Ikuma e Taa #10


Taa já havia acordado há um tempo mas manteve os olhos fechados, descansando. Sentia a leve dor pelo corpo da noite anterior e moveu-se levemente, lembrando-se que o outro estava ao lado. Aproximou-se ainda mais dele, abraçando-o e suspirou. A mão passava pelo corpo do menor que notou ser tão macio e abriu os olhos aos poucos, notando que estava abraçado a um travesseiro.
- Hum...? Ikuma...?
Esfregou os olhos, ouvindo a música alta como sempre e procurou-o no quarto, observando a cama coberta de sangue, tanto quanto o próprio lado quando o local onde ele estava antes, agora vazio e apenas o lençol cobria a parte intima do corpo.

Ikuma correu escada à baixo, e adentrou o local onde residia. A porta era empurrada e dentro do cômodo a empurrava igualmente, tentando fechá-la, dando mais impulso com o corpo. Ao estrondo, o material encontrou-se ao limiar e finalmente conseguiu fechar a porta. Suspirou pesaroso e por fim a voz fora audível conjunto ao riso.
- Ai ai , vampiras loucas...

Taa arregalou os olhos e permaneceu de bruços, fitando o outro.
- O que foi?

O menor suspirou. Os olhos se voltaram em direção alheia assim que a voz conhecida foi audível, notando o despertar do vocal.
- Ah, época de cio das vampirinhas..

- Ahn... Fala ai, gostosão. - Virou-se de barriga para cima, gemendo. - Ai...
- E aí, Ameba.
Retrucou e caminhou até a cama. Nesta, se sentou e passou a tirar com o papel, o batom dos lábios.

- Ah ele usa batom... - Taa riu e o fitou, pousando as mãos sobre o abdômen. - Muito macho.
- Hum... Se diz que uso, então tá.  
A pequena toalha desceu ao pescoço, limpando igualmente o rastro de batom. E a
 expressão do maior se fechou e arqueou uma das sobrancelhas, virando-se de costas a ele. O canto esquerdo dos lábios do loiro formou a pequena curva, um sorriso cínico, e satisfeito com tal reação, porém não riu. Uma das mãos alcançou a coluna alheia, e nesta o dígito indicador subiu por toda espinha dorsal, até chegar a nuca.
- Continua com dor?

O maior arrepiou-se e assentiu.
- Uhum...

- Hum... - Murmurou. - Está sem roupas ainda? - A mão deslizou novamente descendo sob a coluna.
Taa assentiu
- Você me abandonou e não me acordou ne...

- Não faria diferença se eu o acordasse. Faria?
A mão do loiro alcançou as nádegas do rapaz, constando seu assentir. O dígito se encaixou entre elas e somente roçou em sua intimidade. Taa s
uspirou.
- Hum... Ikuma, não... Não precisa disso...

- Disso o que ?
Em tom cortês o menor o indagou, enquanto o dígito continuou com seu afazer. 

- Isso que esta fazendo...
- Não estou fazendo nada, Lagarta. Só gosto tanto desse lugar quanto do seu cabelo. - Riu-se sutil, tendo o som quase despercebido. 
- Hum, tá bem... - Suspirou.
Porque? - Ikuma sussurrou e inclinou o corpo sobre a cama, alcançando proximidade do rapaz a qual murmurou igualmente em sua orelha. - Te incomoda?
O maior negativou de modo pouco brusco.
- Só não estou acostumado com isso...

Ikuma riu.
- Certamente, afinal... Foi sua primeira vez comigo, não?

- Eu era seme antes...
- Já comeu alguém?
- Uma vez só.
- Então não há como dizer que é seme, foi uke mais vezes.
- Hai.
- Hum... - O menor murmurou, e um novo sorriso tomou posse dos lábios avermelhados de batom. - Gostou mais de qual?
- Espera, eu estou com preguiça... Mas eu não sou uke, ô filho da puta! - Taa se virou, fitando o outro - Ahn... E-Eu...
- Hum...?
Ikuma murmurou esperando que continuasse sua fala, afastando-se pouco após ter-se virado. Taa se v
irou novamente ao vê-lo se afastar e suspirou.
- Da noite com você...

- Então... Senhora lagarta é flex e preferencialmente uke.
- Hum... Pode me abraçar?
- Cara... Já tomou seu sangue hoje?
O loiro se deitou sobre a cama, acomodando o corpo e espreguiçou-se. 

- Não...
- Deve ser por isso que está manso.
O menor aproximou o corpo do alheio, onde um dos braços lhe passou sob a cintura, finalmente o abraçando como fora pedido. Porém a mão, ousada deslizou sob abdômen nu, e concentrou e friccionar um dos mamilos, apertando-o com força medida. A língua roçou a pele do pescoço do homem, dando-lhe mordidas sutis, porém logo apertou ambos os feitos.
- Para que quer abraço? Sentiu carência, foi?

Taa gemeu baixinho e mordeu o lábio inferior.
- Uhum... Estou com fome...

- Estou agradável e bonzinho hoje... Te deixo me morder se quiser.
- Deixa? - O maior sorriu e virou-se de frente ao outro.
- Deixo.
O maior aproximou os lábios do pescoço dele, beijando-o algumas vezes e sem muita cerimônia cravou as presas na pele, afundando-as na carne e passou a sugar o sangue dele enquanto as mãos acariciavam o corpo do outro, manchando a camisa branca com o sangue que tinha nas mãos.
O outro aspirou o ar através dos lábios ao ser mordido, e este soou audível durante a sugada de oxigênio, expelindo-o com um leve arfar seguido. A mão deslizou sob a cintura fina do outro rapaz, e com as afiadas unhas lhe rasgou a pele superficialmente, seguidamente as cravando num ponto fixo.
- Não me enjoo disso... - Sussurrou.

Taa se afastou do pescoço dele, deixando um gemido escapar e logo voltou a cravar as presas na carne, rasgando o mesmo lugar, mesmo tão desacostumado.
- Hum... Grunhiu com um leve gemido. A mão sob a cintura deslizou à coxa, e nela lhe espalmou tão brusco que se tornou audível nitidamente no cômodo, marcando a marca certeira dos dedos sobre a pálida cútis do outro vampiro. Uma das mãos do maior foi ao braço dele, segurando-o e apertando-o entre os dedos, empurrando ainda mais as presas em sua carne.
- Chega... Está me dando vontade de transar, e não quero transar com você de novo.
Os dedos do vampiro sob pele subiram em seu percurso o regredindo e novamente lhe enlaçou os cabelos com os finos dígitos, puxando-os, e consequentemente sentira a fisgada ao rasgar a própria pele conforme o puxou .
- Ah! - Gemeu com tal dor agradável e de apreço. - Adoro minha raça... - Comentou consigo mesmo.

Taa retirou as presas do local, sentindo cada milímetro a deixá-lo e lambeu os lábios.
- Você está durinha, princesa.

- É, estou, durão.
- Quer me comer de novo, quer?
Ikuma riu ante a indagação, um riso limitado entre os lábios fechados, porém o sorriso despudorado fazia-se presente.
- Se eu disser que quero?

Taa o fitou, boquiaberto.
- Você quer...?

- Hum, e se eu quiser?
As douradas íris fixaram-se nas rubras diante de si, enquanto esperava uma resposta ante da pergunta repetida.

- Eu... Eu fico com você.
O loiro inclinou o pescoço para trás, deixando a gargalhada fluir do vocal, porém a face tornou a estar paralela a dele, e outra vez o encarou de olho à olho. A mão direita se guiou a face do outro, e a segurou entre dois dos dígitos.
- Adoro essa sinceridade. - Murmurou.

O maior arqueou uma das sobrancelhas.
- Já acabou de rir?

Ikuma tornou a rir após sua pergunta, porém não tão divertido quanto o riso anterior e o livrou dos próprios dedos sobre a face.
- Estou bem dolorido ainda...
- Hum, triste, lagarta... Mas, infelizmente só te causo mais dor.
O maior se virou de costas a ele com certo cuidado, era vampiro, o sangue curava, mas fora transformado a tão pouco tempo que o corpo ainda não havia se acostumado.
- Hum... Ah... 

O menor expôs um travesso sorriso, e acomodou-se aproximando-se do mais alto.
- Quer carinho, ahn ?
Roçou a língua sob a cartilagem alheia, adornada totalmente por piercings, e puxou um dos pequenos aços em meio a dentes.

- N-Não... Preciso de um banho se não vou comer, estou cheio de sangue..
- Hum... Então vá. Fique à vontade.
Os lábios do maior se abriram, iria perguntar se ele queria ir consigo e hesitou em faze-lo, suspirou apenas e levantou-se, caminhando até o banheiro. Ikuma observou o rapaz e levantou-se logo em seguida, seguindo novamente à boate.

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