Kusagi e Shohei #5 (+18)


O dia estava nublado, Shohei não conseguia ver mais o sol, a chuva caía devagar e suave e o de cabelos cinzas sentava-se na janela, aberta observando o cenário cinza que a chuva trazia e não havia ninguém em casa, sobre a cama as cobertas estavam jogadas de qualquer jeito, havia dormido sozinho, o garoto fora visitar a mãe. O cigarro queimava lentamente entre os dedos e vez ou outra o tragava,  soprando a fumaça pela janela e cessou ao ouvir o barulho da porta, desviando o olhar a ele, parado ali.
- Onde estava? Não voltou essa noite. 

Kusagi entrou em casa, casa esta que não pertencia. Era cedo, mas o dia já parecia noite pela falta de clareza, e o tom cinzento que encobria o céu, mas gostava assim. O fino sereno fazia parecer ainda mais frio e ao chegar, querendo evitar os ruídos, fora interrogado, notando que ninguém dormia ali.
- Coisas do trabalho e uns drinques.
Disse ao rapaz, que fumava perto da janela, parecia tão pálido quanto aquele dia.

- Uns drinques com quem?
Shohei f
alou e abriu um pequeno sorriso sínico, batendo o cigarro no cinzeiro para deixar as cinzas, e era o terceiro cigarro que fumava desde que havia acordado, não gostava de ficar sozinho, por isso ficava tão nervoso.
- Trabalho.
Disse o moreno ao rapaz, observando seus fios de cabelo desalinhados, tão cinzas quanto aquele dia frígido. Tirou o casaco que vestia e deixou perto da porta, no hall. Caminhou até ele, notando as bitucas de cigarro e o tanto de cinzas no cinzeiro.
- O que há? Yuki deixou você? 

Ele negativou.
- Está na casa da mãe dele, parece que ela está doente... - Murmurou. - Podia ter dormido comigo, estava frio hoje. - Falou a ele e sentia o cheiro de bebida dali de onde estava. - Sei que transou com ele. 

Um sorriso dispôs entre os lábios, um pouco afetados pelo clima e próximo ao amigo, o maior sentou-se a seu lado, roubando o resto do cigarro em seus dedos finos.
- Ele quis fazer ciúme pra você, parece que teve um sucesso. 

Shohei sorriu, sutilmente e negativou.
- Está tudo bem.
Murmurou a entregar o cigarro a ele e suspirou, soltando o ar dos pulmões, sem fumaça agora.

- Quer me bater por isso, ah? - Retrucou o maior e queimou o restante da nicotina entre os dedos, apagando-a no cinzeiro já cheio. - Você deixou ele fazer isso, talvez como modo de se desculpar pelo fato de ter traído ele. 
O menor arqueou uma das sobrancelhas e negativou.
- Eu não quero te bater, idiota. Está tudo bem, já disse. - Falou e desviou o olhar para fora, logo para ele. - Ele não me contou. Eu percebi porque não quis dar pra mim na noite antes da viagem. Estava estranho, tentando esconder alguma coisa. Bem, você é bem maior do que eu, ele devia estar dolorido. 
Espero que tenha sido bom com ele. 
- Na medida do possível. - Disse o moreno, diante do comentário ou pergunta indireta, não soube distinguir. - Está com ciúme?  
- Obviamente. Sempre fui ciumento. Lembro que quase matei o garoto que andava com você quando te deu um beijo em frente ao quarto na escola. - Riu baixinho.
- Que memória. De qualquer forma, talvez eu vá embora em dois ou três dias. Não pretendo arruinar o relacionamento de vocês.  
O loiro desviou o olhar a ele e uniu as sobrancelhas.
- O que? 

- Consigo um apartamento em breve. Vocês estavam bem, entrei e certamente fodi com vocês, de forma literal e não literal.  
- Não quero que vá embora. - Falou a ele e estreitou os olhos. - Pode ficar o quanto precisar, você não fodeu o meu relacionamento com ele, estamos bem. 
- Consegue se sentir bem com seu namorado sabendo que ele evitou transar com você porque transou com outro além de omitir sobre isso?
Kusagi indagou a ele, e descansou a nuca sobre o encosto do sofá, tão logo voltou a direção visual ao rapaz e sorriu-lhe com os dentes.
Shohei arqueou uma das sobrancelhas a observá-lo.
- Ambos gostamos de você, mas também nos gostamos, e você não gosta de nenhum de nós dois, o que é irônico. Ele estava nervoso, meio desconcentrado no que eu dizia, por isso sugeri que ele fosse visitar a mãe dele já que ela precisa. Claro que ele teve um ataque de ciumes dizendo que não ia me deixar aqui com você sozinho, não sei se ele estava com ciumes de você ou de mim.  

- O que é que é irônico sobre isso? - Indagou o maior, sem entendê-lo especificamente em uma parte. - Também não entendo como ele pode sentir ciúme, já que não há mais nada pior que eu possa fazer com você, já transamos, no máximo, posso matar você. 
Shohei riu baixo e pegou outro cigarro, apenas segurando-o entre os dedos e não acendeu.
- Não quero que vá embora, certo?  

O maior o fitou novamente e tornou a sorrir, um pouco preguiçoso talvez.
- Uma hora vou ter de ir, como planejei. Vou passar uma temporada por aqui, mas devo viajar novamente em uma ocasião. 

- Me diga quanto você ganha no trabalho e eu pago você. Yuki ficará chateado se você for embora.
O menor falou a ele e observou o cigarro entre os dedos, era óbvio que ficaria mais chateado que o garoto, ele esqueceria, mas não diria a ele, tinha o orgulho próprio.

- Yuki não vai se chatear em nada. Yuki não é chegado a mim dessa forma.  
- Ele é pequeno, você foi a segunda pessoa com quem ele transou, ficará sim. 
- Não sou namorado dele, você saberá o que fazer.  
O menor arqueou uma das sobrancelhas a observá-lo.
- Certo. 

- E eu gosto sim de um dos dois. 
- Eh?
Ele uniu as sobrancelhas.

- Eu gosto. Só não vou falar quem. 
Shohei estreitou os olhos.
- Hum. Como quiser. Quer dormir comigo? Deve estar com as costas ferradas de dormir no sofá. Juro que não toco em você. 

- Uh. - Murmurou num meio riso. - Não queria que eu deitasse na cama do casal, não vou deitar. Pode deixar que me viro por aqui. 
- Não seja idiota, já transamos os três, não importa deitar na cama mais. Agora ela é sua também. 
- O que? - Riu. - Sou parte do casal? 
- Bem, eu gosto de você, Yuki gosta de você, então. 
- O que vai fazer se eu gostar do seu namorado? 
- Eu mato você.
Falou a ele, sério e desviou o olhar, abrindo um pequeno sorriso malicioso.

- O que vai fazer se eu gostar de você?
- Bom, acho que ele mata você. - Riu e negativou. - Acho que terá que aprender a gostar de nós dois se quiser fazer parte disso. 
Kusagi desviou o olhar do rapaz, e sorriu para si mesmo. Assentiu, igualmente para consigo.
- Não se preocupe, não tenho qualquer interesse romântico nos dois. Então, qualquer um vai poder ter a cama aquecida. - Deu-lhe uma piscadela. - Até a hora que eu precisar ir.  

O menor o observou de canto e sorriu a ele, assentindo e deixou o cigarro de lado.
- Deite, precisa dormir um pouco. 

- Eu já dormi.  
Shohei manteve-se em silencio a observá-lo, indagativo e o maior deu a ele novamente uma piscadela, sugestiva.
- Não tenho namorado. 

- Cretino. - Falou a ele e assentiu. - Saia. 
- Gosto desse apelido. Não vou sair, acabei de chegar. Quero um café, e vou aquecer você. 
- Vai ter que me prender na cama, não vou tocar você depois de ter passado a noite com outro macho. Suma da minha frente. 
- Não precisa tocar em mim. 
O menor estreitou os olhos.
- Vá, Kusagi. 

- Não mande outra vez, Sho. Sabe que eu vou. 
O menor cerrou uma das mãos sobre a coxa, irritado, e sabia que realmente não queria que ele saísse. Desviou o olhar para a janela, mordendo o lábio inferior por dentro e tinha tanta força que sentiu o gosto de sangue quase automaticamente. Assentiu, irritado, e não o tocaria nem permitiria que ele tocasse a si, fechou a janela e seguiu ao banheiro. 
- Shohei, não foi macho, foi fêmea. 
- Desapareça daqui! 
- Ó... Eu vou. 
- Suma! 
- Certo. Vou ver se lembro o número do quarto. - Disse e levantou-se, buscando o casaco no hall. 
- Maldito.
O menor falou em bom tom e bateu a porta após entrar, não pediria que ele ficasse, não podia, o orgulho como sempre não deixava. A mão encontrou a parede num soco que fez sangrar os dedos na parte batida de tanta força e logo após, ligou o chuveiro com naturalidade, esquecendo, ou tentando esquecer que ele antes estava ali.

- Ah, como é sensível.
Disse o maior para si mesmo e deixou o casaco no lugar. Estava cansado, queria deitar e quem sabe transar com ele. Tirou a camisa, desafivelou o cinto e deixou que as peças de roupa fossem deixadas no chão, criando uma trilha do próprio caminho até seu banheiro conforme fez-se nu, entrando no banho com ele.
- Sabe que seu orgulho te causou vários problemas durante o colegial, Sho. Por sorte conheço esse seu jeito afetado. Vamos, não seja um otário, senão vou precisar ligar pro seu namorado pra transar. 

O menor estreitou os olhos a observá-lo, novamente infernizando a si e virou-se a observá-lo, pasmo.
- Não insista em me infernizar, Kusagi. E também não seja um idiota, eu quebro a sua cara. 

Observou-o a sorrir ao rapaz e pôs-se consigo embaixo do chuveiro, sentindo a água quente livrar do frio da pele nua e até então arrepiada. - Pare com isso. Vem quebrar a minha cara então. 
Shohei estreitou os olhos mais uma vez, e sentia tanta raiva que tinha vontade de chorar, queria ficar sozinho ou será que ele não entendia isso? Como poderia dizer que gostava dele com tão pouco tempo de convivência? Quer dizer, era o melhor amigo do colegial, vivia com ele, dormia com ele, o via todos os dias, e acreditava que o amava antes de conhecer o Yuki, mas era complicado, e sentia-se ainda mais angustiado por ter ouvido ele dizer que amava um dos dois, fora por isso que dissera a ele que ele teria que aprender a amar a ambos, porque não queria acreditar que ele gostava de si, então se ele gostasse do Yuki, teria que aceitar a própria presença também, porque não suportaria perdê-lo de novo pra uma vadia como o perdera na escola. Preferia só estar ali com ele, sendo impertinente e atrapalhando mais um romance, mas não iria embora. Sabia que o garotinho frágil e amável seria mais atraente do que a si, por isso não queria que ele transasse com o próprio namorado.
- Qual é o seu problema? Idiota, sabe que eu te esperei e estava dormindo com outra, e ainda quer que eu aceite você 
de bom grado e dê pra você no banho? É um cretino.  
O sorriso delineou os lábios e marcou os dentes alinhados do moreno. Sorriu, por saber que era ainda o mesmo. Há quanto tempo não se falavam, há quanto tempo, passara anos após o fim do colégio sem vê-lo ou provocá-lo daquele modo, ele era o mesmo, ainda que algumas mudanças ocorressem em sua vida como o fato de ter se tornado ainda mais rebelde ou de usar um piercing no queixo que por sinal, combinava perfeitamente com ele. Era previsível e fácil de ser provocado. Negativou e segurou seus braços junto ao corpo, mantendo-o no lugar, enfiado de baixo d'agua, no chuveiro, com os cabelos e rosto encharcados, provocando-o ainda assim.
- Não estava com uma mulher. Estava com vários homens, várias mulheres, eu estava trabalhando, não seja estúpido. Você continua o mesmo moleque cheio de surtos. E eu sou cretino, você sabe disso. 

Shohei estreitou os olhos e moveu-se rapidamente, puxando os braços com toda a força que pôde e ao vê-lo fraquejar o empurrou, sem força, não era tão forte para afetá-lo realmente.
- Acha que eu sou idiota? Até essa hora da manhã? E não me chame de moleque!
Kusagi se afastou quando empurrado e estreitou os olhos ao outro, não era muito paciente e ele sabia disso, gostava das discussões até certo ponto. Impôs-se contra o outro, levando o punho contra a parede atrás de seu corpo, lateral a seu rosto.
- Chega, Shohei. Eu disse que estava trabalhando. Tenho coisas importantes a resolver, não sou a porra de um vagabundo. E se eu quiser transar com alguém eu vou transar, ou não? Tenho que colocar uma aliança no dedo igual a de vocês, é isso?  

O menor se encolheu ao senti-lo se aproximar de si e observou-o por um pequeno tempo, logo ergueu-se e quase estufou o peito para falar com ele, tentando demonstrar que não tinha medo, embora fosse óbvio que tinha, que ele fosse embora.
- O que quer que eu faça, Kusagi? O que quer que eu faça? Diz pra mim. Eu amava você, posso dizer que amava e você foi embora com aquela vagabunda, aí você aparece do nada, um cretino como sempre foi, e eu tenho que te abraçar e te venerar e largar tudo? Você vai me largar pelo primeiro rabo de saia que ver, e eu acho que você já encontrou, mesmo dentro dessa casa. Sei que eu não sou nada pra você, só um brinquedo. Mas estou avisando, eu não vou embora, não vou deixar o Yuki pra você. 

- Não seja estúpido, não estou pedindo nada disso. Vocês são ótimos juntos, não vim roubar sua vida de você, foi o que disse desde então. Mas parece que minhas provocações deixaram de afetar seus surtos e se tornaram um pouco mais pessoais que isso. Não queria transar com ele, porque você continua sendo meu melhor amigo, e não queria te fazer mal, continuo sem intenções de roubar você dele ou ele de você.  
O menor murchou ao ouvi-lo, ficando de pé diante dele a observá-lo por um pequeno tempo e só conseguia ouvir a mesma frase pela cabeça "não tenho intenção de roubar você dele". Assentiu e abaixou a cabeça, era óbvio que como sempre havia falado mais do que devia. Negativou consigo mesmo e riu, meio desajeitado e desviou o olhar a ele um pequeno tempo depois.
- Esqueça o que eu disse. Esse papo de amar você e... Essas coisas... Não tem nada a ver. Falei um monte de merda... - Falou a ele e desviou o olhar, tentando não encará-lo, óbvio que era mentira, e das piores, não conseguia mentir pra ele, mas preferiu mudar de assunto. - Não fodeu ninguém mesmo? 

- Não.
Disse o maior, impassível e segurou seus ombros, deixando o rapaz em seu lugar e puxou com uma das mãos pelo queixo, virando-o para si, e beijou-o, com força, aliviando toda a tensão de sua discussão. 

- Ent...
Shohei arregalou os olhos ao senti-lo puxar a si, cortando o que diria a ele e aos poucos fora relaxando os ombros, e até fechou os olhos, retribuindo o beijo dele e guiou ambas as mãos sobre os ombros do amigo. Kusagi d
eslizou os braços até sua cintura, envolvendo-a. Firmemente o puxou para consigo, colidindo-o ao corpo com o dele e com uma das mãos cujo voltou até seu queixo, o segurou e deslizou suavemente até sua nuca, onde o mantinha no lugar enquanto a língua avançava fortemente contra a sua.
O menor abriu um pequeno sorriso, sutil entre o beijo, ele sempre fora assim, ágil, até meio bruto consigo, mesmo quando era somente amigo dele na escola. Sentiu o toque de suas mãos  na cintura e sentia-se quase preso, na verdade estava, não conseguiria soltá-lo nem se quisesse, e não queria, era dele naquele momento. Manteve os olhos fechados e gemeu sutilmente em meio ao toque, deslizando uma das mãos até as nádegas dele e apertou-o ali.
O maior contraiu o músculo da região ao sentir a apalpada, propositalmente. Era um gesto que tinha costume sempre que estocava contra seu corpo, e aflorou sua mente. Lambeu seus lábios entre o beijo, mordeu o inferior como tinha costume, era macio e até queria arrancá-lo. A mão de seus cabelos desceu pela coluna até o início da nádega, deslizando ao meio delas, tocou seu íntimo. Aonde penetrou o dedo, sem delongas demais.
- Então você acha que agora eu só posso ficar com você e o seu namorado, ah? 

O menor sorriu ao senti-lo morder o próprio lábio, dolorido, porém gostoso e arrepiou-se ao tocá-lo e sentir sua nádega contrair, ah, era uma delicia. Empurrou o próprio quadril contra o dele, sentindo seu membro, gostoso contra o próprio, porém cessou ao senti-lo empurrar o dedo em si e o gemido deixou os lábios, dolorido.
- Cara...lho... É óbvio. Você é meu. 

- Mas não namoro vocês.
Disse o maior a ele, contra seus lábios, sentindo sua ereção já colada ao ventre, machucando a própria rigidez. E o dedo, empurrou para ele, colocando-o inteiro para dentro.

- Ah! - Shohei gemeu novamente, mais alto e uniu as sobrancelhas a observá-lo de perto, estreitando os olhos. - No dia que comer outra pessoa, você não toca mais em mim. 
- Se eu disser o mesmo pra você?
Retrucou o moreno e mordeu o lábio ao empurrar o dedo vigorosamente para dentro, em seu fundo.

- Eu já não fico com mais ninguém, idiota.
O menor falou a ele e gemeu outra vez, alto pelo toque.

- Mas fica com o Yuki.
Disse o maior e soltou-o do abraço. Virando-o habilmente para a parede e colou-o contra o azulejo frio. Tomando seus quadris, mordeu-o no ombro, no pescoço. E em seus piercings na orelha. Segurou-se nos dedos e esfregou a ereção em meio as suas nádegas. O menor v
irou-se, meio relutante e uniu as sobrancelhas ao ser empurrado contra a parede. Arqueou uma das sobrancelhas, observando-o de canto e gemeu baixinho ao sentir as mordidas na orelha, pescoço e ombro.
- E não quer que eu transe com o Yuki?
Você disse que não posso transar com outras pessoas, mas você pode transar, ah?
Disse o maior e segurou-se, delineando-o. Logo, empurrou o quadril ao dele, e com ele tinha um pouco mais de cuidado, não costumava transar daquele modo, portanto, penetrou somente a glande, inicialmente.
- Mas já está assim apertadinho? Vai arrancar meu pau desse jeito. 

O menor mordeu o lábio inferior ao ouvi-lo e riu baixinho.
- Você pode transar com o Yuki. Só com ele.
Shohei murmurou e abaixou a cabeça, tentando conter o gemido que rasgou a garganta, rouco e dolorido pela penetração, embora tenha sido pouca.
- Ah... Não tenho culpa que você é pequeno, ora. Fecha rápido. - Falou a ele, mas sabia que era mentira, o provocava apenas e riu baixinho novamente. - Ah, itai

- Não se importa que eu coma seu namorado? Já estão juntos há três anos.
Disse o outro, provocando-o e recebeu uma igual provocação. Riu, achando graça, tinha consciência do próprio tamanho, portanto não se afetava com a brincadeira. Moveu-se, logo se empurrando mais a dentro dele. 

- Ah!
O menor gemeu novamente, abaixando a cabeça e cerrou os punhos, batendo contra a parede com um deles, só então se lembrou do machucado feito na própria mão e quase desmontou, sentiu as pernas tremulas pela dor sentida e mordeu o lábio sobre o piercing, puxando-o entre os dentes num pequeno sorriso, podia ser a dor que fosse, era agradável para si, ele era assim, e ao menos desviava a atenção da dor que sentia no íntimo por tê-lo dentro. Negativou a ele, observando as pequenas gotas de sangue que deslizaram pela parede, retiradas da própria mão e guiou-a sobre a dele na própria cintura, apertando-a ali, indicando mudamente que usasse as unhas.

Kusagi pressionou-o no quadril, na cintura, e marcou com as unhas curtas. Mordeu seu ombro, sugou-o na pele, deixando para seu namorado a evidência de que esteve com ele. E sem pestanejar, logo, empurrou-se para ele e penetrou-o de uma vez, até o fundo, e colidiu a uma parte de seu corpo não estimulada até então, mas que já conhecida.  
O menor uniu as sobrancelhas ao sentir suas unhas que arrancaram pedaços da pele, dolorosas, mas gostosas mesmo assim. Sentiu-o se empurrar para si, de uma vez e empurrou o quadril contra o dele ao invés de fugir, apertando-o ao redor de si, contraindo-se e gemeu dolorido, em bom tom, não tinha ninguém em casa, então podia. Abaixou a cabeça, arrancando um filete de sangue do lábio o qual mordeu e desviou o olhar a ele, de canto, com um pequeno sorriso marcando os lábios.
Kusagi sorriu, mais para si mesmo do que a ele. Sentindo sua empinada, sua investida para si. Com força o estocou, novamente, sem rapidez mas era vigoroso, saindo devagar, entrando com força. E gemeu inevitavelmente, deixando o ruído rouco sair da garganta. E agarrou-o outra vez pela cintura, o qual uma das mãos desceu e afagou seu sexo, sentindo-o excitado, duro. 
Shohei sorriu a ele, mesmo de canto e uma das mãos guiou a seu braço, puxando-o para si e lhe selou os lábios, sujando-o com as pequenas gotas do próprio sangue. Empurrou o quadril contra o dele, mais forte, firme e gemeu alto a cada vez que o sentia atingir a si a fundo, no lugar onde gostava, o problema é que gozaria rápido demais.
- Ah, senpai... Kimochi... Motto

O maior chegou perto e beijou seus lábios tal como pediu silenciosamente. Segurou-o nos quadris, no movimento que ele impôs, ainda que um dos braços estivesse firmemente envolto em torno de sua cintura.
- Senpai, ah.
Disse, e riu entre os dentes, sabendo que era assim que ele chamava a si no colegial, mordiscou-o em sua nuca e voltou a lambiscar seu piercing. Gemeu com seus apertos, sensibilizando-se a medida em que o provocava e puxou-o para embaixo d'água. O menor u
niu as sobrancelhas ao senti-lo puxar a si e fechou os olhos, meio incomodado com as gotas que pesavam os cabelos médios, mas não reclamou, apenas o observou de canto.
- O que foi, hum?
O que?
O maior indagou, tirando-o da água. Abaixou-se novamente para ele e mordeu seu pescoço, aspirando o cheirinho do banho ainda que sem o uso do sabonete. Uma das mãos subiu até seu peito, acariciando seu mamilo, beliscou-o de leve e voltou para a ereção, alternando o contato, mas faria-o gozar sem estímulos que não fossem aonde o penetrava.

- Hum, estou sujo?
O pequeno riu baixinho, referindo-se a água onde havia sido colocado e suspirou, desviando o olhar ao próprio membro a notar os toques suaves dele, tão sutis que pareciam não querer realmente causar alguma coisa.
- Vai precisar de mais força que isso se quiser me fazer gozar. 

- No seu pau? Não vou apertar, se for gozar, vai gozar com meu pau aí dentro.
Disse o outro e levou as mãos para as suas, segurando seus braços, atrás de seu corpo, unindo-os. E voltou a mover-se, aumentando o ritmo, tal como manteve a intensidade da estocadas em seu fundo.
- Quando volta o Yuki, hum? 

Shohei guiou as mãos atrás das costas, segurado por ele, e não gostava disso antes, mas estava começando a gostar. Moveu os braços, ou tentou e estreitou os olhos, sem conseguir, atuava bem.
- Está me comendo e pensando no Yuki? 

- Estou pensando em você comendo ele enquanto eu como você. - O maior sorriu e mordeu novamente seu pescoço. - Apesar que adoro simplesmente fazer o que quiser sem ninguém como impasse.
Empurrou-o, e o arqueou novamente, um pouco mais. Passou a se mover mais rapidamente, mais firme e ouvia o ventre contra ele, colidindo em sua pele.  

Shohei inclinou-se, empinando o quadril para ele e apoiou-se com ambas as mãos na parede, afastando pouco mais as pernas a dar espaço a ele e uniu as sobrancelhas, deixando escapar alguns gemidos baixos, outros mais altos devido ao prazer que sentia e estremecia a cada vez que o sentia tocar o ponto sensível.
- Eu... Ah... Kimochi, Usagi

- Você quer gozar, ah?
Indagou o moreno e soou rouco, grave. Mordeu seu ombro, aonde tinha apreço junto a extensão de sua coluna marcada, talvez por arranhadas do outro, ainda fracas, indicando algum tempo sem sexo, tal como ele mesmo já havia dito. Puxou-o com força e cerrou os dentes.
- Vou gozar na sua bunda, ou prefere no rosto, ah? 

O loiro assentiu ao ouvi-lo, mordeu novamente o lábio como tinha costume e sorriu ao ouvi-lo, malicioso, ainda a empurrar o quadril contra o dele.
- Você quer gozar no meu rosto, é? Bom, ainda não fez isso. 


- Vou gozar dentro, no rosto, eu deixo pra hora que você chupar meu pau até eu gozar.
Disse, entre os dentes e puxou-o com força, logo, ejaculou dentro dele, como havia dito. Shohei s
orriu novamente e assentiu, mantendo os movimentos a ajudá-lo no que fazia e ao senti-lo gozar em si, atingiu o ápice igualmente, mesmo sem nenhum toque, sentindo-se pulsar e sujou o próprio abdômen e a parede do banheiro com o liquido branco, o prazer que sentira com ele.
Fechou os olhos por um pequeno tempo e suspirou, tentando recuperar a respiração descompassada.
- Você gozou no Yuki? 

- Gozei. Ele não vai engravidar.
Disse o maior, ainda soprado e abafado na garganta. Estocou-o mais uma vez, e deixou-o posteriormente, saindo de dentro dele. 
Outro gemido deixou os lábios do mais baixo, dolorido pelo susto levado no movimento e estreitou os olhos.
- Gozou no Yuki?! - Disse a virar-se, observando-o. 

- Sim. Qual o problema? - Fitou-o diante da encarada que ganhou. - Ele tomou remédio. 
- E daí? Não quero que faça isso.  
- Por que? 
- Porque não. Faça isso comigo somente. 
- Ah, você pode e ele não, hum? Ele gosta disso. 
- Gosta nada, não faz diferença pra ele. 
- Não foi o que pareceu. 
Shohei estreitou os olhos.
- Certo, faça o que quiser. - Suspirou e fechou os olhos a apoiar-se na parede. - Hum... 

- Você quer implicar comigo hoje, Sho. 
- Gosto de fazer isso. - O menor sorriu e mordeu o lábio no mesmo lugar onde tinha costume, porém soltou ao sentir a fisgada. - Ai, caralho. 
- Pode deixar, não vou deixar sua mulherzinha grávida. 
O loiro assentiu e suspirou, erguendo-se a tentar se apoiar com as pernas trêmulas.
- Vamos dormir juntos ou não? 

- Claro, vou adorar dormir numa cama.  
E o menor assentiu e sorriu a ele. Lavou o corpo rapidamente com o sabonete e esponja e desligou o chuveiro por fim.
- Venha. 

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