Naoto e Kazuya #37


Kazuya adentrou a sala a abraçá-lo por trás e sorriu a ele, colocando sobre sua cabeça a tiara com as orelhas do mickey.
- Nunca me disse se gostou do nosso passeio.

Naoto sentiu o arco sobre a cabeça e logo retirou-o a fitá-lo. Sorriu meio torto e assentiu ao louro.
- É claro que sim.

O loiro sorriu a ele e selou-lhe os lábios, sem se importar com as pessoas transitando na sala.
- Já podemos sair, quer ir pra casa ou dar uma volta?

- Não faça isso aqui. - O menor resmungou, embora acabasse por retribui-lo. - Não sei, você quem decide.
- Ué, por quê? Todos sabem que somos namorados.
- Vamos comer alguma coisa?
- Hum. - Sorriu. - Quer que eu cozinhe pra você?
O menor assentiu à sugestão.
- E o que quer comer?
- Hum... Panquecas vegetarianas.
- Ah... Como faz isso?
- Bem... panquecas com ovos e vegetais.
- Ah... Ta bem...
- Nunca comeu?
- Nunca.
- Então dessa vez eu quem cozinho?
- Acho que sim. - Kazuya riu.
- Então eu farei. Que tipos de vegetais você gosta?
- Hum... Couve flor, brócolis, cenoura, batata. - Sorriu.
- Posso fazer com brócolis e batatas, o que acha?
- Hum, acho que vai ficar uma delícia.
- Então vamos, sinto fome.
O loiro assentiu e pegou a mochila dele, carregando-a junto da própria.
- Vem.

- Hum... Hum...
Kazuya murmurou em pausas, sentado em frente a bancada da própria casa e comia a panqueca feita por ele, tão gostosa que era um pecado nunca ter comido.
- Que delícia... Você quem devia cozinhar, não eu.

- Você é exagerado. - Ele disse e voltou a servir-se de uma garfada da panqueca.
Kazuya riu e negativou, comendo mais um pedaço. O menor sorriu e bebeu do suco.
- Minha mãe está pretendendo mudar daqui.

- O que? Por quê?
- O trabalho dela.
- E vai pra onde?
- Quioto.
- O que? Não!
Naoto observou-o sem ter o que dizer.
- Ela deu somente um sinal até agora. Mas... Não sei, viemos pra cá por esse motivo, certamente deve ser igual da outra vez.

- Não, você não vai. Venha morar comigo.
- O Naoyuki vai precisar de alguém, ela não deixaria ele.
Kazuya uniu as sobrancelhas.
- Mas...

Naoto levou a mão em seus cabelos, acariciando-os na nuca.
- Não vai embora...
- Você pode vir comigo.
- Eu não posso...
- Por que não?
- Eu não tenho dinheiro pra mudar... Sou só eu e o meu irmão.
- Você pode morar comigo.
- Não... como vou morar com a sua mãe?
- Sabe que ela nunca fica em casa.
Kazuya uniu as sobrancelhas e desviou o olhar, pensando por alguns instantes.
- Eu vou arrumar um emprego.

- Então você quer ir?
- Sim.
Naoto afagou seus cabelos.
- Se fosse qualquer outra pessoa eu não chamaria pra vir comigo.

O loirinho sorriu e abraçou-o e o outro retribuiu-o no abraço e deslizou os dedos sob sua nuca.
- Agora continue comendo, já que estava tão gostoso.

- Eu acho que.. Agora não.
- Por que não?
- Fiquei sem fome. - Riu.
- Mas já resolvemos.
- Mesmo assim... Quase morri.
- Não é pra tanto, Kazuya.
- Verdade, sem você eu ia morrer.
- Exagerado. Não morreu sem se lembrar que eu existia na sala antes.
- Agora eu iria.
- Exagerado.
- Verdade.
Naoto beijou-o no rosto.
- Então eu vou jogar o restante fora.

- Não!
- Ninguém quer comer então...
- Eu como depois. Agora quero dar de comer pra você.
- Eh?
- Seu irmão está em casa?
- Não, teve passeio com a escolinha. O Kazuki não foi?
Kazuya puxou-o para si e lhe selou os lábios.
- Foi.

- Então. Se esqueceu.
O loiro sorriu a ele e lhe selou os lábios novamente, levando as mãos dele à própria cintura. Naoto retribuiu-o no selar de lábios, e sentiu a mão direcionada a sua camisa, acima da cintura, que por instinto apalpou de leve com os dedos.
- Quer namorar?

- Está lerdo hoje hein?
O menor sorriu, sempre tinha uma ideia, mas sempre acabava desentendido. Kazuya sorriu e mordeu-lhe o lábio inferior.
- Não quer namorar?

- Namoramos na sala de aula. Já está bem, é?
- Um pouco dolorido, mas quem disse que quero que entre de novo?
- E como pensa em fazer?
- Eu vou entrar em você. - Murmurou.
Naoto riu.
- Aham, vai.

Kazuya estreitou os olhos.
- O que?

- Está entrando já. Na sua cabeça.
- Poxa, por quê?
- Porque somos bons como estamos.
- Não me acha tão bom assim, ahn?
- Em que quesito?
- Pra ser ativo.
- Não disse isso.
- Estou brincando de qualquer jeito. - Riu.
- Está mesmo?
- Hai.
- Ah, que bom. Foi tão sério que eu quase ia deixando. - Naoto grunhiu, soando mutuamente sério.
- Sério?
- Você parecia tão chateado.
- Não, só estou brincando.
- Você quer?
- Não... Não se preocupe.
- Tem certeza?
- Hai.
- Que desânimo. - O menor sorriu e levantou-se, selando seus lábios a envolvê-lo na cintura.- Eu deixo, algum dia.
- Não. - Kazuya sorriu a ele. - Estamos bem assim.

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