Broken Hearts #2


Yori chegou junto do vampiro no local, estava cansado, na verdade muito, respirava forte, e estaria ainda mais se tivesse andado o caminho todo, por sorte ele carregou a si por um tempo, provavelmente, por medo que escapasse, e o faria de fato, quando havia percebido que estavam longe demais da cidade, não sabia mais o que estava fazendo ali. Parou em frente a casa dele, observando-a e era enorme, até chegou a arregalar os olhos, boquiaberto, parado enquanto ele seguiu. Sentiu o puxão no pulso e gemeu, acompanhando-o sem muitas opções e logo adentrou a casa, observando os empregados que passeavam por ali, e tinha muitos.
- Hideki, foi legal vir até aqui com você, mas eu acho que eu deveria ir embora...

- Cale-se e me diga sobre a casa, gosta dela? - Disse o maior e guiou-o pelo hall onde observou a governanta com um sorriso.
- Encontrou um companheiro, meu senhor?
- Encontrei, Kana.
- Ainda não preparamos um quarto, dormirá com o senhor, estou certa?
- Sim, mas pode arrumar um cômodo para ele, com roupas. Provavelmente tamanho pequeno.
- Tudo bem. O que faremos com Matsumi?
- Deixe-a por enquanto.
- Seja bem vindo, rapaz. 

O menor observou a mulher ali parada e ouviu tudo em silêncio, afinal, não sabia o que dizer, nem conhecia alguém ali, só sabia que a agonia estava presa na garganta uma vez que sabia que não conseguiria fugir dali tão facilmente. Segurou-o pelo braço, sutilmente e assentiu ao ouvir as boas vindas.
- Todos aqui são vampiros? - Murmurou.

- Exceto Matsumi. Mas não se preocupe, sou o único que pode tocar você.
- Matsumi? - O menor murmurou e observou a mulher. -  Espere, ela disse que eu vou dormir com você?! Mas...
- Kana também é uma vampira. Matsumi é a humana, provavelmente está no quarto. Você pode conhecê-la mais tarde. E sim, vai dormir comigo, você é meu amante.
- Por que tem uma humana em casa? Mas... Temos que dormir juntos? Eu posso dormir na sala... Ou... Sei lá, eu nem quero dormir aqui!
- Ela é de quem eu tomo sangue quando não saio pra isso. Por que não dormiríamos juntos?
- Se você tem alguém que te dê sangue, por que precisa de mim...? Porque... Porque eu sou homem.
- Não o trouxe para me dar sangue. Trouxe para ser meu companheiro. Há uma diferença entre amante e servo de sangue. E daí que é um homem?
- Amante? Nunca tive nem um namorado... Eu... Nunca beijei ninguém... Porque quer ficar comigo? Eu sou feio...
- Eu toquei seus lábios há pouco tempo atrás. Mas posso te beijar se quiser. Já respondi todos os seus questionamentos há pouco.
Yori uniu as sobrancelhas, incomodado com o fato de que ele parecia não mudar de ideia e negativou somente.
- Posso tomar um banho? Estou molhado.

- Quer que o beije?
O menor ponderou por alguns instantes e desviou o olhar, negativando, não queria, não o conhecia. Por um momento Hideki mordiscou o lado direito do lábios, odiava ser recusado, mas deixou por hora. Assentiu.
- Kana, diga a alguém pra buscar roupas que ele possa usar por hoje. Roupas de dormir.

- Eu gosto de shortinho e alguma regata mais soltinha... Mas preciso ir embora amanhã.
O menor falou baixinho, somente para ele, era tímido e não gostava de falar com quem não conhecia. Hideki o
uviu-o e repassou a informação, claro que não o fim. Descansou a mão no fim de sua coluna, guiando-o as escadas e subiu-as com ele.
- Vou te levar ao meu quarto.
- ... Não, meu... Meu quarto.

hideki abriu a porta no final do corredor,  próprio quarto e que agora ia compartilhar com o garoto, que era quase desconhecido, mas não se importava. Achava atraente o fato de conhecê-lo enquanto já se relacionavam. Fechou a porta atrás de si ao deixá-lo passar e expor o quarto com a decoração pessoal e que agora era dele também. A porta encostada dava passe ao banheiro onde abriu e embora tivesse uma banheira, optou por lhe dar a ducha inicialmente, não estava com vontade de tomar banho na banheira.
- Venha.

Yori observou o quarto, boquiaberto novamente com as decorações bonitas, mas tentou não expor, nunca havia visto uma casa tão grande como aquela. Adentrou o banheiro, junto a ele estranhamente e retirou a camisa que usava, deixando-a de lado.
- Você... Vai me deixar tomar banho?

- Sim, fique à vontade.
Disse o maior ao ligar a ducha, deixando cair os jatos firmes de água no chão de piso preto, tal como os azulejos ou mesmo o vidro do box, que era fumê. Mas como ele, tirou a camisa, deixando-a no gabinete. Yori m
anteve-se a observá-lo e uniu as sobrancelhas, sem entender e encolheu-se a segurar a camisa.
- Você quer tomar primeiro?

- Vamos tomar banho juntos.
- Não... Como assim? Eu não...
- Qual o problema? Somos homens, temos as mesmas coisas.
- É, mas... Não é desse modo que você quer tomar banho comigo. - Yori murmurou e deixou de lado a camisa dobrada, retirando a calça em seguida. - Prefiro tomar banho sozinho, por favor. E-Eu acabei de te conhecer, nem sei o que estou fazendo aqui.
Hideki observava-o enquanto despia-se e mesmo assim o fazia. Deixou a calça junto a camisa, dobrado como ele. E já nu, seguiu até o garoto, tocando-o nos ombros, levando-o até o chuveiro, porém antes, abaixou-se, deslizando sua roupa íntima pelas pernas, deixando-a de lado. 
Yori desviou o olhar a ele, meio tímido e uniu as sobrancelhas, inclusive fora um dos motivos por não tirar a roupa, ele era bem maior do que a si. Hideki deslizou os dedos por seu cós, e puxou a peça íntima por seus quadris, deslizando-a por suas pernas e tirou-a, deixando-a junto ao restante de sua roupa acima do gabinete na pia.
- Hey! Não...
O menor murmurou e tentou segurar a roupa intima, porém fora vencido e uniu as sobrancelhas, encolhendo-se a guiar a mão sobre a parte intima. Hideki o
bservou-o se esconder atrás das mãos e levantou-se, fitando seu rosto.
- Tem vergonha de se mostrar? Não sou uma mulher.

- Mas é diferente de mim... - Pigarreou.
- Claro que não. Sou vampiro, mas tenho os mesmos traços humanos que você tem.
- Você é... Bem maior do que eu.
- Isso não importa. Não quero que seja grande.
Disse o mais alto e guiou-o ao banho, levando-o para dentro do box, embaixo da água morna, quente, mas não demais. Yori a
ssentiu e adentrou o box, mas ainda manteve a mão sobre o corpo, observando-o a adentrar junto a si. Hideki observou-o e levou as mãos a seu pulso, separando suas mãos que escondiam parte de seu corpo.
- Quantos anos você tem, Yori?
Indagou e pegou o sabonete, levando-o a seu corpo magro e bonito, ensaboando seu corpo. O menor d
eixou-o puxar as mãos, separando-as devagar do corpo e desviou o olhar enquanto o sentia deslizar as mãos por si, não tinha alguém dando banho em si desde pequeno.
- D-Dezenove...

- Hum. Eu tenho vinte e dois anos visualmente.  - Disse o maior e deslizou o sabonete para as costas e desceu sobre suas nádegas. - Por que queria morrer?
O pequeno assustou-se e deu um pequeno pulo, encolhendo-se em seguida.
- Eu... Não quero falar sobre isso, tinha um sonho... Que não posso realizar.

- Hum, entendi.
O maior negativou mentalmente, não por achá-lo banal, mas porque não entendia como trabalhava a cabeça do ser humano. Mas não se importava realmente, queria somente aquilo que estava sendo oferecido, ele mesmo.
- Você é muito novo pra isso. Se depois de ser tornar meu, viver aqui, ainda quiser ser morto, eu farei isso por você.
Ergueu a mão e segurou seus cabelos curtos e louros. Fitou-o defronte e selou novamente seus lábios, mas agora, penetrou a língua em sua boca, invasivo.
O menor manteve-se em silêncio a observá-lo, ouvindo suas palavras, mesmo sem entendê-las por hora e assustou-se com o toque novamente, o selar de lábios que não retribuiu no susto e arregalou os olhos com a investida dele, afastando-se pouco, tentando evitar o beijo.
- Não...

Hideki afastou-se com a recusa, e apertou seus cabelos entre os dedos, porém sem machucá-lo realmente.
- Por que? Não gostou da minha aparência?

- O que? Eu... Claro que gostei... - O menor murmurou, porém assustado com o toque nos cabelos. - Eu só... Não te conheço...
- Conhece o suficiente e se você é meu, não tem porque não me deixar tocar você. Estou te namorando, vou te ensinar a beijar.

- Me... Ensinar a beijar? 
Hideki segurou seus cabelos ainda com a mesma firmeza e roçou a ponta dos dedos contra a nuca. Voltou a beijar-lhe os lábios e tocá-los com a língua. Sentindo seu cheiro de sangue. Que talvez fosse ainda mais quente que a água que caía sobre o próprio corpo, vinda do chuveiro. 
Yori retribuiu o toque, ou tentou, era estranho, mesmo assim fez o possível para agradá-lo, já que precisava da confiança dele para ir embora e tinha algo estranho naquele convite, sabia que se quisesse ir embora, ele certamente mataria a si, ele não parecia alguém que suportaria a rejeição. Deslizou a mão pelo corpo dele, sutilmente numa caricia e parou ao alcançar suas nádegas, sentindo o tom vermelho tomar conta das bochechas e afastou-se.
- Ah, meu Deus.

O maior roçou a língua a sua e sentia o calor de sua boca e lábios vívidos, em seu beijo que não parecia realmente um primeiro. E segurava ainda seus cabelos, enquanto a outra mão somente segurava o sabonete contra suas costas, sem toque adicional. Diferente do dele, que deslizou deliberadamente sobre o próprio dorso e atingiu as nádegas, onde não durou demais. E rompeu o beijo, fitando sua bochechas que estavam rosadas.
- O que foi?
- Foi... Foi sem querer... - Yori murmurou e escondeu a mão nas costas. - Digo... Eu estava empolgado com o beijo... E...

- Você pode tocar o que quiser. - Disse o maior e afastou-se um pouco, suficiente para se mostrar a ele. - Aqui também. - Disse, indicando o próprio sexo.
- Eh? Não... Não posso tocar aí... - Yori murmurou e desviou o olhar. - Eu... Acho que vou sair.
- Por que não pode?
O maior indagou e voltou a deslizar os dedos em sua nuca, porém puxá-lo suavemente com a firmeza que ainda o segurava, lembrando-o de que o fazia. O menor g
emeu baixinho ao sentir o toque e uniu as sobrancelhas, observando-o de perto e embora brando, era assustador.
- Não devo.

- Precisa terminar o banho antes de sair.
Hideki disse e voltou a se tornar próximo e beijar seus lábios novamente. O menor a
ssentiu e retribuiu o beijo, ou tentou, empurrando a língua contra seus lábios, devagar, afinal, não sabia como fazê-lo, porém a curiosidade cessou o toque.
- Você quer me tocar?
O maior massageou sua língua, sentindo-a quente, com gosto de sangue de alguma forma. E não demorou para que fosse interrompido, e até lambeu seus lábios conforme a língua foi separada de sua boca.
- Por que quer saber? Quer ser tocado?

- Não... Eu só... só quero saber... Já que quis tomar banho comigo...
O menor murmurou e desviou o olhar ao pulso, ainda com a faixa, que esqueceu de tirar.

- Queria vê-lo sem suas roupas. - Disse o maior e voltou a passear o sabonete em seu corpo, lavando-o. - Conhecê-lo. Não vou fazer nada com seu corpo.
- Ah, ta bem... - Yori não se convenceu, mas ficou em silêncio, observando-o por alguns instantes, e naquele silêncio até havia se esquecido da hora. - Espere, já é meia noite, certo? Então... É natal. Acho que ninguém comemora o natal...
Hideki colocou-o abaixo do chuveiro, deixando a espuma sair de seu corpo junto a água morna.
- Não pelo natal, mas faremos uma ceia esta noite. Você gosta do natal?

- Eu comemorava com a minha mãe... Quando ela ainda era viva...
- Passará comigo agora.
- Hum... Podemos sair?

O maior estendeu a ele o sabonete e entregou a barrinha em sua mão.
- Não terminei o banho. Me lave.

O menor observou o sabonete, confuso e assentiu por fim, medroso. Aproximou-se dele e deslizou o sabonete por seu corpo, devagar a lavar seu abdômen, braços e costas, porém cessou antes de tocá-lo no baixo ventre.
Hideki
 fora banhado, e deixou a água levar a espuma do sabonete. Aceitou a pequena barra higiênica e lavou onde ele não quis tocar. Logo desligou o chuveiro e deixou que ele saísse do banho, tal como a si mesmo e lhe entregou uma toalha, assim como usou uma em si mesmo, saindo do banheiro até o quarto. Yori saiu junto dele, ainda pouco envergonhado e secou o corpo com a toalha dada, deixando-a enrolada ao corpo no caminho que seguiu, esperando pelas roupas.
- Estão na cama.
O maior disse a ele, direcionando sobre a cama as roupas preparadas para ele. E escolheu as próprias, vestindo-as logo. Uma camisa branca de mangas longas. E uma calça preta e rente ao corpo. Secou os cabelos com a toalha, apenas tirando o excesso e penteou-os somente com os dedos, os ajeitando. 
Yori assentiu e pegou as roupas, bem diferentes do que costumava usar, e certamente valiam o triplo do que costumava pagar pelas próprias, teve até medo de usar.
- São muito bonitas... Obrigado.

- Não é um presente, são suas roupas. - O maior disse, diante da gratidão e após vestido, estendeu a mão a ele. - Venha, vamos jantar.
- Certo... - Disse o menor, ainda a estranhar toda a situação. 

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2 comentários:

  1. É melhor ue essa Matsumi não estrague meu shippi, fora que o Hide-chan num pode mais a ter porque agora ele tem o Yori u.u

    Gente!!!! Que tudo!!!! Eles tomaram banho juntinhos *^* e o Yori até aprendeu a beijar! E outra, o Hide-chan é um amor! Ninguém me tira isso, sério! Poxa, ele vai ceiar com o Yuri! Olha guri, é melhor aceitar logo esse boy magia ai, porque tá complicado achar hoje em dia quem realmente se preocupa com a gente u.u

    Obrigada por mais esse cap Kaya! Eu to amando! <3 <3

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  2. Lendo e adorando <3 amo como o Hideki é sedutor!! *--* Não sei como o Yori consegue resistir a uma tentação dessas chisus! <3

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