Naoto e Kazuya #36 (+18)


Naoto levantou-se, dado o sinal de intervalo. Não havia conversado consigo desde o início da aula, embora sempre fosse quieto, o loiro estava sempre obrigando a si a conversar com ele, com algum comentário, ou mesmo encarando a si sem dizer nada, essa quase como se obrigasse a abrir a boca e dizer alguma coisa, mesmo que fosse um "O que foi?" Mas até então não havia dito nada. Caminhou pelas carteiras até a saída da sala. E notou o impulso no ombro o que fizera regredir alguns dos passos com a colisão com o garoto de alguma sala do mesmo ano. Tão logo, a mesma colisão nas costas, porém mais leve, e ao fitar sobre o ombro, notou o desenho conhecido de seu queixo de mandíbula, tão logo elevou a seus cabelos loiros, e seus olhos claros, indagativos. Mas não disse nada, porém abaixou-se, ajudando o garoto no chão, recolhendo suas moedas espalhadas o qual devolveu em sua bolsinha, que notou desenhar o rosto de um porquinho, certamente muito mais bonito do que os de verdade.
- Aqui.
Disse-lhe entregando a mão, e notou seu rosto corado, fosse por timidez ou sabe-se lá o porquê. Levantou-se, 
seguindo o rumo da área de recreação e da cafeteria. Ainda não havia falado com Kazuya, desde o dia em que vira-o no terraço a conversar com alguém, que mais tarde descobriu ser seu ex-namorado, ficante, fosse o que fosse e fora poucos dias depois que voltaram da viagem. Fechou os olhos, e embora até então não houvesse transparecido, estava aborrecido. E pensava sempre nos dois juntos, o que era uma estupidez, sentia-se como uma mocinha. E ainda que quisesse resmungar, se calou para si mesmo. Notou até ter pedido um cappuccino enquanto pensava no loiro provavelmente em cima do garoto, e que até então, ele não havia mencionado. Não havia nem citado a conversa, e até que o fizesse, se limitaria a respondê-lo ao que fosse necessário, enquanto dizia estar tudo bem.
Kazuya seguiu pelo corredor com passos rápidos, tentando alcançá-lo em meio ao grande fluxo de alunos, e não entendia o porque ele não falava consigo, não se lembrava de ter feito nada a ele. Uniu as sobrancelhas, irritado e seguiu em direção ao refeitório, ainda o seguindo. Parou a observá-lo enquanto fazia o pedido e também aguardou que ele escolhesse a mesa, caminhando até ela a levar a mochila nas costas e sentou-se a seu lado, estreitando os olhos a ele.
- Não vai falar comigo?

Naoto descansou o copo descartável sobre a mesa e pegou dois sachês de açúcar, adoçando o conteúdo e mexeu com aquela colherzinha de plástico miserável.
- Estou falando com você.

- Está? Por que não olhou pra mim quando bateu no corredor? Por que foi ajudar o outro?
- Ele caiu, derrubou as moedas, você não.
- Ah... Então só porque eu não caí, dane-se?
O moreno ergueu a direção visual a ele, e negativou, embora fosse mais uma negação pessoal, não acreditando em sua cisma, embora só tivesse esbarrado de leve em si. Ergueu o copo a boca, numa distração pelo humor irritadiço por dentro e tentou beber do café, dando um gole que não chegou a ir para a boca, e assustou-se com a temperatura ao queimar o lábio, e deixou o copo sobre a mesa.
- O que eu fiz pra você? Está me tratando assim desde que cheguei.
- Tratando assim como? Só não estou conversando durante a aula, e você devia fazer o mesmo.
Kazuya riu, debochado e assentiu, levantando-se.
- Certo, como quiser.

Naoto assentiu e soprou de leve o café. Embora por dentro, desejasse enforcá-lo, não literalmente, mas quase. O loiro uniu as sobrancelhas e desviou o olhar a ele em seguida, ao notar que não iria se mexer.
- Diga logo, Naoto!

O moreno observou-o de olhos baixos, tão logo voltados, encarados a ele.
- Me diga você.
- Dizer o que? Ficou louco?

- Vai dar uma de estressadinho pro meu lado, Kazuya?
O loiro cruzou os braços.
- Me diz você, se diz que estou estranho, deve ter algum motivo, não é?
- Sim, só não entendo o porquê. Simplesmente diga, se tive algo errado, eu vou dizer.
- Tem algo errado, e é justamente o fato de você não me dizer e achar que está tudo bem, a ponto de nem pensar que é por essa... Porra de motivo.
Kazuya arqueou uma das sobrancelhas ao ouvir o palavrão, estranho vindo dele e permaneceu em silêncio alguns segundos, pensativo e logo após desviou o olhar a ele.
- Ah, você não... Você não está puto porque ouviu que eu estava conversando com o Takashi não é?

- Não, não estou puto. Não está vendo? É só que vocês estavam num lugar reservado e você não me falou.
- Num lugar reservado? Eu marquei o encontro na sacada. Só queria pegar as coisas que estavam com ele, e só queria de volta porque eu queria pegar um CD pra usar no jantar que ia fazer pra você, por que não me perguntou nada?!
- Não quero ouvir algo que compartilhou com ele.
- Eu não compartilhei nada com ele, ele pegou os meus CDS e levou embora, eu nem sabia que estavam com ele. Eu perguntei se ele ainda estava com alguma coisa minha na aula e ele disse que estava, então pedi que trouxesse.
- São porcarias, deixasse com ele.
- Está dizendo que o que eu queria colocar pra você é porcaria?
- É, porque estava com ele. Vou pedir minhas coisas pra minha ex namorada, você vai ficar feliz?! - Naoto indagou, exclamativo, soou até um pouco irritado demais.
Kazuya uniu as sobrancelhas e permaneceu a observá-lo.
- Você vai?
- Não.
- Tsc. - Naoto resmungou e abandonou o café, lambendo o lábio ferido antes pela temperatura. - Vou pra casa antes do horário.
Levantou-se a fim de buscar na sala de aula os materiais deixados lá. 
Kazuya deu alguns passos a segurá-lo no pulso e uniu as sobrancelhas novamente.
- Naoto, desculpe, eu não fiz nada com ele, nem conversamos.
O moreno cessou os passos, sentindo-se segurado embora não realmente com força.
- Por que não pegou na sala e foi num lugar escondido?

- Não era um lugar escondido, tinha muita gente lá, ele não é da nossa sala.
- Me chamasse, me avisasse. Ele era seu namorado?
- Não.
- Mentiroso.
- Ele era meu namorado, mas isso já faz tempo.
- Transou com ele?
Naoto perguntou, embora não costumasse falar sobre esse tipo de coisas. E nem mesmo tivesse a ver com o assunto, queria apenas parar de pensar asneiras. Kazuya a
rqueou uma das sobrancelhas.
- Não. Não ficamos nem duas semanas juntos.

O moreno desvencilhou o toque.
- Eu vou pegar minhas coisas.

- Estou falando sério! - O loiro seguiu-o de novo. - Sabia que eu era virgem quando fiquei com você na primeira vez.
Desviou o olhar ao ver as meninas que passaram rindo ao ouvir a si e nem deu atenção, atencioso somente a ele.

- Tudo bem, de qualquer forma nem deveria importar, não estávamos juntos.
Naoto disse e seguiu o mesmo rumo caminho a sala de aula, aonde jogou o caderno dentro da bolsa e jogou-a sob o ombro, iria embora, não estava mesmo afim de estar ali. O loiro s
eguiu junto dele até a sala, observando-o da porta e ao adentrar fechou-a atrás de si.
- Você não vai embora.

- Não vou? Você querendo estudar?
- Não, eu quero ficar com você.
O moreno o fitou, porém investiu ainda assim a direção da porra.
- Da licença, não estou de bom humor. Não quero me irritar mais. Odeio me sentir assim.

- Não vou te deixar sair.
Kazuya falou a ele, empurrou-o com cuidado para longe da porta e pressionando-o contra a parede, o beijou. Naoto a
fastou-se conforme guiado e sentiu a compressão dos lábios alheios aos próprios, o que durou pouco e estalou ao desvencilha-lo.
- Não faça isso aqui.

- Faço sim! - O loiro disse a ele e novamente investiu contra seus lábios.
- Alguém... - Naoto resmungou abafado contra seus lábios. - Vai entrar aqui! - Disse ao senti-lo umedecer os lábios com a língua.
- Não importa.
O loiro murmurou e empurrou a língua contra os lábios dele, agarrando-o na cintura. Naoto c
errou os dentes, contendo a vontade de mordê-lo por sua teimosia. Embora sua investida fosse realmente admirável. Fitou-o próximo, notando seus olhos fechados e o cenho tenso, marcado por rugas temporárias. E somente o retribuiu quando teve a estúpida ideia de imaginá-lo beijando o ex-namorado. Segurou ambos os seus ombros com força nos dedos, e retribuiu-o com a mesma abruptidão do louro.
Kazuya arregalou os olhos ao senti-lo segurar a si daquele modo e se impôs a ele novamente, empurrando-o ainda mais contra a parede, deslizou ambas as mãos pelo corpo dele até as costas, apreciando a pele macia por baixo do uniforme.
Naoto pressionou-o aonde o tocava ainda mais ao sentir o toque morno de suas mãos à pele. Chegou a mordê-lo nos lábios, embora não tão forte assim, ainda dando a continuidade a seu beijo, empurrando a língua invasiva a sua boca.
O loiro puxou-o para si e andou alguns passos para trás, sentando-se sobre a mesa do professor e puxou-o entre as pernas, desabotoando a camisa dele aos poucos. O menor apartou o beijo, e levou as mãos sobre as suas.
- Não faça isso.

- Sh, ninguém vai ver, vem logo.
Naoto puxou-o de sobre a mesa, e virou-o de costas, abaixando suas calças o suficiente a expor suas nádegas, visto que levara conjunto a sua boxer. E encarava-o ali, enquanto abria a calça do colégio, abaixando pouco, apenas a tomar o membro para fora e colocá-lo entre as suas nádegas, empurrando-o.
- Não tenho camisinha.

Kazuya levantou-se como ele queria e virou-se, apoiando-se na mesa a frente a deixá-lo abaixar as roupas, deixando escapar o gemido sutil ao senti-lo se empurrar contra si. Negativou ao ouvi-lo.
- Não faz mal.

O moreno descansou ambas as mãos em seus quadris, e apoiou-se ali, empurrando o sexo que deslizava grosseiramente para dentro, visto que a ausência de lubrificação. O maior abaixou-se, repousando sobre a mesa e mordeu o lábio inferior, sufocando o gemido alto que queria deixar os lábios e deixou escapar um suspiro, dolorido.
- Hum...

E com uma estocada, a primeira ou a última, para que Naoto estivesse todo dentro. Segurou a camisa do outro pela gola, mesmo por trás, amarrotando o tecido nos dedos. Investiu, iniciando o ritmo de vaivém, numa primeira estocada difícil, e saiu, voltando e continuou numa repetição gradativa.
Kazuya fechou os olhos, escondendo a expressão de dor presente na face com ambos os braços que apoiou aos lados do rosto e agarrou-se ao fim da mesa, quase puxando-a para si a cada empurrão que sentia dele contra o próprio corpo.
Ao soltá-lo, Naoto levou ambas as mãos a subirem, como antes ele fazia, abaixo de sua roupa, envolvendo-o na cintura, aonde manejava-o puxando-o para si.
- Está gostoso pra você, ah?

O maior não disse nada ao ouvi-lo, contorcendo-se sutilmente sobre a mesa ao senti-lo se retirar com dificuldade de si e logo de colocar novamente. Arranhou a mesa e suspirou, de fato merecia isso.
- Por que quis fazer aqui? - Naoto perguntou e soou rouco pelo pouco oxigênio.
- Não escolhi o lugar, me deu vontade. - Murmurou.
- Só queria me calar e não me deixar sair daqui.
O menor deslizou ambas as mãos mais para cima, erguendo sua camisa a expor suas costas, aonde encostou o peito e sentiu o toque de pele à pele. Tornou a mover-se, estocando-o, com força, porém medida.

Kazuya mordeu o lábio inferior mais uma vez ao senti-lo tocar a si, tão quente como sempre fora e fechou os olhos a apreciar os movimentos, gemendo baixinho vez ou outra ao senti-lo colidir contra o corpo.
O moreno subiu com as mãos, deslizando-as em suas laterais, sua pele macia e com cheiro de banho. Beijou-o no pescoço, num reflexo, embora ainda estivesse um pouco aborrecido e fechou os olhos, continuando os movimentos, estocando contra ele.
O loiro suspirou e inclinou o pescoço ao lado, dando espaço a ele para os beijos. Segurou uma das mãos dele na lateral do corpo e entrelaçou os dedos aos dele, apertando-a sutilmente.
Com a outra mão, Naoto levou ao rosto dele e voltou-o para si. Mordeu seus lábios e logo o beijou como feito antes. E sentia-o pressionar a outra, segurada contra seu próprio corpo. Seguia com o quadril o mesmo ritmo da língua, vigoroso, embora não eufórico. Kazuya retribuiu o beijo, empurrando a língua contra a dele, sentindo-a e apreciando os toques, empurrando o quadril contra o dele vez ou outra.
- Ficou gostoso?
O menor sussurrou entre o beijo, e contra seus lábios, empurrando-se com ele conforme ele vinha para si. O outro a
ssentiu e suspirou.
- Ainda dolorido, mas... Melhor.

A mão de Naoto, cujo livre, o contrário da demais, ainda contra a sua, segurada em seus dedos entrelaçados, desceu, levando abaixo de seu corpo colado à mesa e tocou-o no sexo, sentindo sua leve rigidez. O loiro sorriu ao sentir o toque e gemeu baixinho, movendo a mão ali a acariciar a si com a ajuda dele.
Naoto vagarosamente traçou o vaivém, subindo e descendo em seu sexo a endurecê-lo ainda mais aos poucos. No mesmo ritmo do quadril impunha ambas as mãos juntas sob sua ereção, e com o polegar esfregou sua glande, sensibilizando-a. O maior gemeu novamente, baixinho, prazeroso com os estímulos dele e ergueu-se com a ajuda das mãos, colando o corpo ao dele. Ouviu o sinal e sorriu para si mesmo, virando a face a observá-lo.
- Hum...

O moreno assustou-se com o sinal anunciando o fim do intervalo. Puxou-o, com mais força, acelerado ambos os ritmos, nele, e com os próprios quadris e enfim gozou, penetrando-o com força, deixando o prazer no fundo de seu corpo. E gemeu, baixo, porém audível, a ele.
Kazuya assustou-se ao senti-lo puxar a si contra seu corpo e gemeu a cada puxão que sentia, sentindo-o tocar a si fundo no próprio interior. Agarrou-se à mesa com força, segurando-se e por fim atingiu o ápice junto dele, sujando a própria mão e a do outro.
Naoto sentiu o toque pegajoso e morno nos dedos. Denunciando seu ápice que não tardou após o próprio. Suspirou e ouviu os murmúrios frenéticos fora da sala. O que obrigava a si a se levantar habilmente de cima dele e ajeitar a roupa como podia sem sujar a calça com o sêmen na mão.  Fechou o zíper desajeitado e caminhou para a própria carteira, tirando um lenço de dentro da bolsa a limpar a mão e seguir ao louro, ajudando-o se ajeitar visto que sua lerdeza era evidente, fosse de propósito ou pelo êxtase que ainda rondava seu corpo.
O gemido prazeroso deixou os lábios do loiro e ergueu-se pouco ao senti-lo se retirar de si, tentando levantar por completo, mas ainda se apoiava na mesa a sentir as pernas fraquejarem. Fechou a calça com a ajuda dele e segurou-se no outro.
- Me ajuda.

O moreno observou suas pernas trêmulas, e após vesti-lo, levou-o para a carteira, aonde o sentou e sentou-se a seu lado, onde o próprio lugar. E observou-o com os cabelos um pouco desajeitados. Era tão bonito, pensou, mas não disse.
Kazuya ajeitou os cabelos, segurando um dos fios a ajeitá-lo e só então notou a mão suja, arregalou os olhos a observá-la e certamente o cabelo que havia sujado, se desesperou e virou em direção a ele, mostrando a mão já a ver alguns alunos conversando na porta.
Naoto arregalou mutuamente os olhos e pegou o lenço, limpando seu cabelo, tão logo a sua mão, e fitou os alunos que estavam um pouco intrigados ao entrar na sala. O loiro desviou o olhar a ambos e sem saber o que dizer esperou um tempo.
- É agora que a gente diz que é creme? - Murmurou a ele.

- Está parecendo mais é gel de cabelo. E bem, até deixou seu cabelo no lugar.
Kazuya estreitou os olhos a ele e pegou o celular no bolso, observando-se.
- Verdade.

- Nojento.
O moreno disse, já próximo de seu rosto ao tocá-lo e desviar sua atenção do celular e voltá-lo para si a selar por um tempinho, seus lábios. E soltou-o ao se ajeitar na carteira, agora, já não o encarava. Kazuya r
etribuiu o selo e sorriu a ele.
- Dorme comigo hoje.

- Vou pensar.
- Dorme sim.
- Vou pensar.
- Hum, ta bom.
- Ó, tem uma sujeirinha aqui. - O maior ergueu a mão a tocá-lo no lábio.
- Estou sentindo um cheiro de Kazuya.
O loiro riu.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário