enquanto fitava o rosto tão bonito do namorado e devagar, o colocou dentro de si novamente. O maior o ajudou a se acomodar com as coxa as laterais do corpo e segurou sua cintura por onde podia maneja-lo. Fitou-o igualmente enquanto reiniciava os movimentos.
O menor moveu-se, devagar sobre ele, visto que ainda incômodo, mas o local onde dava mais atenção era o rosto dele. Deslizou uma das mãos por suas bochechas, acariciando-o e sorriu, sutilmente, abraçando-o a guiar ambos os braços ao redor de seu pescoço, mas fora cortado quando percebeu que os fios não davam a volta.
- ...

Nowaki não deu atenção ao empecilho, continuou no entanto o incentivo, movendo-o pelo colo, vagarosamente o manejando, fazendo-no rebolar e subir e descer até que se acostumasse. Tadashi uniu as sobrancelhas ao perceber que ele não parecia querer dar muito foco a si, e sim ao ato e assentiu, abaixando a cabeça e concentrou-se na sensação que sentia por tê-lo em si, assim como ele poderia se concentrar nos próprios movimentos.
- O que há com esse olhar de tristeza?
O maior indagou ao perceber sua sobrancelha unida, como uma criança que juntava o fôlego para o choro, embora não viesse qualquer resmungo. Um dos braços deslizou em torno de sua cintura, envolvendo-o próximo de si, tentou ser um pouco mais atencioso, embora estivesse um tanto aéreo. Ao olhar para frente, via sua clavícula, o beijou.

O menor negativou ao ouvi-lo e um suspiro deixou os lábios ao sentir seus beijos pela pele e acariciou os cabelos dele com uma das mãos. Gemeu próximo ao ouvido dele, e conforme sua proximidade, seus carinhos, ouvia o aparelho ao lado marcar os batimentos cardíacos acelerados. Nowaki subiu sobre sua pele, da clavícula ao pescoço e mordeu sem força. Ainda o movia, firmando no colo.
- Nowaki eu...
Tadashi murmurou, e se arrepiava, estremecia com o mínimo toque dele sobre o corpo e agarrou-se ao outro, continuando os movimentos a erguer-se e voltar a sentar em seu colo.
- E-Eu não... Não vou aguentar...

- Mal começamos.
Disse o moreno, soando contra sua pele, mas sabia que estava com os hormônios à trabalho perante a gestação. Continuava no entanto, fosse em sentir sua pele com cheiro de higienizador aos beijos ou a move-lo no colo.

- Eu sei, mas...
Tadashi suspirou, agarrando-se a ele, e sentia-se aquele adolescente virgem novamente, se bem que, era quase. Agarrou-se ao braço dele com uma das mãos, puxando-o para si e gozou, mesmo rápido, mordendo o lábio inferior e inclinou o pescoço para trás.

A medida em que o maior sentia seu corpo em espasmos, intensificava o ritmo, no intuito de fazer o mesmo com o seu prazer, torna-lo mais forte. Quando em sua voz denunciou o clímax assim como o toque quente de seu prazer que sujou a camisa, estocou com força, empurrando-o para baixo até enfim cessar o movimento, sentindo seu corpo frágil entre os braços, afetado pelo prazer.
O menor gemeu pouco mais alto conforme o sentiu se empurrar para si, e tentava se mover, mas sentia as pernas trêmulas, vacilando. Quando o ápice cessou, sentiu cessar também os movimentos dele e uniu as sobrancelhas.
- N-Nowaki, não vai...?

- Iie. Estou bem, você me paga por isso hoje à noite. - Disse o maior num sopro e mordeu seu queixo delicado.
- Ah... - Tadashi assentiu e deslizou uma das mãos pela face dele, acariciando-o. - Obrigado... - Murmurou e desviou o olhar ao soro ao lado, notando-o já seco, e sorriu meio de canto. - Me leve para casa.

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