Nowaki e Tadashi #3


Havia voltado para casa, mas não para ficar, estava intrigado e queria conhecer um pouco mais do outro, não estava completamente sóbrio, mas havia diminuído a quantidade de drogas usadas, ao menos para que ficasse lúcido, pudesse conversar com ele e parecer limpo. Sentou-se em frente ao espelho do quarto e arrumou os cabelos, o rosto, passou maquiagem e até mesmo batom para corar os lábios, mesmo sutilmente, deixando-se apresentável para ele. O último passo foi retirar as roupas sujas e vestir o uniforme no lugar, a camisa desalinhada junto da gravata e a calça, completava com o sapato da escola antiga. A mãe nem havia notado que entrara, já que estava dormindo e também nem notou quando saíra. Ao chegar na clínica, adentrou sem precisar de muita cerimônia, conheciam a si por ser o maldito drogado de alguns dias atrás e dirigiu-se rapidamente para a sala dele, bateria na porta, mas ele estava sentado dentro do local com a porta aberta, certamente tinha planos de sair em breve, logo encostou-se no limiar e cruzou os braços a observá-lo.
- Bom dia, doutor.

Nowaki se sentou sem fechar a porta, tão logo atenderia um novo paciente na clínica e precisaria coletar informações a fim de prescrever ou não, medicações. Havia passado um tempo desde que não via o garoto, o havia liberado como antes, já sem desintoxicá-lo totalmente, somente o suficiente para que não morresse com a dose de heroína e ao ouvir o movimento na porta, pensou ser uma das enfermeiras ou um café costumeiro, porém ao erguer a direção visual, visto que o silêncio, observou o rapaz ali, tinha os cabelos cuidados, como quem acabara de lavá-lo e usava uma roupa que não visto antes, mas sabia que era um uniforme escolar. Levou algum tempo para reconhecê-lo, já que sem vê-lo algum tempo, sem encontrá-lo sujo e drogado.
- Ah, Tadashi? 

O garoto sorriu ao ouvi-lo e assentiu, adentrando o local deliberadamente e sentou-se na maca onde costumava estar deitado e sendo cuidado por ele.
- Acertou. 

- Hum, parece bem. - Disse e se levantou, cruzando a mesa a se voltar para frente dela e cruzou os braços em frente ao peito. - Resolveu voltar para escola? - Indagou e no entanto, caminhou até ele, verificando seus olhos com a luz fraca. - Bem, pelo menos não é overdose.  
- Hum, eu estou praticamente limpo, não se preocupe. Faz um mês que eu voltei. 
- Praticamente. - Disse, um pouco sarcástico, mas de todo modo, ele parecia bem. - Isso é bom. Mas devia parar com as drogas, mas me diz, o que veio fazer aqui, consulta de rotina?
O moreno sorriu.

- Não, vim chamar você pra sair. Quem sabe beber alguma coisa. 
- Não vou sair pra levar um "bebê" pra beber. 
- Eu sou de maior, ok? 
- Não é.  
- Sou sim, ora. Tenho dezoito anos. 
- Você é maior com vinte anos, Tadashi. 
- Bem, nos bares eu posso beber, ao menos. 
- Você gosta de acabar consigo mesmo. - Disse, e negativou mais para si mesmo do que para ele. - Você é um jovem, burro. 
- Ora, se não gosta de beber me diga onde quer ir.
- Se quer alguma coisa, tem a lanchonete dentro do hospital.  

- ... Que horror, Nowaki.
- Horror por que? 

- Vamos sair pra jantar, sei lá. 
- Não costumo sair com meus pacientes, Tadashi.  
- Mas eu sou seu amigo.
- Bom, não vou te levar pra beber. Você é uma criança pra mim, então podemos tomar um café.  
- ... Um café. Certo.
- Não gosta de café? 

- Gosto.. 
- Então o que há? 
- Bem, vamos logo. 
- Estou em serviço, Tadashi. Tenho um paciente pra ver agora. Daqui 40 minutos eu fecho turno.
- Eu espero. 

O moreno deixou o garoto por um instante e seguiu até a sala onde o paciente. Como mesmo fizera com metade dos jovens alí, se sentou e então passou a conversar com ele, seu nome, idade, identidade. Verificou seus níveis, batimentos cardíacos e medicamentos. Tadashi assentiu a esperá-lo, porém levantou-se logo em seguida e seguiu até a sala onde ele estava, observando-o pelo pequeno vidro na porta, não podia se controlar e esperá-lo voltar, queria muito sair com ele, era interessante se encontrar com o próprio médico e ele fora a primeira pessoa que se mostrou interessado em cuidar de si.
- Bom, eu vou deixá-lo com o outro médico. Porém amanhã cedo venho ver seu estado e saber se dou alta. Quer que eu peça seu lanche ou ainda está enjoado?
Indagou ele ao rapaz, observando-o responder e formulou o pedido, notando sua aparência débil, cansado pela desintoxicação, assim como o loirinho estava alguns dias atrás. Tadashi o
bservou o rapaz pelo vidro, quase no mesmo estado que a si e uniu as sobrancelhas, de fato era meio incômodo para ele, o trabalho dele era chato, e era uma das chatices. Esperou que ele saísse e sorriu por fim.
- Vamos? 

- Claro, vou pegar minhas coisas.
Nowaki voltou ao consultório onde finalizou a ficha de alguns pacientes no computador, tirou o jaleco e buscou os pertences no armário que voltou a trancar logo após, reencontrando o jovem.
- Vamos lá. - Disse e tocou-o no ombro.

O garoto o esperou do lado de fora enquanto fazia suas coisas, e estava lá há uma hora, o maior tempo que esperou alguém na vida. Levantou-se rapidamente ao vê-lo sair e sorriu a ele, porém o olhar percorreu todo o corpo do outro, sem o jaleco, e como era bonito.
- Ah... Mudou de ideia sobre a cafeteria ou ainda quer ir lá? 

- Qual o problema com a cafeteria? - Indagou ao garoto e buscou a chave do carro. - O que? Todos estranham quando tiro o jaleco.  
- Não, é que você é muito bonito. - Tadashi piscou a ele. - Cafeteria então, ok. 
- Tsc. - Resmungou e seguiu com o garoto até a saída do hospital, dirigindo-se até o veículo e desalarmou. - Bom, então vamos comer alguma coisa, já que parece com fome. Tadashi Sorriu.
- Você conhece algum restaurante legal? 

- Tem um que gosto de ir. Ele tem um estilo clássico mas é bem descontraído, é ao ar livre. Bom pra noites de calor. 
- Hum, então ta bom. - O pequeno sorriu.
- Vamos, entre no carro.
Nowaki disse e indicou o veículo a ele ao desalarmá-lo. O menor assentiu e adentrou o carro, acomodando-se no banco do passageiro a colocar o cinto e o outro entrou logo após ele, tomando posse do volante e ligou a iniciar caminho sem delongas até o restaurante, tinha fome realmente.
- E como está sua mãe? 
- Bem, eu acho. Não falo com ela.
- Bom, por que não tenta ajudar ela? 

- Já tentei, levei alguns socos. 
- Ah, não seja dramático. Você é homem, consegue segurá-la. 
- É, mas eu não quero. Vamos mudar de assunto. Onde você mora?
- Não muito longe.
Disse o moreno, e logo estacionou em frente ao restaurante, cuja fachada bonita ainda não fazia jus a lateral onde as mesas se espalhavam em poucas unidades, as árvores subiam rusticamente e iluminavam as mesas, dando um ar caloroso ao ambiente, ainda que o ar livre o tornasse fresco para dias quentes. Seguiu junto dele ao interior do lugar, pedindo por um mesa ao lado de fora, o qual logo se encaminhou.
- O que acha? Agradável, não? 

O garoto o observou, ainda boquiaberto, acreditava nunca ter entrado num local tão bonito antes e o qual não poderia certamente pagar.
- Nossa... É realmente... - Murmurou e caminhou para a mesa onde indicado a si, observando rapidamente o cardápio. - Por que quis me trazer aqui? 

- Você queria porque queria sair pra jantar, torceu a boca pro café que eu sei.
O moreno disse e riu baixinho, porém afagando seus cabelos, bagunçando-os de modo que pudesse arrumar. Tadashi riu baixinho, ajeitou os cabelos novamente e por um momento esperou que o batom não estivesse tão forte, já que ele estava sentado tão perto de si, podia notar.
- Ahn... Você estudou aqui no Japão? 

- O colégio sim, universidade eu fiz fora.
O outro se acomodou à mesa e pegou o cardápio, optou por um chá preto gelado, de início.

- Hum... Estudou no exterior.
O menor falou a ele em tom de brincadeira e sorriu, pedindo o mesmo para si, parecia bom.
- Sim, consegui uma bolsa de estudos fora do país. E você, pensa em fazer faculdade? 

- Talvez. Não sei o que quero ser. 
- Nada te chama a atenção? 
- Não há ninguém que me inspire. 
- Bem, só não faça química. - Brincou, embora não estivesse rindo e ainda olhava o cardápio. - Você quer comer o que? 
- Ah não, se não capaz de eu vender em vez de só usar. - Riu e observou o cardápio. - Ahn... Faz tanto tempo que eu não como nada, que... Nem sei. 
O maior ergueu a direção visual a fitá-lo ante o que dizia, ainda achava estúpido o fato de que ele continuasse a usar algo que lhe causava problemas, era jovem, bonito e podia fazer tantas coisas melhores, mas se voltou ao cardápio.
- O que você gosta de comer? 

- Massa... Acho que eu vou pedir macarrão.
- Yakissoba
- Hum, oishi! 
Nowaki sorriu de canto e formulou o pedido ao garçom, pediu também sushi e sashimi para si e entregou as cartilhas ao rapaz, que deixou a mesa após o pedido. 
- Hum, eu quero saquê também!
O menor falou ao garçom e sorriu, o moreno o f
itou diante do pedido e não disse nada, somente deixou seguir, experimentou por fim o chá, bebendo a driblar o gelo no copo e o menor o acompanhou, bebendo igualmente do chá e sorriu a ele novamente.
- Então... Como descobriu que queria ser médico? 

- No colégio. Gostava de estudar sobre o corpo humano, sistemas nervoso e assim por diante. Talvez eu volte pro exterior, penso em fazer uma pós em neurologia. 
- Corpo humano, é? - Sorriu. - Te deixo estudar meu corpo se quiser. 
O maior arqueou a sobrancelha.
- Talvez no dia em que tiver de fazer uma autopsia, caso continue se drogando. 

- Não seja tão sério. - Riu.
- Não ria, sabe que estou falando para o seu bem.
O maior disse a ele e agradeceu ao garçom ao ser servido com a refeição. 

- Certo.
Tadashi desviou a atenção à comida e pegou os hashis rapidamente, experimentando o macarrão 
 servido sobre uma tábua quente como se não comesse a vida toda e fora acompanhado pelo outro a experimentar logo em seguida.- Gostou? 
- Hum. Nossa... Que delicia.
Falou o menor e serviu a si no bowl preto de cerâmica uma quantidade generosa, estava faminto, embora não quisesse admitir e passou a comer. Nowaki s
orriu ao vê-lo contemplar a refeição e deu atenção aos sashimis, que acompanhou com a grande quantidade de shoyu, sentindo a carne de peixe macia. 
O pequeno sorriu a ele, observando-o vez ou outra enquanto comia e desviou o olhar ao garçom ao notar a garrafa de saquê aquecido deixada ao lado, serviu a si e virou uma dose no pequeno copo. Nowaki passou a formular a refeição em silêncio e após terminar com a carne, deu atenção aos uramakis, sentindo o sabor suave do arroz junto a fruta, tentando ignorar o fato de que o garoto bebia na mesa. 
Ao terminar o yakissoba, o prato que o menor mais gostava e visto que havia comido demais, preferiu não pegar outra coisa, já que não comia há alguns dias, poderia fazer mal e apenas passou a beber o saquê em poucas doses.
- Fique a vontade.
Disse o outro, indicando a ele o sushi, doce ou salgado.
- Ah, iie, obrigado.
- Pode pedir alguma coisa se quiser. 

- Iie, estou satisfeito.  - Disse a tomar mais uma dose do saquê. - Faz uns dois dias que eu não como, então é melhor não arriscar. 
- Bem, como preferir.
O maior levou um pouco de tempo até finalizar a refeição e quando o fez, acomodou-se satisfeito no encosto da cadeira onde sentado, tomando um pouco do chá.

- Você tem um bom apetite, é sua comida favorita? - Sorriu.
- Não sei, talvez seja. - Respondeu, pensando sobre sua pergunta.
- Quer um pouco de saquê? 
- Não, obrigado. Ainda vou dirigir.  
- Não vai matar só uma dose 
- Eu estou com vontade de tomar chá, só isso. 
- Certo. 
- Sobremesa?
- Iie

- Bem, de todo modo, ainda espero que você pare com as drogas. Veja, você não está limpo, mas de qualquer forma, estamos conversando justamente porque não está num beco usando heroína. Pense numa vida melhor, tente estudar. Procure algo que goste. Se quiser algo na área da saúde e se esforçar pra mudar, consigo um estágio pra você. 
- Um estágio é? Mas não posso trabalhar enquanto usar drogas, senpai. - O menor sorriu, porém uniu as sobrancelhas logo após. - Não estou me sentindo muito bem... Pode ir comigo ao banheiro? 
- Estamos falando de algo daqui há alguns anos, não pra ontem. Precisa primeiro concluir o colégio e começar uma faculdade. - Disse, tentando lhe dar algum objetivo. - Estômago? 
- Hai... - Murmurou e levantou-se devagar. - Por favor.
Nowaki se levantou, seguindo juntamente ao rapaz, indicando o caminho até o banheiro masculino. Tadashi seguiu junto dele rapidamente e ao adentrar o banheiro, fechou a porta atrás do outro, empurrando-o em direção à madeira e guiou ambos os braços a cada lado de seu corpo, abrindo um pequeno sorriso a ele. Aproximou-se, selando-lhe os lábios até empurrar a língua em sua boca e já queria fazê-lo há um tempo, gostava dele, do rosto dele, era tão bonito, e como vivia dizendo isso para si, achava que ele pensava no mesmo que a si, sabia que era gay desde pequeno, nunca sentiu atração por mulheres e sempre achou homens mais bonitos, então não tinha nenhuma confusão quanto a isso, era direto, o queria, e se ele quisesse a si, ficaria com ele ali mesmo.
Nowaki pensava em ajudá-lo é claro, e no entanto em menção de fechar a porta, sentiu-o fazê-lo muito mais rápido que si mesmo e voltou-se ao garoto ao notar sua interrupção, no entanto, regrediu alguns passos, desajeitado e inesperado e arqueou a sobrancelha ao sentir a imposição de proximidade, seu sorriso e mesmo o beijo rápido que inclusive, demorou para processar. "Mas que..." Pensou consigo mesmo e sentiu sua língua tentar penetrar a boca, o que ficou contra os dentes, mas suficiente para sentir o gosto de saquê. E rapidamente voltou a mão aos ombros do menor, afastando-o.
- Tadashi... Tada... - Disse, um pouco cortado pela proximidade e logo por fim o empurrou. - Não faça isso. - Fitou-o defronte, já afastado. - Não dei em cima de você, se é o que está pensando. 

O menor uniu as sobrancelhas ao sentir o empurrão e afastou-se do outro, observando-o por alguns segundos e negativou consigo, voltando a se aproximar e tentar outro toque dos lábios.
- Psiu, psiu. - Disse o moreno, afastando o rosto, segurando-o pela cabeça. - Sou seu médico, nada mais. Você é jovem, tenho dez anos a mais que você, não olharia você com segundas intenções. E, eu não sou gay. 
Tadashi arqueou uma das sobrancelhas a observá-lo, irritado, e certamente pelo efeito das drogas que usava, se não nem teria tanta coragem de fazer aquilo com ele.
- Mas eu gosto de você. 

- Eu sou casado, Tadashi.
Disse o médico e ergueu a mão, indicando no anelar a aliança cuja tonalidade dourada e não era realmente casado, porém era algo muito próximo disso, portanto não mentia. O outro u
niu as sobrancelhas ao ouvi-lo e afastou-se alguns passos, observando sua mão e a aliança que não havia percebido antes, muito dopado para ver alguma coisa e negativou algumas vezes, talvez para si mesmo.
- Não... É mentira! 

O maior negativou com a cabeça diante de sua informação.
- Somos paciente e médico, não é nada com interesse romântico. Você é novo, encontrará uma namorada. Ou um namorado, se preferir. 

- Não precisa mentir, Nowaki.
O menor negativou novamente, irritado e o punho atingiu a porta ao lado dele num soco.
- Eu não quero a porra de um namorado!  

- Bem, acho que terminamos o que você queria saber. Vamos, vou te levar em casa. 
E ele estreitou os olhos e negou novamente, tirando-o de frente a porta e saiu, sozinho, retirando a maldita gravata que apertava o próprio pescoço no caminho.
- Tadashi.
Chamou e no entanto o viu passar por si e deixar o restaurante. Seguiu até ele no entanto, e entregou um valor suficiente para o pagamento da conta, como não havia tido tempo de fechá-la.
- Tadashi! - Chamou o rapaz e segurou-o pelo ombro. - Vou levar você, venha, entre no carro. 

O loiro virou-se, irritado ao ser chamado e negativou, tentando soltar o ombro do toque dele.
- Não encoste em mim. - Falou, evidentemente irritado e mesmo sem perceber, o rosto já coberto pelas lágrimas. - Sou um idiota em pensar que alguém poderia gostar de mim. Falou a ele e virou-se novamente, seguindo sozinho pela rua e retirou do bolso o pequeno saquinho contendo a droga que havia usado antes de vê-lo. O maior n
otou seu rosto afetado pelas lágrimas e por Deus, não sabia lidar com um adolescente agindo daquele modo, o máximo que conseguia era se impor ao fato de levá-lo para casa. E no entanto ao se virar, notou sua movimentação e mesmo as cápsulas de cocaína que tirava do bolso.
- Tadashi, você é estúpido, andando com isso no meio da rua, quer me fazer perder a licença, moleque! - Disse e puxou a química de sua mão, tomando em posse e não devolveria, jogaria aquilo quando tivesse oportunidade. - Não faça isso. 

Tadashi estreitou os olhos ao senti-lo puxar a si e o empurrou com ambas as mãos, batendo contra seu peito.
- Filho da! Devolve essa merda! 

Nowaki regrediu alguns passos de costas, e defronte a ele ao sentir a empurrada e mesmo seus punhos contra o peito.
- Não adianta, não vou devolver. - Disse e segurou um de seus pulsos. 

Tadashi tentou puxar o braço e estreitou os olhos novamente, e queria socar a cara dele.
- Me solta! Imbecil! Me dá essa merda! 

- Não vou dar. ?
Nowaki disse e soltou-o por fim, mas deu-lhe as costas, seguindo em direção ao próprio veículo. Tadashi v
asculhou os bolsos, procurando por alguma outra coisa que pudesse usar e como não achou, seguiu atrás dele, e estava realmente mais irritado que antes. Empurrou-o novamente ao se aproximar, dessa vez pegando-o de costas.
- Me dá, Nowaki! 

O moreno pregou os pés num lugar e ao ser empurrado, permaneceu ali, suspirou, sentindo vontade de pegar uma cinta e dar-lhe uma surra, já que carecia de uma por parte de sua mãe. Ainda assim, não entregou a droga ao rapaz.
- Se quiser, vá atrás de outra, não vou contribuir para isso. E saiba, quando estiver prestes a morrer, tente lembrar seus amigos drogados de pedir que o enviem noutro hospital, porque se chegar lá, não vou atendê-lo. Não quero saber de você, se continuar com isso, nem como um amigo de bebida ou fim de expediente. 

- Que se dane, você e essa merda de droga, faça o que quiser com essa merda! - Falou a ele, quase gritando e ainda me meio as lágrimas. - E vá pro inferno você e sua maldita esposa.
O menor virou-se, jogando a gravata no chão e seguiu pela calçada, dobrando a camisa que usava, colada demais na porcaria do pulso e negativou consigo mesmo, que ideia estúpida, ir vê-lo, gostar dele, era mesmo estúpido.

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