Miyako e Sayuki #4 (+18)


Uma das mãos descansou no bolso da calça de uniforme, portando nele a caixinha de suco que segurava. Miya passeou pelo corredor agitado por alunos, cumprimentou uma pessoa e outra em reconhecimento pelo trabalho, e trocava alguma palavras com a aluna da sala ao lado, com a outra mão ainda segurava a caixinha de suco, que sustentava o canudinho na altura dos lábios e sugava a bebida enquanto ouvia seu assunto desatenta, afim de dar término a conversa e poder seguir até a enfermaria, porém permaneceu ouvindo, ou não. Quando brevemente cruzou a direção do corredor tumultuado, avistou o habitual uniforme médico, um tênue frio tocou o estômago e logo se esvaiu vagarosamente. Sorriu a moreninha e lhe pediu licença enquanto traçava o caminho até a loura que andava pelo corredor, em busca de seguir a algum destino cujo não sabia qual era.
- Sensei. - Chamou-a, caminhando a sua direção no corredor até encontrá-la. - Me desculpe por ontem, não pude encontrar você depois da aula, tive que ir trabalhar, o agente me buscou e eu pedi a Mei que avisasse, mas ela está chateada comigo.

Sayuki suspirou, observando a porta da enfermaria por um longo tempo, por ali só havia passado dois alunos no dia, uma delas fingia uma dor de cabeça para poder ir embora e o outro realmente havia se machucado de fato. Pegou as próprias coisas, pela primeira vez saindo da sala na hora do intervalo, desatenciosa às crianças no local, porém logo ouviu a voz da outra, desviando o olhar a ela e permaneceu em silencio a ouvi-la.
- Fiquei duas horas esperando você.

- Me desculpe por isso.
Miya o observou, e manteve o silêncio pessoal, visto que o corredor cheio detinha murmúrios e falas altas por todo lado. Voltou-se à calça, ao lembrar-se da caixinha de suco que tirou do bolso e ergueu a ela. Sayuki a
briu um pequeno sorriso e pegou a caixinha estendida.
- Tudo bem. Vai querer ir comigo hoje?

- Ainda quer que eu vá a sua casa?
- Claro.
- Ok, sensei.
- Vai comigo do fim da aula ou quer passar em casa pra pegar alguma roupa?
- Bem, se quer que eu durma lá eu preciso de alguma roupa. Ou eu posso ir embora.

- Iie... Eu te levo em casa pra pegar as roupas.
- Não precisa me levar, sensei. Posso te encontrar em algum lugar.
- Eu te dou o endereço então, é bem perto.
- Se quiser pode vir comigo.
Sayuki sorriu.
- Certo.

- Hum... 
- O que foi?
Murmurou o loiro a furar a caixinha do suco com o canudinho.

- Não sei o que dizer pra você. - Deu-lhe um risinho. - E essa é a primeira vez que a vejo tomar o suco que lhe trouxe.
- Eu sempre tomo. - Falou o loiro a sorrir a ela e sugar pouco do suco.
- Mas eu nunca vi.
- Agora está vendo. - Sorriu.
- É, agora sim.
Miya desviou o olhar pelo corredor adornando agora por poucos alunos e voltou-se a ela, ou ele. Sobrepôs sua mão com a própria, e trouxe-a junto a caixinha de suco em direção a si, tomou o canudinho na boca e sugou pouco do suco, soltando-o em seguida. Sayuki s
orriu a ela e logo voltou a sugar o suco.
- Quer comer alguma coisa?

- Você quer algo?
- Hai.
- O que quer? Eu levo pra você.
- Iie, eu mesmo compro.
- Me diz o que quer.
- Não, eu só quero um pedacinho de bolo.
- Eu pego pra você. Quer voltar pra enfermaria? Ah, devia estar indo fazer alguma coisa.
- Estava indo a cantina.
- Hum, te deixo sempre com fome, sensei.
Sayuki riu baixinho.
- Não tem problema.
E retirou o dinheiro do bolso, entregando a ela.
- Traga um pedaço pra mim então, e pra você tambem.

Miya observou o dinheiro em silêncio, porém após um período apenas assentiu e seguiu até a cantina, em busca do seu pedido. Como não havia especificado, escolheu o de morango e logo seguiu até a enfermaria, batendo brevemente à porta, e adentrou-a. O loiro a observou se retirar e guardou o dinheiro novamente, suspirando. Voltou a adentrar a enfermaria e sentou-se na propria cadeira a espera dela, abrindo um pequeno sorriso ao vê-la entrar em pouco tempo.
- Eu trouxe de morango, esqueci de perguntar o que queria. Você gosta?
Miya fechou a porta e lhe entregou a pequena embalagem com o bolo.

- Gosto sim. - O loiro sorriu a ela e pegou a embalagem, abrindo-a a observar o bolo.- Miya... Você está chateada comigo?
- Pensei no suco de morango, então... Bolo de morango. Não estou, sensei, por que?
- Porque... Não esta agindo mais como antes.
- Como?
- Ainda me parece meio... Fria.
- Ainda? Eu estava?
- Sim.
- Talvez só um pouquinho. - A morena pegou a caixinha de bolo em suas mãos e com a pequena colher de sobremesa, tirou um pedacinho e levou-o em sua boca.- Abre a boquinha.
Sayuki abriu a boca como indicado, sorrindo em seguida e recebeu o bolo.
- Oishi?
- Hai, muito.
- Posso experimentar?
- Claro. Quer que eu te dê na boca?
- Claro.
Afirmou a morena, e não demorou e curvar-se pouco a alcançar seus lábios conforme sentado. Deslizou os dedos em seus longos e ondulados fios de cabelo, enquanto vagarosamente penetrava a língua em sua boca. Sayuki s
orriu ao vê-la se inclinar a si e retribuiu o beijo da outra, levando uma das mãos à face dela a acariciá-la.
Miya manteve as pálpebras descerradas, observando a proximidade de seu rosto. Descolou brevemente o atrito com seus lábios e os lambeu, bem devagarzinho, logo, voltando a entrar em sua boca, buscando a língua. O loiro expôs a língua a tocar a dela igualmente e logo aproximou-se mais da mesa, seguindo o ritmo do beijo que ela impôs. No cesso do beijo, Miya sorriu manso contra seus lábios.
- Gosta dessa mesa, sensei.

O loiro riu baixinho junto dela e sorriu.
- Fico feliz de estar contigo.

- Eh? Que comentário repentino. - Miya mordiscou seu lábio inferior.
- É que nunca contei a ninguém.
- Hum?
- Nunca contei a ninguém que eu... Sou homem. Quer dizer, já contei a algumas pessoas... Mas ninguém que eu conheça hoje em dia.
- Está feliz porque eu não te larguei por ser homem?
Ele assentiu.
- Tenho certeza que muitos permaneceriam também.
- Os outros não me importam.
Miya se afastou, observando-a num curto silêncio até quebrá-lo.
- O que sente por mim, Sensei?

- Eu gosto de você.
- Como gosta de mim?
- Como... Mulher. Digo... Mais do que uma amiga.
- Está apaixonado...?
- Acho que sim.
Ela riu.
- Sentimentos confusos, Sayuki sensei.

Sayuki sorriu.
- Também estou confusa. Mas ainda gosto de olhar e beijar você.
- Não gosta de mim?
- Por que será que eu a beijava e corria?
Ele sorriu.
- Mas... Mesmo sendo homem?

- Não acho que meu sentimento acabaria só porque seu corpo mudou. Mas estou confusa, se vamos continuar, nos apaixonando.
- Por que não?
- Esqueça. Se continuarmos essa conversa, dirá que estou fria. Eu vou para a sala, sensei. Coma o bolo direitinho. E não deixe os meninos brincarem com você. Logo vamos sair daqui. - Miya se abaixou outra vez e beijou-o na bochecha, no cantinho de seus lábios. - Estou precisando de sexo. - Sussurrou em tom pessoal a ele. - Vamos fazer amor hoje, não vamos? - Voltou a observá-lo e lambeu-lhe os lábios.
Sayuki assentiu ao ouvi-la e lhe deu um sorriso, lambendo-lhe a língua como havia feito antes.
- Hai... Vamos sim.

- Quer mais de mim, ah?
Indagou a outra, baixinho e deslizou uma das mãos em seu peito, sentindo-o plano e buscou sob a roupa o pequeno ponto, seu mamilo. Circulou de levinho, sentindo a pequena firmeza pelo tecido.

- H-Hai... - O maior murmurou ao sentir o toque no próprio mamilo e mordeu o lábio inferior. - M-Miya... Eu vou... Ficar duro assim.
- ... - Miya deu um risinho. - Que garotinho safado.
- Ora... Falando desse jeito e me tocando.
- Hum... - O loiro murmurou e o tocou na coxa, deslizando-a, subindo com a saia. - Sua coxa é tão gostosa. Nada masculina.
Ele suspirou a observá-la.
- M-Miya...

A outra resvalou para baixo, e se encaminhou até a nádega, apertando-a.
- Hm.. Aqui é uma delícia também.

- Miya por favor... Não posso ficar assim no trabalho. Os garotos vão ver. - Riu baixinho.
- Mas só estou tocando em sua coxa, sensei. E nesssa bunda gostosa. Mas nada íntimo.
- Você só precisa respirar perto de mim pra me deixar duro.
Ela tornou a rir, tão baixo como antes.
- Não me acostumo com esse duro.
Deslizou novamente à coxa, e resvalou pela virilha, tocando sua região sexual, mesmo por cima do macio tecido da roupa íntima. Sayuki s
uspirou e mordeu o lábio inferior, levando uma das mãos sobre a dela a segurá-la.
- I-Iie...

- Ah... - A outra murmurou. - Se nega eu fico com mais vontade sensei, ainda mais com essa vozinha gostosa.
- M-Mas faremos depois, Miya.
- Mas é gostoso te ver excitada.
Sussurrou a outra e lambeu-lhe os lábios. Deslizou os dedos em sua base, estimulando-a na tentativa de lhe dar firmeza. O maior e
ncostou-se na cadeira e uniu as sobrancelhas, segurando a mão dela novamente a puxá-la e entrelaçou os dedos aos dela.
- N-Não faça isso...

- Quer mesmo que eu pare?
- Não... Mas... Mas precisa... E-Eu vou...
- Ficar duro. - Sussurrou a outra e lhe deu uma piscadela. - Vou pra sala, sensei. -Desvencilhou o toque e o beijou novamente na bochecha. - Aproveite a sala. Passo no fim da aula.
Ele suspirou.
- H-Hai...

- Ah. - Mencionou a abrir a porta de saída. - Estou com fome. - Disse ambíguo e deixou a sala.
- Vai matar essa noite. Eu prometo. - Ele falou em tom alto e sorriu a ela.

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