Fei e Hazuki #3 (+18)


Os passos rápidos do menor faziam um baixo barulho pelo local ao bater as sandálias de madeira no solo. O olhar se alterava entre o chão e o outro parado na ponte, distraído a observar algo no lago. A cidade não estava movimentada no dia, era de se esperar devido ao céu nublado anunciando chuva, as árvores derrubavam as folhas contra o solo com a ventania, colorindo de vermelho até mesmo as águas do pequeno lago que atravessava a casa.
- Fei! Fei!
O moreno correu assim que o viu, sorrindo e apoiou-se com uma das mãos sobre a madeira da ponte, recuperando a respiração pelos passos rápidos, o quimono branco, com estampa de cerejeira que o adornava e os cabelos presos, deixando parte solta em frente ao rosto.
Ao longo dos pensamentos, atrapalhados pelos estalos de salto em madeira, na passarela de mesmo material, o loiro retirou-se dos devaneios, que onde por longos minutos havia passado, com os olhos claros fixos em algum ponto do bonito lago, porém sem nenhuma atenção real. Afastou-se da madeira vermelha onde tinha-se dado apoio, as vistas se voltaram ao jovem que corria agitado a direção, e sem alteração qualquer via-o posto defronte e em descompasse de respiração, concedeu-lhe minutos a buscá-la novamente até que fosse capaz de dizer o que já não era necessário. 

- Temos que voltar pra casa, vai chover e logo vão nos procurar. Olha... Trouxe pra você.
E esticando uma das delicadas e brancas mãos, mostrou a pequena e delicada flor cor de rosa a ele, sorrindo. O loiro assentiu, consciente de que deveriam voltar àquela casa, no entanto voltou a cruzar os antebraços apoiados à envernizada madeira, onde descansou o queixo.
- Ya, Gong Zhu-sshi, não fale tão rápido, não posso compreendê-lo.
Disse o chinês despreocupado, e de fato havia entendido seu dito, porém fingiu não sabê-lo enquanto dava-se de ombros a fitar novamente o lago, e somente o desfez quando por fim recebeu a flor entregue e lhe sorriu lânguido.
- Hum? Não entendo quando fala chinês comigo.
O pequeno uniu as sobrancelhas e deixou a flor sobre a mão dele, sorrindo ainda, aquele sorrisinho infantil e fofo que o outro tanto gostava.
- Podemos ir?
Falou baixinho, ajeitando o quimono pouco desarrumado pela corrida. O maior foi breve quando novamente os olhos se alternaram ao lago oriental, um suspirou deixou as narinas, sem expressão aborrecida, parecia sutilmente cansado, mesmo que no dia não houvesse feito nada, nem ao menos atendido algum cliente. Levantou-se sem vestígios de pressa, e sentiu o macio tecido correr às pernas e cobri-las onde antes eram expostas. O quimono negro em seus detalhes prateados e azul escuro, decaiu ao longo do corpo de altura maior que o alheio posto ali, espalmou o tecido caso houvesse algo afetando a limpeza impecável da peça de roupa e voltou as mãos aos cabelos louros e longos os ajeitando com o cuidado com a flor que tinha numa das mãos e se postou a olhá-lo novamente, tão breve admirou sua bela face branca andrógena e os traços bem finos, aproximou-se, levando a flor em teus cabelos, encaixando-a próxima de sua orelha exposta, e lhe afagou os longos cabelos negros.
- Podemos.
O moreno sorriu novamente, sentindo a face levemente vermelha ao senti-lo colocar a flor sobre os cabelos, estendeu um dos braços a ele, segurando-o como costumava fazer e caminhou pelo local, notando as pequenas gotas de chuva que já caíam sobre os cabelos. O loiro também s
entiu as gotículas que respingaram na face já fria, e talvez estivesse morna, se comparada a temperatura que tinha nas bochechas empalidecidas.
- Ah, não... Está chovendo já... Achei que ia dar tempo de chegar em casa... - Resmungou.
- De qualquer forma tomaremos banho quando chegar. Temos clientes essa noite.
- Estou tão cansado... Ainda temos clientes hoje... - Suspirou o pequeno.
- Mesmo que não tenha feito absolutamente nada essa manhã. Princesa mimada.
- Por que me chama de princesa? Eu não sou nem perto de uma...
- Continua com essa baixa auto-estima. Se não fosse uma, não teria tantos clientes que o pedem, e nem ao menos seria capaz de ser tão seletivo quanto a eles. Ouvi Katsuragi reclamar hoje cedo, diz que anda dispensando muitos clientes nos últimos meses.
O moreno ergueu a face a observá-lo e sorriu.
- Tenho muitos clientes, mas não gostaria de ter... Gostaria de ir morar no campo. Você quer ficar sempre por aqui, Fei?
- Uh...
O murmurio talvez houvesse soado seco, desprovido de vontade de tê-lo feito, porém não intencional. O caminho seguia ainda em mesmos passos, enquanto as vistas apreciavam o redor de belos adornos naturais, gostava dali, mas não era ali que gostaria de ficar, não sempre.
- Não pretendo passar o resto da vida dormindo com homens casados que não assumem que gostam é de...
O pequeno desviou o olhar ao outro, repreendendo-o antes que terminasse.
- Olhe os modos, Fei. - Riu baixinho. - Acho que vou te chamar de aniki. Afinal, você é quase um irmão pra mim hoje em dia. - Sorriu, sentindo as gotas de chuva caírem sobre a face, agora mais forte. - Nunca ficou com nenhuma mulher, hum? Eu sempre vejo você acompanhado de homens...
Um tênue sorriso se expandiu nos lábios do loiro diante de tal pergunta, fosse desprovido de malícia, mas a curva mínima não dera alternativas a não ser parecê-lo tão malicioso.
- E não verá. - Respondeu, ignorando o apelido que fora mencionado. - Acha que as mulheres são tão libertinas quanto aos homens? Me verá com uma mulher apenas quando entrar em meu quarto.
- Ah, sim... - O pequeno estremeceu sutilmente devido ao frio que fazia. - Eu queria dormir com você hoje... Está frio...
E aproximou-se do outro a aconchegar-se, tentando se aquecer. 

- Não podemos. Tenho um cliente que exige dormir comigo após o sexo. Gosta de beijos pela manhã, como se fossemos recém casados, como se ele se despedisse para depois voltar. Uh... - Tornou a murmuriar num riso que soou soprado das narinas. - Mas me diga, Hazu já dormiu com mulheres?
- Ah, tudo bem... - Observou o outro e riu baixinho, continuando os passos pelo local. Negativou apenas a pergunta, suspirando. - Não. 
- Ah... - O loiro riu, e desta vez fez-se melhor audível. - Eu imagino o porquê.
- Hum? Como assim?
- Não tem um rostinho masculino e nem ao menos compensa isso com o corpo. Seu corpo é tão pequeno e formoso quanto o de uma garota.
- Está me chamando de garota?!
O loiro tornou a rir em alto e bom tom vocal, porém não era escandaloso e ainda fora sutil.
- Se parece com uma.

- Ah, como você é chato... Vamos logo, estou ficando com frio.
- Te ajudarei a se banhar quando chegarmos.
- Ah tome cuidado pra não se apaixonar por mim já que eu sou uma linda garotinha.
O pequeno piscou os olhos para ele e soltou-o, correndo a uma pequena distancia e riu.
- Não se preocupe, Princesa. Já tomamos banho juntos dezenas de vezes e nunca senti atração por mulheres.
O moreno o provocou de feitio e num risinho maldoso seguia o caminho a direção do alheio.
- Gosto de irritar você, aniki. - Hazuki mostrou a língua a ele.
- Não me irrita. Gosto que me provoque, só tenha cuidado, eu posso agarrá-lo a qualquer hora. 

- Não tenho medo de você. Só tem pose de forte.
- Pose de forte?
- É... Faz pode de machão que eu sei. 
O loiro gargalhou a cruzar a entrada da bela estadia. A porta dos fundos fora receptiva para ambos, que já não poderiam passar fronte aos clientes sem antes tornarem-se como belas bonecas de porcelana, se já não fosse suficiente a beleza natural, deveria secar os cabelos e usar o delineador nos olhos.
- Pose de machão, quando é que fiz algo que pudesse lhe fazer pensar isso?

- Ah, deixa eu te irritar em paz, aniki. - Riu do novo apelido. - Temos que ir para a casa de banho.
- Não me chame assim.
Alertou o maior e seguiu pela bonita escadaria da casa, o pequeno uniu as sobrancelhas a segui-lo.

- Por que não?
- Não gosto, me lembra de quando éramos novos aqui.
- Hum... - O menor assentiu, acompanhando-o. - Acho que vou usar o quimono vermelho.. 
- Usarei a mesma cor, com o preto e o dourado. Pegue seus usuais de higiene, e vá ao banho, encontro você por lá.
Ah, hai... 
Fei foi conclusivo, e correu a porta até tê-la ao encontro da parede, fechando-a em presença alheia e já estava no quarto próprio, caminhou ao móvel tão bem desenhado e numa de sua gavetas pegou o macio roupão de banho num branco felpudo, uma peça íntima simples, e ainda ousada, talvez irritadiço com o garoto, e nem sequer tinha culpa por isso. Hazuki a
baixou a cabeça, seguindo ao próprio quarto, onde pegou igualmente o roupão de banho, permanecendo parado por um tempo, pensando e ponderando sobre o que havia feito e logo saiu do local, acompanhando-o a descer as escadas novamente.
- Vamos. - O maior sorriu brevemente.

- Desculpe, Fei, não queria te irritar.
O maior se virou a direção do outro enquanto descia a escadaria encarpetada de vermelho, um sorriso desprovido de graça lhe deu, mas não deixou de expor o fato de que não fora grosseiro e naquele mesmo expandir de extremidade, os olhos chineses encurtavam-se ainda mais, denotando o molde bem puxado dos orientais.
- Não estou irritado, Gong Zhu. E não vou lhe desculpar.
O menor fez um pequeno bico.
- Ah... Então acho que vou ter que conviver com a culpa. - Riu e ao fim da escada abraçou o amigo por trás. - Consegue me carregar até lá?
- Não, não consigo. Você é muito pesado.

- Ah, que maldade... - Soltou-o, caminhando ao lado dele.
O risinho soou abafado entre os finos lábios que continuavam colados do loiro, virou-se a direção do outro rapaz posto ao lado direito do corpo e passou o braço abaixo de suas pernas e atrás de suas costas o jogando ao próprio colo, e fizera o mesmo com o roupão de banho, dando-lhe a segurá-lo enquanto tornou a caminhar a direção de destino.
- Ah, mas é tão pesado.

Hazuki riu pouco mais alto, segurando-se ao outro.
- Ah, não vai me deixar cair, hein!

O maior cruzou a troca de cômodo, entrando na sauna. Passou junto de um e outro dos jovens que igualmente trabalhavam ali e com o rapaz nos braços o deixou alcançar os pés no chão, voltou-se a porta da sala de banho a fechá-la e tê-la unicamente a ambos.
O pequeno sorriu, observando os rapazes e acenou a um dos amigos logo descendo dos braços do moreno e beijou-lhe o rosto num estalo.
- Obrigado por me carregar, bonitinho.

- Quanta formalidade. Suponho que não acordamos muito bem hoje.
Dito, já a despir-se do longo quimono negro que cobria o físico sem tecidos embaixo, livre, se não fosse pela única peça que escondia a região abaixo do ventre, o loiro expôs a pele branca, sutilmente corada, os ombros largos e cintura estreita num abdômen bem marcado, o que já não seria novidade as vistas que sempre presenciavam aquele corpo. Ajeitou o tecido escuro, e abandonou a roupa pendurada, a sobrancelha fina e bem desenhada elevou quando por fim desceu os olhos cinzentos ao ventre e via-se pouco protuberante.
- Acho que estou precisando de algum cliente.
O moreno virou-se de costas ao outro, desamarrando o obi que usava, deixando-o ao lado e abriu o tecido suave do quimono, virando-se ao ouvi-lo e observou-lhe o corpo, desviando a atenção ao baixo ventre dele e riu.
- Hum, pelo visto está mesmo, ah?
Retirou o quimono finalmente e logo a roupa intima, deixando-os junto ao obi e levou as mãos aos cabelos compridos, prendendo-os, deixando a mostra o corpo pequeno em formas, que ele já estava acostumado a ver também.
- Não adianta prender o cabelo. Tem que lavá-los, pegou chuva.
o loiro voltou-se em oposta direção, terminando de unir a peça íntima junto ao quimono já longe do corpo e despiu-se numa nudez completa ao caminho da pequena ducha, e talvez já estivesse mais acordado sem as roupas. Se pôs abaixo da água tão quente, sentindo-a cair agradável sob o corpo e exclamou algo baixo em chinês que o outro não pôde compreender.
- Quer que eu o banhe?
Indagou Fei, de olhos fechados, onde com o pequeno chuveiro deixava a água cair no rosto e cuspiu a água que invadira a boca, descerrou as vistas voltando-as ao outro, com uma das mãos a friccionar as pálpebras, dando leve tom vermelho ao globo ocular irritadiço. O pequeno r
iu baixinho, observando-o e soltou os cabelos, aproximando-se do maior já embaixo do chuveiro.
- Hai, havia esquecido dos cabelos. Você é tão estranho quando fala chinês. - Murmurou e desviou o olhar ao baixo ventre do amigo - Nossa, hoje está complicado, ah? Andou pensando em alguma coisa, ou alguém?

- Estranho por que? Ora, mas que desagradável.
Fei levou a ducha pequena aos cabelos, deixando-a cobrir os louros fios com água, molhá-los ao longo das mechas quase douradas e ante a conclusão se voltou ao outro, deixando o chuveiro de mão levar a água em seu corpo.
- Não preciso pensar em nada pra me excitar.

O pequeno assentiu, aproximando-se pouco mais e deixou que ele molhasse o próprio corpo, virando-se de costas a ele. A palma direita do maior passeou suave sob suas costas, deslizando-a junto da água morna que nela caía. Ao abandonar do chuveiro, o postou pendurado e pegou o frasco de vidro, num liquido de cor branca sutilmente transparente, o que não pôde deixar de maliciar ao vê-lo deslizar a direção das nádegas alheias, passeou as mãos em seu corpo, ensaboando sem pressa, das costas traçou curso à frente e por trás os braços lhe fechavam o redor da cintura, enquanto as mãos caiam do peito ao abdômen.
A mão do menor torceu os cabelos, deixando-os caírem sobre um dos ombros e deu espaço a ele para que ensaboasse o corpo, aproximou-se pouco mais para que deixasse as mãos dele livres pelo abdômen para banhá-lo e encostou o corpo ao dele, sentindo o baixo ventre do outro contra as próprias nádegas, eram amigos, já haviam passado muita coisa, mas aquilo era estranho mesmo assim. Arregalou os olhos, afastando-se pouco e virou-se de frente a ele, abrindo um pequeno sorriso, desajeitado e deixou-o ensaboar melhor o corpo. O maior suspirou, mas foi sutil, diante do regredir alheio a sentir o toque corporal sem intenções contra o corpo, um sorriso de canto lhe expôs ante o dele tão desajeitado, e de fato a leve provocação se tornou exposta na curva dos lábios singelos.
- Quanto é seu salário ultimamente? 
Hazuki desviou o olhar a face do outro, unindo as sobrancelhas.
- Hum? Por que quer saber?

- Meiyo! Só quero saber se a princesa anda ganhando mais que eu.
O loiro agachou-se, de modo que as mãos continuaram a limpeza. O outro o
bservou-o a se abaixar e novamente o sorriso se fez presente dos lábios, sumindo poucos segundos depois.
- É claro que não, hum.

- E quanto aos clientes? Katsuragi diz que é exigente. Que tipo você gosta?
Indagou o loiro a expor um sincero tom em curiosidade.

- Fei, por favor! - Sentiu o leve tom vermelho tomar conta da face. - Certamente você... Ganha mais do que eu... É mais velho, e mais experiente... E bem.. Já me viu com alguns dos meus clientes... Não precisa me perguntar.
O maior surpreendeu-se com o modo de resposta quase exasperada. As mãos lhe desceram pelas coxas e perna, uma após a outra.
- Ah, qual o problema em lhe perguntar isso?

- Nenhum... Nenhum, ne. - Sorriu.
- Quanto recebe por cliente? - Insistiu no assunto.
O pequeno estreitou os olhos.
- Ah, qual o problema?
- Pergunte a Katsu, ué.
- O dinheiro é seu, e não dele. Quanto? 300 por cliente?
- Hum, hai... Mais ou menos...
- Hum, não morreu por responder.
O loiro levantou-se e buscou novamente o pequeno chuveiro, lavou ao corpo ensaboado do outro e deixou escorrer a cremosa espuma branca, até que não mais houvesse.

- Mas... E você, Fei?
Hazuki uniu as sobrancelhas, observando-o.

- Depende do cliente. Depende do serviço, e nada por menos de 300, uma hora. Ganho um bom cachê com aquele cliente que gosta de dormir comigo. Deve ser realmente um solitário. - Riu. - Desejar passar a noite ao lado de um oiran.
- Você é... Carinhoso, digo... Atencioso, deve ser por isso que ele gosta de você. Você sempre me abraça quando dormimos juntos e esta frio.
- Eu não abraço ele. Ele que me agarra a noite inteira, feito um garotinho com medo de que eu vá embora, hunp, como se não fosse meu próprio quarto...
- Que chato. - Riu.
Fei tornou repousar a ducha em seu lugar e se postou abaixo da água quente, sentindo-a novamente encharcar os cabelos longos e desviou o olhar ao ventre, e abaixo dele o sexo em posição ereta. Não teve pudor a acariciá-lo com uma das mãos de modo tão natural, devagar correu sob ele, e se voltou ao amigo de serviço, observando seu rostinho de feições andrógenas. Livre, uma das mãos o puxou pelo braço e o encostou a parede, fronte a si. Pendeu-se a frente em proximidade de face e lhe sussurrou.
- Serei seu cliente por alguns minutos. 

Hazuki o observou a acariciar o próprio membro e uniu as sobrancelhas, afastando-se, não era normal ver aquilo, mesmo vindo dele, não costumava fazer aquilo quando estavam sozinhos. O gemido baixo deixou os lábios ao senti-lo puxar a si e encostou-se à parede, os olhos pequenos agora pouco maiores devido ao modo como arregalou os mesmos ao ouvi-lo e negativou, afastando-se e riu.
- Fei, está ficando louco? Vem... Vamos sair antes que nos procurem...

- Não estou louco, estou excitado. Está dolorido, quero resolver isso logo. - Lançou a mão novamente ao braço do outro rapaz e tornou levá-lo contra a parede. - Vou lhe pagar por isso, Hazu.
- Fei, por favor... Eu não poderia...
- Não vamos fazer sexo.
Tornou lhe dizer a voz sussurrada do loiro, o braço livre pousou a mão na fria madeira na parede, e despudorada a direita agora acariciava o próprio membro, indo e vindo bem devagar. Ao fim da pronuncia de olhos já semicerrados, aproximado aos lábios em busca de tocar os dele. O pequeno u
niu as sobrancelhas, observando-o a se aproximar de si e deu-lhe um pequeno toque de lábios, empurrando-o para longe de si em seguida.
- Não, Fei, não me faça fazer isso...
Caminhou ao outro lado da sala e pegou o roupão, decidido a deixar o local. 
Por breves segundos o loiro se manteve em mesma posição, porém não se limitou a deixá-lo ir.
- Oh, um beijo custa muito?

O pequeno suspirou, vestindo o quimono.
- Pare de falar de dinheiro... Você é meu amigo desde que eu era uma criança... Não posso fazer isso.

- Não pode ou não quer?
- Não posso...
- Tsc, que besteira.
Ao caminho marchado a direção do alheio, não era muito longe, já que não tinha demasiado espaço naquela sauna de banho. Em gola da veste, o maior puxou-a a arrancar o fino tecido do quimono de seu físico bonito, e tornou arrastá-lo contra a parede, onde jogou-lhe o corpo, porém fora meticuloso ao fazê-lo, e sem a permissão que antes pedia a ser concedida, pressionou seu corpo nu a parede e contra o próprio, com ambas as mãos a lhe imobilizar direções da face, afundou a língua em seus lábios assim que tocados pelos próprios. 
O menor o observou assim que puxou a si, arrancando outro gemido baixo ao ser jogado contra a parede e tentou mover a face, tentando se soltar do toque e logo sentiu o beijo, unindo as sobrancelhas e resmungou, inaudível, talvez fosse o nome do maior que segurava a si. Os ombros relaxaram ao perceber que não poderia se livrar dele mas permaneceu relutante ao beijo.
A língua ligeira do outro ainda passeava-lhe a boca, explorando-a de canto a canto. O contrário da avidez de um beijo, moveu o quadril tão devagar, o elevando sutil contra o corpo do menor de modo que roçava o sexo bem duro contra seu abdômen, e repetia os sinuosos movimentos.
- Hum...
Gemeu grunhido e descerrou a boca, quase a tornar o beijo esquecido. O menor sentiu o membro do outro a roçar no corpo e abriu os olhos, observando-lhe a face próxima, mantendo as sobrancelhas unidas e retomava o ar tirado de si pelo beijo, permanecendo em silencio, se gritasse, traria problemas para o amigo, e não era isso que queria, embora também não quisesse estragar a amizade que tinham. O suspiro pesado deixou a boca do maior, e seguiu ritmado a cada movimento do quadril de modo notório. Roçava-se a ele devagar, empurrando o sexo contra seu ventre a direção do abdômen. Uma das mãos manteve em seu rosto, e deslizou ao queixo a segurá-lo firme enquanto a outra ao meio de corpos se pôs e tornou envolver o falo bem ereto, passando a se masturbar. Arfava sem descompasse, voltando a deslizar a língua para dentro da outra boca, acariciando igualmente devagar a semelhante, sentindo uma textura macia e morna.
- Fei, por favor...
O pequeno murmurou, sentindo novamente a língua do outro adentrar os lábios e suspirou, movendo sutilmente a língua contra a dele, mesmo sem querer lhe retribuir o beijo e manteve as mãos ao lado do corpo na parede, arranhando suavemente o local, excitando-se ao sentir o corpo dele tão próximo, mesmo que não quisesse, mesmo que só o visse como um amigo, ele era tão lindo e tinha um corpo tão bonito. Virou o rosto ao lado, levando uma das mãos sobre a dele e puxou-a da face.
- Fei!

Um tênue rastro de voz seguiu num gemido rouco, e não soou alto. Fei deu aparte do beijo que foi recusado pelo outro, porém não lhe deixou escapar. Empurrou-se ainda mais a ele, porém cedia espaço a própria mão que acariciava o sexo firme e afastou-se mínimo apenas a lhe observar o rosto conforme chamado.
- Pare!
Hazuki observou o corpo do outro tão junto ao próprio e o membro dele contra o abdômen, certamente o próprio estaria ereto igualmente e sentia a face vermelha ao pensar nisso.
- Me solte...

- Sh... - O maior sussurrou com indicador frente aos lábios e levou a mão em seu rosto, tapando-lhe as vistas. - Esqueça...
Tornou dizer na rouquidão sutil da voz que continuava baixa demais, com outra das mãos lhe buscou uma das suas e levou-a ao próprio sexo, a fez descer e subir em todo o volume. Hazuki f
echou os olhos, deixando-o cobrir os mesmos e arfou ao senti o membro do outro, apertando-o levemente e puxou a mão ao perceber o que havia feito, suspirando.
- Fei...

O loiro gemeu sutilmente contra o aperto leve que recebeu na região já sensível o bastante, e não demoraria a gozar mesmo que ficasse apenas o obrigando a proceder com suas ações, firmou-lhe a mão no local quando fizera menção de tirá-la dali, e tornou arrastá-la sobre o comprimento endurecido, acompanhando-a em movimento que passou agilizar. O pequeno sentiu o arrepio pelo corpo, estremecendo sutilmente e manteve os olhos fechados, arfando e acompanhou o outro com os estímulos, sentindo a leve pulsação do local.
Seguiu tão gradativo, tão rápido. Os suspiros do maior soavam pesados e calavam os gemidos, soprando o ar do vocal, conforme se tinha mais próximo a um ápice de prazer, fora vacilando com a mão, tornando os movimentos vagos mas não perdia a intensidade o qual empenhou, apenas o firmava envolta ao membro crescido.
- Vou...
Arfou na pronuncia e não pôde concluir, apenas deixou os jatos de sêmen lhe sujarem a pele abdominal. Hazuki sentiu o liquido quente que sujou a si e suspirou, estremecendo novamente, notável ao outro. Levou uma das mãos sobre a dele nos próprios olhos e retirou-a do local, observando-o e uniu as sobrancelhas, sem acreditar no que havia feito.

Fei soltou-lhe o enlace da mão, o permitindo livrar seu toque do sexo sutilmente sujo pelo próprio resíduo e concedeu a visão outra vez ao retirar da mão que antes bloqueava-lhe as azuladas vistas. Por breves segundos o fitou num silêncio e suspirou se afastando de seu corpo. Lhe deu um sorriso, tirando de sua branca pele o prazer que havia expelido.
Hazuki desviou o olhar ao próprio corpo e viu o membro ereto, sentindo a face se corar aos poucos e segurou as mãos dele, afastando-as de si. Caminhou para longe do local novamente e abaixou-se, pegando o roupão no chão.
- Precisa terminar o banho, Gong Zhu.
O menor negativou, vestindo o roupão e observou o membro ainda ereto, suspirando e vestiu a roupa intima em seguida, que apertou a si.
- Qual o problema, Hazuki? Fei desligou a água que caia do pequeno chuveiro e caminhou em direção do amigo, secando-se e vestindo-se com o roupão de banho. Hazuki abaixou a cabeça, sentindo as lágrimas presas aos olhos e saiu do local, passando pelos amigos que observavam a si e podia até mesmo ouvir os murmúrios maldosos. Saiu do local, deixando o amigo ali, correndo até o próprio quarto e fechou a porta, sentando-se no chão, próximo a parede e suspirou, tentando segurar as lágrimas nos olhos. O que havia feito? Sempre o vira como um amigo e pela primeira vez o tinha segurando a si firmemente pelo braço para que não fugisse, o que deveria pensar? Não sabia.
Fei envolveu-se com o roupão e o viu correr a deixar o ambiente de tal forma, que não se deu ao trabalho de segui-lo. Ao seguir dois passos a saída, observou o movimento dos demais serviçais e vinde a si Katsuragi.
- Makoto-san o espera faz quase uma hora, Li Fei!
Exclamou em pronuncia de exposto aborrecimento e quando pôde erguer a direção visual e fitar o dono da casa, via atrás a silhueta do cliente referido, brusco baixou novamente o rosto, de modo que os louros e úmidos fios caíram fronte os olhos. Não se importaria em deixá-lo ver a si pós o banho, mas certamente a Katsuragi aborreceria e viu que o chefe áspero se virou ao homem, tentando empurrá-lo da área, talvez para manter a aparência intacta de seus garotos de programa.
 - Não importa, Katsuragi. - Disse o homem. - Já vi muito pra me preocupar com um pouco de maquiagem que no fim não faz diferença alguma. Vou ao quarto, a reserva já foi feita e o dinheiro está pago.
Conclusivo tornou terminar sua frase e colocou a mão sob os próprios ombros, subindo as escadas mesmo com os trajes de banho, seguindo a direção do quarto 
onde atenderia o cliente.
O pequeno segurou as lágrimas aos olhos, não iria derramá-las de maneira alguma e se levantou, seguindo para o armário onde os quimonos eram guardados e pegou o quimono vermelho que queria, voltando-se ao quarto, vestiu-o, cobrindo com a seda o corpo pequeno e logo prendeu o obi com o laço na frente, ajeitando-o igualmente. Suspirou, ajoelhando-se e ajeitou o quimono ao fazê-lo, observando-se no espelho e pegou sobre o armário pequeno o pó de arroz que usava para se maquiar.
Logo que pronto, saiu do próprio quarto, parando próximo ao quarto do outro e ouviu os gemidos vindos do local, baixos, uniu as sobrancelhas e negativou, descendo com pressa as escadas, afinal estava atrasado. Encontrou logo o dono do local que segurou o próprio braço e a raiva estava expressa em seus olhos.
- Onde diabos você estava?
O moreno uniu as sobrancelhas.
- E-Eu... Eu estava com o Fei.
Murmurou o pequeno, observando-o e logo que se afastou fez uma breve reverencia a ele e ao rapaz que adentrou o local, cliente próprio e mesmo seus rosto bonito, não fora suficiente para esquecer o que havia acontecido. Virou-se logo, dirigindo-se ao quarto e logo que ele adentrou o local, levou ambas as mãos a fechar as portas.

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