Yuuki e Kazuto #16


Após a entrada no condomínio do edifício, Yuuki passou pelo saguão e pegou o cartão na recepção. Os respingos dos fios louros, molhavam o tapete vermelho que o guiavam até o elevador, constando a quem passasse, todo o caminho feito por si. Após a parada da caixa de metal na qual adentrou, apertou o botão até o décimo terceiro andar, onde residia e o percurso de pouco minutos fora mantido o silêncio. Entrou no quarto e deixou a porta aberta, afinal, naquela noite teria o pequeno inconveniente ali, e como era teimoso. Livrou-se do casaco com as gotículas, e na regata só haviam poucos locais úmidos. Deixou o traje e livrou-se dos calçados, em seguida as mãos cuidavam dos fechos da calça enquanto caminhava até o banheiro, onde banharia o corpo.

Kazuto adentrou o elevador junto a ele e manteve-se em silêncio com um pequeno sorriso nos lábios, assim que o mesmo abriu, o olhar se desviou ao antigo quarto em que estava e caminhou para dentro do quarto dele, fechando a porta em seguida. Observou o outro enquanto retirava as roupas e mordeu o lábios inferior, sutilmente.
- Ahn.... Posso tomar banho com você?

- Não.
O maior disse simplesmente. Deslizou o tecido colado pelas pernas e em seguida, tirou a regata, encostando a porta do banheiro, e assim concluiu o ato, retirando a roupa íntima de cor vinho, após adentrar o box, deixou a água cair e molhar o corpo, igualmente fez com os cabelos. As mãos se apoiaram a parede e inclinou de leve o tronco, abaixando a cabeça, deixando que a água caísse sem atingir a face e por alguns minutos ficou daquela forma, mas passou a higienizar o corpo em seguida. O liro o
bservou o outro e cruzou os braços, ainda tinha o lábio inferior entre os dentes.
- Mas... Estou com frio...
Depois você toma banho.
Após a higiene, Yuuki se encostou na parede, feito o mesmo com a cabeça levemente erguida e cerrou as pálpebras deixando a água cair sobre si.

- Hum...
Kazuto abriu um pequeno sorriso malicioso nos lábios e retirou a camisa e a calça que usava, ambos molhados, jogando no chão do banheiro. Adentrou o box junto a ele, como quem não queria nada, e os lábios foram até o pescoço do outro quase automaticamente, beijando-o, dando algumas leves mordidas com cuidado para não perfurar a pele e desceu, beijando o tórax e abdômen do maior, as presas se cravaram na língua, fazendo com que escorresse pouco sangue pelo lábio e só então lambeu o membro do outro, deixando a marca de sangue pelo mesmo, sentia falta dele, e não pôde evitar.

- Ah, tsc...
O maior suspirou e apesar das ações diversas do garoto, que por sinal estaria atrevido demais para consigo, manteve os olhos cerrados. Sentiu o pequeno toque no sexo. A leve arqueação fora mantida, encostado na parede e semi descerrou as pálpebras, fitando minimamente o garoto. Uma das mãos fora aos lábios do mesmo, e inseriu o dedo na boca dele, fazendo-o descerrá-los e com a outra guiou o sexo, afundando-o sem pudor na boca do menor e passou e puxá-lo pelo cabelo em direção a si, e empurrá-lo novamente, entrando e saindo da boca úmida, sem meticulosidade alguma.

Kazuto engoliu o membro do outro e uma das mãos guiou até a coxa dele, cravando as unhas na mesma, claro, sem deixar quase marca alguma, iniciando os movimentos de vai e vem que o maior queria, mas algumas vezes tentava se afastar da ereção do vampiro quando estava a ponto de engasgar pelos movimentos que ele fazia.
- Yuuki.... Não faz assim,  eu vou engasgar...
Murmurou e mordeu levemente seu sexo, sugando-o.

A curva nos lábios do vampiro maior, desta vez fora formada do lado direito com o meio sorriso. Continuava a olhar ambos abaixo, sendo o sexo a ser coberto pelos lábios do garoto e a boca do mesmo, que fazia o serviço, e o riso, fora devido o dito por ele, mas não se importava. Segurou os cabelos úmidos do mais baixo e por fim os movimentos feitos foram com o próprio quadril, e passou a movê-lo em movimentos suaves, num vai e vem ameno, com pequenas ondulações com a cintura.
Ambas as mãos do menor foram a cintura dele, apertando-a enquanto pressionava os lábios contra o membro do outro, sugando-o e logo voltando aos movimentos, seguindo o mesmo ritmo dele a mover o quadril, as gotas de sangue escorriam pelo lábio, manchando o queixo devido a língua machucada há pouco.
- Serei preso por pedofilia...
Yuuki debochou. Aos poucos, passara a impor novamente os movimentos do outro, aumentando-os de modo gradativo, e retomou tais indelicados, aos poucos sentindo o ápice que se desfez na boca do menor e forçou-lhe a face contra o sexo, fazendo com que o liquido abandonado do corpo fosse diretamente para a garganta do garoto.

Kazuto se assustou ao ser puxado novamente e sentiu o gosto estranho invadir os lábios, afastou-se, retirando-o da boca e tossiu, cravando as unhas na cintura do maior e levou um tempo até que normalizasse a respiração costumeira, mesmo vampiro e parasse de engasgar. Levantou-se devagar logo após e selou os lábios dele.
- Ah, como você é mau...
Encostou-se na parede, puxando o outro para perto de si, colando o corpo ao dele e abriu um sorriso malicioso nos lábios novamente, mordendo o lábio inferior.

- ... Garoto, o que você tem na cabeça?
Yuuki se afastou após ser puxado e dita as palavras, se pôs em baixo da água e novamente lavou o corpo, tirando o pouco sêmen que restara no sexo. Abriu o box, e pegou o roupão azul marinho posto num das gavetas, meticulosamente dobrado e guardado dentro do gabinete do lavatório. Afagou brevemente os cabelos com o tecido antes de vesti-lo no corpo e saiu do banheiro, retornando ao quarto.

O menor suspirou e desligou o chuveiro, pegando a toalha deixada por alguém no banheiro, secou o corpo e caminhou até o quarto com a mesma em volta da cintura, parando em frente a porta.
- Ahn... Desculpe.

O roupão continuava no corpo do vampiro, mas apesar do tecido a cobri-lo, ainda o deixava exposto ao deixá-lo aberto e sequer ligava para tal. Uma das mãos fora aos cabelos molhados e bagunçados, jogando-os para trás, livrando os olhos dos incômodos enquanto caminhava em direção ao barzinho e fitava o mais baixo, no entanto o olhar fora direcionado para uma das garrafas e após tê-la aberta, serviu a taça para si mesmo, e devido a tonalidade e o novo aroma que exalava, poderia ser facilmente notada a combinação do vinho com o sangue, típica bebida que apreciava. Fechou a garrafa de cristal e pegou o cálice preenchido levando-o até os lábios e sorveu pequena quantidade enquanto se voltava a cama.
- Qual seu objetivo, criança?

Kazuto ajeitou os cabelos enquanto olhava o outro e caminhou até a cama, sentando-se ao lado dele. A mão deslizou pelo abdômen do maior e apenas sorriu, tentando não notar o aroma do sangue, ainda mais porque precisava dele.
- Eu só... Fiquei feliz em ver você... Depois que eu sai daqui... Chorei por dias, não conseguia ver ninguém, mas se eu não saísse daquele quarto ia ficar maluco. Eu via sua imagem na minha janela, eu lembrava dos seus olhos, seu sorriso. Nada doía mais do que isso. E eu sabia que não podia voltar. Agradeço que tenha me deixado passar a noite com você, apesar de estar sendo grosseiro como sempre, mas, eu apenas senti sua falta... Só por isso, eu queria ficar aqui e ver esses olhos que me fizeram tanta falta...

- Hum, meus olhos, olhe-os.
O maior se virou de modo com que a face ficasse frente a dele, os olhos cujo fora citados por ele, agora o encarava, confrontado os pequenos olhos alheios e a voz do vocalista tornou a dizer, sem perder o mesmo tom na qual havia falado com ele de primeira.
- ... Mas para que os veja, seus dedinhos não precisam tocar minha barriga. - Disse baixo, e por mais áspero que soasse naturalmente, manteve a fala amena. - Eu perguntei seu objetivo em relação a tudo isso. - Cessou a proximidade.

A mão do pequeno retornou ao ouvi-lo, fitando os olhos dele com um pequeno sorriso nos lábios pelos poucos segundos que havia durado a troca de olhares.
- Eu... Esperava que tivesse uma chance sua... Para... Ficar com você...
As sobrancelhas se uniram, esperando a gargalhada vinda do outro.

- Ah, menino... Teu sonho é puro demais.
- Sonho...? Eu...
- Hum ?
O maior arqueou uma das sobrancelhas enquanto esperava a conclusão da fala alheia.

- É tão... Impossível?
- Impossível, seria um ótimo termo. Você se contenta com este ser, ahn? Se contenta com o modo como falo com você, como olho ou como ignoro qualquer tipo de pensamento seu? Você quer um amante, te dou um amante, sexo, prazer, sangue... Mas não ache que te darei carinho ou palavras de amor.
- Eu realmente gosto de você, Yuuki, me sinto bem quando estou com você e seja como for... Eu só preciso de você, mas nada... Me olhe com arrogância e ódio mas olhe pra mim, me deixe ver os seus olhos, eu só quero estar nos seus braços... Só... Perto de você.
O maior riu em som nasal. Pousou a taça com a bebida sobre o criado-mudo ao lado da cama e cruzou os braços e frente ao corpo.
- Então, que seja, terá de mim o que tem hoje, nada mais, e sexo, se isso te contenta...
Descruzou os braços e levou uma das mãos ao queixo dele, segurando-o entre os dedos e se aproximou, fitando-lhe a face, murmurou.
- Só não chore quando eu cansar de comer sua bunda virgem.

O menor desviou os olhos e deitou-se, suspirando.
- Como quiser...

O vampiro se sentou na cama de modo que pudesse despir o corpo do roupão e ajeitou o edredom negro para o lado, deitando-se igualmente e cobriu o corpo nu até a altura da cintura, somente. Debruçou-se sobre a cama, tendo a face a repousar suavemente sobre o travesseiro macio.
- E se quiser, beba o sangue na taça... Como disse, tenha sua magnífica noite.

Kazuto observou a taça com a bebida e logo a mão alcançou a mesma, bebendo aos poucos o líquido, sorvendo-o, alimentando o corpo agora morto e assim que terminou a deixou sobre o móvel novamente. Cobriu-se e se aproximou do outro, beijando o pescoço dele algumas vezes a aspirar seu perfume.
- Obrigado... Eu... Eu amo você...
As palavras engasgaram na gargante, mas saíram, e só então se dera conta de que o amava. Sentia por ele algo que nunca havia sentido por ninguém, e mesmo que não fosse recíproco, se dava conta de que ele havia aceitado a si como um companheiro, acolhido a si em sua casa talvez, então... Estavam junto? Ou estava sonhando?

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